Continuo com aquele sentimento profundo de ter participado de um evento muito especial, como se finalmente estivéssemos no início de uma nova forma de enxergar nossa presença no Universo! E relembro aqui, mais uma vez, aquela passagem em que Jesus, ainda menino, estando no Templo, é procurado por pessoas aflitas que diziam: “Então estavas aqui! Teus pais, teus irmãos te procuram!” Ao que Ele respondeu: “Quem são meus pais? Quem são meus irmãos?” Estava lançada, então, a semente que hoje começamos a compreender, É uma referência aberta e nítida à nossa irmandade cósmica, frutos que somos de uma mesma energia criadora. Não importa nossa forma, matéria básica, espiritualidade, nossa cor ou cultura, somos todos irmãos cósmicos, filhos de um mesmo Pai (ou Mãe, segundo culturas antigas).
Ouvimos e contatamos de forma aberta colegas de diversas regiões do Planeta Terra, sem qualquer restrição. Afinal, estávamos num Templo especial, ecumênico! Ampliamos nossa consciência com visões diferentes sobre a procedência e tipos de UFOs, o interesse “deles” por nós, relatos incríveis de contatados (abduzidos, canalizadores etc). Levantamos muitas hipóteses sobre a razão dos implantes, especulamos sobre os prováveis motivos dos acobertamentos dos UFOs e ETs por parte das autoridades governamentais (empreguinho difícil, este…). Falamos de portais e teletransporte etc, enfim, voltamos todos com muita informação, dúvidas (que antes não tínhamos) e vontade de continuar todas as discussões iniciadas. Pois como já foi dito, “da discussão nasce a luz!”.
Algumas coisas chamaram a minha atenção em especial. Uma delas foi a necessidade de mergulharmos dentro de nós mesmos, e a partir daí emergirmos num novo estado de compreensão interna. O recolhimento nos leva a enxergar e aceitar melhor o outro, seja quem for! Se não conhecermos o nosso próprio território, não teremos a menor chance de entender o dos outros!
Além disso, a ciência é um organismo mutante, aberto, e quando não opera desta forma, está fadada ao medievalismo obscurantista e perseguições. Rompe-se, assim, o caminho do conhecimento. Nada é definitivo. Os parâmetros de hoje não são os de amanhã. O processo pode até ser mágico no início, mas Julio Verne já dizia: “Tudo o que o homem é capaz de sonhar, é também capaz de criar!” A ciência abrangente, em sua vertente dualista espírito-matéria, trafega pelo terreno das hipóteses, em constantes teses-antíteses-sínteses que sempre se renovam.
APEGOS DA FAMA – Grandes descobertas surgiram ao acaso, ou até por acidente, e sincronicamente em alguns casos, em diversos lugares ao mesmo tempo (Mendel e Wallace descobriram a teoria dos genes, estando um na Europa e outro na Austrália, sem comunicação possível naquela época). Assim que uma hipótese se torna mais correta, deve-se ter a humildade de apagar o conhecimento anterior, sem os apegos da fama, da política e dos rendimentos econômicos. Caso contrário, ainda estaríamos andando de carroça, pela força dos lobbies das mesmas! Ciência é evolução!
O que não conseguimos explicar hoje não e milagre, fato religioso, castigo, prêmio ou alguma espécie de domínio. Trata-se apenas de alguma coisa que ainda não sabemos explicar. Quando os fenômenos dos “raps” começaram a ser reportados no século passado, imediatamente disseram que eram “fenômenos espíritas”, pela falta de conhecimento de um outro plano paralelo ao nosso: o plano espiritual. Não foi Allan Kardec quem inventou o espiritismo como ciência, ele apenas catalogou alguns fenômenos. Assim como não foi Hynek quem inventou os encontros do tipo ufológico: ele somente nos ajudou, com sua catalogação de nossos contatos com outras dimensões. Estas e os planos, brilhantemente citados, merecem nossa atenção.
Ademais, por que a nossa compulsão em traduzir tudo o que nos circunda, mesmo sem termos o dicionário adequado? As vezes, degustar um quadro inexplicável faz bem ao nosso espírito, pois os símbolos atravessam a nossa consciência – ordenada por censuras – e falam direto ao nosso Espírito. Que tal, por exemplo, olhar um Crop Circle e deixá-lo impregnar de forma pura o nosso inconsciente, sem a necessidade de aceleradores ou implantes? Não poderia ser essa uma boa hipótese para a existência desses inexplicáveis símbolos entre nós?
Marcantemente citado, nas mais diversas formas, foi o nosso egocentrismo, nossa egolatria em rotular tudo à nossa volta, de acordo com o tão limitado conhecimento que possuímos. Vocês já ouviram bastante: “Vida em outro planeta do Sistema Solar? Impossível! Todos sabemos que a base da vida é o carbono, e sem água ou com essa temperatura… Olha, não dá!” Quem disse que vida é só essa que conhecemos aqui neste nosso lindo, pequenino e engatinhante planetinha tridimensional? A Física Quântica já berrou inúmeras dimensões e leis novas, falou de universos em quantidade tal qual (ou mais) os átomos do nosso corpo.
Sabemos agora que o Universo é curvo, que o tempo é circular(e não linear, como o vemos), ou seja, nossos pontos de referência foram postos em julgamento. Agiremos como a Igreja em relação a Galileu, ou seremos socráticos ou platônicos, afirmando para nós mesmos “só sei que nada sei” e “por vivermos numa caverna, vemos o mundo apenas por sombras”?
Por que será que o povo vem criando há tanto tempo o Folclore? Todas as culturas o possuem. Quanta sabedoria ao relatar experiências inusitadas através de estorinhas com as quais a ditadura da Ciência ou das religiões jamais se importou! As fábulas sempre foram instrumentos políticos dos mais fortes, isto sem falar dos condicionamentos que, no correr dos séculos, roubaram a verdadeira essência dos homens e mulheres. No Fórum Mundial, até esse item importantíssimo foi fartamente aberto. Que tal rever as figuras mitológicas (seres metade homem, metade animal)? Ou reler aquele livrinho antigo, a Bíblia, com outros olhos, para entender as nuvens, os gigantes, as colunas de fogo, as transfigurações, as mensagens do céu etc.
SERES SUPERFICIAIS – Somos seres de superfície. E eu me pergunto, não seremos também superficiais? Muitos c
olegas nos falaram de civilizações intraterrestres, intramarinas, extraterrestres, ultraterrestres, quando ainda temos dificuldade de entender este “simples conceito de grande organismo vivo” que é o nosso Universo. Como detalhar e absorver tudo o que foi ventilado nesse imenso painel realizado em apenas uma semana? Sim! Estamos num processo iniciático formidável em direção a uma Cosmologia mais adulta. Devemos estar atentos ao fato apenas “didático” da separação dos diversos estudos em Filosofia, Matemática, Astronomia etc.
Pois são visões da mesma realidade, em ângulos diferentes. Caminhamos para uma interiorização mais abrangente, como se uma grande energia interna nos obrigasse a ousar nas mais estranhas direções e a voltar para um recolher de amadurecimento. Que bom curtir a fase em que estamos neste momento! Provavelmente, só mais tarde vamos nos dar conta do quanto evoluímos, do tamanho desse salto, por termos sido expostos a tanto conteúdo e material novo. Novo, sim, porque estamos em contínua evolução.
Aos organizadores e colaboradores deste Fórum, e a todos os participantes, muito obrigada pelo ambiente de “energia pulsante” que vigorou desde aquele 07 de dezembro, e que continua em nossas trajetórias de busca e aprimoramento. Que muitos outros fóruns como esse possam novamente acontecer, pois como estava escrito nas dependências da Legião da Boa Vontade, “… quando o território não é ocupado pelos bons, os maus se apoderam “.
Mídia no Fórum Mundial
NUNCA A UFOLOGIA FOI TÃO divulgada. Graças ao Fórum Mundial, as informações sobre seres extraterrestres tiveram grande espaço na mídia, tanto do Brasil quanto do restante do mundo. Jornalistas de todas as partes estavam presentes no evento fazendo reportagens diárias, entrevistando conferencistas, visitantes e organizadores. Redes de televisão do Brasil, como Globo, Record, Manchete, SBT e Bandeirantes, jornais impressos como a Folha de São Paulo, Correio Brasiliense, Jornal do Brasil etc, redes internacionais como a BBC, de Londres, e agência TASS, da Rússia, deram cobertura completa ao evento.
Foi uma oportunidade de os ufólogos mostrarem suas pesquisas mais recentes. Os brasileiros, sobretudo, puderam apresentar resultados atualizados de casos já conhecidos do público, como o ocorrido em Varginha, interior de Minas Gerais, além de outros menos famosos. O grande interesse da Imprensa pelo evento foi mais uma evidência de que a Ufologia está crescendo mundialmente. Cada vez mais pessoas querem estar informadas a respeito dos UFOs, dos extraterrestres e de suas influências no cotidiano da Humanidade.
RECEPTIVIDADE – O número de jornalistas presentes demonstrou o crescente interesse dos meios de comunicação pela divulgação da Ufologia. De acordo com o repórter Alexandre Garcia, da Rede Globo de Televisão, a Imprensa recebeu muito bem o Fórum Mundial. “Para nós é interessante ver que estão tratando o assunto como algo cientifico, com seriedade, e não somente de forma mística como estamos acostumados a ver”. Garcia já tinha conhecimento da Ufologia antes de ir ao Fórum.
“Os jornalistas têm que saber de tudo um pouco, o que conheço sobre Ufologia é por causa da minha profissão. Sei, por exemplo, de coisas antigas, como o famoso caso de um UFO que foi fotografado na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, na década de 50”, disse. Quando perguntamos sua opinião a respeito do reconhecimento oficial dos discos voadores pelos governos mundiais, disse que “o governo estraga tudo”. Ou seja, para ele é melhor que certos assuntos fiquem sob responsabilidade da esfera privada.
Evento único no mundo
“O Fórum Mundial foi único. Foram apresentadas palestras fascinantes que abordaram os mais diversos aspectos da pesquiso. Parabéns aos ufólogos brasileiros, que demonstraram o quanto estamos desenvolvidos nos estudos dos discos voadores. Esperamos agora que os governos de todo o mundo abram seus arquivos secretos e liberem as pesquisas que eles têm feito já há muito tempo e, finalmente, aceitem a idéia de que num universo tão vasto seria muita pretensão nossa, simples humanos, sermos os únicos a viver nele”.
Thiago Luiz Ticchetti
HIGS Bloco Q Casa 3, Asa Sul,
70331-717 Brasília (DF)
Marco para a Ufologia
“Durante sete dias pude contemplar os resultados dos longos meses em que a Comissão Brasileira de Ufólogos lutou para realizar o Fórum Mundial. Não é sempre que temos a honra de cumprimentar o filho do protagonista da Ufologia Mundial, Jesse Mareei Jr; ou dar um caloroso abraço no simpático Wendelle Stevens e na nossa querida Irene Granchi, pioneiros desta \’ciência\’. Demos um grande passo para o início de uma caminhada rumo o reta final. Parabéns aos organizadores que acabam de assumir o compromisso de realizarem o II Fórum Mundial de Ufologia, em 1998!”
Fabio Avolio (grupo VEGA)
Rua Galeno de Almeida, 207/54
05410-030 São Paulo (SP)
Um aprendizado ufológico
“Certamente, o I Fórum Mundial de Ufologia foi um encontro inesquecível. Sobretudo pela presença de renomados ufólogos dos quatro cantos do mundo que nos proporcionaram momentos de aprendizado e crescimento interior e científico – que não serão em vão. Ficamos todos admirados e extasiados com a fartura de informações ufológicas apresentadas. A estrutura do ParlaMundi, que nos transmitiu uma esplendorosa sensação de bem-estar, favoreceu, e muito, a assimilação de tudo o que foi falado no conclave. Elogiado por iodos, o Fórum Mundial não será o único”.
Aline Barbosa Cheung
Caixa Postal 2182
79008-970 Campo Grande (MS)