Nos últimos três anos, o terror foi espalhado por todo o planeta. Estranhos seres, de origem desconhecida, não catalogados pelos meios oficiais, passaram a atacar diversos tipos de animais terrestres e também humanos. Seu principal objetivo é sugar todo o sangue do animal, levando-o à morte. Seu prato favorito envolve cabras e ove-lhas, mas também não dispensa vacas, porcos, galinhas, mar-recos e gansos. Em suas atuações noturnas, em geral ataca fêmeas, principalmente quando estão prenhes. Quando o animal não morre, fica completamente anêmico e muito machucado. Testemunhas que viram os estranhos seres os rela-tam como criaturas de estatura comparável a de um homem. Ora bípedes, ora quadrúpedes, peludas, algumas pretas, outras marrons, olhos enormes, garras afiadas e dentes aguçados.
Em muitos povoados e em pequenas cidades de diversos países, ao escurecer, as pessoas se trancam em suas casas, saindo somente ao amanhecer. Até agora as autori-dades não se manifestaram a respeito, sendo que os proprietários dos animais atacados ficaram no prejuízo e a população em pânico. Tudo isso iniciou em Porto Rico, em 1995. Várias cabras apareceram mortas, com diversos ferimentos. Muitos diziam que estavam completamente secas, sem sangue, mas isso não é verdade. A partir de janeiro de 1997, o mesmo fenômeno passou a ocorrer aqui no Brasil, mais precisamente no interior de São Paulo, norte do Paraná, sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.
Há ainda outras ocorrências isoladas em todo o país. Uma coisa é certa, existem mais boatos do que casos, além de muito sensacionalismo. A situação chegou ao ponto de cachorro atropelado por veículo no meio da rua aparecer como mais uma vítima do Chupacabras. Quando o animal atacado surge morto, com vários buracos pelo corpo, não tendo uma poça de sangue do chão, logo a mídia divulga que ele estava seco. Quando os veterinários o examinam, descobrem que o sangue todo está dentro dele. Conforme informações de diversos especialistas, se a mordida na vítima atinge uma veia ou uma artéria, ocorre o escorrimento do sangue, mas se ela atinge somente os tecidos, não há sangramento.
Em relação às fêmeas prenhes, na realidade, elas morreram do coração, devido ao grande esforço físico realizado ao correr para se salvar do seu predador. Assim, a população vem recebendo as notícias totalmente distorcidas. Pelos estudos realizados até agora, o que sabemos é que pelo menos 98% foram ataques de animais bem conhecidos, como cachorro doméstico, cachorro-do-mato, lobo guará, onça suçuarana, onça pintada, jaguatirica, morcego desmodonte ou desmodontídeo (Desmodus rotundus) etc. Também houve casos em que envolveu a malvadez de seres humanos, como também a matança de animais e retirada do sangue para algum tipo de culto profano. Sem descartar a possibilidade de pessoas matarem alguns ani-mais para promover sua cidade, aproveitando toda essa onda de Chupacabras.
Apenas em 2% dos casos realmente não há explicações. Todo cuidado é pouco, mas não há razões para desesperos. Alguns órgãos da Imprensa têm misturado as diversas ocorrências de fenômenos ditintos, colocando como Chupacabras as mutilações feitas por seres extraterrestres, os seres capturados em Varginha etc. Faz-se, entretanto, necessário separar um fenômeno do outro, para melhor esclarecer o público leigo. As mutilações de animais, apesar de ainda serem um grande enigma causado pelos tripulantes dos discos voado-res, são um fenômeno ufológico o qual não pode ser confundido com o Chupacabras. Em 1954, na França, o pesquisador Aimé Michel já havia estudado vários tipos de animais, principalmente vacas, com estranhos sinais de mutilações.
Desde aquela época diversas pesquisas foram realizadas. O que sabemos hoje é que inúmeras pessoas vêem estranhas luzes sobrevoando determinadas fazendas e, ao amanhecer, encontram vários animais mortos e mutilados. Eles, normalmente, apresentam um pequeno furo no pescoço, por onde é retirado todo o sangue e também algumas vísceras internas, provavelmente por sucção. O furo é feito com precisão cirúrgica – superior à que se faz com raios laser. Há casos onde todos os tecidos são retirados da cabeça do animal, deixando apenas os ossos.
A partir de agosto de 1977, na ilha de Colares, no Pará, passaram a ocorrer fatos inéditos, batizados como Chupa-chupa. Misteriosos objetos luminosos sobrevoavam os vários povoados da região, projetando sobre as pessoas um pequeno filete de luz. Essa ação fazia com que a vítima desmaiasse e quando acordava estava anêmica. Acredita-se que parte do sangue era retirado do corpo dessas pessoas. A médica Wellaide Cecim Carvalho atendeu vários pacientes sucumbidos pela enigmática luz. Doutora Wellaide informou que eles apresentavam paresia generalizada, hipertemia, cefaléia, queimaduras superficiais, calor intenso, náuseas, tremores no corpo, tontura, astenia e minúsculos orifícios na pele. Com o pânico instalado entre a população, ao anoitecer, todos se trancavam em suas casas, com medo. Os mais extremistas abandonaram Colares.
Uma série de pesquisas foi realizada na região pelo Comando Aéreo Regional da Aeronáutica Brasileira (1º Comar), sediado em Belém do Pará. Os relatórios das operações dirigidas pelo capitão Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima, chefe do serviço de informações, compuseram o dossiê conhecido como Operação Prato. Ao término das pesquisas, a Aeronáutica tinha sob seu poder quatro filmagens e centenas de fotos de discos voadores na Bacia de Marajó. Além disso, o Comar atuou junto à população ribeirinha, utilizando vários psicólogos, para eliminar o pânico. Outro fenômeno ufológico, que também não deve ser confundido com o Chupacabras, é o das quatro estranhas criaturas de Varginha, no Sul de Minas.
Elas foram classificadas como sendo seres do tipo delta, ou seja, animais de origem extraterrestre denominados de Entidades Biológicas Extraterrestres (EBEs). Provavelmente são treinadas para realizar tarefas simples, como colher minerais ou vegetais. Algumas têm a pele lisa de cor marrom e outras têm todo o corpo coberto por pêlos pretos. Com exceção desse fato, houve uma ocorrência envolvendo seres peludos com garras, em 1954, na Venezuela. Há relatos de que humanos entraram em luta corporal com tais criaturas. Testemunhas viram os seres adentrarem discos voadores e fugirem após o ataque.
Conforme já afirmamos, de todas as ocorrências atribuídas ao Chupacabras, apenas 2% dos casos não têm explicação. Essa porcentagem pode ser atribuída às estranhas mutilações realizadas por tripulantes de discos voadores. Caso contrário, estamos frente a frente com um novo fenômeno. Várias testemunhas, aqui no Brasil e também em ou
tros países, descrevem estranhas criaturas peludas. Em algumas vezes até agressões físicas acontecem – como no caso do jovem Luciano, em 1996, na cidade mineira de Passos, que ficou com a roupa toda rasgada e partes do corpo arranhadas.
Análise prematura – Lembramos o caso do caminhão com a carroceria lotada de pessoas, as quais saíam de um culto na igreja e retornavam para suas residências no Bairro da Serra, em Iporanga (SP), quando uma estranha criatura se agarrou na traseira do veículo, tentando jogá-lo no abismo. Não se descarta, contudo, a hipótese das testemunhas terem confundido as criaturas com os vários tipos de animais da nossa fauna. Existem algumas possibilidades que os ufólogos estão analisando. Ainda é muito prematuro afirmar que esses seres misteriosos sejam de origem extraterrestre. Poderia ser alguma experiência biológica ou manipulação genética do DNA por parte dos nossos cientistas.
A grande maioria dos ataques atribuídos ao Chupacabras são decorrentes de animais predadores. Agressões assim sempre existiram no passado. Mas agora, o número de ocorrências próximo às grandes cidades aumentou significativamente, devido ao desequilíbrio ecológico provocado por humanos inconscientes. Queimadas e desmatamentos são constantes, e fazem com que os predadores percam os seus territórios, dificultando a obtenção de comida. Assim, abandonam seus habitats naturais e saem à procura de alimentos pelas fazendas ou sítios, onde há criação de animais.