O programa De Olho na Cidade que vai ao ar na Tv Litoral e na Rádio Educativa de Campos-RJ, mostrou as imagens que causou uma enorme surpresa nos telespectadores e ouvintes, ninguém jamais havia visto algo semelhante.Uma enorme formação de nuvem invadiu a Praia de Farol de São Tomé no dia 11 de julho, às 5h30. O fenômeno foi testemunhado por uma equipe da Petrobras, quando um helicóptero levava os trabalhadores para a P-9 – primeira plataforma de petróleo –, na Bacia de Campos. O piloto anunciou o fenômeno aos passageiros e pediu que se segurassem, pois iam sofrer turbulência ao passar por baixo da formação, o que realmente aconteceu.
A velocidade na hora estava variando entre 30 a 40 quilômetros por hora e o diâmetro aproximado de 500 m em uma altura aproximada de 600 m em relação ao nível do mar, a 90 km do Farol de São Tomé. O evento todo durou quase três horas e o final da formação estava além da linha do horizonte. Ninguém jamais havia visto algo semelhante e até agora nenhuma explicação convincente sobre a origem do fenômeno foi apresentada.
Segundo o doutor Gustavo Carlos Juan Escobar, coordenador do Grupo da Previsão de Tempo do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), de Cachoeira Paulista, em São Paulo, geralmente “esse fenômeno é provocado por frentes de rajadas e, na maioria dos casos, está associado à presença de nuvens com grande desenvolvimento vertical – cumulunimbus”. Nesse dia, a análise feita pelo Grupo da Previsão de Tempo do CPTEC, mostrava a presença de uma frente fria aproximando-se do Rio de Janeiro.
Em várias ocasiões, principalmente nas regiões subtropicais, o ar frio associado à frente fria se adianta em relação à superfície frontal em superfície. “Isto é conhecido como ‘shear line\’ ou cortante de vento. Este fenômeno pode cumprir o mesmo papel que uma frente de rajada e gerar esse tipo de nebulosidade. Tanto a frente de rajada quanto a shear line tem associado um forte cisalhamento vertical do vento e favorece a formação de um tubo de vorticidade”, esclarece o doutor Escobar, acrescentando que “a nebulosidade observada é formada ao longo deste tubo”.
Veja o vídeo do fenômeno aqui. “Podemos observar que uma linha estreita e fina de nebulosidade antecedendo-se da banda principal de nebulosidade associada à frente fria”, explica.
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