Perturbação do stress pós-traumático (SPT) é um termo psicológico que tem sido associado a pessoas que passaram por um trauma intenso. O stress resultante da guerra do Vietnã, de um relacionamento pessoal devastador e de abuso emocional ou sexual, por exemplo, tem sido considerado causa relacionada a esta síndrome. As pessoas com SPT podem apresentar uma grande variação de tipos de perturbações, mas é claro que as situações que as causam, e que provocam traumas de conduta alterada, levando um indivíduo a sofrer problemas psicológicos, também são muitas e ainda estão sob profundo estudo. Entretanto, de uns anos para cá, os investigadores desta temática passaram também a estudar um tipo de SPT que atingia centenas (senão milhares) de pessoas. Tais investigadores observaram indivíduos que estão apresentando aberrações em seus comportamentos e atitudes e, ocasionalmente, em seus estilos de vida. O que mais intrigou esses pesquisadores, no entanto, é que essas pessoas passaram por algo semelhante em intensidade, mas muito diferente dos traumas mais típicos. Essas pessoas alegam terem sido vítimas de abduções ou seqüestros por seres alienígenas, o que a Psicologia clássica hesita até hoje em aceitar, mas que já é um fato! Normalmente, afirmam terem sido levadas para bordo de discos voadores, arrancadas de suas casas (muitas vezes situadas em áreas populosas), enquanto dirigiam seus carros ou ainda quando caminhavam ao longo de estradas ou campos. Noutros casos, tais raptos ocorreram quando estavam em locais isolados.
A Psicologia clássia hesita até hoje em aceitar que as abduções alienígenas são um fato
Bip ou Flash – Na maioria dos casos, as pessoas simplesmente não se recordam do que lhes aconteceu naquele determinado período. Lembram-se apenas de um “bip” agudo, um “flash” de luz ou um de rosto não reconhecido que vem de vez enquanto à sua memória, sem explicação. Só recordam estarem de volta ao seu ambiente normal mais tarde, sem saber de onde regressaram. O que aconteceu entre a ida e a volta raramente os abduzidos conseguem se lembrar de forma consciente. Nesses mesmos casos, o que ocorre é o surgimento esporádico de fragmentos de memória, de vagas lembranças de coisas estranhas e sem sentido, se vistas isoladamente. Esses fragmentos são pequenos momentos passados no processo de abdução e que vêm à tona sem uma explicação aparente. Geralmente duram alguns segundos e começam a surgir em um número de vezes por dia cada vez maior, fazendo com que as pessoas que experimentem tal sensação desconfortável passem a ter uma vida cada dia mais difícil. Muitos aspectos da vida de um abduzido nunca serão como antes de sua traumática experiência: uma pessoa que passa por este processo tem pesadelos incômodos e freqüentes, recheados de cenas grotescas comandadas por fantasmas, demônios ou por enormes \’olhos negros sem um corpo que os sustente no ar\’.
Esses sonhos todos são muito reais para o abduzido e incluem sensações de um enorme terror de ser paralisado, levitado (até mesmo guindado e nivelado ao teto, por exemplo) ou de ser preso a uma mesa para algum tipo de exame físico. A maioria dos indivíduos com esses sintomas desenvolve um inexplicável temor de alguns pontos específicos de certas estradas, pontes ou campos. Outros abduzidos começam a apresentar sinais de nítida paranóia, chegando mesmo, em alguns casos mais graves, a perder sua própria sanidade mental. Infelizmente, pelo fato da Ufologia ainda ser discriminada e desacreditada cientificamente, estes tipos de casos também o são! Assim, muitos profissionais de saúde tratam pacientes com tais sintomas como meros casos de insanidade mental, muitas vezes drogando-os demasiadamente e mesmo encaminhando-os às instituições mentais.
Não é raro, também, que a própria família auxilie os profissionais a internar o paciente, por não saber como interpretar seus problemas e auxiliar no seu tratamento – problemas muitas vezes originados por uma ou mais abduções. Muitas famílias chegam a se convencer de que seus entes queridos cruzaram a fronteira da razão, quando na verdade estes tiveram as suas próprias fronteiras da razão devastadas quando foram levados a força para dentro de um UFO e submetidos a rituais e experiências médicas por seres avançadíssimos e provenientes de outros mundos. Quantos de nós, que nos julgamos pessoas esclarecidas e equilibradas, não passaríamos de tal fronteira se uma experiência desse gênero nos ocorresse? Igualmente, não é raro que indivíduos abduzidos se recusem a crer que algo do gênero lhes aconteceu de fato, mesmo quando se esforçam para escapar da pressão de seus subconscientes, que lhes imprimem pensamentos amedrontadores de olhos fantasmagóricos, luzes muito brilhantes, levitações, invasão do corpo etc.
UFOs Imaginários – Para nossa sociedade, tais coisas ligadas a “supostos” UFOs e “imaginários” ETs simplesmente não podem e não acontecem, fazendo com que o abduzido enfrente um dilema ainda maior! O que enfrenta um indivíduo nessas condições é terrível e insano: sabendo que algo estranho está acontecendo em sua vida, mas querendo ser considerado saudável por todo o mundo, tenta desesperadamente convencer-se de que nada fora do comum está acontecendo. Tenta a todo custo tornar-se absolutamente normal, suprimindo o que lhe restar. Muitas vezes, pressionado por isso, o indivíduo encontrará um refúgio confortável em alguma religião ou na prática da espiritualidade. Muitas religiões tradicionais, aliás, apresentam uma excelente válvula de escape, pois permitem ao sofredor crer num terno e benevolente salvador ou em uma mãe gentil e compassiva. E assim, sua fé, ainda que abatida, o salva por algum tempo (normalmente um tempo bem curto) e adia um profundo processo de ser forçado a enfrentar uma realidade desagradável. Participando do culto a símbolos poderosos e eufemismos agradáveis, o abduzido se sente melhor e certamente mais sadio em relação a tudo o que lhe aconteceu.
Mais ainda, se o abduzido está realmente com medo dos seres que vê em sonhos, pode ser muito reconfortante rotular tais entidades como demônios, que possam até ser responsabilizadas por todos os seus sofrimentos (e as religiões ajudam muito neste processo). A fuga para uma religião é ainda (e muitas vezes) uma renovação da crença religiosa interior do indivíduo ou de um compromisso superior, principalmente no caso do catolicismo romano. Ali, o abduzido é capaz de encontrar grande conforto numa tradiçã
;o formal que lhe permita estreitar um forte laço com o benigno Jesus ou a forte figura feminina da Virgem Maria.
Conduta Religiosa – Sem as interpretações religiosas, no entanto, muitas das observações ou visões marianas documentadas – como no caso de Fátima (Portugal) e outros mais recentes – soam surpreendentemente melhor quando analisados como típicos avistamentos ufológicos, o que de fato são e está provado! Muitas vítimas de abdução afirmam que as entidades que presenciaram em suas visões pediram-lhes para que rezassem o rosário, fizessem sacrifícios ou peregrinações, ou ainda, que se envolvessem em alguma forma de conduta religiosa. Essa, no entanto, é sua interpretação para tais fatos. O fundamentalismo ou o renascido movimento cristão tem oferecido um porto de salvação para alguns abduzidos; muitos deles acreditam que somente algo ou alguém nocivo poderia ter desempenhado atos sinistros como os pelos quais passou. Penetrar na intimidade de alguém sem ser convidado, perturbando-lhe vida, é algo que só entidades maléficas teriam intenção de fazer. Muitos desses grupos religiosos que já se especializaram em receber e tratar espiritualmente abduzidos, lhes pedem total devoção e até mesmo para passar longas horas em oração ou em culto religioso, tudo o que auxilie o indivíduo aterrorizado a diminuir o tempo livre para pensar. Assim, enquanto fazem um bem temporário, só adiam o problema, pois a experiência continua a ser abafada no inconsciente e um dia surgirá com força redobrada.
De modo crescente hoje em dia, o contatado que passou por uma experiência de grau elevado (4º ou 5º grau), desde que não traumática, envolve-se num movimento cada vez mais forte e abrangente, denominado simplesmente de Nova Era e extremamente ativo nos mais diversos setores e países. Tal movimento é uma versão mais contemporânea das religiões que têm como especialidade o conforto (remunerado) de seus seguidores. Para esses indivíduos, não é incomum começar a se envolver em novas descobertas de prática mental, ou até mesmo renascer para tais práticas, depois de longo tempo. Muitos deles são curados de fato, e muitos dizem que estão se curando. Em nosso trabalho de pesquisa com abduzidos descobrimos que a maioria deles começa a ter visões ou experiências de clarividência e percepção extra-sensorial (PES) de vários tipos, que são relatadas por uma grande porcentagem de pessoas contatadas em nível de 4º e 5º graus.
Paz Mundial – Não é raro ouvirmos um abduzido comentar sobre o que lhe foi ex-posto pelo seu abdutor, “… que deveria trabalhar pela paz mundial, auxiliar no controle da poluição de nosso planeta ou prevenir um holocausto nuclear”, segundo um deles nos afirmou. A intermediação é outro processo comum associado à Nova Era e seus seguidores. Muitas das declarações feitas por intermediários ou contatados – pessoas que afirmam transmitir a voz ou a mensagem de uma ou mais entidades alienígenas – são muito comuns e soam pouco imponentes a nível prático.
Já no caso específico das intermediações orais, em que o suposto extraterrestre virtualmente fala pela pessoa, estas se dão em tom de voz baixa e numa linguagem enrolada, em que os detalhes parecem ser inexistentes. Enquanto vários desses intermediários se dizem ser de “espíritos bem-intencionados”, eles e seus pronunciamentos tornam-se parte da montanha de desinformação que está difundida por toda a Ufologia, fazendo com que o leigo que a observe a distância não lhe outorgue muita credibilidade. Mesmo para os ufólogos mais experimentados é difícil separar o joio o trigo. É muito importante, no entanto, considerar que a intermediação continua e que as entidades, alienígenas ou não, podem estar deliberadamente espalhando desinformações. Muitos ufólogos têm encontrado com freqüência pessoas que parecem consumidas pela questão ufológica, por abduções, experiências médicas dentro de UFOs, fenômenos relacionados etc, e com grandes chances de que estejam envolvidos ou em algum grupo de pesquisa ufológica ou em um culto religioso com tendências como as descritas. É importante notar que há, para o abduzido ou o indivíduo fanatizado pelo assunto, uma similaridade de operações entre os grupos que se dedicam à pesquisa e os grupos de culto religioso que apelam para a Ufologia. Igualmente, a coisa é tão complexa que até muitos investigadores, ufólogos, também parecem ter sido abduzidos por alienígenas, mas ainda não encararam tal possibilidade, embora seu comportamento denuncie tal fato.
Adaptação – Para entender o que lhes acontece, eles lêem tudo o que podem encontrar e devotam grande parte de seu tempo e recursos na atividade de descobrir mais sobre o fenômeno. Pelo que concluímos em nossos anos de estudo desse comportamento, de todos os métodos através dos quais os indivíduos tentam processar e adaptar-se às suas abduções, este é provavelmente o menos nocivo: querer saber o máximo possível sobre o assunto, estudando-o até a exaustão. Essa pode também ser uma boa explicação sobre a razão que leva tantas e tão diferentes pessoas a dedicar-se a pesquisa ufológica sem uma causa aparente e, muitas vezes, sem que tenham sequer visto um único UFO em suas vidas. Cientificamente, em algum nível de suas mentes, esses indivíduos tentam com a pesquisa séria do assunto entender o que está acontecendo, e isto é bem melhor do que apenas negar circunstâncias de abduções fragmentadas na memória ou tentar forçá-las para o subconsciente, onde poderão crescer e envenenar o espírito em proporções incontroláveis.
O biocomputador mental do contatado simplesmente rejeita suas experiências, as lembranças da abdução
Em alguns casos, a pessoa abduzida não apenas nega a experiência, mas cria uma fantasia bastante desenvolvida a seu respeito. Essas fantasias estão sempre perfeitamente ajustadas à estrutura de uma crença pessoal e podem ser ainda bastante intencionais.
Já a fantasia não-intencional é criada tipicamente porque o abduzido não pode lidar com uma experiência (a sua) totalmente ilógica para seus padrões. “Isso não pode ter acontecido comigo”, insiste consigo mesmo e repetidamente. Como a mente da pessoa vitimada debate-se nesse paradoxo, ela acaba por criar um cenário mais satisfatório para assimilá-lo. É como se o biocomputador mental do indivíduo simplesmente rejeitasse as lembranças da abdução porque aquilo não está registrado ou computado (não há dados anteriores para comparação) e está sendo confundido por todos os demais programas anteriores que entraram no sistema humano. Ironicamente, essas
fantasias podem ser tão incríveis quanto à abdução que as geraram, o próprio contato original com os extraterrestres, mas são transformadas em ilustrações ou em imagens e sons muito mais aceitáveis por nossa mente e cultura. A fantasia intencional, por sua vez, é mais frustrante para ser compartilhada com terceiros ou expressada a um especialista. Em algumas vezes, tal fantasia resulta de um esforço pessoal do abduzido, que se processa como um desejo incontrolável de alterar a história por razões pessoais.
Em outras ocasiões, o indivíduo tem uma enorme necessidade de ser o centro das atenções, quando passa a enfeitar seu relato para satisfazer uma desesperada necessidade de seu ego – e estes casos são extremamente comuns desde o princípio da Ufologia. Como pode ser observado, as narrativas de abdução por alienígenas estão muito em moda hoje em dia. Criando-se uma experiência de abdução, o indivíduo passa a ser um centro das atenções e é normalmente guindado para os eventos mais importantes que surgirem no campo ufológico (e muitas vezes noutros campos), o que o motiva a continuar aprimorando seu relato. Infelizmente, não há maneira segura de sabermos ao certo qual tipo de fantasia está sendo manifestada, já que a hipnose não é um processo perfeitamente seguro nesses casos. Mas se a pessoa está com intenções de aferrar-se à sua história, ela o fará mesmo sob hipnose e ai teremos chances de analisá-la melhor. De acordo com o velho ditado, não é porque uma pessoa é paranóica que outras não conseguirão chegar até ela. E é assim que muitos abduzidos começaram a se sentir após suas experiências, querendo saber se estavam loucos ou se realmente estavam em grande perigo. Em alguns casos, os abduzidos criam fantasias de perseguição, como o de sua casa estar sendo sobrevoada pelos famosos helicópteros governamentais negros, lembrando a febre dos homens de preto que têm incomodado os investigadores há vários anos. Noutras vezes, essas pessoas se julgam também perturbadas por chamadas telefônicas anônimas, onde aparecem vozes mecânicas e estranhas na linha, com sons indefinidos no segundo plano.
Mensagens – Advertências, avisos diretos e mensagens também podem ser ouvidos ou recebidos por indivíduos nestas circunstâncias. Igualmente, um grande número de vítimas de abdução informam ouvir zumbidos ou sons ressonantes e agudos bem dentro de seus ouvidos. A maioria sente dificuldade em descrever tais sons, que às vezes são seguidos de alguma mensagem ou aviso sobre experiências pelas quais passaram ou estariam passando. Em algumas vezes, os abduzidos podem ouvir em seguida vozes dentro de suas cabeças, com ou sem zumbidos, e tais vozes são descritas ora como mecânicas, ora como normais e masculinas. Quando há mensagens completas e inteligíveis envolvidas, a informação às vezes é recebida de forma abrangente, envolvendo problemas mundiais graves e atuais, tais como poluição, guerra, ódio, armas nucleares e outros tantos assuntos preocupantes. Também têm sido relatadas pelos abduzidos mensagens relativas a outros indivíduos, que foram ou serão alvos de experiências de ETs. Ocasionalmente, também, as mensagens descritas dão informações sobre o investigador de algum caso particular de abdução. É comum, por outro lado, que os abduzidos sejam incomodados por uma grande variedade de sonhos perturbadores e pesadelos. Normalmente, são as visões de grandes olhos negros fantasmagóricos ou o terror de estarem presos a uma mesa metálica e fria enquanto instrumentos estranhos e ameaçadores são inseridos em seus corpos. Este tipo de sonho é comum em 8 a cada 10 abduzidos e tem sido relatado com invariável freqüência!
Naturalmente, o conjunto de tais circunstâncias descritas gera uma grande dificuldade para a saúde mental dos abduzidos: os medos inexplicáveis, que podem ter começado na infância ou na fase adulta da pessoa. Coisas e cenas aparentemente simples provocam terror e até pânico nos abduzidos (como determinados trechos de estradas ou de campos). A tais fobias também podemos incluir o terror que o indivíduo tem de ficar sozinho sem qualquer tipo de som ou iluminação que lhe dê uma sensação de segurança. Também há casos de fobias com relação a odores; quando isso ocorre, a pessoa fica aturdida com um certo odor que lhe recorde amônia, sulfura ou canela e que a induz a um sentimento de pânico cada vez mais progressivo quando isso se repete. Não temos ainda uma explicação concreta para esses casos. Muitos dos abduzidos que não estão conseguindo aprender a lidar com essas sensações e experiências – ou que não encontraram alguém para ajudá-los – provavelmente passarão a viver isoladamente. Se já vivem com alguém, cônjuge ou família, possivelmente trans-formarão seu relacionamento em algo virtualmente impossível: suas relações com os que os rodeiam se alterarão drasticamente ou se desintegrarão, simplesmente, se não procurarem ajudar a si próprios ou se não buscarem ajuda externa. Alguns indivíduos, não encontrando qualquer maneira de lidar com sua crescente confusão mental ou com sua alienação da sociedade, podem passar a valer-se de um terrível comportamento de auto-destruição, o que lhe parecerá não ter um caminho de volta.
Segundo constatamos, os membros da família de um abduzido normalmente não sabem como fazer com a pessoa, pois não sabem se acreditam ou não na história que conta ou são indiferentes ao que passou (muitas vezes, nem sabem o que aconteceu ao seu familiar). Os amigos tornam-se raros, seus médicos pensam que está louco e seus guias religiosos (padres de bairro, reverendos etc) normalmente não aceitam os fatos que o abduzido descreve.
Casos de Insanidade – É possível, como já verificamos, que existam pessoas que foram diagnosticadas como insanas por profissionais de saúde, mas que realmente são abduzidas e perturbadas por isso. Muitos investigadores já passaram a considerar a questão seriamente e os resultados têm sido brilhantes. Infelizmente, os ufólogos ainda não têm pleno acesso aos casos de insanidade registrados, cujos pacientes encontram-se internados, para uma análise aprofundada. Mais ainda, devido aos temores irracionais e ao comportamento característico de insanidade que os abduzidos apresentam, os profissionais da saúde mental, que poderiam ser mais úteis em tais circunstâncias, freqüentemente provocam mais danos nos pacientes. Tratados como insanos em
consultórios e instituições, por profissionais que desconhecem a conexão extraterrestre de seu caso, o abduzido pode passar a questionar seriamente e até a crer definitivamente em sua insanidade. O tratamento ortodoxo tem dado muito poucos resultados positivos e algumas pesquisas mostram até que desabafar com um amigo de um grupo de apoio é quase tão benéfico para uma pessoa perturbada quanto procurar ajuda profissional.
O enfoque a ser dado aos casos deve ser outro e mudanças radicais devem vir da própria comunidade ufológica: muitos dos ufólogos que se proclamam experts no assunto também causam danos aos abduzidos quando insistem em serem os únicos qualificados para julgar qual seriam ou não os casos legítimos e quem poderia ou não trabalhar com os abduzidos. De qualquer forma, as questões mais importantes sobre o fenômeno da abdução continuam em aberto. Quem são os verdadeiros abduzidos e como ajudá-los? Há alguma ajuda ou terapia eficaz a ser providenciada para eles? Quem é melhor qualificado para ajudá-los e de que forma? São inúmeras as perguntas e só temos algumas poucas respostas na mão, ainda, de forma que nosso caminho a percorrer é longo e desconhecido, embora a necessidade que temos de providenciar ajuda aos abduzidos é urgente. Porém, aqueles especialistas que têm trabalhado com eles durante vários anos já começaram a notar progresso no tratamento da questão. Isso quer dizer que não estamos na mesma escuridão de antes, mas já podemos ver alguma luz no fim do túnel. Quando nos envolvemos com alguém, algum abduzido, o que é uma rotina quase diária, nosso primeiro objetivo é ajudá-lo a viver com suas experiências e memórias, a encarar o que lhe sucedeu.
A maior parte desses abduzidos, no entanto, já sentem um enorme alívio quando encontram alguém com quem conversar e que possa ouví-los atentamente, sem considerá-los loucos, mas sim pessoas especiais, que estiveram frente-a-frente com seres de outro planeta. De mão dadas, ufólogos e psicólogos podem tratar de tais casos com grande benefício para todos, principalmente para os pacientes, que ajudaremos a viver uma vida completamente produtiva e feliz, apenas com nossa compaixão e interesse. E a Ufologia pode lucrar imensamente com isso, se aprender a compreender o \’modus operandi\’ dos seres avançadíssimos que nos visitam e até – por que não? – conhecer suas intenções e tentar relacionar-se com eles.
Virginia Tilly é conhecida hipnoterapeuta norte-americana e já trabalhou com mais de uma centena de abduzidos. Sua experiência na área faz com que seja constantemente convidada para proferir conferências por todo o país. Atualmente, Virginia administra seu próprio estabelecimento de pesquisas, o Great Lakes Hipnosis Center, situado em Lansing, no Estado do Missouri. A tradução do texto ficou a cargo de Belikss Pontes, da Equipe UFO.