Junto ao texto que ocupa a maioria das páginas desta edição, como editor de UFO e pesquisador deste inquietante fenômeno por 15 anos, gostaria de tecer alguns comentários. Primeiro, o leitor que acompanha nosso trabalho sabe que nossa postura – pessoal e coletiva, no caso da Equipe UFO e do Centro para Pesquisas de Discos Voadores – sempre foi absolutamente voltada para a divulgação objetiva, imparcial, aberta, profunda e indisfarçada da Ufologia. Não de tudo o que se acredita ser, hoje, a Ufologia – pois há muitas facções diferentes nesta área. Mas daquilo que chamamos de “Ufologia Científica”, que poderia ser melhor descrita como uma Ufologia séria. E por uma simples razão: esta forma de encarar o Fenômeno UFO parece estar bem mais próxima de sua realidade efetiva – embora não seja tão bela e maravilhosa quanto outras facções da Ufologia, entre estas a que trata dos encantamentos e privilégios tão pouco prováveis dos chamados “contatados” – pessoas que tem a ousadia (ou insanidade ?) de afirmar em público que são amigos de ETs – isso quando não são os próprios ETs… Enfim, quem conhece a verdadeira natureza do Fenômeno UFO sabe que não precisamos criar ficção a seu respeito!
Ao longo de nossa atuação ufológica, procuramos sempre nos manter dentro dos limites da sanidade e seriedade, com o máximo cuidado para não divagarmos e sairmos do bom senso em questão tão importante como a Ufologia. Se isso ocorresse, correríamos o risco de prestar falsa idéia sobre o assunto – e, com isso, fugir de nosso compromisso. Uma vez que temos papel de algum destaque nesta disciplina, em nosso país, nossa postura certamente seria acompanhada por muita gente que se espelha em exemplos alheios para criar sua própria estrutura. O que também não queremos. Mas, por outro lado, somos razoavelmente flexíveis à mudanças no padrão de comportamento do Fenômeno UFO, adaptando-nos à cada nova realidade sem perder o controle emocional.
O texto que o amigo leitor está para ler, no entanto, pode ser o mais chocante, fantástico e irreal que já teve a oportunidade de conhecer – e certamente é o primeiro do gênero a ser publicado em UFO. Não por falta de abertura de nossa parte, mas por nunca termos tido algo do tipo para publicar! As revelações do autor sobre esse trabalho são surpreendentes e podem ser simplificadas em apenas duas coisas: ou representam uma enorme, bem arquitetada e inteligentíssima mentira, de péssimo gosto e de índole criminosa: ou representam um conjunto das mais incríveis, conturbadoras e estonteantes verdades.
Antes de publicá-lo, como é nosso procedimento ético e obrigação moral, realizamos uma intensa pesquisa internacional sobre o autor do texto: pesquisamos seu passado e presente atividade profissional, sua participação na Ufologia, suas relações com a comunidade de inteligência dos EUA, etc. E investigamos o conteúdo de seu trabalho: as comissões e projetos que cita no texto, as pessoas e situações que relaciona (entre elas, vários presidentes dos Estados Unidos), os fatos e leis citadas, etc. Tudo para sabermos se trata de uma farsa ou uma verdadeira revelação. Não pudemos, em nossa pesquisa, descobrir se Milton W. Cooper está dizendo a verdade, é óbvio – pois o que trata é assunto secreto e ninguém iria confirmá-lo… Mas, por outro lado, descobrimos que não se trata de uma mentira, e chegamos à esta conclusão através de inúmeras fontes consultadas, desde pesquisadores reconhecidos nos EUA e Europa, até publicações e documentos já em nosso poder. Para sermos exatos, são de 89% as chances de o texto ser verdadeiro (e esta mesma estimativa foi encontrada por outras equipes do exterior).
Mesmo assim, antes de decidirmos publicá-lo, questionamo-nos várias e várias vezes se seria correto fazê-lo; se nossos leitores estariam preparados para tamanhas revelações; qual repercussão isso traria e se não corríamos o risco de sermos taxados de sensacionalistas. Confesso que, a princípio, hesitamos em publicá-lo, mas decidimos fazê-lo por 3 motivos: Primeiro, porque até onde pudemos checar, o relato é verdadeiro; nossa postura nunca foi a de aceitar intimidações por nossas atividades, das quais lemos o maior orgulho: e, terceiro, porque sendo verdadeiro o texto, o público precisa conhecer seu conteúdo – e é exclusivamente essa a nossa função em UFO.
Acredito pessoalmente ter tomado a decisão correta, mesmo porque, se não o publicássemos, quem mais iria fazê-lo no Brasil? E como o nosso leitor, brasileiro, iria ter acesso à tais informações? Acredito, também, que o texto não criará pânico ou medo, mas uma nova consciência sobre a presença dos ETs na Terra: a de que nossa “intimidade planetária” vai depender, no futuro próximo, de quanto podemos evoluir espiritual e moralmente para podermos estar ao nível de nossos visitantes, sejam eles invasores ou criadores.
A. J. Gevaerd.