Las Vegas é uma cidade interessante e, se tivesse que definí-la, usaria apenas uma palavra: suntuosidade. A impressão que se tem é de que em Las Vegas existe uma competição latente entre todos os incontáveis e imensos cassinos no sentido de se fazer o maior, o mais bonito, o mais rico e o mais suntuoso castelo de jogos do Deserto do Nevada. Ao descer do avião, já no primeiro saguão você encontra as primeiras máquinas de jogos, e daí por diante você as verá aos milhares, até em banheiros públicos daquela cidade. Não existe um minuto de descanso para estas intrépidas maquininhas, pois Las Vegas não dorme. Tudo que se vê na cidade está disponível 24 horas por dia, o ano todo.
E como não poderia deixar de ser, o 3° Congresso Internacional de Ufologia, simultâneo ao Festival de Filmes Ufológicos, foi realizado em um imenso cassino. O Hotel e Cassino Showboat, um dos mais antigos da cidade, foi o escolhido. Para se ter uma idéia de sua magnitude, o Showboat é um prédio com 16 andares e quase mil apartamentos, sendo que toda a parte térrea – do tamanho de um quarteirão – é destinada ao cassino. Os americanos gostam de aliar o prazer ao trabalho, por isso esta série de eventos é sempre realizada em cassinos de Las Vegas, ano após ano. Mas há outra razão para isso: a cidade é uma das mais baratas dos EUA, com diárias de hotel e refeições a preços imensamente inferiores aos de metrópoles como Los Angeles, Chicago, Atlanta ou Nova York.
O custo do Congresso para cada participante, incluindo 6 dias de conferências, 6 noites de filmes ufológicos, um coquetel e um banquete, não passou de 250 dólares. Isso cobrindo também a hospedagem no hotel, com fartíssimo breakfast! Por esta razão, ufólogos e estudiosos do mundo todo se programam com bastante antecedência para irem, sempre no mês de novembro, a Las Vegas, para participarem do Congresso Internacional de Ufologia. E isso também é permitido aos ufófilos brasileiros, pois uma passagem aérea do Brasil àquela cidade é mais barata do que uma passagem de São Paulo a Fortaleza, por exemplo. Tanto é assim que, neste último evento, a Revista UFO formou uma delegação de 9 pessoas para irem à Las Vegas. Para o próximo evento (em dezembro deste ano), a direção da Revista pretende levar pelo menos 30 ufófilos brasileiros àquela cidade. Os interessados que se apressem em arranjar passaporte e visto de entrada…
HISTÓRIAS EM PRIMEIRA MÃO – Você já viu aquela situação quando se entra num elevador e se começa a escutar uma conversa entre o ascensorista e outra pessoa? Você começa a se interessar em saber do desfecho final da história quando, inconvenientemente, chega seu andar e sua vez de sair, e você então fica desapontado em não saber o que acontece no fim da conversa… Pois bem, podemos dizer que algo parecido com esta triste situação é mais ou menos o que está ocorrendo no Brasil, no que tange a Ufologia Mundial. Não que isso seja culpa especificamente de alguém ou dos ufólogos brasileiros. Parece, isso sim, que isto é mais uma questão de dificuldade ou impureza de comunicação: nem sempre ouvimos a história inteira ou, quando a ouvimos, ela nos é recebida truncada.
Assim, só percebemos o significado das fantásticas histórias contadas por aqui, em nosso país, sobre fatos que acontecem e aconteceram por lá, nos EUA e em outros países, quando se começa a conversar com as pessoas que pesquisaram in loco os acontecimentos. E é aí que começamos a saber de pequenos detalhes que, somados a outros igualmente pequenos, em certas situações chegam até a formar histórias paralelas ao fato principal. Entretanto, conversando com essas pessoas – ufólogos que, de tão renomados, só conhecemos de nome, de livros ou citações –, e observando suas reações, podemos concluir quanta diferença faz entre se ouvir uma história contada por terceiros e você ouvir essa mesma história contada por quem a vivenciou.
Isso vale também, e muito, para os contactados modernos e abduzidos clássicos que, junto aos “canais extraterrestres”, abundaram no evento de Las Vegas. Olhando por essa ótica, o Congresso foi um bom lugar para se tirar dúvidas, mas também para provocar outras maiores ainda… No entanto, o resultado foi extremamente positivo, tanto para quem esteve em cima do palco, palestrando, quanto para quem esteve na platéia. No fundo, conferencistas e participantes se confundem num evento desses, de tanta bagagem que cada um tem a transmitir. Verificando pelo programa oficial do Congresso, já consagrado como um dos maiores e mais importantes já realizados, contamos ao redor de 30 conferencistas registrados, mas podemos dizer que pelo menos uns 40 discursaram na sala de palestras, mostrando seus vídeos, slides, projeções e canalizações de entidades extraterrestres.
PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA – Do Brasil, o editor de UFO, A. J. Gevaerd, 31 anos, e a pioneira ufóloga carioca Irene Granchi, completando seus 80 anos na ocasião, foram os convidados. Ambos abordaram casuística evidentemente brasileira, sendo que Gevaerd fez questão de enfatizar, desde o início, que sua presença (pela terceira vez consecutiva) naquele evento se faria na condição de representante do conjunto da Ufologia Brasileira. De fato, na montagem de sua conferência de 2,5 horas, Gevaerd contou com maciço apoio dos principais grupos e ufólogos brasileiros. Foram 6 dias de intensa programação, começando por volta das 9 horas da manhã e terminando ao redor de 11 horas da noite, com pequenos intervalos para lanches e refeições.
Para dizermos a verdade, é difícil se saber de onde se conseguiu tirar tantas histórias fantásticas, depoimentos, documentários, filmes e outros milhões de dados mais para preencherem totalmente a volumosa pauta do evento que, basicamente, foi dividido em três partes distintas. Durante as manhãs e tardes, foi realizado o Congresso propriamente dito. Pelas noites era realizado o Festival de Filmes Ufológicos (único evento do gênero no mundo e habitualmente realizado em paralelo ao Congresso). E permanentemente, dia e noite, foi montada uma exposição de material relacionado à Ufologia, com comercialização de todo tipo de itens que se refiram aos UFOs e ETs (desde livros e revistas a esculturas e camisetas).
FESTIVAL DE FILMES UFOLÓGICOS: UM SHOW À PARTE
Durante o Festival de Filmes Ufológicos foram apresentados oficialmente 7 filmes em forma de documentários, com duração de 30 minutos até 2 horas, todos em forma de vídeo e sendo usado um telão para a exibição pública [Editor: a maioria deles pode ser obtida através do encarte das páginas centrais desta edição]. Os documentários concorriam ao prêmio EBE Award, sendo a sigla EBE representativa de entidades biol&o
acute;gicas extraterrestres, ou extraterrestrial biological entities – uma outra forma de se dizer humanóide ou ET. O EBE Award foi conferido aos produtores dos documentários em categorias como melhor curta e longa metragens, melhor documentário histórico, melhor documentário sobre abducção / contactação e melhor filmagem original de UFOs. Vejamos uma descrição resumida de cada título apresentado.
Journey: Mars Compilation, distribuído por Journey e Richard Hoagland, com tempo de duração de 2 horas e em formato de gravação de SVHS, foi enquadrado na categoria de melhor documentário de longa metragem. É um documentário sobre as missões da NASA ao planeta Marte e principalmente sobre as imagens transmitidas pelas sondas Mariner, nas quais se pode ver uma topografia curiosa refletindo pirâmides e o tão famoso rosto marciano. Hoagland é um renomadíssimo autor de livros sobre o assunto, fez parte das missões à Marte da NASA e é considerado o maior conhecedor do assunto no mundo. Fez pesquisas aprofundadas das imagens tridimensionais destas formas marcianas, apresentando conclusões impressionantes. No Brasil, dois vídeos de Hoagland podem ser obtidos através da Revista UFO: O que a NASA oculta sobre Marte e suas Pirâmides, parte 1 (VC-43) e parte 2 (VC-65) – este último sendo o documentário acima.
UFOs: The Secret Evidence, distribuído por Clip Films e Light-works, com duração de 1 hora e em formato de VHS. Foi enquadrado nas categorias de melhor longa metragem, melhor documentário histórico e melhor filmagem original de UFOs. Este documentário foi produzido pelo ufólogo alemão Michael Hesseman, que também no ano passado ganhou várias das estatuetas EBE Award. Traz uma série de entrevistas e também seqüências de vôos de discos voadores em todo o mundo, bem como uma seqüência fotográfica sobre o fantástico caso de seqüestro de um jato da USAF por um UFO em Porto Rico. Com entrevistas a pessoas abduzidas, trata-se de um vídeo de excelente qualidade. No Brasil, a Revista UFO o oferece com o nome UFOs – A Evidência Secreta (código VC-71).
Visitors from Space, distribuído por Films of the Nation e Paul Weinberg, com duração de 57 minutos e em formato VHS, foi enquadrado na categoria de melhor documentário sobre abducção / contactação. Apresenta entrevistas com pessoas que passaram por abducções e uma análise desses fatos, bem como uma revelação inédita de que desde Hitler já havia interesse pelo assunto UFO. Este documentário foi produzido na Finlândia por Juhann Grann, um dos mais conhecidos ufólogos daquele país. O documentário, embora ainda não relacionado no encarte da Revista UFO, pode ser obtido a partir deste mês com o nome de Visitantes do Espaço (código VC-76).
Journey: Young Starseeds, distribuído por Journey e Brenda Roberts, com duração de 30 minutos e formato de SVHS, também foi enquadrado na categoria de melhor documentário sobre abducção / contactação. Este título tem seu ponto-alto em mostrar a entrevista de uma família abduzida, onde todo enfoque é dado as filhas, que relatam os contatos ocorridos com elas e ETs e o possíveis efeitos colaterais psicológicos causados pelos seres. Este vídeo ainda não está disponível no Brasil, mas seu lançamento será breve.
UFOs: The Last Evidence, distribuído pelo Canal 3 e WRBL-TV, com duração de 30 minutos e formato VHS, enquadrado na categoria de melhor documentário de curta metragem. Este vídeo é uma montagem em seqüência de antigos documentários que mostram toda a casuística mundial, principalmente nos Estados Unidos. Mas o mais interessante deste documentário são as seqüências de filmes de UFOs feitos pela NASA, onde aparecem estranhos objetos voadores como bolas luminosas seguindo as missões Appolo e outras. Em algumas cenas, há uma incrível seqüência onde os astronautas do Space Shuttle estão lançando um satélite do compartimento de carga da nave e, de repente, aparece no canto superior da câmera uma bola que parece ter vindo do espaço e parado por alguns segundos no local. Em uma outra seqüência ainda, pode-se ver nitidamente várias bolas luminosas no campo de visão da câmera externa do Space Shuttle, numa cena fantástica e inédita. Uma versão diferenciada dessas filmagens pode ser obtida no Brasil no filme sob o nome de A NASA e os UFOs (VC-60).
Ufólogos de todo o mundo participaram do 3° Congresso Internacional de Ufologia de Las Vegas, um dos mais bem organizados até hoje
Messengers of Destiny, distribuído por Genesis III e Lee Elders, com duração de 75 minutos e formato VHS, também enquadrado na categoria de melhor documentário de longa metragem. Este vídeo, já disponível no Brasil há 2 anos com o título de Mensageiros do Destino (VC-47), mostra em parte a relação ancestral que as culturas asteca e maia tiveram com os chamados deuses espaciais e suas relações com a ciência astronômica, indicando o contato com civilizações extraterrestres no passado. Este documentário foi um dos mais apreciados, especialmente por mostrar também filmagens noturnas e diurnas de UFOs em plena capital do México. Produzido por Lee e Brigitt Elders, veteranos pesquisadores do Caso Eduard Meier, o vídeo merece ser assistido por todos os interessados em Ufologia.
Farewell Good Brother, distribuído por Robert Stone Produções, com duração de 76 minutos e formato de VHS, enquadrado na categoria de melhor documentário de longa metragem. O vídeo é um documentário completo de nossa história, relacionando nosso passado aos UFOs e as intervenções extraterrestres no planeta. Este documentário foi o último vídeo da série que concorreu ao EBE Award, mas nem por isso o mais fraco. Pelo contrário, arrancou aplausos emocionados da platéia por apresentar aspectos até românticos da história da Ufologia. Infelizmente, o vídeo ainda não está programado para lançamento no Brasil.
EXPOSIÇÃO DE MATERIAL UFOLÓGICO: OS BASTIDORES DO CONGRESSO
Em uma ampla sala foram dispostos para a venda e comercialização todos os tipos de materiais relacionados a Ufologia, tais como livros, vídeos, fotografias, esculturas de ETs, camisetas etc. Mas, como em todos os congresso, também estiveram mostrados itens nem tão relacionados à pesquisa dos UFOs, como por exemplo os serviços oferecidos por videntes, cartomantes, profetas etc. Até enzimas milagrosas e pirâmides para serem colocadas na cabeça, sob a alegação de que curam diversos males, estavam sendo comercializadas, e outras coisas mais. Deve-se dizer que este lugar foi o mais interessante do Congresso, servindo como uma espécie de bastidores da Ufologia e onde
se podia conversar com pesquisadores, conferencistas e outros participantes mais informal e intimamente. Além disso, podia se achar nas bancas de livros verdadeiras raridades sobre Ufologia, publicadas nas décadas de 40, 50 e 60, e também publicações atuais de antigas idéias (o que parece ser uma tendência global no setor), como as de Nicola Tesla sobre as máquinas da chamada energia livre e outras idéias afins.
Como não podia deixar de ser, lá estava também o Brasil sendo representado pelo nosso Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) e pela Revista UFO, tendo à frente seu diretor e editor, Gevaerd, expondo revistas, fotos e posters nacionais, sempre sendo interpelado por pessoas de diversos países, interessadas pelo que se produz em Ufologia no Brasil. Realmente este foi um espaço bem aproveitado e interessante, onde pudemos ver o que não esperávamos e conhecer pessoas bem interessantes. Aliás, em eventos ufológicos em todo o mundo a tendência é sempre se ter um espaço destinado à exposição e venda de material, pois a Ufologia e os ufólogos devem sobreviver de alguma coisa – e por que não da venda de seus trabalhos?
PALESTRAS INTERESSANTES – A seqüência de palestras constante do programa inicial foi alterada várias vezes, devido a alguns imprevistos, como alguns dos conferencistas não terem comparecido. Mas isso sempre era compensado com a introdução de outros nomes, sendo que, assim, houve um remanejamento de horários e tempo de exposição de cada palestrante, permitindo um aproveitamento ainda maior do trabalho de cada um. Vamos descrever abaixo as principais conferências apresentadas no evento, dia a dia, na seqüência em que foram ministradas.
SEGUNDA FEIRA, 29/11/93:
A VEZ DA CASUÍSTICA INTERNACIONAL
Patrick Bailey, com formação em Engenharia e Física Nuclear, inaugurou os trabalhos do Congresso de Las Vegas. Bailey vem trabalhando ultimamente no que se tem denominado de máquinas de energia livre e energias de ponto zero. Apesar de ser um cientista e pesquisador de ciência ortodoxa, o conferencista é receptivo quanto ao aspecto espiritualista da questão ufológica, como por exemplo a canalização de mensagens de ETs. Bailey mostrou algumas seqüências de filmes onde se pôde ver pesquisadores desenvolvendo máquinas com sistemas de propulsão baseados em outras formas que não a mecânica, bem como equipamentos que poderão, num futuro não muito distante, produzir energia em grande quantidade e de forma limpa e barata. Por sinal, quem apreciou demais a exposição foi o ufólogo e cientista ítalo-brasileiro e professor da USP Salvatore de Salvo, colaborador de UFO e conferencista conhecido nacionalmente. O professor de Salvo fez parte da comitiva que foi ao evento, e lá teve a oportunidade de mostrar seu livro Sinfonia da Energética.
A. J. Gevaerd. Pode-se dizer que é quase desnecessário fazer a apresentação deste que foi o segundo conferencista do evento, de tão conhecido que é no meio ufológico. Porém, cumpre salientar a grande importância de termos, aqui no Brasil, pessoas assim, pelo fato de ter estado nos principais congressos ufológicos no exterior, representando o Brasil e trazendo para cá farto material informativo, como documentários em vídeos, novas fotos, lançamentos em livros e outros itens mais. Ainda mais pela publicação da Revista UFO e, finalmente, pela querida pessoa que é, sendo também muito respeitado no exterior. Gevaerd mostrou no congresso uma conferência que teve seu desfecho com o fantástico caso de mutilação humana ocorrido na Represa de Guarapiranga, em agosto de 1988, pois até pouco tempo atrás só se sabia de mutilações de animais. As fotos mostradas à plateia – as mesmas publicadas em UFO 25 – foram realmente chocantes e muitas pessoas ficaram impressionadas com o fato.
Donald Ware. Aposentado da Força Aérea Norte Americana desde 1982, Ware vinha dedicando seu tempo quase que exclusivamente como voluntário na entidade Mutual UFO Network (MUFON), tanto como investigador de campo quanto como diretor da seção estadual do grupo na Flórida, quando investigou profundamente o Caso Gulf Breeze, de 1987 a 1988. Ware era um pesquisador até então ortodoxo, associado também ao Centro de Estudos de Inteligência Extraterrestre e membro do Instituto Noético de Ciências. No entanto, de dois anos para cá, Ware passou a dedicar-se à análise de fatos menos científicos da Ufologia, como as mensagens de ETs, por exemplo. Isso suscitou uma verdadeira rebelião dentro da ultra-científica MUFON, que resultou por expulsá-lo de seus quadros, ingratamente, após décadas de serviços prestados. O expositor falou sobre o programa educacional do governo americano, designado a dar acobertamento sobre os UFOs, e fez uma revelação bombástica: suspeita que o governo dos EUA esteja envolvido em relações formais com os extraterrestres. O bombástico aqui não é a revelação, coisa já exaustivamente conhecida de todos, mas ela ter partido de quem partiu. Aliás, Don Ware tem supreendido a todos na Ufologia Norte-americana por estar cada vez mais “espiritualizado”.
TERÇA FEIRA, 30/11/93:
TEORIAS FANTÁSTICAS TOMAM CONTA DO EVENTO
Michael Hesseman, antropologista cultural, autor e jornalista considerado o alemão mais bem informado sobre UFOs, foi o primeiro expositor desse dia. Desde 1984 Hesseman tem liderado, como editor da publicação bimensal Magazine 2000, boa parte da Ufologia européia e russa. A tiragem de sua revista alcança 130.000 exemplares por edição e é a mais expressiva no mundo, hoje. Hesseman é também autor de livros e diretor de vários filmes documentários sobre UFOs (veja relação acima), tendo vencido alguns concursos internacionais além de receber várias estatuetas EBE Awards. O pesquisad
or organiza com freqüência mega-eventos ufológicos na Alemanha, como o de Düsseldorf, em 1992, com mais de 2 mil pessoas. Sua palestra foi sobre como os extraterrestres têm interferido, em nível genético, no crescimento da Humanidade no decorrer de nossa História. Ele acredita que nós todos somos “crianças de Deus”, ou o produto de 300 mil anos de um longo experimento genético feito por ETs. Evidências históricas, segundo Hesseman, mostram que uma nova introdução genética sempre acontece em fases cruciais de nossa jornada no planeta. E lança uma pergunta no ar: será que o fenômeno de abducção não indicaria que nós estaríamos frente à uma nova fase em nossa evolução?
O Congresso de Las Vegas reuniu o que existe de mais recente em Ufologia, dando espaço a todas as correntes de pensamento, que repartiram a atenção da platéia
Marc Davenport. Este conferencista tem uma longa vivência de estudo do Fenômeno UFO, além de ter pesquisado as abducções por mais de 20 anos. Davenport é autor do livro Visitors from Time: The Secret of the UFOs. É também autor e cofundador da publicação especializada Contact Forum. Davenport falou da idéia de que alguns ocupantes de UFOs parecem ter desenvolvido uma tecnologia tão adiantada que aprenderam como fazer campos magnéticos ao redor de suas espaçonaves, que artificialmente deformariam o espaço-tempo de maneira similar a que fazem os buracos negros. Esses campos permitiriam facilmente que fizessem viagens através do tempo, para o passado e futuro, e daqui para outras estrelas e até outros universos paralelos. Sua hipótese da deformação do espaço-tempo é fundamentada por estudos estatísticos e por padrões bem estabelecidos através da análise de centenas de testemunhos oculares de UFOs, muitos dos quais incluem evidências físicas, além de informações recebidas de ocupantes de discos voadores.
Ted Oliphant. Nascido em Oakland, Califórnia, Oliphant trabalhou em estações de rádio como repórter e relações públicas, adquirindo bons contatos com pessoas que tinham visto UFOs. Enquanto serviu na Força Aérea, trabalhou em radiodifusão na Alemanha e novamente como relações públicas para o Comando Aéreo Estratégico da USAF. Oliphant, um conferencista reconhecido nacionalmente, é o coprodutor do vídeo documentário UFOs – É Preciso Conhecê-los [Editor: disponível através da Revista UFO sob o código VC-30]. Atualmente, é agente policial na cidadezinha Fyffe, no Alabama, para onde foi após várias experiências pessoais com UFOs. Oliphant é atualmente o porta-voz oficial da Ufologia norte-americana no que diz respeito a recente onda de mutilação de gado em todo o país, tendo realizado brilhantes investigações a respeito. Recentemente, participou de vários programas de TV e documentários junto a Jorge Knapp e Linda Moulton Howe. Como agente policial, Oliphant tem estado atrás das recentes observações de UFOs e episódios de mutilação de gado, tema sobre o qual apresentou seu trabalho no Congresso. O ponto-alto de sua exposição foi mostrar a primeira reportagem de mutilação envolvendo ineditamente uma testemunha ocular.
George Knapp, um ganhador de vários prêmios como repórter investigador em Ufologia, foi o próximo conferencista. Seus documentários sobre o assunto têm sido considerados os melhores já produzidos até hoje, e suas investigações são aclamadas até pela Associated Press (AP). Knapp foi o primeiro ufólogo a publicar as afirmações do controverso físico Bob Lazar, a respeito dos programas secretos do governo americano com UFOs no Deserto de Nevada. Tais afirmações atraíram a atenção do mundo todo. Atualmente, Knapp é o mais antigo vice-presidente do Grupo Altamira de Comunicações, em Las Vegas, onde está produzindo uma série de documentários sobre UFOs. Knapp falou de suas descobertas em uma recente viagem à extinta União Soviética, onde conseguiu obter centenas de páginas de documentos secretos sobre UFOs. Numerosas entrevistas foram documentadas com pessoal científico e militar dos países visitados, que nunca haviam falado qualquer coisa antes sobre UFOs. Estas fontes confirmaram que o assunto tem sido tratado de maneira séria lá também, e nos mais altos níveis da ex-União Soviética. Uma revelação surpreendente é que esse interesse por UFOs vem desde a época de Stalin, coisa que sequer imagináva-mos…
QUARTA FEIRA, 01/12/93:
O GRANDE DIA DAS MENSAGENS ALIENÍGENAS
John Klimo, professor universitário e autor do livro Canalização: Investigação sobre a recepção de informações de fontes paranormais, abriu o dia mais esperado do Congresso, o das canalizações de mensagens de ETs. Mundialmente considerado por seu estudo sobre o fenômeno de recepção de mensagens em transe, Klimo afirma receber informações científicas através de sessões intermináveis de canalização, algumas das quais realizou em público. Klimo diz receber informações de várias origens, entre elas a extraterrestre, e sua análise da questão mostra como a canalização está provocando uma transformação em nosso senso de realidade, “aumentando nossa noção de unicidade dentro dos aspectos do Criador”, em suas próprias palavras. Sua performance perante a platéia foi simplesmente emocionante, com Klimo respondendo – enquanto “incorporado” por ETs – a inúmeras perguntas dos interessados.
Darryl Anka, talvez o mais conhecido dos canais da atualidade, pesquisa metafísica há mais de 15 anos. Anka começou a canalizar a entidade denominada Bashar, que se auto-apresenta como uma “consciência extraterrestre”, há 8 anos. É conhecido mundialmente como o channel mais impressionante e que maior número de mensagens recebeu nos últimos anos. O início de suas experiências de canalização está diretamente ligado à aparição de dois UFOs físicos, o que ocorreu 15 anos atrás. A apresentação de Anka, canalizando Bashar, foi uma das mais expressivas de todo este dia do Congresso, pois a entidade que o incorpora parece ter um profundo conhecimento da natureza h
umana e, em cima disso, sua mensagem tem sempre um teor espiritual muito elevado. Para se ter idéia, durante sua performance, uma platéia de mais de 400 pessoas prendeu a respiração em absoluto silêncio, como que faminta pelos ensinamentos que receberia.
Norma Milanovich. A Dr. Norma é presidente da Corporação de Treinamento e Desenvolvimento Mental em Albuquerque, Novo México. Em 1984, Norma começou a receber mensagens de origem celestial, como declarou em Las Vegas. Essas mensagens tornaram-se a base de seu livro We, The Arturians, que foi publicado em seguida ao Sacred Journey to Atlantis. Em 1994, Norma irá publicar o livro totalmente canalizado The Universal Laws and Hierarchy. A médium-contatada focou sua apresentação na questão da conecção telepática com o que ela chama de “nossos amigos e irmãos estelares”. Igualmente, Norma analisou até que ponto podem ser verdadeiras as mensagens recebidas tão constantemente, oriundas supostamente de ETs. Por fim, apresentou à platéia as características dos seres celestiais que estão atualmente contatando-nos e fornecendo direções para “nossa entrada em altas dimensões”, segundo suas palavras. Nesse contexto, a Dra. Norma também mostrou a fotografia do que considera um ser arturiano (oriundo do sistema estelar de Arturiun) em seu estado etérico. Isso comoveu os presentes, embora nem todos ficassem convencidos.
Lyssa Royal, autora e channel internacionalmente reconhecida, tem vasto material publicado em cinco continentes ao redor do mundo [Editor: no Brasil, muitos de seus ensaios foram publicados na revista Amaluz]. Royal é co-autora do livro O Prisma de Lyra e autora do livro Visitantes do Interior. E já está finalizando sua próxima obra, Preparando para o contato: Metamorfose de consciência, que será lançado em março próximo. Em sua apresentação em Las Vegas, Royal canalizou a consciência extraterrestre denominada Sasha, cuja palestra – apresentada via Royal – foi uma verdadeira olhada por dentro do processo de contato mediúnico. Sasha se diz “uma energia feminina vinda das Plêiades”, e chama a si mesma uma “engenheira cultural ou psicossociólogica que se especializou na abertura de contatos com planetas que estão prontos para entrar na comunidade galáctica”. Embora vagas, as declarações de Royal encontraram eco no Congresso, já que a sessão de canalização apresentou várias situações como essa.
Carla L. Rueckert e James Allen McCarty. Carla é professora de Inglês e bibliotecária. Em 1968, fundou a LL Pesquisas, um centro de estudos através do qual tem canalizado, desde 1974, várias entidades, a principal delas sendo o ser chamado Ra, cuja biografia foi publicada em quatro volumes com o título de A lei do Um. Carla escreveu vários livros, inclusive o Manual de Canalização, uma espécie de Bíblia do setor. Atualmente, promove encontros de canalização e meditação semanalmente. Sua apresentação em Las Vegas foi junto a de James Allen, formado em Comércio, Sociologia e Educação. Allen também trabalhou no contato com Ra e atualmente dirige o centro LL Pesquisas, onde trabalha em jardins de meditação.
John Fox, engenheiro eletrônico e interessado pelo desenvolvimento de novas formas de energia, é um tipo especial de channel. Tais novas formas de energia têm dado a ele uma fonte de canalização de novos conhecimentos e princípios científicos. John canaliza a entidade Hilarion desde 1983, que fornece informações revolucionárias para astrólogos, cientistas, físicos, artistas e até a curadores paranormais. John tem vários livros canalizados, dentre eles o Flower Essences, o Gem Elixirs e o The Espiritual Properties of Herbs, todos ligando o naturalismo com a canalização. Recentemente, transcendeu em seu trabalho e publicou um livro mais aperfeiçoado, o Starlight Elixirs & Cosmic Vibrational Healing, onde dá receitas práticas para quem quiser tornar-se um curador. John canaliza também outros seres, incluindo o S\’ra, que se auto-proclama proveniente do sistema de Sirius. Canalizou Hilarion, o qual lhe explanou sobre os ETs e sua ligação com a Humanidade. Em sua apresentação em Vegas, John mostrou a conecção entre as duas entidades, falando sobre o rumo que a Humanidade deve tomar para os próximos anos.
Um dos pontos-altos do Congresso foi a apresentação dos “canais extraterrestres”, recebendo mensagens em público e promovendo novo entendimento da Ufologia
QUINTA FEIRA, 02/12/93:
A HORA DOS CONTACTADOS E ABDUZIDOS
Dr. James Harder é professor emérito de Engenharia Civil, com intensa atividade e trabalho na área das abducções. O Dr. Harder tem pesquisado os ocupantes de UFOs por mais de 30 anos e compilou um enorme banco de dados sobre as interações entre ETs e humanos. Foi um dos seis cientistas convidados ineditamente para testemunhar sobre o Fenômeno UFO perante o Comitê Representativo na Casa de Ciências e Astronomia dos EUA, em 1968. O Dr. Harder atuou também como diretor de pesquisas para a extinta Aerial Phenomena Research Organization (APRO), a primeira organização devotada ao estudo da Ufologia no mundo e que foi, durante muitos anos, a mais poderosa. Assim, o conferencista teve participação íntima em muitos casos clássicos, incluindo o de Pascagoula, Travis Walton, Pat Price, Betty e Barney Hill etc, além de também ter coletado centenas de outros. Hipnólogo por excelência, o Dr. Harder fez uma das mais brilhantes conferências de Las Vegas, falando sobre o processo de amnésia dos contactados e como romper sua barreira mental.
Derryl Simms, pesquisador de abducções da Houston UFO Network (HUFON), acredita que a melhor maneira de se combater as abducções é confrontar os ETs. É uma abordagem nova e totalmente inusitada e, em seu trabalho, usa métodos aprendidos como ex-militar e antigo membro da CIA, especialmente no campo da hipnoterapia neurolingüística. Simms foi abduzido quando tinha 17 anos de idade, e desde então passou a se interessar pelo assunto. Sua genialidade o levou a criar métodos pelos quais conseguiu confrontar os ETs em casos de abducções múltiplas em andamento. Simms fez sua conferência sobre estes novos métodos de pesquisas e sobre a onda de abducção em massa ocorrida em Houston, Texas, em dezembro de 1992. O pesquisador incluiu na palestra uma discussão sobre a necessidade de se realizar uma análise grafológica e simbólica dos abduzidos, como uma espécie de nova ferramenta de trabalho.
para que os abduzidos possam confrontar seus raptores
Irene Granchi, completando 80 anos durante o evento, é a grande pioneira em pesquisas ufológicas no Brasil, tendo pesquisado mais casos do que qualquer outro ufólogo ao redor do mundo. Começou sua atividade de pesquisa quando, em 1947, ela própria viu um disco voador sobre o Rio de Janeiro. Irene foi a representante brasileira da APRO durante 2 décadas e a precisão com que suas pesquisas sempre foram conduzidas tornou-a famosa no mundo inteiro. A ufóloga fundou no Rio de Janeiro o Centro de Investigação Sobre a Natureza dos Extraterrestres (CISNE) e, no Congresso, falou sobre suas mais recentes investigações envolvendo casos de abducções. Por todas essas características, os organizadores do evento fizeram uma especial homenagem à ela, o que deixou todos nós, brasileiros presentes em Las Vegas, lisongeados e emocionados, senão orgulhosos em termos em nosso meio uma pessoa tão especial. Tamanha consideração com uma pesquisadora brasileira, por parte de ufólogos de mais de 20 países, é realmente uma alegria para toda a Ufologia nacional.
Robin Quail, hipnoterapêuta e parapsicóloga, faz regressão a vidas passadas aplicada à Ufologia. Nos últimos 20 anos, regrediu mais de 20 mil pessoas, das quais 600 apresentaram relatos de experiências abductivas ou foram objetos de contatos com extraterrestres. Quail é reconhecida nacionalmente por seu trabalho de pesquisa e é também autora de muitos artigos sobre Parapsicologia, incluindo o mais recente Prodígios, fenômenos telepático e inteligências extraterrestres, um estudo do único caso individual em que, após um contato extraterrestre, o objeto da experiência tornou-se um gênio inventor. Quail também falou, durante sua concorrida conferência, do espetacular caso no qual mais de 150 pessoas tiveram sua noção de tempo confundido por mais de duas horas, enquanto apresentavam conjuntamente evidências físicas de que estiveram presentes em naves e bases extraterrestres. Quail também falou de sua suspeita do envolvimento do governo em alguns desses casos.
Dr. Karla Turner, mestrada em Estudos da Arte Americana pela Universidade de Nottingham, Inglaterra, e Ph.D. em Inglês pela Universidade do Norte do Texas. Toda sua família foi abduzida por ETs, o que a levou a entrar no assunto. A análise da abducção de sua família foi publicada em 1992 e, desde então, ela atualmente trabalha em um livro inédito sobre o fenômeno. Freqüentemente, Turner tem se apresentado em congressos sobre UFOs e trabalhado com grupos de contata-dos. Também está trabalhando em tempo integral com pessoas abduzidas em casos extremos, incluindo violência dentro da nave e contactação repetida. A Dr. Karla falou em Las Vegas do produto de suas pesquisas nos últimos 5 anos, mostrando o que ela acredita ser uma falha com respeito aos casos de abducções relacionando atividade sexual, direcionamento mental dos indivíduos e eventos de realidade virtual – inclusive com a manipulação de sonhos.
SEXTA FEIRA, 03/12/93:
OS CASOS CLÁSSICOS DE ABDUÇÃO
Charles Hickson e Calvin Parker. O caso de abducção de Charles e Calvin seguiu involuntariamente o mesmo caminho do de Betty e Barney Hill e foi um dos casos mais famosos da Era Moderna de experiências de abducções por ETs, razão porque sua conferência em Vegas foi concorridíssima. Seu caso foi publicado pela imprensa mundialmente mas, entretanto, a experiência foi devastadora para Calvin. Já Charles Hickson não sofreu muito os traumas dessa aventura desafortunada, talvez por causa do grande auxílio que recebeu de pessoas que o ajudaram a entender que seu caso não se tratava de alucinação ou manifestação de sonhos. Tanto que Charles continuou tendo seus contatos com os raptores de Pascagoula, através de sonhos e durante todos esses anos. Charles e Calvin Parker falaram sobre sua experiência de abducção.
Leah Haley, nascida e vivendo atualmente no Alabama, parte de uma tradicional família batista e sulista, passou por experiências aterrorizantes nas mãos de ETs, e descreveu-as detalhadamente no evento. Depois de ser despedida da universidade onde trabalhava, por razões relacionadas ao seu envolvimento ufológico, começou a devotar seu tempo em palestras e a escrever sobre o fenômeno de abducção que viveu. Haley é autora do recente livro intitulado Lost Was The Key, onde descreve sua abducção por ETs e o momento em que passou junto a humanos na nave alienígena. O ponto-alto de sua narrativa foi o momento quando declarou que tais seres humanos pareciam militares americanos e estavam totalmente integrados aos alienígenas em suas operações. Leah descreveu sua experiência pessoal com cinco tipos diferentes de ETs e também falou das mensagens telepáticas que têm recebido freqüentemente, além dos sonhos com ETs – fases praticamente obrigatórias de experiências ufológicas.
Eddy Page, morador do interior da Flórida, é um ávido jogador de golfe, pintor e escritor que, atualmente, se dedica à pesquisa ufológica. Page tem três livros prontos para publicação, mas sua melhor descrição da história que viveu nas mãos de alienígenas foi a que narrou em Vegas. Eddy contou que, quando estava em combate no Vietnã, teve um período de onze dias de sua vida que foram perdidos e sobre os quais nada se lembrava. Porém, depois de fazer inúmeras sessões de regressão hipnótica, descobriu que na verdade tinha sido morto em combate e que seres extraterrestres pegaram seu corpo e o reanimaram mecânica e espiritualmente, inclusive trocando alguns órgãos internos. Eddy também descobriu que seus pais biológicos eram ETs, que tinha vários implantes em sua cabeça e por todo seu corpo, que serviriam para comunicação, monitoração e transmissão de dados. Sua história ainda inclui o fato de que ele foi implantado ainda quando estava em gestação e que, desde então, tem estado sob a vigilância cerrada dos ETs. Sua história foi de longe a mais fantástica de todo o Congresso, mas plenamente apoiada pelos ufólogos e hipnoterapêutas profissionais que o acompanhavam.
Kathy Davis é a figura central do livro de Budd Hopkins Intruders: The incredible visitations at Copley Woods. Ela trabalha como cosmetologista e, depois de seu contato fascinante, como investigadora de campo para a sessão regional da MUFON em Indiana, seu estado. Davis é co-autora com sua irmã, Laura Davis, de um capítulo do próximo livro de Hopkins, Intruders II: The story continues, esperadíssimo em todo o mundo pelas novas revelações e follow-up de seu caso. Ela falou sobre suas novas experiências de abducção, mas também descreveu emocionadamente os casos iniciais, em que foi engravidada por ETs e gerou uma menina que os seres mantiveram [Editor: Kathy Davis é a senhora que cen
traliza toda a trama do filme Intruders, a que recebe e expele o implante nasal e que tem sua família ameaçada constantemente pelos ETs. A Revista UFO encontrou-se com Davis em Vegas e obteu dela impressionantes declarações de sua vida, especialmente do lado emocional de sua experiência, como uma mãe privada de sua filha, que sequer imagina onde e com que seres esteja. A entrevista será publicada brevemente, assim como novas revelações sobre o caso].
A declaração mais fantástica de Las Vegas foi feita por Eddy Page, que afirmou ter sido rescussitado por seres extraterrestres, que o controlam desde sua infância programada
Casey Turner. O aparecimento de um UFO e a perda de noção de tempo numa noite de 1987 marcou a entrada de Casey Turner no mundo ufológico, como vítima de extraterrestres. Turner modificou totalmente sua vida a partir de suas experiências, que se expandiram entre amigos e membros de sua família. Em Vegas, falou sobre a mudança emocional que se seguiu em sua vida e o envolvimento humano e sua monitoração por ETs, incluindo raptos de pessoas por pessoal militar aliado aos alienígenas.
SÁBADO, 04/12/93:
CONSPIRAÇÃO GOVERNAMENTAL CONTRA OS UFOs
Bill Hamilton. Bill se interessa por UFOs desde 1953, época em que começou a investigar todos os aspectos do fenômeno, inclusive casos de abducção, de contatos, de quedas de UFOs e de envolvimento militar com ETs. Bill foi pessoalmente testemunha de mais de 100 aparecimentos de UFOs, é autor de cinco livros – incluindo o bestseller Cosmic Top Secret –, e escreve para inúmeras revistas e jornais dos EUA. No Congresso, falou da sua suspeita de o governo norte-americano manter o acobertamento sobre a questão ufológica devido a alta tecnologia que os UFOs têm demonstrar atrair seu interesse bélico. O expositor falou também sobre como esta tecnologia, se adquirida pelos militares, irá afetar nossas vidas no futuro e nos contatos com ETs.
Dr. Steven Greer é diretor e fundador do Centro de Estudos da Inteligência Extraterrestre (CSETI), uma organização científica internacional e educacional dedicada ao entendimento da inteligência extraterrestre. Atualmente, Greer tem tido muitos contatos na zona de vulcões do México, sobre os quais falou no Congresso. Respeitado nacionalmente por sua bagagem e seriedade no tratamento às questões mais polêmicas da Ufologia, Greer foi uma das presenças marcantes do evento, tendo discorrido abertamente sobre uma vasta gama de fenômenos ligados à manifestação ufológica, principalmente no México.
George Wingfield. Especialista reconhecido mundialmente no campo dos crop circles, os famosos círculos nas plantações inglesas, Wingfield expôs as últimas novidades no setor. Mostrou que os círculos que têm aparecido nas plantações da Inglaterra são registrados há décadas e séculos passados e que, no presente, parece que o fenômeno que os origina, ainda não totalmente identificado, está apenas dando continuidade à sua manifestação. Wingfield interessou-se pelo assunto desde a primeira vez que viu os círculos, em 1987, quando visitou um campo plantado em Worcestershire. Desde então, seu interesse cresceu tanto que tornou-se um pesquisador incansável do assunto, chegando a contribuir em sua explanação com a publicação de diversos livros, dentre eles o The crop circle enigma, de 1990, o Crop circles: Harbingers of world change, de 1991, e a série UFO Report, de 1990 a 1992. George tem aparecido em inúmeros programas de rádio e TV de vários países, onde fala abertamente sobre os círculos e as incríveis mudanças que vêm ocorrendo no padrão de sua formação.
Michael Lindemann, formado em Psicologia pela Antioch University, estudou Teologia no Graduate Teological Union, em Berkeley. Mais tarde, combinou seus interesses de estudos e acabou por fundar o Grupo 2020, uma organização privada para estudos das forças que formam o futuro, entre elas as extraterrestres. Desde 1990, o pesquisador ganhou o reconhecimento nacional por seus estudos sobre UFOs. Em 1991, Lindemann publicou sua mundialmente respeitada obra UFOs and the alien presence: Six viewpoints. Paralelamente, publicou também o controverso relatório UFOs and the new world order. Atualmente, trabalha em um novo livro, a ser lançado até o fim do ano. Como conferencista dinâmico, Lindemann apresenta-se em praticamente todas as partes dos EUA e outros países. Sua conferência versou sobre a mitologia governamental de manter a questão ufológica afastada da população, o que considera um erro brutal.
VIAGEM À ÁREA 51: UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA
Desde algum tempo temos ouvindo muitos pesquisadores dizerem que os Estados Unidos, desde a década de 40, possui em seu poder (não se sabe onde exatamente) alguns UFOs capturados em quedas provavelmente acidentais. Para muitos ufólogos, isso nunca passou de especulação, com uma ligeira tendência para a expressão “vamos esperar para ver”. Como minha especialidade profissional é na área técnica do desenvolvimento e apoio à pesquisa em uma grande universidade no Brasil, desenvolvi durante esses anos todos no convívio com a pesquisa ufológica uma forte convicção para nunca acreditar a primeira vista em qualquer coisa que seja dita. Porém, paralelamente à essa característica adotada, tenho também me dado a possibilidade de ponderar sobre aquilo que com os sentidos normais não consigo mensurar.
Tenho visto vários documentários a respeito da tão comentada Área 51, declarações feitas por diferentes pesquisadores que, com suas câmeras e lentes especiais, têm conseguido captar imagens realmente curiosas e que nos dão o que pensar. A história dessa área, onde está fincada uma das bases aéreas mais secretas do planeta, é comprida e pode ser compreendida se o leitor fizer uma pesquisa nas edições anteriores da Revista UFO. Pois bem, quando vemos os filmes de UFOs em vôo, feitos sobre aquela região ao norte de Las Vegas, começamos a pensar que os americanos talvez tenham mesmo as tais naves resgatadas ainda quase intactas de seu acidentes. Mais ainda, é presumível que as utilizem em testes manobrados por pilotos norte-americanos, como afirmam dezenas de ufólogos, de Milton Cooper a Bill Hamilton.
PRO
JETOS SECRETOS – Na verdade, a Área 51 é considerada uma base onde cientistas militares e civis têm desenvolvido muitos dos misteriosos equipamentos nucleares a serem testados algum dia. Segundo se sabe, seus laboratórios estão localizados em instalações subterrâneas nas montanhas ao redor da base. Algumas referências indicam que inclusive haveria uma convivência pacífica destes cientistas com seres extraterrestres em suas operações, sendo que em toda esta história haveria uma “troca de gentilezas” entre as duas partes. O aparecimento de naves extraterrestres por toda a região, mais especificamente na área da base, seria originado pela realização de testes de vôos conjuntos entre pilotos de provas americanos e seres alienígenas cooperativos, segundo declarações de Bob Lazar.
Na prática, esta base é rigidamente protegida e, até certo ponto, incompreensivelmente vigiada por um batalhão de guardas fortemente armados. Quando alguém se aproxima da área pelas estradas de terra ou asfalto que a ela dão rudimentar acesso, pode-se ver inúmeras placas “convidando-o” a se retirar do lugar e a não prosseguir adiante, sob o risco de ser preso ou, pior ainda, voltar dentro de um saco plástico… Um pouco cercado por esse clima de suspense, lá fomos nós, inocentes xerêtas a observar a Área 51, guardando os devidos limites, é claro. Na quarta-feira de Congresso, no dia em que os canalizadores falaram, realizamos uma viagem em grupo até o misterioso local. Munido de uma câmera filmadora VHS e jaquetas de frio (só mais tarde saberíamos o que é o frio do deserto a noite…), o grupo saiu de Las Vegas ao redor de 1h30 da tarde numa van, o veículo mini-ônibus dos americanos.
Começamos a sair da cidade pelo lado norte, seguindo em direção do deserto, até o momento de escurecer (o que se deu, nesta época do ano, ao redor das 17h00). Paramos por um momento em um pequeno bar à beira da estrada, chamado de Little Alien (pequeno alienígena, numa alusão ao que acontece no local). Por sinal, este era um tipo curioso de bar, cujo jardim, onde era asteada a bandeira americana, era todo feito de peças quebradas de aviões acidentados. A placa de anúncio do bar continha o desenho de um ET seguido logo abaixo por uma maquete de um UFO.
BAR UFOLÓGICO – Ao entrarmos no bar, que é ponto de parada obrigatório para as legiões de ufólogos e ufófilos que se dirigem à Área 51, vindos de todo o mundo, verificamos que seu interior era todo decorado com fotos de naves espaciais e até com uma pequena biblioteca de livros e publicações sobre Ufologia. Era uma mistura de biblioteca com centro de pesquisas, salão de debates e um bar para alguns drinques e refeições caprichadas. Fizemos lá nosso jantar para, em seguida, pegarmos novamente a estrada e nos dirigirmos ao local indicado pelos experts, de onde então poderíamos – se tivéssemos sorte – observar as tão faladas e filmadas aparições e possíveis testes de UFOs. Isso foi realmente algo interessante, pois paramos no meio do deserto à noite, em meio a um intenso frio, para tentarmos contactar UFOs.
A noite estava realmente esplendorosa e ajudava nosso grupo, dando-nos o direito a ver uma imensidão de estrelas, planetas e tudo mais que pudesse estar no firmamento ou que pudesse por ali passar. Ficamos nesse lugar por volta de uma hora, observando o céu e o horizonte ao redor, sempre com um frio cortante. Já estava ficando um tanto inconveniente estarmos ali com aquele frio todo quando, de repente, alguém no meio da escuridão gritou: “olhem lá, parece ser uma luz vermelha”. E realmente vimos algo que ninguém sabia bem o que podia ser, mas que todos desejavam que fosse um UFO. Era uma luz vermelha que apareceu no horizonte, entre a terra e o céu, e parecia fazer pequenos movimentos circulares, eventualmente aumentando e diminuindo de brilho para, depois de algum tempo, parar em um ponto fixo e ficar lá sem sair ou se movimentar mais.
Próximo da Área 51 foi possível observarmos várias luzes não identificadas no estupendo céu do Deserto do Nevada, apesar do frio intenso. Tais luzes são comuns lá
Depois de observarmos esta luz vermelha por algum tempo, e vendo que ela decididamente parecia não ter mais intenções de sair de lá, resolvemos então entrar no carro e seguir em frente. Andamos mais um pouco pela estrada principal e então, em um determinado trecho da estrada, entramos por um caminho de terra, onde encontramos dois outros carros parados com ufófilos fazendo exatamente o mesmo que nós. Alguém de nosso grupo foi logo puxando conversa e aí pudemos entender que aquele pessoal já estava ali a algum tempo e que tinha até presenciado uma bola de luz se movimentando de um lado para outro e mudando de cor para azul, vermelho e amarelo. Nesse momento, notamos que aquela luz que tínhamos visto no lugar anterior, onde havíamos estado, também podia ser vista deste novo ponto. Isso chamou nossa atenção, pelo tamanho do objeto.
BOLA PULSANTE – Mas de repente, foi diminuindo de intensidade e apagou-se. Ficamos ainda observando o lugar onde eventualmente aparecia algum ponto luminoso no céu, quando de repente apareceu uma nova bola no horizonte, que foi crescendo rapidamente, dando-nos a impressão de estar quase que pulsando lentamente. Esta bola de luz começou a andar para a direita de nossa visão, seguindo esta pulsação e a cerca de uns 30 quilômetros de distância. Movimentou-se em nossa direção parando a uns 10 quilômetros de nós, quando todos ficaram visivelmente eufóricos. Por minha vez, já havia ligado a câmera de vídeo desde a última parada e estava gravando tudo. Entretanto, o aparelho não dispunha de lentes especiais para gravação à noite, o que só me permitiu captar as vozes das pessoas gritando que haviam visto algo. Somente no momento em que apareceu este enorme ponto de luz no céu é que pude captar um pequeno ponto luminoso no vídeo.
Ficamos ali observando os fatos e talvez até esperando por algo mais. Mas decididamente já era bem tarde da noite e todos pareciam estar um tanto cansados, quando decidimos então voltar a Las Vegas. Não sei o que vimos naquela noite, sobre a fantástica Área 51, mas vimos algo diferente. E por tudo isso o 3° Congresso Internacional de Ufologia de Las Vegas foi uma experiência para ficar gravada na memória de quem dele participou. Com certeza, no evento deste ano poderemos ter surpresas ainda melhores.