Por várias semanas, Ray Santilli tentou persuadir o cinegrafista da autópsia a entrar em contato comigo por telefone. Na quinta-feira, 22 de junho, Santilli me ligou aproximadamente às 7h30 da noite dizendo ter se comunicado com o cinegrafista. Na mesma noite, recebi o telefonema de um homem que se identificou como JB, era o cinegrafista. Por nenhum momento tentei interrogá-lo, ao invés disso, aproveitei a oportunidade para tentar plantar as sementes de uma amizade, na esperança de que eu pudesse encontrá-lo e convencê-lo a trabalhar conosco.
No entanto, ele recusou polidamente minha oferta de aparecer em público, mas não excluiu a possibilidade de um encontro comigo caso eu visite os EUA. Informou-me também que, devido à sua idade e por estar continuamente doente, seus dias de viajante já tinham acabado e se sentia muito cansado. Ele tossiu continuamente durante os 15 minutos da nossa conversa. Eu disse a ele que tinha, pelo menos, mil perguntas a fazer e que preferia fazê-las pessoalmente e não por telefone. Então nos despedimos, ele me agradeceu pelas minhas ofertas de assistência e afirmou que se eu desejasse fazer qualquer pergunta a ele no futuro isso poderia ser feito por intermédio de Ray Santilli.
O cineasta revelou ainda que estava receoso sobre sua situação legal, uma vez que havia vendido um filme que não lhe pertencia. A conversa, apesar de breve, foi frutífera e tranqüila, sendo que JB não excluiu a possibilidade de uma outra conversa similar no futuro. Não posso, é claro, provar que o homem no telefone era de fato JB, o cinegrafista original. Mas se houvesse a mais remota chance de ser ele, creio ter tomado a atitude correta ao tentar ganhar sua confiança. Contudo, apenas o tempo dirá se consegui ou não. Também fui conversar com Gary Shoefield, que foi, segundo Ray Santilli, enviado pela Polygram para encontrar JB. Falei com Shoefield no mesmo dia em que entrevistei Ray Santilli em Londres e ele confirmou as afirmações sobre o filme.
