A Ufologia vive um momento histórico de amadurecimento e construção de sua identidade. Decorridos mais de 60 anos do incidente em Roswell e do avistamento de Kenneth Arnold — considerados marcos principais do começo da chamada Era Moderna dos Discos Voadores —, surge o questionamento do que de fato é Ufologia. Insistem os céticos em classificá-la como modismo, loucura ou brincadeira, mas é fato inegável que cada vez mais pessoas de reconhecida expressão profissional, social, política e religiosa se interessam pelos estudos ufológicos. O que pretendemos demonstrar no presente trabalho é que a Ufologia alcançou um grau de maturidade suficiente para ser classificada como ciência — e é neste sentido que devem convergir os esforços de seus defensores. A tarefa é árdua, exige coordenação e unidade de propósitos, mas é possível.
Vamos também discutir temas polêmicos, como a abordagem espiritual dos fenômenos ufológicos e novas teorias físicas que podem tornar mais compreensível a casuística ufológica. Vejamos, inicialmente, a definição de ciência. Segundo o Dicionário Aurélio, ciência é o “conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade que permitam sua transmissão, e estruturados com métodos, teorias e linguagens próprias, que visem compreender e, possivelmente, orientar a natureza e as atividades humanas”. No mesmo léxico encontramos outro conceito importante, o de ciência aplicada, entendida como sendo “produzida com a intenção de ser aplicada a objetivos práticos”. Veremos que estes conceitos se ajustam perfeitamente ao atual estágio da Ufologia.
De mãos dadas com a ciência
A pesquisa ufológica não nasceu pelo esforço dos cientistas, mas do insistente trabalho de investigação de cidadãos comuns, jornalistas, fotógrafos, pescadores, agricultores e aviadores, dentre outros. Todas essas pessoas tinham em comum curiosidade em obter mais informações sobre eventos que afetavam suas vidas ou das comunidades em que habitavam, mas que eram insistentemente negados pelas autoridades. Assim, foram a campo os primeiros ufólogos, pioneiros de uma era em que o equipamento de pesquisa não passava de um bloco de notas, gravador e câmera fotográfica de uso doméstico. Muitos pernoitaram em localidades rurais sob condições adversas, enfrentaram a truculência de seguranças públicos e privados, tiveram suas vidas particulares investigadas e, muitas vezes, prejudicadas pela incompreensão de colegas e familiares. A falta de formação acadêmica destes desbravadores — condição geralmente invocada pelos detratores da Ufologia como algo depreciativo — não constitui fato relevante, mas sim a quantidade de dados que coletaram, que não pode ser desprezada pela ciência.
Portanto, com vistas ao conceito de ciência, a Ufologia já possui uma quantidade enorme de dados historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade em quantidade que permitem sua transmissão. Estes dados compreendem os resultados de investigações de campo, fotos e filmagens, medição de evidências físicas nos locais de pouso, marcas nos corpos de animais e seres humanos, além de depoimentos de testemunhas oculares dos fatos associados à manifestação de UFOs e seus tripulantes. Por sua vez, os métodos de pesquisa foram delineados desde o início das primeiras investigações, quando o trabalho no local dos eventos se revelou fundamental. Também deve ser destacado o esforço em identificar fraudes em imagens, muito bem conduzido no Brasil pelo co-editor da Revista UFO Claudeir Covo e outros consultores.
Ciência aplicada
Em qualquer ramo da ciência, um dado experimental precisa ter sua credibilidade verificada, pois é a partir dele que serão construídas teorias. O grande desafio, contudo, é compilar esse imenso material, estruturando a uniformidade dos métodos de pesquisa e estabelecendo a ética como parâmetro em detrimento de interesses pessoais. Outra dificuldade é o caráter multidisciplinar da Ufologia, que precisa se socorrer de diferentes ramos da ciência, como a física, astronomia, biologia, química, psicologia e até a parapsicologia, para o entendimento de fenômenos tidos como inexplicáveis. E certamente ninguém sozinho dominará em profundidade todos esses ramos do saber. É lógico que um conhecimento geral sempre é útil, o que nos permite concluir que a Ufologia pode ser considerada uma espécie de ciência aplicada. Assim, vencidos os anos de pioneirismo, é importante que os interessados em fenômenos ufológicos busquem instrução adequada, porque a complexidade dos assuntos se avizinha e a Ufologia não poderá sobreviver somente de práticas empíricas.
Mas quem poderá instruir um ufólogo? No Brasil, por excelência, esta tarefa pode ser conduzida pelo Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), órgão que gera o conteúdo para a Revista UFO há quase três décadas. Colaboradores qualificados certamente não faltarão, pois uma pergunta persiste em ecoar: depois de tantos esforços, lutas e pesquisas, não é hora da Ufologia merecer um lugar de destaque como ramo do conhecimento? Sim, é. Contudo, acossados pela crítica contumaz da comunidade acadêmica, muitos ufólogos preferem se distanciar da ciência, buscando o que se costuma chamar de conhecimento paracientífico para continuar trabalhando. Neste procedimento reside um grande erro a marginalizar cada vez mais a Ufologia. A ciência será sempre útil e jamais perderá seu valor pelo comportamento preconceituoso e cético de alguns cientistas.
O ufólogo responsável, atento ao caráter multidisciplinar da Ufologia, sempre que necessário, deve se socorrer de profissionais credenciados nos diversos ramos de pesquisa. Repetimos aqui a necessidade de instrução geral e básica acerca dos assuntos afetos à pesquisa do Fenômeno UFO. Esta cultura geral permitirá melhor avaliar os fenômenos sob observação e mesmo estabelecer a dúvida a ser esclarecida por especialistas nas áreas envolvidas com a fenomenologia — tais como marcas de pouso, presença de radiação, fenômenos atmosféricos, eventos astronômicos, mutilação de animais, comportamentos psíquicos anormais de possíveis contatados etc.
Espiritualidade no Fenômeno UFO
Mas uma questão delicada que se apresenta diante dos ufólogos é a abordagem dos fenômenos sob o aspecto da espiritualidade. Não se utiliza aqui o termo religião, pois ele envolve um modo específico de crença e um corpo de doutrina baseado em dogmas e princípios. A espiritualidade, por sua vez, tem por fundamento básico a existência de um Criador e a sobrevivência da consciência após a morte, o que
se convencionou chamar de alma. Nos primórdios da civilização, todos os fenômenos naturais eram explicados pela intervenção de uma ou mais divindades sobre determinados aspectos da natureza. Todavia, com a evolução do raciocínio indutivo e dedutivo e a consagração do método experimental, a ciência se distanciou da religião e da filosofia. No lugar de especulação pura e simples acerca dos fenômenos físicos passou-se à experimentação, quando teorias foram destruídas e outras consagradas.
A fronteira entre a fé e a razão estava bem delineada quando a Teoria da Evolução de Darwin desferiu um duro golpe no criacionismo defendido pela Igreja Católica. Assim, chegou-se ao final do século XXIX com a impressão de que em breve seria possível descrever todos os acontecimentos ao redor com absoluta precisão matemática, desde o átomo até as estrelas gigantescas. Cientistas respeitáveis argumentavam que a física estava praticamente esgotada, não havendo nada mais significativo a ser descoberto. Mas sabemos que a presunção durou pouco, pois nas primeiras décadas do século XX a mecânica quântica pôs fim ao determinismo científico ao estabelecer que as partículas no mundo subatômico se comportavam de modo probabilístico. Assim, em lugar das posições e velocidades exatas da mecânica clássica, agora era preciso prever novas possibilidades.
O conceito de objeto material bem definido foi substituído pelo de “função de onda” e consagrou-se o comportamento quântico com o Princípio da Incerteza de Heisenberg, segundo o qual é impossível prever simultaneamente e com absoluta exatidão a posição e velocidade de uma partícula. Não se trata de um problema dos nossos instrumentos de medição, mas de característica da própria natureza. Além disso, a dualidade onda-partícula é outra pedra no caminho do pensamento determinista. Enquanto a luz pode se comportar materialmente como um pacote de fótons, as partículas revelam características ondulatórias por meio de experimentos como a difração de elétron. Decorre também da mecânica quântica que o ato de observar influi no resultado de uma experiência. Assim, a natureza não é um simples filme que assistimos sem qualquer interferência na trama, mas um palco de teatro onde podemos interagir com os atores e mudar o final da história. Por isso, cientistas como Roger Penrose e Amit Goswami vêem o papel da consciência como fundamental na física.
Nova física para uma nova ciência
Todos esses conceitos da novíssima física quântica podem parecer confusos à primeira vista. No entanto, essas considerações foram necessárias para esclarecer que a física atual, ainda que timidamente, já está enfrentando aspectos que os religiosos alcançaram pela fé e a meditação. Mas a ciência caminhará para a fé raciocinada, unindo sentimento e razão? Somente o futuro nos trará as respostas, talvez as mesmas que os místicos obtiveram pela intuição e crença em um ser superior. Importante, contudo, é dizer que a pesquisa ufológica não deve abandonar o estudo do aspecto espiritual e da fenomenologia paranormal envolvida.
Se a física, que é a ciência pura por excelência, assim está agindo, não há razão para a Ufologia se portar de maneira diferente. Mas poderia a física tradicional, sobre a qual se debruçam os céticos, responder todos os aspectos ligados à fenomenologia ufológica? Certamente que não, já que determinados conceitos físicos são geralmente invocados para negar a possibilidade de contato direto entre civilizações cósmicas. Quando não reconhecem como impossível a viagem interestelar em tempo razoável, os cientistas afirmam que as dificuldades são enormes e praticamente insuperáveis, o que reduziria a probabilidade de chegada de extraterrestres ao planeta Terra praticamente a zero.
No artigo A Propulsão dos UFOs no Espaço, deste autor, publicado nas edições 151 e 152 da Revista UFO, abordou-se a temática do vôo interestelar tripulado e sustentou-se que uma nova teoria física — de autoria do professor Fran De Aquino, da Universidade Estadual do Maranhão — apresentava fortes argumentos para justificar a propulsão de discos voadores pelo controle do campo gravitacional. O professor maranhense elaborou sua Teoria Quântica da Gravidade, intitulada Fundamentos Matemáticos da Teoria Relativística da Gravidade Quântica [Disponível no endereço www.frandeaquino.org], na qual estabelece a possibilidade da superação da velocidade da luz e o alcance de velocidades incríveis com pouco dispêndio de energia pela diminuição da massa gravitacional, além de explicar o fenômeno de levitação de objetos e transmissão de informações
instantâneas.
O trabalho do professor De Aquino foi bem desenvolvido matematicamente, superando o campo da especulação para construir uma teoria de unificação da gravitação e do eletromagnetismo com equações bem fundamentadas, conseguindo descrever o campo gravitacional e o eletromagnético pela mesma função, conhecida em física como hamiltoniana. Isto tudo já seria suficiente para consagrar De Aquino mundialmente, não fosse o boicote sofrido pelos meios de comunicação. Porém, o pesquisador brasileiro vai mais além ao estabelecer princípios psíquicos para a matéria.
Partículas com massa psíquica
No artigo Fundamentos Físicos da Psicologia Quântica, também de autoria do professor maranhense, o autor afirma que existem quantidades de “massa imaginária” associadas a elétrons e prótons, e que elas teriam propriedades psíquicas, daí sendo chamadas de “massas psíquicas”. Tal
psiquê seria elementar, mas justificaria o comportamento dos elétrons em uma experiência chamada difração por dupla fenda. Nela, átomos com maior massa psíquica seriam agrupados, como ocorre em macromoléculas como o DNA, onde já estão organizados de uma forma mais condensada, segundo postulados de Bose-Einstein. A característica principal deste grupo condensado de átomos é que as diversas partes que compõem o sistema não apenas se comportam como um todo, mas formam um todo. Deste modo, as diversas consciências das partículas individuais tornam-se uma única consciência, cuja massa psíquica é a soma de todas as massas psíquicas individuais que compõem o sistema.
A Comunidade Ufológica Mundial ainda não se deu conta da importância destas conclusões. Após a publicação do mencionado artigo sobre a propulsão dos UFOs, este autor enviou cópias dos exemplares para o professor Fran De Aquino, como forma de reconhecimento da importância de seu trabalho para a compreensão do Fenômeno UFO. Pouco tempo depois, já era possível encontrar em seu site a obra Física dos UFOs: A Gravidade Sob Controle, disponibilizada gratuitamente em arquivo PDF [Endereço www.frandeaquino.org]. O estudo mostra a Teoria Quântica da Gravidade em linguagem simplificada e suas implicações na propulsão dos discos voadores. Não há na literatura ufológica texto que explique com tanta propriedade fenômenos associados ao deslocamento dos UFOs, seja seu movimento pendular em baixas velocidades, a importância de suas luzes piscantes, a levitação de objetos e até a desmaterialização do próprio aparelho.
A Teoria Quântica da Gravidade é um tratado que visa explicar o controle da gravidade sobre o movimento dos UFOs, e em Física dos UFOs: A Gravidade Sob Controle isso é feito de forma bem didática. Cientistas e principalmente ufólogos que receberam o texto, como os presentes ao 3º Fórum Mundial de Ufologia, realizado em Curitiba, em junho de 2009, consideraram o trabalho de grande valor. Um exemplo foi o físico nuclear canadense Stanton Friedman, consultor da Revista UFO, que demonstrou interesse pelas teorias levantadas pelo pesquisador maranhense. Porém, apesar dos esforços do meio ufológico em entender a presença alienígena na Terra, a Teoria Quântica da Gravidade, que pode ser instrumental neste processo, continua amplamente ignorada.
Fenômenos associados à consciência
Se para nós, pesquisadores do Fenômeno UFO, escrever sobre o tema pode parecer relativamente simples, o mesmo não se passa com cientistas inseridos no mundo acadêmico. É preciso coragem e uma boa dose de espírito de renúncia para oferecer um estudo sobre UFOs à comunidade científica. Fran De Aquino foi além e, poucos meses depois, ofereceu aos leitores outro livro de igual importância, Física dos Espíritos [Editora Virtual Books, 2009], em que aborda os fenômenos associados à consciência e ao universo psíquico, à luz da física quântica e do controle da gravidade. Muitos autores conceituados já fizeram a conexão entre física e espiritualidade com conjecturas interessantes e abordando aspectos quânticos, mas o maranhense conta com a vantagem de ter em seu currículo uma sólida bagagem física e matemática, superando em muito o campo das especulações. Diversamente de outros escritores, De Aquino aborda a fenomenologia ufológica e espiritual calcado na teoria que ele próprio criou.
Para compreendermos a manifestação em nosso meio de outras espécies cósmicas, temos que entender que infinitos campos de estudo devem ser empregados — e que muitos outros surgirão como resultado. Uma análise da questão faceando ciência e espiritualidade unifica campos aparentemente opostos, mas que, na realidade, são justapostos. Isto é, ciência e espiritualidade são duas faces da mesma moeda. Isso não é apenas importante para a Ufologia, mas essencial, e o trabalho de Fran De Aquino é o único de cunho científico que satisfaz a dicotomia pela qual passa a Ufologia atual, buscando sua identidade entre o científico e o religioso sem perceber que somente a unificação desses dois pontos supostamente conflitantes poderá resultar em verdadeiro avanço. Não é exagero afirmar que no futuro não haverá mais sentido falar em Ufologia Científica ou Esotérica, mas simplesmente em Ufologia.
A Teoria Quântica da Gravidade
Logicamente, como em qualquer outro campo do conhecimento, a Ufologia se subdividirá em especialidades. Alguns ufólogos se dedicarão aos aspectos técnicos da questão, envolvendo a propulsão e deslocamento dos UFOs, as interações do fenômeno sobre a matéria e os seres humanos etc, enquanto outros cuidarão dos aspectos psíquicos, que hoje chamamos de fenômenos paranormais por falta de termo melhor. Porém, todos estes segmentos acabarão por constituir diferentes lados de uma mesma ciência, ainda carente de pessoas que, despidas de idéias pré-concebidas, consigam estabelecer a correlação entre diferentes formas de pensar.
Seriam as leis naturais do universo tão burocráticas quanto a nossa legislação? Seriam os princípios que movem a natureza semelhantes ao nosso ordenamento jurídico, que complica desnecessariamente as leis para estabelecer direitos e deveres em sociedade, abrindo brechas para que a injustiça se revista de legalidade e a imoralidade encontre amparo legal? Certamente que não, pois o Criador é infinitamente mais inteligente do que nossos legisladores. Infelizmente, no entanto, nos comportamos de forma burocrática ao interpretarmos a natureza, extraindo dela “leis” que funcionam muito bem sob determinadas condições, mas atribuindo-lhes exageradamente caráter de imutabilidade ou universalidade. Exemplos disso são o dogma da velocidade da luz, que não pode ser superada, a equivalência entre massa inercial e gravitacional, o conceito de entropia, a morte térmica do universo etc.
Todas são boas teorias, comprovadas exaustivamente de forma experimental, mas não necessariamente possuem o caráter geral que lhe atribuím
os. Não seria possível, por exemplo, superar a velocidade da luz ou reduzir a massa gravitacional de determinado corpo? A Teoria Quântica da Gravidade, de Fran De Aquino, aponta que estes eventos poderiam ocorrer sob condições específicas, se levarmos em consideração o aspecto psíquico das partículas. A descrição matemática das massas imaginárias, anteriormente citadas, se dá pelos chamados números complexos. Sua existência associada a um neutrino já é conhecida, embora esta grandeza não seja fisicamente observável.
O autor da teoria, no entanto, prefere usar o termo “psíquico” em vez de “imaginário”, já que este nos dá a idéia de inexistência, imaginação. Do ponto de vista quântico, as propriedades das partículas psíquicas são semelhantes às reais. Assim, temos o espaço-tempo real, onde habitamos, e o espaço-tempo psíquico, em que a matéria seria psíquica e muito mais sutil do que a nossa. Segundo o estudo, o universo espiritual seria o psíquico, em que a matéria conserva suas propriedades quânticas, mas não acessível diretamente pelo mundo material, embora interfira sobre este. Mas como alcançar o mundo espiritual ou psíquico? Dormindo, desdobrando-se nas chamadas “viagens astrais”, utilizando-se de faculdades mediúnicas?
O leitor mais afeto à ciência deve questionar o caminho que estamos seguindo. Afinal de contas, apresentamos uma teoria científica para explicar a propulsão dos discos voadores e agora abordamos a existência de espíritos. Mas o caminho enveredado se explica à luz da Teoria Quântica da Gravidade, que estabelece a possibilidade de acesso ao mundo psíquico pelo controle da gravidade, em especial da relação entre massa gravitacional e inercial. Não há nada de místico nisso, mas de ciência. Segundo o autor do estudo, quando a relação entre elas atingir um ponto específico, o corpo desaparece do universo material para acessar o universo psíquico. Nestas condições, um observador no universo material vê o objeto — que pode ser uma nave — simplesmente desaparecer, desmaterializar.
Sem a limitação da velocidade da luz
Porém, regulando-se a referida relação para fora daquele ponto específico, a nave voltaria ao universo material. Convém destacar que a massa gravitacional pode ser alterada mediante a aplicação de campos elétricos sob condições específicas, como, por exemplo, regulando-se a freqüência e a intensidade sobre substâncias com determinados valores de condutividade elétrica e densidade. Uma vez acessado o universo psíquico, o observador ou viajante pode deslocar-se com facilidade entre pontos distantes do universo, sem a limitação da velocidade da luz e os efeitos da colisão com partículas, visto que a densidade dos corpos psíquicos é desprezível. Talvez — e estamos somente especulando — situação semelhante possa ter ocorrido durante o polêmico Projeto Filadélfia, quando um navio da Marinha norte-americana desapareceu do local do experimento para materializar-se em outro ponto, muitos quilômetros distante do original. As informações não são seguras, mas especula-se que foram aplicados fortes campos eletromagnéticos sobre o navio [Veja edição UFO Especial 042].
É muito provável que, manipulando-se campos eletromagnéticos dessa maneira, os extraterrestres não somente se desloquem com incrível rapidez como também acessem o mundo que chamamos de espiritual — igualmente, na falta de um termo melhor. Assim, para eles, realmente não deve fazer muito sentido a nossa divisão entre ciência e espiritualidade, pois trafegam entre os dois mundos e nos “acessam” material e espiritualmente. Por isso, a Ufologia dita esotérica não é assim tão destituída de fundamentos como alegam os ufólogos ligados à corrente científica.
Outro ponto digno de nota é que a Teoria Quântica da Gravidade apresenta um método que poderia ser utilizado para filmar e fotografar corpos psíquicos — ou espirituais, se o leitor preferir. Trata-se de um dispositivo baseado em outra conclusão do tratado, a de que a força gravitacional atua entre o universo material e psíquico, com resultante material descrita por um número real. Isto significa que produz uma força capaz de ser mensurada, convertida em impulso elétrico e processada em imagem. Assim, seria possível obter imagens do universo psíquico e de entidades espirituais sem a interferência do psiquismo do médium ou sensitivo. Delírio? Certamente não, se encararmos a ciência como a arte de vencer impossibilidades.
Movendo mentes arraigadas
A rejeição a novos fundamentos científicos decorre da nossa própria arrogância como seres humanos. É preciso uma grande revolução para mover mentes arraigadas em velhos conceitos. Lord Kelvin afirmou em 1895 que o vôo de um objeto mais pesado do que o ar seria impossível. Edson tentou provar que a corrente alternada de Tesla era perigosa e ineficiente. A Teoria Quântica clássica também sofreu duros ataques, assim como ocorre à Teoria Quântica da Gravidade. Porém, nada melhor para comprovar um postulado do que a concordância de suas previsões com resultados experimentais. Isto já ocorreu com dois fenômenos físicos que envolvem anomalias gravitacionais ainda não explicadas.
O primeiro envolveu a sonda norte-americana Pioneer 10, que em 1973 alcançou o planeta Júpiter. Foi medido pela NASA um excesso inexplicado de aceleração gravitacional, que, embora muito pequeno, da ordem de bilionésimos da aceleração da gravidade na superfície na Terra, foi suficiente para intrigar a comunidade científica pelo fato de tal anomalia não estar de concordo com a Teoria Newtoniana da Gravitação ou com a Relatividade Geral de Einstein. O professor Fran De Aquino, partindo do pressuposto de que a massa gravitacional dos citados corpos imaginários produz efeitos no espaço-tempo real, aplicou os dados conhecidos da Pioneer 10 em suas equações, obtendo o mesmo valor anômalo detectado pela NASA.
A segunda e inexplicável anomalia gravitacional diz respeito ao aumento no período de um pêndulo em lugares que passam por um eclipse solar total, observado pela primeira vez pelo cientista francês Maurice Allais, quatro décadas atrás, e conhecido por Efeito Allais. O incremento do período é pequeno, da ordem de 0,005%, mas nã
;o pode ser desprezado. Posto a oscilar um pêndulo, esta alteração de seu período e freqüência permanece apenas enquanto durar o eclipse. Este era um verdadeiro enigma não solucionado pela física clássica ou relativística. De Aquino atribuiu esse fenômeno ao efeito de “escudo gravitacional” causado pela radiação solar sobre a tênue e rarefeita atmosfera da Lua quando esta se encontra entre o Sol e a Terra.
A Ufologia e a revolução da ciência
Conforme demonstrado no trabalho Controle da Gravidade por Meio do Campo Eletromagnético Através de Gás ou Plasma em Pressão Ultra Baixa [Gravity Control by means of Electromagnetic Field Through Gas or Plasma at Ultra-Low Pressure, disponível no endereço: www.frandeaquino.org], um gás à baixa pressão atravessado por um campo eletromagnético de baixa freqüência pode, sob determinadas condições, produzir alterações na aceleração da gravidade. Este é o fundamento básico da célula de controle da gravidade. Aqui também a Teoria da Gravidade Quântica logrou êxito, em perfeita sintonia com o valor experimental medido em um eclipse solar no ano de 1990.
Portanto, se Fran De Aquino apenas exercitou “malabarismo matemático” para chegar aos resultados pretendidos, como alegam os críticos, a concordância de sua teoria com os resultados experimentais acima descritos deve ser atribuída a uma fantástica coincidência. Nesta hora, os céticos parecem acreditar em milagres. Mas que significado isso tudo tem para a pesquisa ufológica? Ora, a Ufologia vive um momento crucial de sua história, em que a unificação das várias correntes do pensamento na área é medida que se impõe, já que a multidisciplinaridade é cada vez mais reconhecida como a chave para vencer a estagnação que envolve um pensamento contrário.
De que adiantará a liberação de documentos ufológicos secretos pelos governos de diversas nações — meta dos ufólogos mais conscientes do planeta —, se não tivermos um método coerente para interpretar a imensa quantidade de dados que ansiosamente buscamos? Aqueles que pensam que o objetivo da Ufologia é somente provar a presença alienígena na Terra menosprezam o potencial deste ramo do conhecimento que ousamos chamar de ciência. Ciência sim, mas com grandes desafios, porquanto deverá se manter ativa mesmo após o reconhecimento oficial do contato entre humanos e extraterrestres. E é igualmente importante que, pela primeira vez na história da Ufologia, uma teoria física sólida venha explicar com clareza os diversos fenômenos ufológicos associados não somente à propulsão dos discos voadores, mas também aos aspectos aparentemente fantásticos envolvidos em suas manifestações.
Conheça alguns fatos sobre a velocidade da luz
Ano-luz é uma unidade de medida utilizada em astronomia e corresponde à distância percorrida pela luz em um ano, no vácuo, meio em que ela se propaga a uma velocidade de aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo, percorrendo 9,46 trilhões de quilômetros por ano entre as estrelas. Assim, a distância da estrela mais próxima de nós, Alfa Centauro, até a Terra equivale a 4,2 anos-luz ou 40 trilhões de quilômetros.
Para se calcular o valor de um ano-luz em quilômetros é necessário saber que a velocidade da luz no vácuo é de 299.792,458 quilômetros por segundo (km/s) e que o tempo utilizado na definição é o chamado Ano Gregoriano médio, com 365,2425 dias. Assim temos que o ano-luz vale 9.460.536.207.068.016 metros, uma medida e tanto.
Algumas particularidades das distâncias estelares são interessantes. Por exemplo, a luz leva pouco mais de 1 segundo para viajar da Lua até a Terra, e cerca de 8,3 minutos para viajar do Sol até a Terra. Assim, a sonda espacial que se encontra mais distante de nós, a Voyager 1, estava a 12,5 horas-luz de distância da Terra em Janeiro de 2004.
Nesta escala de grandezas, a estrela mais próxima conhecida do homem, além do Sol, chamada Alfa Centauro, está a 4,22 anos-luz de distância. Nossa galáxia, a Via Láctea, tem cerca de 100.000 anos-luz de diâmetro, e o universo observável tem um diâmetro de cerca de 93.000.000.000 anos-luz. O raio do universo se expande em todas as direções em uma velocidade superior a da luz, devido ao fato de o espaço entre dois objetos poder se expandir sem um limite fixo.
Como nossa galáxia tem 100.000 anos-luz de diâmetro, uma nave espacial hipotética, viajando próximo da velocidade da luz, precisaria de pouco mais de 100.000 anos para cruzá-la. Entretanto, isso é verdade apenas para um observador em repouso com relação à galáxia. A tripulação da nave espacial experimentaria a jornada em um tempo bem menor por causa da dilatação do tempo explicada pela Teoria da Relatividade Especial de Einstein.
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