A febre epidêmica do temível Chupacabras chegou ao Mato Grosso do Sul. Jardim, situada a sudoeste do Estado, a 218 km de Campo Grande e próxima a Guia Lopes da Laguna, Ponta Porá e Bonito, é a mais recente cidade atingida pela sagacidade da horrenda criatura – a cada nova investida, mais exigente e voraz. Segundo informações obtidas, os ataques a animais domésticos como cabras e ovelhas não são novidade na zona rural do município. Eles já vinham acontecendo na região há alguns anos, mas nos meses de maio, junho e julho as agressões se intensificaram de forma descontrolada e absurda.
Durante esse período, supõem-se que até seres humanos estiveram sob as garras da misteriosa criatura. Como se pode notar, o ser, além de apreciar bastante um carneiro gordo, não dispensou nenhum porco ou cachorro que estivesse pela frente. O primeiro ataque foi registrado no dia 25 de maio, na Fazenda Goiabal, localizada a 15 km de Jardim, na rodovia que liga a Bela Vista, fronteira com o Paraguai. Na propriedade rural da pecuarista Suely Wesner, oito carneiros apareceram mutilados e com um buraco na cabeça. A Polícia Civil esteve no local e documentou o ocorrido através de fotografias do rebanho morto, deduzindo que tivesse sido executado a tiro, dando o caso por encerrado. O agente da Polícia Civil Walmir Rodrigues Leandro, que também investigou o caso, informou que “a policia tratava do assunto baseada numa possível vingança por parte de algum inimigo dos fazendeiros donos dos animais mutilados”.
No entanto, em 02 de junho passado houve uma nova ocorrência, na Fazenda Flamboyant, do advogado Marcos Antônio Ruiz, 29, localizada no distrito de Boqueirão, a 30 km de Jardim, próxima à Fazenda Goiabal, e envolveu dois cabritos. As vítimas tiveram seus olhos, a língua e os órgãos genitais arrancados. Novamente a polícia foi notificada. Dessa vez, descobriu-se que no local não havia vestígios de que os cabritos pudessem ter sido mortos por algum animal conhecido ou mesmo um predador. Também foram encontradas marcas de sangue pela vegetação. O proprietário conta que na época foi informado pelo empregado da fazenda sobre o nascimento de dois cabritos.
Patas cortadas – Passados três dias, os filhotes foram achados mortos, sem qualquer sinal de violência ou com a pele rasgada para a retirada dos órgãos, o que causou espanto a todos, principalmente ao pecuarista. “Um dos cabritinhos estava com uma das patas cortadas rente à junta”, declarou Marcos, o primeiro a cogitar a hipótese de ser algo relacionado a extraterrestres. “Os sinais de que os aliens estão em nosso planeta se tornaram explícitos. Só não os vê quem não quer. Creio que a história tem duas vias, pois se estamos enviando engenhocas para fora da Terra, é perfeitamente compreensível que eles façam o mesmo”, declarou, completando ainda que as pessoas têm medo de falar sobre os ETs porque foge à compreensão e em Jardim não é diferente. Neste estágio, os 30 mil habitantes do município de Jardim e outros de Guia Lopes da Laguna, distante apenas 5 km, já estavam em polvorosa e intrigados com a seqüência de mortes, principalmente os sitiantes, que são os que mais levaram prejuízo. Entretanto, a mais inusitada das agressões aconteceu no domingo, 29 de junho, e pela primeira vez envolveu um rebanho de suínos.
Cinco porcos da Fazenda São João, do senhor Nelson Lucas Batistella, 30, foram vítimas de ataques misteriosos, que já estão sendo relacionados ao Chupacabras em decorrência das perfurações deixadas no pescoço deles. Dois animais apareceram mortos, outro veio a falecer no dia posterior, enquanto os outros dois – exibindo cortes nas costas – conseguiram sobreviver. Os leitões mortos, segundo o suinocultor, não tinham sangue e apresentavam um odor desagradável, diferente e muito mais fétido do que o cheiro de um animal em seu estágio de decomposição, apesar de terem se passado apenas 12 horas da morte.
Batistella conta que domingo à noite estava assistindo a um jogo de futebol pela televisão, juntamente com seu cunhado Ralf, quando sua esposa escutou, por volta de 20h30, um barulho parecido com o de uma moto se aproximando. Em seguida, ouviram o grito de um leitão. “Pensei que alguém roubava minha criação. Então eu e Ralf pegamos uma espingarda e a lanterna e nos dirigimos ao chiqueiro, distante uns 200 m”. Na ocasião estava chovendo muito e a iluminação era pouca, pois as pilhas da lanterna estavam fracas. Com receio de prosseguir, Nelson soltou os cachorros para afugentarem o suposto ladrão, mas estes começaram a correr de um lado para outro, desorientados. Um fato que intrigou o fazendeiro foi que seus cachorros sempre foram muito bravos, ao ponto de avançar sobre qualquer pessoa estranha que invada a propriedade. Porém naquela noite, os cães não chegaram nem perto do chiqueiro.
Nelson contou que ele e o cunhado ficaram em estado de alerta, pois não conseguiam distinguir o lugar exato onde a criatura estava. Ao perceber a presença dos dois e, sobretudo, o movimento dos cachorros, o ser correu em direção ao Rio Miranda, a cerca de 200 m do local, e desapareceu.
Ralf ainda insistiu para que fossem até à margem do rio que corta a propriedade, mas Nelson estava receoso por causa da escuridão e não queria se arriscar a descer até a encosta. Quando chegaram próximos ao chiqueiro, Ralf foi até a cerca, mas voltou logo em seguida horrorizado com o que tinha acontecido aos porcos. A testemunha achou rente a um galpão um dos corpos estirado ao chão, todo estilhaçado, com o intestino para fora, porém curiosamente intacto. “Seu odor era forte demais, apesar de ter morrido poucas horas antes. Nem mesmo os cachorros chegavam perto”, informou.
Cheiro de enxofre – Como ainda estava garoando, não puderam constatar se o sinistro ser havia deixado vestígios ou pegadas pela grama. No dia seguinte, por volta das 11h00, assim que soube dos acontecimentos, o comerciante e piloto Heitor Paniago, amigo do dono da fazenda, chegou ao local para fazer uma filmagem em vídeo retratando a situação em que ficaram os corpos dizimados. “Ao chegar lá, encontrei algo muito estranho: um macho e uma fêmea, ambos mortos sem uma gota de sangue pelo corpo. A fêmea tinha os intestinos expostos e os dois apresentavam um odor extremamente desagradável, diferente do cheiro de um animal em decomposição. Parecia enxofre”, comparou. Pelo curto espaço de tempo e devido à chuva, Heitor acredita que os corpos não poderiam ter entrado em estado de putrefação imediata. O piloto se dispôs a transportar os animais em seu carro ao veterinário para possíveis análises.
Os porcos foram examinados pelo médico veterinário Donato Bianchi Godoy, cerca de 16 horas depois de suas mortes. “Pela aparência deles e principalmente pela pele cortada na altura da cavidade abdominal, de onde saíam as vísceras dos intestinos intactas, parecia que o animal tinha sofrido uma incisão com um bisturi. Isto é: os órgãos haviam sido retirados cirurgicamente. Não havia rompimentos, nem hematomas”, descreveu o especialista. Quatro dias depois do transporte dos ca
dáveres, o cheiro deixado pelos animais não havia saído de dentro do carro de Heitor.
Explicação convincente – Acompanhando as filmagens estavam o delegado regional da Polícia Civil Edmundo Pereira Calado, o comandante da Polícia Florestal sargento Adelino Dorival Pacheco e a perita policial Edna Pleutin, que foi até a fazenda para uma diligência de rotina. Para eles, assim como para todos, o fenômeno não tinha explicação convincente. Infelizmente, quando a perita foi procurada pela equipe de reportagem da Revista UFO, na sexta-feira, 04 de julho, embora tenha reconhecido os animais nas fotos apresentadas, relutou em falar sobre o assunto alegando não ter conhecimento suficiente na área. Simplesmente Edna informou que ao chegar lá os animais já não estavam mais nos lugares onde tinham sido agredidos, mas que “mesmo assim, deu para perceber que as características neles encontradas não se assemelhavam ao ataque de um animal silvestre”.
No entanto, apesar de confirmar a estranheza do fato, a perita preferiu acreditar que eram mordidas de onça. Edna se negou a descrever mais detalhadamente a circunstância na qual encontrou os porcos no dia da sua visita à fazenda e a emitir maiores esclarecimentos ou sua opinião pessoal, sob a justificativa de que um veterinário saberia explicar melhor do que ela, que é bioquímica. Porém, se a perita não é a pessoa indicada e adequada a dar a causa mortis dos animais (visto que trata disso todos os dias em seu ofício), quem então seria? E o que ela está fazendo nessa profissão, se é “apenas” bioquímica?
Já o sargento Pacheco, da Polícia Florestal de Jardim e Guia Lopes da Laguna, que também presenciou a operação, informou que um dos porcos sobreviventes estava meio abobalhado, tonto, sem conseguir se manter em pé. Segundo o sargento, as perfurações em seu pescoço tinham formato longitudinal e não possuíam sangue. Pacheco lembrou o caso ocorrido cerca de quarenta dias antes daquela agressão, quando houve o registro de oito carneiros mortos na Fazenda Goiabal, no km 13 da rodovia que liga a Campo Grande.
Esses animais tinham sido misteriosamente atacados e apresentavam características semelhantes às encontradas nas recentes vítimas, os porcos. “Não tenho idéia do que seja este fenômeno descomunal que está causando tantos prejuízos à comunidade”, e acrescentou: “Conheço o senhor Nelson Batistella há uns 10 anos, e posso garantir que ele goza de uma boa reputação entre os moradores da cidade, e de forma alguma iria inventar uma história como essa”. Entretanto, o dono das cabras, doutor Marcos Ruiz, não acredita que os dois casos estejam ligados, pois para ele os cortes não têm relação nem semelhança.
Batistella, morador no município há 16 anos, nunca teve os seus animais vitimados, mas conhece ataques de onça e não atribui os de seus porcos a elas. “Se fosse uma onça os cães iriam latir, por isso, mesmo que o caso seja dado por encerrado, não estarei convencido de que se tratou de um ataque de onça. Eu acredito que o predador seja um animal aquático. Nunca vi nem em minha fazenda nem na de ninguém carneiros, porcos ou galinhas serem atacados desta forma”, informou a testemunha.
O veterinário também não consegue achar relação entre esses ferimentos e algum animal predador conhecido. Pois, segundo constatou, um dos porcos tinha uma mordida no pescoço, com marcas de duas presas, em torno de um centímetro de espessura e três ou quatro de profundidade. Sendo que havia quatro presas menores na superfície. Duas grandes, com meio centímetro de diâmetro e as outras menores. “Não posso precisar se o ataque foi efetuado por um animal predador ou silvestre. Contudo, acredito não ter sido onça, porque geralmente ela ataca na região dorsal, na nuca ou nas costas. A perda de tecidos é maior em caso de ataque de onça, pois eles são dilacerados”, esclareceu Donato.
Como um porco ainda estava vivo, o veterinário passou uma medicação para ver se o animal se recuperaria. A pele não apresentava marcas de sangue no local do ferimento e a sua conjuntiva estava com uma coloração de animal saudável, o que significa que não teve perda de sangue. “Esses ataques são muito estranhos porque é de se esperar sangramento, ainda mais próximo à veia jugular e à carótida”. Ainda conforme o veterinário, o animal morto tinha pedaços de mais ou menos 10 cm de pele levantada, sem sinais de hemorragia ou odor desagradável. “Suponho que o ataque dos carneiros da Fazenda Flamboyant foi causado por urubu ou Carancho, uma vez que a primeira coisa que eles arrancam da vítima são os olhos e a língua”, acrescentando: “Em sete anos de veterinária, nunca vi nada dessa forma. Embora totalmente leigo, não acredito na hipótese de ser uma criatura extraterrestre, porém não a elimino por inteiro. Imagino que lenha sido um predador desconhecido”, finalizou.
Humanos na mira – Se até aí o tal ser misterioso havia atacado somente animais, na madrugada de 04 de julho, o jovem Rogério Rocha Grance, 22, pode ter sido sua primeira vítima humana. O rapaz, que é mateiro [Editor: trabalha na derrubada de árvores nativas, desloca e limpeza de fazendas], voltava da casa de uma amiga, perto de 01h30, e quando passava por um trecho sem iluminação na rua de sua residência foi abordado por algo desconhecido. “Eu vinha da casa de uma colega, sozinho, e vi uns cachorros brigando num terreno baldio. Ao chegar mais perto, percebi que não eram somente cachorros: havia um animal diferente no meio deles. Então, no momento em que cruzei a rua. o bicho veio contra mim. Notei que era grande, possuía pêlos espalhados pelo corpo, cheiros a mal e parecia selvagem, pois era muito forte”, reportou.
Assustado, Rogério correu até sua casa, a poucos metros dali. Sua mãe, Gregória Rocha Grance, acordou na mesma hora apavorada com a palidez e o nervosismo do rapaz. Quando viu o ferimento em seu braço esquerdo, passou um pouco de álcool e o levou até o Hospital Marechal Rondon, em Jardim, onde o rapaz foi medicado pelo doutor Laércio, plantonista naquela noite. “Ele não me mandou fazer exame algum. Simplesmente me aviou uma receita”, lembra Rogério.
Quando procuramos o doutor Laércio, que é militar, para nos informar o estado em que Rogério chegou ao hospital para ser atendido, o doutor disse-nos que fez apenas um simples curativo no local do ferimento, mas que não verificou os detalhes, por isso não tinha nada a declarar. Apesar da demasiada insistência de nossa equipe, o médico se negou a dar maiores explicações para o fato. Como poderia um médico, de plantão em um hospital, não ter verificado direito a enfermidade de seu paciente e alegar que agiu assim só porque já era de madrugada?
As lesões de Rogério, contudo, não se assemelham às dos animais atacados e ele acha que não tem nada a ver com as agressões que vem ocorrendo na região. “Senti que parecia uma unha comprida, um pouco fria, que me furava. Não era dente. Fiquei muito assustado, mas acho que não se trata do Chupacabras. Com minha experiência no mato, nunca tinha visto isso antes”, argumentou o rapaz.
Sua mãe o apóia, dizendo já ter ouvido falar do “tal bicho” pela rádio, mas que nunca tinha presenciado o resultado de suas investidas: “A impressão era a de que o animal tinha dentes de aço”. Rogério relacionou a agressão que sofreu com a de um cachorro que naquela mesma madrugada foi morto. A senhora Maria, dona do cachorro e vizinha da vítima, jogou o cão no rio, sem comunicar nada à Imprensa. Mas o guarda noturno da escola do bairro declarou ter presenciado o alvoroço dos cães em frente á casa de dona Maria e viu um bicho bem esquisito por perto.
Esse ataque pode estar ligado ao misterioso ser. Uma espécie de “bicho peludo”, como definiu a testemunha, matou em poucos segundos o cão, que foi necropsiado pelo médico veterinário Olímpio Marçal Katayama, do Instituto Agropecuário de Mato Grosso do Sul (IAGRO). O medico constatou que o cachorro não apresentava lesões – a não ser um buraco na espinha dorsal. Diferente de todas as outras vítimas, este animal tinha sangue. O veterinário garante que o ferimento nas costas do animal foi causado durante uma briga de cães, em conseqüência de uma mordida. “Tenho convicção de que este caso não está relacionado aos ataques ocorridos em Jardim, mesmo porque há sinais de luta no solo onde o fato aconteceu, na Vila São Miguel”, frisou doutor Olímpio, divergindo das primeiras informações, que davam conta de que o cachorro não mostrava marcas de sangue, assim como todos os outros.
Rumores e censura – Houve rumores de que o Exército estaria dificultando a divulgação dos casos e intimando as pessoas que porventura viessem a ser atacadas para que comparecessem no quartel antes de dar qualquer entrevista à Imprensa. O Comando do Exército na região foi procurado para pronunciar-se sobre as ocorrências nos municípios de Jardim e Guia Lopes da Laguna. O comandante em exercício da 4ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Jardim, o capitão Ricardo Corrêa Leão, garantiu que não tem nada a esconder sobre o Chupacabras, esclarecendo que nunca tomou conhecimento de fatos semelhantes em Jardim. Enquanto isso, as polícias Militar, Civil e Florestal confirmaram que irão continuar atendendo qualquer ocorrência desta natureza. Pois, mesmo com o apoio das três corporações, ninguém sabe o que fazer se o ser aparecer novamente.
Fazenda já foi visitada antes – O fazendeiro Batistella teve uma experiência inesquecível há cerca de dois anos, que não consegue explicar até hoje. Ele conta que na ocasião ouviu os cachorros brigando com alguma coisa no quintal e decidiu se levantar para verificar o que estava acontecendo. “Quando sai à varanda de casa, pude ver um animal de grande porte, com mais ou menos 1,50 m, lutando contra os cães, enquanto, de pé, arrancava a carne de sol que eslava no varal”, lembra.
Batistella buscou a arma e ao tentar sair pelo portão teve sua trajetória interrompida pela passagem do animal, que em disparada seguiu para o rio. Logo que o dia amanheceu o fazendeiro saiu em busca de pegadas, porém só as dos cachorros estavam nítidas no solo e mostravam perfeitamente a briga da noite anterior. Já passavam das 08h00 quando percebeu a cerca de 30 m de distância um bicho escuro mergulhando na água e reaparecendo em seguida. Naquele momento o pecuarista diz ter visto perfeitamente a cabeça do “monstro peludo”. Impressionado, Batistella encontrou uma pegada na margem do rio, diferente de qualquer animal que tivesse conhecimento. O fazendeiro não só descreveu as marcas como também as desenhou no solo. Parecia uma pata de boi, dotada de quatro dedos grossos e unhas compridas e uma espora na parte traseira, cujas pontas cravaram-se no chão. “Até hoje não tenho idéia a quem pertença aquele rastro. Não vou dizer que seja de um animal existente em nosso mundo, mas ao mesmo tempo nada posso provar”, contrapôs.
Intestino intacto – No caso dos porcos, dois dias depois das mortes, acompanhado do agente policial Walmir Rodrigues Leandro e um jornalista, Batistella saiu em busca dos possíveis rastros que o ser poderia ter deixado em sua propriedade. O agente não descarta por completo a teoria de que seja um alienígena, porém aposta mais na de que é um animal aquático, pois em todas as manifestações o desconhecido ser correu para dentro de um rio ou represa mais próxima. “Os ataques não estão interligados, porque a distância entre os locais é de mais de 40 km e as características encontradas nos animais não são as mesmas”, frisou. Depois, com os casos tomando rumos mais avançados, houve diligências sérias em que se apuraram os dados concretos, como o caso do cachorro atacado em 03 de julho. “Tinha-se a impressão de que o cão tinha recebido um tiro de uma arma calibre 22”, presumiu Walmir.
Repercussão dos fatos gera pânico
O novo desafio da Ufologia, o Chupacabras, vem ocupando um generoso espaço na Imprensa de Jardim (MS). A notícia de que o Chupacabras tem atuado com insistência em vários pontos propagou-se tanto que a população está desnorteada, sem saber no que acreditar. O repórter André Luiz Ávalo, do jornal Correio Jardinense, tenta justificar essa reação: “Um pouco do medo é por causa da especulação em torno do assun
to. Muitas pessoas não entendem bem a notícia e a espalham totalmente distorcida. Ainda mais numa cidade como a nossa, com um povo simples e supersticioso, que crê em tudo”.
André prefere acreditar num possível ser extraterrestre ou numa criatura que sofreu alguma anomalia. As inúmeras notas através da Rádio Laguna geraram transtorno entre os moradores que se negam a sair de casa à noite, evitando andar pelas ruas sozinhos. Muitas crianças recusam-se a ir à escola. Sabe-se que a intenção da Imprensa é divulgar os fatos conforme aconteceram, sem causar danos à população.
Os céticos mantêm suas posições, mas consideram que desta forma pelo menos a cidade virou notícia nos bastidores da comunicação. Como o Chupacabras estava em todas as pautas, várias foram as teorias que surgiram para tentar explicar o fenômeno. O médico veterinário do Centro de Zoonoses de Campo Grande, em entrevista à rádio CBN na manhã de 08 de julho, cogitou a hipótese de se tratar de um animal resultante de uma hibridação natural ou genética, refutando a possibilidade dele ser um exemplar intergaláctico.