Pablo Mateo e José Rivera são dois jovens da cidade de Salinas, em Porto Rico, uma das mais belas ilhas do Caribe. Ambos viveram inquietantes experiências ufológicas no sudeste do país, em 1981, e mostraram a este autor uma intrigante fotografia em preto e branco de um cadáver. De acordo com sua narrativa, aquele cadáver seria, supostamente, de um ser extraterrestre que os jovens alegaram ter sido morto por outro adolescente, em um morro atrás do Acampamento Santiago, alguma data entre 1979 e 1980.
De acordo com a história descrita, aquele jovem teria passado momentos angustiantes quando corria no meio de vários seres estranhos e pequeninos que tentaram agarrá-lo enquanto explorava a encosta. Com medo, o rapaz pegou um pedaço de pau que estava no chão e bateu em uma das criaturas, acabando por matá-la. Em seguida, depois que outro ser fugira do local, o jovem pegou o corpo da criatura morta e abandonou a área. Ao alcançar sua casa, colocou o cadáver dentro de um recipiente com álcool, levando-o para casa de um amigo e ambos transferiram o corpo para um vaso contendo formol, a fim de evitar a de composição.
Mateo e Rivera procuram-me para contar o ocorrido pois imaginaram que a criatura morta tivesse algo a ver com seres extraterrestres, e deixaram que visse a foto do tal cadáver. Impressionado com aquilo, fomos os três visitar uma pessoa num bairro vizinho de Salinas, conhecido como Las 80, que sabíamos ser quem ainda possuía o corpo – embora negasse. Essa pessoa recebeu-nos mas relutou em mostrar-nos o tal cadáver alienígena, o que me trouxe dúvidas quanto à veracidade da narrativa. Pela foto que tínhamos em nosso poder, sentia que o corpo poderia muito bem ser a carcaça de um macaco sagüi ou talvez um feto humano abortado. Essas razões me fizeram deixar a investigação de lado por quase dois anos, quando então pude ver novas fotos e retomar os trabalhos.
Depois de seguir por várias direções diferentes, arrumei uma maneira de entrar em contato com o fotógrafo que havia tirado as fotos do cadáver. Seu nome é Rafael Baerga, um negociante de Salinas que mora na área metropolitana de San Juan. Com seu número de telefone em mãos, liguei e aliviei-me quando vi que ele não apenas se lembrava do caso, como também tinha 25 ou mais fotos do suposto ET morto ou do “homenzinho de Salinas”, como dizia. Visitando-o em sua casa, ele declarou que o incidente relativo à morte do ser era verdadeiro e que tinha ouvido o fato por volta de 1979 ou 1980, através de uma mulher que era sua funcionária naquela época, a senhora Ada Zayas.
Porto Rico tem uma das mais ricas casuísticas ufológicas de todo o Caribe. Nossa população encara os discos voadores de forma natural
De acordo com Baerga, Ada havia dito aos seus colegas de trabalho que seu marido, o oficial de polícia de Salinas Osvaldo Santiago, tinha em seu poder o corpo de um pequeno alienígena dentro de um vaso. Santiago disse que tinha confiscado o recipiente de um adolescente morador do local, como evidência para uma investigação policial.
Recipiente com o cadáver – Os amigos de Ada riram do assunto, e ela, muito perturbada, afirmou que poderia trazer o vaso com o corpo ao seu trabalho nos dias seguintes, quando todos iriam ver que era real e que ela era uma pessoa séria. Baerga, que também estava intrigado, pediu para ver o vaso com a enigmática criatura, e Ada voltou nos dias seguintes ao seu escritório. Para surpresa de todos os presentes, ela trouxera o tal vaso que continha a pequena criatura, “que não deveria medir mais do que uns 30 cm quando viva”, segundo Baerga. Aquele ser tinha uma cabeça muito grande em proporção ao corpo, e ela aparentemente estava achatada por ter recebido uma pancada muito forte, o que parecia ser a causa da morte. Baerga então pediu permissão à Ada para tirar algumas fotos, colocando a criatura fora do vaso. Ele obteve mais de 25 fotos coloridas e de diversos ângulos, na frente de várias testemunhas.
O fotógrafo então explicou que a história que ele ouviu – a da Ada e a do adolescente que matou a criatura, conhecido como “Chino” e encontrado mais tarde -, foi a seguinte: Chino estava nas montanhas atrás do Acampamento Santiago, que faz parte da área que inclui as conhecidas Tetas de Cayey, procurando peças arqueológicas quando, de repente, viu várias diminutas criaturas medindo por volta de 30 cm de altura tentando pegar sua perna. Assustado, apanhou um pedaço de pau no chão e bateu na criatura que já estava grudada em sua perna, matando-a. As outras fugiram e desapareceram. Baerga disse que ele e os outros presentes se convenceram de que o corpo não era de um feto humano nem de um macaco. Era algo completamente diferente e com uma configuração humanóide – cabeça, dorso, braços, pernas etc. -, embora claramente um não humano. Sua pele tinha uma cor esverdeada e era muito resistente.
Os repórteres do antigo Canal 11 foram notificados do fato, mas, antes de chegarem ao local, o oficial Santiago, marido da senhora Ada, pediu para guardar o corpo no vaso porque fazia parte de sua investigação oficial. Logo depois, várias pessoas procuraram por Baerga em seu local de trabalho, aborrecidas, exigindo que mostrasse a estranha criatura, pois ele pretendia escrever um livro sobre a descoberta sem nenhum contrato com Chino. Exigiram também que as fotos tiradas lhes fossem entregues. Baerga explicou que a polícia havia pegado o ser e confiscado o recipiente. Só depois, quando se consultou com um juiz, o fotógrafo viu que não tinha obrigação de entregar o vaso com a carcaça aos policiais. Mesmo assim, para satisfazer as pessoas, entregou-lhes algumas fotos e manteve outras.
Enormes cavidades oculares – Após examinar a coleção de 25 fotos de Baerga, coloridas e bem nítidas, vi que a criatura no vaso não era realmente um feto, nem algo conhecido por nós. A cabeça era muito grande e os braços, excessivamente longos, acabavam em quatro garras afiadas presas por uma membrana. As enormes cavidades oculares pareciam-se com amêndoas e a estrutura óssea da face, embora um tanto similar, era diferente da humana. Não tinha nenhuma orelha aparente, somente um pedaço de pele aderida ao crânio.
Um veterinário da cidade, após analisar as fotografias, apontou que a criatura não era nem humana nem animal, e não conseguiu identificá-la como qualquer espécie conhecida. O filho de Baerga, graduando da Escola de Medicina de Rio Piedras, mostrou as fotos para vários professores, que também não conseguiram identificar como nada conhecido. Igualmente, temos mostrado as tais fotos a vários peritos e especialistas em Pediatria, como também a zoólogos, veterinários, paleontólogos e outros profissionais para que possam dar suas avaliações sobre a imagem do corpo. Até agora, nenhum deles foi capaz de identificar o organismo.
Fomos então procurar a senhora Ada e tentar obter algum novo detalhe. Quando finalmente a encontramos, ela revelou que seu marido tinha passado dois anos investigando o incidente quando fora morto durante uma perseguição em Salinas. Ada deu seu relato sobre o ocorrido. “Um dia meu esp
oso me mostrou o vaso contendo o homenzinho e contou-me que um garoto, morador no setor de Las 80, o tinha chamado na delegacia e feito uma denúncia relativa a algo na casa em que morava na época”, disse Ada. E continuou: “O garoto lhe afirmara ter encontrado umas coisas estranhas nas montanhas atrás do Acampamento de Santiago e matado uma delas. Outras duas daquelas coisas tinham escapado. Explicou que havia trazido aquilo para sua casa mas, naquela noite, ele e sua irmã ouviram barulhos estranhos do lado de fora, como se alguém estivesse tentando entrar. Eles haviam se convencido que alguém estava procurando o homenzinho”, declarou.
“Com medo, a família telefonou para a polícia e meu marido relatou o acontecido. A estranha criatura foi encontrada e levada para a delegacia de polícia para análise”, finalizou. A senhora Ada relatou ainda que tem experiência em assuntos envolvendo abortos e fetos, assim como seu marido tinha antes de falecer. E disse que aquela criatura era alguma coisa realmente desconhecida, pois apresentava o aspecto de um homem idoso, mas com apenas 30 cm de altura. Dias depois, disse que seu marido lhe pedira para não comentar sobre o assunto, pois pessoas em altos escalões externos à força policial local haviam mandado encerrar as investigações, uma vez que o Exército passaria a examinar o assunto.
“Coisa lustrosa” – Outra testemunha do acontecido, o senhor Calixto Pérez, morador da região de Los Cocos, confirmou mais uma vez a história do garoto e seu encontro com as criaturas nas montanhas. “Aquilo aconteceu na área que eles conheciam como La Explanada, perto das Tetas de Cayey, em algumas cavernas que existem lá em cima. Posso lhe dizer que não era um feto, pois já vi vários deles em diferentes estágios de desenvolvimento na Universidade de Porto Rico, e aquela coisa não se parecia nem um pouco com um bebê”, declarou Calixto. “Aquilo era lustroso, com pele áspera e com uma coloração igual à nossa, mas misturado em tons verde-claro. Também não poderia ser o efeito do formol, pois aquela era a cor da sua pele. Tinha apenas quatro dedos e braços muito longos. Definitivamente não era humano”, adicionou.
Em sua opinião, a carcaça era algo de fora de nosso planeta. “Seu crânio e olhos eram muito grandes para um corpo muito magro. Não tinha nariz, talvez porque o corpo estivesse em estado de decomposição ou porque a pele poderia ter caído. Simplesmente faltava o nariz”, concluiu seu valioso depoimento. De qualquer forma, o resultado de nossa investigação inicial indicou que a criatura, ainda sendo preservada no recipiente, havia desaparecido misteriosamente – coisa que ocorre freqüentemente em casos dessa natureza. Também recebemos informações confidenciais sobre um morador do nordeste de Porto Rico que aparentemente tinha outra criatura escondida. Mas todos os esforços para contatar tal pessoa e tentar convencê-la a dar uma amostra do tecido da criatura para análise genética foram inúteis.
Fenômeno Chupacabras – Prosseguindo nossa investigação, finalmente descobrimos a verdade dessa história. Recentemente, enquanto participava da filmagem de um documentário japonês produzido por Tom Togashi sobre a situação ufológica de Porto Rico e o fenômeno Chupacabras, entrevistei o sargento Benjamim Morales, que trabalhou por 24 anos na força policial e do qual recebemos excelentes referências. Morales era companheiro do oficial Osvaldo Santiago na época de sua última investigação do caso do homenzinho de Salinas, e estava disposto a contar-nos tudo que sabia. Ele disse que o fato aconteceu em 1979, mais ou menos, quando ouvira pela primeira vez o caso de um morador local conhecido como Chino.
Morales disse que Chino tinha ido até Tetas de Cayey com um amigo e visto um grupo de pequenos animais que pareciam com criaturas humanas entrando em uma fenda na caverna. Uma das pequenas criaturas atacou Chino e agarrou sua perna, e ele a feriu com um bastão. “Mais tarde, Santiago trouxe o homenzinho para a delegacia de polícia e pude vê-lo. Chino estava com medo que a carcaça se decompusesse e a levou para Wito Morales, o dono da Funerária Monserrate, aqui na cidade. Foi Wito quem a colocou dentro de um vidro com formol para preservá-la”.
Para checar a idoneidade de Morales, contestei-o alegando que haviam outras histórias semelhantes, desde o momento que a primeira apareceu e que toda a situação poderia ter sido fabricada. Ou que o corpo no vaso era somente um feto humano ou um sagüi… “As pessoas que dizem isso simplesmente não sabem de nada. As que viram a carcaça não sabem o que é ou dizem que nunca viram coisa parecida. Eu, no entanto, vi a coisa de perto e sei que não era algo humano nem animal conhecido. Aquela coisa pertencia a uma espécie desconhecida”, respondeu Morales. “Sou uma pessoa séria que tem trabalhado na polícia de Porto Rico há 24 anos. Tenho uma posição que me força a analisar os fatos objetivamente e não poderia afirmar o que estou falando se não tivesse certeza. Aquela coisa não era humana”, completou. Além disso, Morales é técnico em emergência médica e sabe com que um feto se parece. “Agora, o que era ou de onde veio, isso eu não posso saber”.
Ao ver que o oficial demonstrava sinceridade em seu depoimento, perguntei em que se baseava para concluir que aquilo não poderia ser terrestre. Ele me disse que tem anos de experiência em urgências médicas e que, ao contrário de um feto, a criatura tinha a cabeça muito grande em relação ao corpo e pequenas orelhas pontudas. “Era como um homem pequenininho, mas bem formado. Não me lembro da cor dos olhos, mas eram grandes e inclinados. Não tinha nariz, apenas dois pequenos buracos e uma boca sem lábios ou dentes. Seus braços eram muito longos e suas mãos ficavam abaixo do joelho. Tinha dedos longos e finos com pequenas garras. Seus pés eram muito estranhos, em nada parecidos com os de humanos, nem com os de qualquer outro animal”, concluiu.
Sensação estranha – O sargento Morales também adicionou que a estrutura óssea daquela coisa era diferente, parecendo-se com um adulto e não com um feto. O esqueleto do pequeno corpo era forte e sólido, assim como seu crânio. A parte superior de sua cabeça não era mole, mas já estava formada e resistente, assim como seus ossos não eram frágeis como nos fetos.
Tudo indicava que aquela carcaça e
ra de um organismo adulto, totalmente formado e desenvolvido. Morales ainda lembrou-se que o cadáver se parecia com criaturas alienígenas mostradas na televisão, mas com alguma semelhança com os chamados Chupacabras. O sargento se referiu à cabeça e face dos alienígenas humanóides identificados como pertencendo ao grupo dos greys. Entidades biológicas anormais, tais como o Chupacabras e os greys, têm certa semelhança no formato da cabeça e da face com o pequeno humanóide de Salinas.
Nesse ponto, Morales falou algo muito importante: “Aquela coisa causou uma sensação estranha na delegacia de polícia, porque sabíamos que era algo ímpar – Santiago ficou fascinado por ela. Não tenho certeza se foi com o Exército ou com quem ele entrou em contato, mas sei que pediram detalhes e disseram a ele que viriam brevemente\’\’. Morales disse a Santiago que muitas pessoas apareceram interessadas na coisa e o melhor que ele poderia fazer era devolver aquilo para Chino, tão logo quanto fosse possível, pois se alguém a roubasse, poderia levar as pessoas a pensarem que ele a tinha vendido, causando-lhe um problema.
Depois de entrevistar o sargento, fui para a casa da senhora Elizabeth Zayas, irmã de José Luis \’Chino\’ Zayas [sem grau de parentesco com a já citada senhora Ada Zayas], que nos recebeu cordialmente e nos contou o que havia acontecido. Antes de iniciar a conversa, perguntei a ela se o pequeno corpo que ela havia visto era o mesmo que estava na foto que lhe apresentei, o que ela prontamente confirmou, totalmente surpresa. Logo que se recuperou do susto, disse que naquele dia em questão seu irmão havia saído de casa cedo para as montanhas, só voltando por volta das 15h30, muito agitado e chamando-a para sair e ver o que trazia consigo. “Ele tinha alguma coisa embrulhada dentro da camisa vermelha que vestia pela manhã naquele dia. Parecia-se com uma pequena criatura coberta por um líquido como um gel, algo que lembrava clara de ovo. Não estava sangrando, apenas totalmente encharcado”, disse. Elizabeth então continuou sua valiosíssima narrativa: “Chino e seus amigos [nomes arquivados] tinham ido para dentro de uma caverna perto das Tetas de Cayey quando, de repente, ouviram estranhos barulhos. Quando olharam seu interior com a luz do flash, viram que a caverna estava cheia daquelas criaturas pulando e fazendo ruídos. Também me lembro que ele disse haver visto muitas luzinhas e bolinhas iluminadas balançando no ar”.
De acordo com o que Chino descreveu à sua irmã, de repente ele teria sentido algo batendo em suas costas. Quando virou para olhar o que era, viu que uma daquelas pequenas coisas o agarrara por trás e tentava mordê-lo, quando pegou um pedaço de pau e bateu nela. “Ao matá-la, as outras criaturas fugiram por todos os lados, entrando em frestas na parede da caverna e desaparecendo”, emendou Elizabeth, ainda adicionando que “Chino tirou a camiseta, enrolou na criatura e voltou para casa, correndo muito”.
Ela informou ainda que os amigos de Chino nunca mais voltaram ao local, assim como seu irmão vive até hoje aterrorizado pelos pequenos seres. Uma coisa que despertou bastante curiosidade foi a forma como Chino chegou em casa com a criatura, e explorei o assunto. Voltando a discutir isso com Elizabeth, uma terceira pessoa entrou na conversa e deu novos detalhes do ocorrido. Era José Luis Pizarro, um vizinho de muitos anos que relatou que tudo o que fora dito era verdade, pois ele também tinha visto o homenzinho quando Chino o trouxe para casa.
“Vi aquilo estendido no chão, não como na foto, dentro do vidro. Parecia estar morto. Era como um homem pequeno de cor verde oliva e tinha órgão sexual bem desenvolvido, como o de um macho. Apresentava um pênis grande e testículos como os de um homem normal, apenas em menor escala. Sua pele era como a de um adulto – dura e grosseira, ao contrário de como é a de um bebê. Tinha um tipo de cabelo aloirado do lado da cabeça, mas depois de passar uns dias no vasilhame, o cabelo caiu”, declarou-nos Pizarro. Neste instante, Elizabeth interrompeu-o para acrescentar que não havia falado nada sobre a parte genital porque tinha ficado envergonhada, mas que ele de fato tinha um órgão masculino bem desenvolvido, como o de um humano. “Definitivamente não era nem um bebê nem um macaco. Aquilo tinha pés parecidos com os de patos, com uma membrana entre os dedos”, acrescentou Pizarro.
Chino havia lhes dito que a coisa só poderia ser uma pequena pessoa e que tinha medo de ser acusado de matar alguém. “Para mim, aquela coisa era um marciano, um desses alienígenas que estamos sempre ouvindo falar. Chino estava com medo que aquilo apodrecesse e entregou o homenzinho para o dono da Funerária Monserrate, que o colocou em um vaso com um líquido para preservar”. Foi assim que o oficial Santiago a encontrou, mas não a levou embora de uma vez. Chino teve que chamá-lo novamente e, voltando à sua casa com Ada, a esposa, pediram emprestada a criatura para uma investigação oficial. Pizarro lembrou-se que, naquele tempo, Ada trabalhava com ginecologistas e lhe disse que a coisa definitivamente não era um feto.
Agentes do governo – “Uma ou duas semanas depois – continua Elizabeth – Santiago voltou para devolver a criatura e decidimos escondê-la, porque muitas pessoas tinham vindo vê-la – médicos, moradores da cidade e curiosos. Havia um buraco no banheiro da casa em que morávamos e coloquei o vaso com a pequena criatura dentro. Tapamos o buraco e colocamos um pano em cima para escondê-lo. Uma semana depois, saí para ir ao armazém e quando voltei à tarde encontrei Chino muito triste. Percebi alguma coisa e perguntei se havia acontecido algo com o homenzinho. Ele respondeu que uns homens altos, norte-americanos, falando inglês e espanhol, apareceram com um tipo de mandado,falando da criatura”.
Elizabeth informou que seu marido estava presente na casa quando os homens chegaram e mostraram suas identificações, dizendo que tinham instrução para levar a criatura. “Eles traziam uma ordem com identificação da NASA para levar a criatura a um Museu em Ponce, próximo de Salinas, e depois aos Estados Unidos. Vasculharam a casa em busca do recipiente e o encontraram onde havíamos deixado uma semana atrás”, completou, adicionando indignada que outros homens da NASA ainda voltaram a procurá-los para que mantivessem segredo sobre os fatos.
Chino foi o que mais sofreu com o retorno dos americanos, pois três dias depois que os homens levaram a criatura, ele estava em um bar no bairro de La Plena, tomando cerveja com seus amigos, quando uns homens bem vestidos apareceram e pediram para que os acompanhasse em seu carro, pois queriam conversar. Foram para um lugar depois de La Plena e, quand
o lá chegaram, os homens o espancaram. Quando Chino tentou defender-se, um deles pegou uma arma e deu uma coronhada em sua cabeça, obrigando-o a tomar vários pontos na testa. “Os estranhos deixaram a área sem dizer nada, largando meu irmão lá. Agora ele nem quer mais falar no assunto, de medo”, exclamou Elizabeth.
Durante o curso de nossa investigação visitamos as Tetas de Cayey com a intenção de conhecer algumas das famílias que moram no local da antiga rodovia número 1. Guilhermo e Margarita Soliván, um casal do local, gentilmente nos fornecera evidências relativas a esse acontecimento, assim como outros detalhes importantes. Margarida lembrou-se da descoberta do homenzinho – ou “elfo”, como o chamava – quando o incidente aconteceu, em 1979. “Recordo-me que quando encontramos aquela coisa, muitas pessoas foram visitar as cavernas, achando que haviam mais criaturas iguais lá e que algumas delas estavam dentro de fendas nas paredes”, explicou. Por outro lado, Guilhermo comentou que o evento tinha agitado a área de Salinas quando aconteceu, e que outros sinais interessantes também haviam sido vistos. Por exemplo, estranhas bolas de fogo, luzes que vinham do céu e das montanhas e que desciam até o chão rapidamente foram vistas com regularidade naquela época. Pedi a ele para descrever as luzes e dizer quais eram seus tamanhos. “Eram bem maiores que faróis de carro e brilhavam como uma esfera amarelo-alaranjada. Esses sinais desciam para a floresta sem fazer qualquer som”, respondeu.
Também conversei com Miguel Soliván, um estudante de Marketing que mora às margens da rodovia número 1. Ele contou que havia visto UFOs em duas ocasiões sobrevoando a área. “Uma vez, por volta de 20h30, vi um lindo objeto em forma de disco voador metálico, com uma cúpula superior e luzes coloridas em volta, descendo lentamente sobre as montanhas”. Numa outra ocasião, Miguel viu uma nave sobrevoando sua casa. “Devia ser nove e meia da noite ou mais. Era um objeto grande e triangular com aparência metálica, embora escuro, com três luzes muito potentes, uma em cada canto. A luz do meio era para baixo e aquilo passou silenciosamente sobre a casa, indo depois para o sul, em direção a Salinas”.
Miguel acrescentou que a área em cima das Tetas, através das rochas, tem sido controlada pelo Exército há muitos anos. São vistos militares fazendo exercícios com regularidade na área, ainda que não se saiba com qual finalidade. “Não sou nenhum especialista militar, mas em uma ocasião vi caminhões com soldados subindo e descarregando algo por lá. Outras vezes, eles chegam em helicópteros e saltam dentro da floresta. Depois podem ser vistos correndo por todos os lados, procurando alguma coisa lá em cima. Uns dias antes de eu ver a nave, os soldados tinham aparecido e acabaram voltando poucos dias depois que a nave aterrissou – mais uma vez parecia procurar por alguma coisa”, finalizou.
Considerações finais – De acordo com as descrições das testemunhas oculares, a criatura estava realmente morta dentro da caverna na base das Tetas de Cayey, como discutimos anteriormente. Moradores do local informaram que bem no meio das duas grandes pedras que formam as Tetas existem duas cavernas, uma pequena e outra bem maior, que contém um túnel extenso e escuro que as liga verticalmente, acabando em abismos. Nossas pesquisas indicaram inquestionavelmente que a pequena criatura poderia já estar alojada naquelas cavernas há tempos.
Talvez ela pudesse pertencer a uma espécie extraterrestre que esteja habitando temporária ou permanentemente os subterrâneos do planeta, mas essas são apenas suposições. É possível que as cavernas sejam ainda peças de um quebra-cabeças bem maior. Há moradores do local que garantem que elas não são as únicas e que há inclusive correntes de água ou rios subterrâneos que as interligam. Também se sabe que correntes muito fortes de ar saem da caverna, mostrando a existência de uma ligação com algum outro lugar onde o ar possa entrar. Isso só resultaria em maior possibilidade de existir um complexo de túneis subterrâneos passando por aquela parte da ilha, a uma grande profundidade. Curiosamente, de acordo com várias testemunhas, a pequena criatura morta tinha mãos com membranas entre os dedos e pés semelhantes aos de um pato ou iguais aos sapatos especiais usados por nadadores, o que é uma característica de espécies anfíbias. Além disso, de acordo com Elizabeth Zayas, seu vizinho José Pizarro e outros envolvidos na história, os grandes olhos da criatura eram basicamente incolores, semitransparentes, com pupilas verticais, como os olhos de um réptil ou felino. O detalhe da transparência da esfera ocular é um sinal de origem subterrânea, funcionando como uma adaptação ao meio sem luminosidade, onde a pigmentação ocular e corporal não é necessária para a proteção contra a nociva radiação solar.
As criaturas observadas – e em especial aquela morta – são extraterrestres? Estão ligadas ao fenômeno UFO? Embora discos voadores sejam vistos na área com freqüência, não há nenhuma evidência conclusiva que nos permita ligar um fenômeno ao outro. Dizer isso seria irresponsabilidade de nossa parte, embora tal possibilidade não possa ser descartada. Por outro lado, se a informação for comprovada, de que agentes da NASA ou outra agência governamental norte-americana confiscaram o cadáver do ser, isso pode significar que as autoridades dos Estados Unidos são realmente informadas do que acontece no país – especialmente sobre o que envolve a presença de seres anômalos na ilha. Esta poderia muito bem ser a razão que levou o Exército norte-americano a aumentar consideravelmente o perímetro de sua base no Acampamento Santiago, recentemente ocorrida.
Em circunstâncias igualmente inusitadas, a ação militar dos Estados Unidos em Porto Rico tem se mostrado visivelmente exagerada.É certo que a ilha seja estratégica para os EUA, inclusive por causa da proximidade com Cuba, que representa uma hipotética ameaça, mas os porto-riquenhos são unânimes ao considerar que não só os militares norte-americanos lotados no país, mas também agen
tes da CIA e FBI estão particularmente interessados em UFOs.
A anatomia do estranho cadáver
O cadáver encontrado em Salinas apresenta peculiaridades que o distinguem de animais ou fetos humanos, conforme já afirmaram veterinários e especialistas que analisaram as fotos. Eis alguns detalhes observados na estranha criatura:
As diversas testemunhas que viram a criatura a descreveram como “um homem pequeno de cor verde oliva”. Tinha órgão sexual masculino bem desenvolvido: um pênis grande e testículos como os de um homem normal, apenas em menor escala
CABEÇA
A cabeça da criatura encontrada em Salinas, frágil e esmagada, é muito grande e visivelmente desproporcional com relação ao corpo. Ao contrário do crânio de um feto, os ossos são duros e estão inteiramente formados.
BRAÇOS
Os braços são excessivamente longos e flexionados por um cotovelo semelhante ao de humanos. As mãos são na verdade uma espécie de garras afiadas unidas por uma membrana interdigital, como de sapos.
ROSTO
Os olhos foram arrancados ou caíram. As enormes cavidades oculares da criatura são amendoadas e a estrutura óssea da face é diferente da humana. O ser não tinha nenhuma orelha aparente, somente um pedaço de pele.
TÓRAX
A criatura tem uma estrutura toráxica diferente da humana, com pernas articuladas como os braços e ligadas a uma espécie de bacia, assim como em qualquer bípede. Mas tem um conjunto de ossos diferenciados.