Desde novembro de 2006 temos recebido notícias constantes a respeito de avistamentos de esquadrilhas de UFOs sobre algumas cidades peruanas, em especial a capital, Lima, onde os casos se concentravam principalmente nos bairros de Acho e Mercado Central, no centro. Eram fatos esporádicos que ainda não causavam comoção. No entanto, em 20 de maio de 2007, um domingo, a situação mudou radicalmente. Já no começo da tarde passaram a circular informações de que desde o meio dia estavam sendo observadas estranhas esferas brancas sobre o céu da capital peruana. As notícias vinham dos distritos limenhos de Surco, São Isidro e do centro. Por uma feliz coincidência, o jornalista Francisco Landauro, da equipe de notícias da ATV Andina, Canal 9, encontrava-se numa das áreas sendo sobrevoadas pelas esferas quando percebeu que dezenas de pessoas olhavam e apontavam para o céu.
O que se via era uma formação de dezenas de bolas de luz branca que davam a impressão de compor figuras geométricas no ar. Imediatamente, Landauro ligou para a sede da emissora pedindo para que mandassem uma equipe para registrar imagens do fenômeno. Surpreendidos pelo fato incomum, por volta das 14h00 os cinegrafistas Erick Schreiber e R. Monsefú começaram a gravar cenas na quadra 35 da Avenida Arequipa, no distrito de São Isidro, e continuaram a fazê-lo durante quase meia hora, até que aquela estranha manifestação desaparecesse por completo. A notícia do avistamento dos objetos correu o mundo e um segmento de alguns minutos da filmagem, exibida num dos telejornais da emissora, foi publicada no site Youtube e vista por milhões de pessoas. Foi imediata a associação do fato com as famosas flotillas mexicanas, que há uma década surgem inexplicavelmente sobre aquele país, e que nos últimos anos tomaram uma proporção assustadora [A Revista UFO fez ampla cobertura dos fatos nas edições 109, 110 e 112].
Examinando detidamente o registro feito pelos cinegrafistas e levando em conta as declarações prestadas pelas testemunhas que se encontravam em diferentes pontos de Lima, calcula-se que naquela tarde havia entre 40 e 60 esferas de cor branca no céu, de natureza desconhecida e muito próximas umas das outras. Particularmente intrigante foi o fato de que elas permaneceram imóveis por cerca de duas horas e meia, a uma altura aproximada de 2.000 m e sem emitir som algum. As investigações sobre o evento começaram imediatamente, com uma consulta à Direção Geral de Aviação Civil (DGAC), órgão encarregado de autorizar o sobrevôo de aeronaves com fins publicitários, científicos ou de outras espécies sobre o espaço aéreo limenho. A consulta resultou negativa, ou seja, aqueles objetos não eram parte de uma ação publicitária, nem de uma experiência científica e tampouco aviões em missões conhecidas.
Consultas mais abrangentes — Uma investigação mais profunda também revelou que os objetos esféricos não estampavam qualquer tipo de publicidade clandestina, que eventualmente não tivesse sido comunicada e autorizada pela DGAC. Igualmente, depois de veiculadas as imagens na TV, nenhuma instituição científica assumiu a autoria daquela maciça manifestação aérea. E, por fim, nem mesmo a Corporação Peruana de Aeroportos e Aviação Comercial (Corpac) reconheceu as esferas como qualquer espécie de aeronave. O órgão também nada informou a respeito de o radar do Aeroporto Internacional Jorge Chávez, de Lima, ter ou não captado e identificado o fenômeno aéreo, já que a região do avistamento está dentro da área de sua ação.
A hipótese de aeronaves em vôo também estaria descartada, a priori, uma vez que aquela região da cidade não é rota de aviões – e seria improvável que houvesse tantos voando ao mesmo tempo. Além disso, os objetos filmados não se pareciam com qualquer aparato aéreo ou aerodinâmico conhecido, como aviões, helicópteros, dirigíveis, aeromodelos, ultraleves ou similares. A exemplo de como ocorreu no México, uma possibilidade logo aventada para explicar o fenômeno é a de que fossem balões meteorológicos ou mesmo pirotécnicos e festivos sendo arrastados pelo vento. Mas a tese, defendida majoritariamente por céticos, também foi descartada, pois os artefatos permaneceram imóveis no céu durante aquelas duas horas e meia, apesar do vento que soprava, para depois se afastarem e desaparecerem.
Na busca de identificação para o fenômeno também se descartou uma possível confusão entre as esferas e objetos aéreos militares não tripulados, usados em missões de espionagem, já que a natureza de sua tarefa os obrigaria a serem furtivos, ou, na medida do possível, menos detectáveis e observáveis. Por fim, rejeitou-se também a hipótese de fenômenos meteorológicos tipo raio bola, relâmpagos esféricos, plasma globular e similares, aventados para explicar fenômenos semelhantes. Os raios esféricos, como se sabe, são uma manifestação natural responsável por inúmeros relatos de avistamentos de UFOs, mas não são capazes de explicar a manifestação sobre Lima, por motivos óbvios. Enfim, nada podia esclarecer aquela formação de esferas no céu.
Controle social — Em situações como esta, quando tudo mais falha, não faltam indivíduos que surgem com teses inusitadas para tentar explicar o mistério. E assim, a hipótese de campanhas ou experiências psicossociais para distrair as massas, desviando sua atenção de problemas mais importantes, também foi proposta para elucidar a manifestação. Ocorre, entretanto, que neste momento em particular, tanto nos aspectos políticos, econômicos ou sociais, não há nada de grave ocorrendo no Peru que justificasse a criação de uma campanha psicossocial tão elaborada e custosa. Ainda assim, numa clara tentativa de prover a qualquer custo uma justificativa para a esquadrilha de objetos voadores não identificados sobrevoando a capital do país, surgiram até mesmo indivíduos alegando que a suposta campanha psicossocial estaria sendo levada a cabo para a reorganização do serviço de inteligência do Peru…
Em resumo, descartadas todas as possibilidades, parece ter restado uma única explicação
: a de que as luzes formavam uma esquadrilha de UFOs, nos mesmos moldes das flotillas. E essa conclusão leva a algumas perguntas, que creio serem apropriadas para o momento. Primeira, existe na atualidade alguma tecnologia capaz de criar objetos voadores com as características dos observados? A constatação parece óbvia, mediante todos os milhares de testemunhos dos populares e dos registros em vídeo. E segunda, haveria algum instrumento científico que pudesse projetar no céu imagens holográficas tais como as registradas pelas câmeras da ATV Andina? Simplesmente não temos esta resposta, pois as fontes de informação sobre este tema são muito polêmicas. Por enquanto, deixemos a hipótese formulada. Mas, de qualquer maneira, por que ou para que alguém iria sobrevoar Lima com artefatos tecnológicos tão avançados? Ou mesmo projetar imagens holográficas como aquelas? A investigação para se responder a estas questões permanece em andamento.
Desencadeando a abertura — No entanto, a manifestação de 20 de maio teve o condão de proporcionar uma séria discussão sobre vida inteligente no universo, discos voadores e até seres extraterrestres no país, uma vez que tais temas foram os que restaram para explicar o fenômeno. Chama particular atenção o fato de que, pela primeira vez na história republicana do Peru, a população tem assistido a uma gradual e significativa mudança qualitativa na apreciação do tema Ufologia por parte de importantes setores da sociedade e da opinião pública. Uma manifestação direta e intensa do Fenômeno UFO tem dado sólida contribuição para esta situação, através do registro de uma incomum e febril atividade de discos voadores sobre o país no intervalo de poucas semanas após aquele domingo memorável, rompendo décadas de silêncio total sobre o tema. Parece que a observação maciça em Lima e as manifestações posteriores estavam obedecendo a uma ação coordenada.
E assim, está havendo em amplos setores da população peruana uma explosão de interesse pela Ufologia, um tema que sabidamente repercute e se alimenta da inédita ressonância proporcionada pelos meios de comunicação. Aproveitando essa maré favorável, conferências ufológicas têm sido organizadas às pressas no país e os mais emblemáticos representantes dos chamados “grupos de contactação alienígena” provenientes de vários países, entre eles a Argentina e os Estados Unidos, visitam o Peru para falar sobre o tema. Feitas as devidas ressalvas a esta oportunística ressurreição do movimento contatista, ávida de sensacionalismo, há fatos extremamente significantes, registrados antes mesmo da presente onda ufológica, que oferecem um considerável avanço para a Ufologia Peruana.
Por exemplo, em 06 de novembro de 2006 foi realizada, durante o Curso de Alta Gestão em Defesa e Desenvolvimento Aéreo Espacial da Escola Superior de Guerra, uma conferência com o tema O Fenômeno UFO no Peru, um marco notável na aceitação do tema pelas Forças Armadas do país. Com a iniciativa, a entidade acadêmica máxima da Aeronáutica peruana demonstrou estar aberta para a livre e democrática discussão sobre discos voadores entre os oficiais que exercerão cargos importantes na instituição, seguindo o exemplo já registrado no Chile, onde desde 1997 há uma entidade oficial de pesquisas ufológicas atuando junto da Direção Geral de Aviação Civil, o Centro de Estudios de Fenómenos Aéreos Anómalos (CEFAA), e outra ainda mais antiga, no Uruguai, a Comisión Receptadora y Investigadora de Denuncias de Objectos Voladores No Identificados (Cridovni).
O Incidente Chulucanas — Meses depois, em 19 de abril de 2007, a instituição científica e tecnológica mais importante do Peru, a Universidade Alas Peruanas, aceitou pela primeira vez discutir academicamente a Ufologia ao promover em seu auditório principal, que foi totalmente tomado por mais de 500 pessoas, a realização da conferência Projeto 33: Crônicas e Investigações Sobre o Fenômeno UFO no País. No mês seguinte, em 16 de maio, civis, militares, cientistas e religiosos compareceram ao auditório do Comitê de Administração do Fundo de Assistência e Estímulo dos Trabalhadores do Setor de Educação (CAFAE) para prestigiar a conferência Chulucanas, o Primeiro Caso Oficial de Investigação Ufológica do Peru, que é parte integrante do Projeto 33, uma iniciativa de estudos do Fenômeno UFO. Setores populares muito interessados em Ufologia compareceram no dia 19 do mesmo mês a outras iniciativas semelhantes, buscando conhecer as investigações científicas realizadas por ufólogos em 14 departamentos [Estados] do país.
E, finalmente, como que para consolidar a abertura que o Peru vive no momento com relação à presença alienígena na Terra, em 20 de maio ocorreu o primeiro avistamento maciço de UFOs em Lima, onde está concentrado o poder político, econômico e os mais importantes meios de comunicação do país. Foi extremamente oportuno, portanto, que o avistamento acabasse sendo registrado não por algum dos sete milhões de habitantes da cidade, mas por cinegrafistas profissionais de uma rede de televisão, que não só contavam com os equipamentos adequados como também se encontravam no lugar e no momento certos. Mas é inegável que o estado de aceitação das visitas extraterrestres no Peru tenha ganhado corpo após a investigação e divulgação de um dos principais casos ufológicos do mundo, o Incidente Chulucanas.
Em 13 de outubro de 2001, durante a festa religiosa do Señor Cautivo de Ayabaca [Senhor Cativo de Ayabaca], um gigantesco UFO de 150 a 200 m de comprimento surgiu sobre a cidade de Chulucanas, no departamento de Piura, já na fronteira com o Equador. O fato foi testemunhado por mais de 160 pessoas durante vários minutos, visto ter o veículo não identificado pairado a menos de 200 m de altitude sobre Cerro Pilan, local da região apontado como “o epicentro dos mistérios” no Peru. Três vídeos amadores foram feitos na ocasião, sendo posteriormente analisados pela Força Aérea Peruana (FAP). Para assombro das centenas de fiéis que acompanhavam a procissão, o objeto flutuou sobre o morro durante duas horas e meia em completo silêncio.
Declarações ofi
ciais — O episódio foi tão significativo que o comandante da FAP, Julio Chamorro Flores, declarou publicamente ter certeza de que se tratava de uma nave gigantesca. E acrescentou que o veículo não emitia qualquer ruído e em sua estrutura se podiam discernir até janelas. Doze dias depois, em 25 de outubro, discos voadores voltaram a aparecer naquela região, aterrissando em três pontos diferentes no meio do campo e sendo novamente registrados em vídeo. Algumas semanas mais tarde, em 15 de novembro, outro UFO voando a baixa altitude “invadiu” Chulucanas e levou pânico à população, também sendo filmado. A somatória de todos estes episódios faz da cidade uma das mais importantes no cenário ufológico nacional, e talvez até mundial.
Mitologia — Casos como este, que vêm ocorrendo há séculos no Peru, originaram muitas histórias e mitos do folclore nacional – tal como em outras nações da América do Sul, como Chile, Bolívia e Brasil. Antigas lendas peruanas se referem ao citado Cerro Pilan como uma colina sagrada e proibida, onde desde tempos imemoriais desaparecem pessoas e animais. Os que ousaram incursionar pelo local e conseguiram regressar dizem que as pessoas se perdem facilmente por lá, pois a paisagem se turva e o tempo se distorce. Nestas situações, testemunhas descreveram ter passado três ou quatro dias sem saber onde estavam, mas ao retornarem, constataram que seu desaparecimento não passou de umas poucas horas.
A região de Chulucanas também é especial em vários sentidos. Ela é conhecida no mundo arqueológico por ter abrigado uma cultura anterior à dos incas, denominada vicus, que vicejou entre os anos de 250 a 650 d.C., era célebre por sua extraordinária ourivesaria e belíssima cerâmica, que em décadas passadas atraiu muitos caçadores de tesouros. Daquela cultura procede a lenda dos “misteriosos homens voadores de vicus”, retratados em cerâmicas de forma discoidal como sendo homens aparentemente brancos e com escafandros na cabeça, semelhantes aos astronautas modernos. Em Chulucanas também há dezenas de estranhos e profundos buracos perfeitamente circulares e cuidadosamente polidos, escavados na rocha.
Estudos arqueoastronômicos indicam que, de modo a acompanhar continuamente o movimento das estrelas e das constelações, que regiam seus ciclos agrícolas, os antigos povos andinos entregavam-se ao paciente e exaustivo trabalho de escavar os citados buracos na rocha e enchê-los com água, para assim usarem a superfície do líquido como lentes e espelhos para observarem o céu. Esta explicação seria perfeita para justificar a existência e distribuição dos buracos, se não fosse o fato de que os moradores do local, no passado, não observavam indiscriminadamente todo o firmamento, mas misteriosamente se concentravam em uma só constelação, a que as antigas culturas peruanas chamavam de Las Siete Cabrillas e a astronomia moderna denomina de Plêiades. Curiosamente, a Constelação das Plêiades é apontada por muitos contatados e abduzidos atuais como o local de origem dos seres que nos visitam. Coincidência?
Em 1902, um historiador peruano viu um imenso bólido avermelhado cruzar toda a região, desde o mar próximo da área de Talara e passando pelo vale a seguir, para se despedaçar na direção de Cerro Pilan. No local em que se presume que tenha ocorrido a queda foi encontrada, numa das encostas da colina, uma imensa depressão de aproximadamente 300 m2 e em forma de ferradura, onde o mato não cresce e o solo é composto de pedra moída, apesar de rodeado de um espesso bosque cheio de rochas grandes. Testemunhas contaram ter visto por ali estranhos seres de aparência humana com dois metros de altura, olhos rasgados e usando trajes luminosos apertados. Tais seres não caminhavam normalmente, mas flutuavam no ar.
Cultura pré-incaica — A vila de Piura La Vieja, com não mais do que 900 habitantes, é um povoado muito pobre que não conta com energia elétrica nem água encanada. Ironicamente, no século XVI, durante os primeiros anos da ocupação espanhola, o lugarejo foi várias vezes a capital do vice-reinado do Peru, e ainda hoje se vê lá as ruínas que ficaram como uma triste recordação de seu esplendoroso passado. Sem mencionar que, muito antes dos espanhóis, a vila também abrigou a avançada cultura pré-incaica dos vicus. Os avistamentos de objetos voadores não identificados e fenômenos inusitados são também bastante comuns naquela área.
Por exemplo, exatamente às 21h23 de 22 de fevereiro de 2003, acompanhado de um grupo de aproximadamente 40 pessoas, este autor observou naquela região um pequeno objeto luminoso e silencioso que piscava mudando constantemente de cor. Ele seguia a trajetória noroeste-sudeste, aproximadamente a 40º sobre a linha do horizonte, e parecia descer e se posicionar sobre Cerro Pilan, onde desapareceu cinco minutos depois. Às 21h45, o mesmo fenômeno voltou a se repetir, dessa vez durando pouco menos de quatro minutos. O último avistamento ocorreu às 22h15, quando a luz foi além de Cerro Pilan e se posicionou sobre duas colinas mais adiante, denominadas Cerro Horquetudo, desaparecendo às 22h19.
Outra experiência ufológica marcaria a vila de Piura La Vieja meses depois. Às 21h20 de 01 de março de 2004, cerca de 20 pessoas viram no local um objeto luminoso circular de cor vermelho-alaranjado, duas vezes maior do que a Lua cheia, vindo da já comentada cidade de Chulucanas, não muito longe dali. O UFO descreveu uma trajetória lenta e constante, detendo-se sobre Cerro Pilan durante cerca de 20 minutos. Às 03h00 de 04 de maio de 2003, um grupo de pessoas que pernoitavam no cume do morro observou um objeto luminoso e silencioso da mesma cor que o anterior, que rumou na direção de Matanzas. Às 22h32 de 19 de agosto, três esferas de
cor branca que brilhavam intensamente ficaram visíveis durante 23 minutos sobre a cidade de Chulucanas, formando uma espécie de triângulo e sendo filmadas por pesquisadores.
Posição vanguardista — Como se vê nestes poucos exemplos, o Peru é um país com intensa casuística ufológica, que vem se manifestando há muitos séculos e se soma ao passado das culturas mais antigas e avançadas que já tivemos no continente. Tamanha quantidade de observação de objetos voadores não identificados e contatos com seres extraterrestres não poderia passar despercebida. E assim, em novembro de 2001, a Força Aérea do Peru (FAP) determinou a criação de uma entidade científico-militar para pesquisar o assunto, composta de profissionais de várias áreas e integrantes das Forças Armadas. Foi o surgimento da Oficina de Investigación de Fenómenos Aéreos Anómalos [Escritório de Investigação de Fenômenos Aéreos Anômalos, OIFAA], que tem no comandante da FAP, Chamorro Flores, seu diretor [Veja box]. A OIFAA hoje se soma a iniciativas semelhantes em várias partes do mundo – na América do Sul, à uruguaia Cridovni e ao chileno CEFAA – na tentativa de esclarecer a origem do Fenômeno UFO.