Por Pedro de Campos
A partir da Segunda Guerra as reflexões sobre a existência de vida em outros mundos receberam importantes contribuições com o surgimento da Ufologia, quando as Forças Armadas dos Estados Unidos entraram na investigação dos objetos voadores que sobrevoaram aquele país. Os objetos eram avistados por militares, fotografados e pegos no radar sem que fosse identificada sua real procedência.
Na época, iniciava-se a chamada Guerra Fria e qualquer incursão aérea estranha em território americano tinha de ser investigada a fundo. Não obstante os esforços com metodologia científica, o mistério das incidências não pode ser esclarecido por completo pelos militares norte-americanos.
A identificação de certas incidências tidas como de engenhos oriundos do Sistema Arcturiano decorreu do que a Ufologia clássica chama de “canalização psíquica de entidade alienígena”. Esse “contatismo”, com se convencionou chamar, é um método não adotado pela Ufologia Científica. Então vem a pergunta: O que é Ufologia e por que derivou dela o contatismo?
UFOLOGIA é o estudo do objeto voador não identificado, também chamado OVNI. A palavra é composta do prefixo UFO, do inglês Unidentified Flying Object (objeto voador não identificado) e do sufixo LOGIA (do grego logos), que exprime noção de “estudo” e formação de “teoria”. Assim é preciso que o objeto voador esteja lá em cima e possa ser visto por todos para haver o estudo. Sem isto, não se pode estudar o objeto e, por consequência, a Ufologia clássica não se aplica.
O estudo dessas incidências enigmáticas é realizado pelos ufólogos, pessoas que investigam as ocorrências físicas e tentam identificá-las de maneira científica, tanto quanto possível. Em algumas averiguações, o fenômeno UFO tem dado mostras de ser algum tipo de tecnologia de outra civilização do cosmos, mas ainda pouco entendido em razão de suas qualidades sui generis, razão pela qual a curiosidade e o número de estudiosos têm aumentado na tentativa de decifrar os enigmas.
A pessoa que vê um objeto voador detém-se a fazer o seu reconhecimento. Então nota que está presenciando um engenho não produzido pelo homem: não é avião, helicóptero, balão, dirigível, satélite ou qualquer outro maquinismo possível de fazer com a nossa tecnologia.
A testemunha observa também que não se trata de um evento da natureza: não é nuvem discoide, reflexão da luz, relâmpago globular, fogo de Santelmo, inversão de temperatura nem outro fenômeno natural conhecido. Nota inclusive que não se trata de corpo celeste: não é estrela-cadente, cometa, meteoro, planeta, satélite natural ou qualquer outro corpo similar, geralmente muito distante.
O ufólogo, por sua vez, procura estudar os fenômenos que possam contribuir para eventual engano de interpretação e quando, além dos fatores mencionados, conclui que o relato testemunhal é íntegro, não tem características de fraude nem imagens que possam confundir o observador, como, por exemplo, uma ave voando nos céus, então dá o evento como UFO; ou seja, como objeto voador não identificado.
Portanto, o UFO é algo que depois de boa sondagem não pôde ser identificado, mas ainda não é considerado um engenho de outra civilização, um disco voador, por assim dizer, embora tenha potencial para isso, porque as chances plausíveis de sua identificação foram esgotadas nos preliminares sem notar-se predicado sugestivo de vida extraterrestre.
Em outras palavras, não foram notados a estruturação física do engenho, os movimentos improvisados típicos de haver uma inteligência incomum no comando, a presença física em seu interior de um ser inteligente não nascido na Terra, o emprego ou o uso de tecnologia avançada não conhecida. Não fora confirmada a presença de objeto notoriamente físico, capaz de sensibilizar com nitidez uma chapa fotográfica ou um aparelho de radar aeronáutico, ficando sua identificação prejudicada.
Não obstante as dificuldades, em ocasiões raras o fenômeno UFO é de fato identificado como engenho altamente sugestivo de outra civilização. Neste caso, ele apresenta atributos que permitem identificá-lo como tal, mas a incidência ainda permanece cientificamente enigmática pela singularidade apresentada e pelo desempenho do objeto que denota atributos muito além da nossa compreensão.
Alguns casos clássicos da Ufologia como, por exemplo, o Caso Roswell, o Caso Varginha, a Operação Prato na Amazônia e a Noite Oficial dos Ufos no Brasil são identificados como extraterrestres, mas não admitidos pelas autoridades por não haver explicação científica que justifique a vinda ao nosso planeta de civilizações tão distantes do nosso Sistema Solar. Então o receio faz tudo ser encoberto à espera de um contato formal que por si só venha esclarecer o fenômeno ainda não entendido pela ciência, razão pela qual é tido oficialmente como absurdo.
Ufologia Avançada – estudo de incidências menos materiais
Não é incomum nos estudos ufológicos haver relatos de incidências de outras dimensões do espaço-tempo. Hoje, tais casos não se mostram absurdos, haja vista que a nossa física teórica advoga haver ao menos 11 dimensões do espaço-tempo que ainda são totalmente desconhecidas.
Pessoas contatadas e acima de suspeitas tiveram informes de seres alienígenas ultrafísicos, dando conta de que nas muitas dimensões rarefeitas vivem seres menos materiais que o homem. Esses seres poderiam ser chamados de anjos, arcanjos e querubins, como os mencionados nas nossas Escrituras Sagradas, seres que viajariam em engenhos ultrafísicos e fariam contato com o homem.
Essas entidades teriam capacidade de viajar por fora do nosso espaço e entrar na nossa dimensão materializando suas naves e seus corpos. Segundo os informes, os processos de materializar e desmaterializar seriam decorrentes do saber tecnológico adquirido por ”eles” no decorrer de longo tempo. Tivemos a oportunidade de detalhar este assunto no livro Os Escolhidos [Lúmen Editorial, 2009].
Dentre tais seres incomuns estão os chamados “arcturianos”. Segundo as testemunhas, “eles” são oriundos do sistema da estrela Arcturus, viajariam quase sem gastar tempo por atalhos espaciais e adentrariam à nossa dimensão por meio de portais, de aberturas conhecidas como Warmholes ou Buracos de Minhocas, contempladas pela nossa teoria científica de mesmo nome.
A estrela Arcturus pertencente à Constelação do Boieiro, distante 33 anos-luz do nosso Sistema Solar e 30 vezes maior que o nosso Sol. Pelas características dessa estrela gigante vermelha, um sistema planetário adstrito a ela não teria as características dos planetas do nosso Sistema, prejudicando a eclosão e o evolucionismo de vida similar à nossa. Isto, de certa maneira, coaduna com os informes de que os arcturianos são entidades menos materiais que o homem, seres inteligentes de uma composição ultrafísica, constituídos por um plasma de energia refinada.
Conforme as testemunhas, informações sobre tais entidades são obtidas delas próprias, seja nos contatos por via telepática, via clarividente ou nas comunicações mediúnicas. Nesses eventos psíquicos, no mais das vezes a nave não se apresenta nos céus, razão pela qual paira dúvida nos ufólogos quanto à sua efetividade. Assim, a Ufologia Científica não encontra subsídios para efetuar sua prática.
Em razão do contatismo, derivou um ramo de estudos na Ufologia que tenta achar alguma associação entre os informes psíquicos obtidos na canalização e as raras incidências de expressão concreta. Esse ramo, também científico tanto quanto possível, recebe hoje nomes variados – o usado com mais frequência na atualidade é Ufologia Avançada, que além dos aspectos clássicos estuda também as incidências físicas oriundas sugestivamente de entidades “menos materiais” ou ultrafísicas (UTs).
Nos estudos avançados, o interesse ufológico inicia quando ao menos uma vez o grupo psíquico diz ter feito contato com a nave e seus tripulantes e apresenta bons indícios de veracidade. De modo geral, tais pessoas costumam formar um conjunto mais ou menos fechado que realiza sua prática na esperança de fazer outros contatos do mesmo tipo. Então fazem algumas vigílias a céu aberto e, no mais das vezes, sem a efetiva apresentação da nave e dos seres, mas ainda sob a influência do primeiro contato efetivo, elas procuram canalizar, por telepatia, o pensamento alienígena, e dão mostras de receber mensagens de alto valor moral, dando, inclusive, informes sobre a vida em outros mundos.
Um exemplo de mensagem arcturiana: “Os nossos corpos não são baseados no carbono, mas existimos das vibrações do rádio, entendidos singelamente pela radiônica, por isso as nossas luminescências azuis notadas por alguns dos vossos sensitivos. Não viemos do passado ou do futuro para a Terra, mas de uma lateralidade – estamos agora em torno a vós. Revoamos por onde não podeis ver e ressoamos por onde não podeis ouvir. Podemos tocar em vós, mas não podeis sentir. Tudo o que herdastes de nós no passado, em especial na China e na Grécia, hoje é tido como mito e fantasia na vossa cultura, porque até agora não foi superado o vosso principal receio: o medo da morte. Para seres da nossa natureza o espaço não constitui problema, só importa o tempo. É o tempo que nos consome o corpo. E o portal do tempo é a mente. Vós podeis adentrar a esse portal, mas vos recusais a fazê-lo, porque haveria de vos tornar místicos, embora para nós apenas partícipes do tempo”.
Não raro, o grupo psíquico realiza também a chamada “emancipação da alma”, evento em que o intelecto espiritual, no estado de desprendimento, deixa o corpo e sai para visitar a nave e os seres. Neste estado, vislumbra acontecimentos de modo psíquico, relatando-os depois em seus escritos. Contudo, dificilmente os psíquicos explicitam sua fonte de modo inequívoco; ou seja, se extraterrestre (ET) na verdadeira acepção da palavra (astronauta físico, de mundo tridimensional em contato) ou se ultraterrestre (UT), entidade menos material, oriunda de outra dimensão do espaço-tempo.
As mensagens da prática contatista são bem divulgadas na mídia, mas geralmente dão o contato como extraterrestre, sem distingui-lo se de astronauta (ET) ou de entidade ultrafísica (UT), requerendo interpretação do leitor.
Aliens magníficos, os arcturianos encontrados por Chico Xavier
São essas testemunhas que geralmente dão conta de que os arcturianos pertencem a uma civilização muito antiga, própria de seu sistema estelar antiguíssimo, razão pela qual, dada sua extensa caminhada evolutiva, já teriam superado a fase corpórea física e, por evolução, adentraram e acham-se agora encarnados na esfera ultrafísica, vivendo outras experiências para evolução do espírito. Tais espíritos estariam estagiando em corpos menos materiais formados por um plasma luzente, constituindo civilização muito avançada da nossa Galáxia, quer no aspecto moral quer no refinamento da ciência.
Segundo a filosofia espírita que trata da pluralidade dos mundos habitados, os orbes postados na categoria de Mundos Ditosos, tal como a esfera dos arcturianos, estão caracterizados pela antiguidade da formação planetária e pelas qualidades adquiridas pela civilização em sua extensa caminhada evolutiva. No cosmos, os povos diferem pelas condições físico-químicas em que seus corpos foram gerados e pelos avanços científico e moral, decorrentes da evolução do espírito no rolar das Eras.
Conforme a filosofia espiritista, certos espíritos de civilizações avançadas podem migrar para a Terra e nascer em corpo humano, para na carne adquirir certos conhecimentos ou executar tarefa enobrecedora. Nesta condição estariam certas personalidades conhecidas, mas restando apenas a intuição de que seriam oriundas de mundos adiantados. São exemplos Leonardo da Vinci, Nikola Tesla e outros expoentes da nossa civilização que se distanciaram muito do intelecto comum, mas ainda impossível para a ciência certificar tal origem por falta de acesso à memória espiritual do indivíduo.
Seguindo ainda o mesmo preceito filosófico, ao contrário do nosso Mundo de Expiações e Provas onde o mal está sempre presente, em Mundo Ditoso, como o dos arcturianos, o bem supera o mal em muito. A ciência e a tecnologia já teriam atingido patamares jamais imaginados. O corpo dos habitantes seria menos material, invisível aos olhos da carne, porque vibraria em um estado da matéria além da tridimensional. Não haveria doenças nem sofrimentos, tampouco fome, guerra ou morte prematura.
Nos Mundos Ditosos, as aquisições quanto ao refinamento corpóreo e as ciências médicas aplicadas à longevidade teriam possibilitado aos habitantes chegar a 1000 anos de vida, embora se tenha no contatismo que os arcturianos alcancem hoje a metade dessa extensão.
É dito que tais seres captam e transmitem pensamentos de modo natural, condição só alcançada por seres de elevada moral, caso contrário suas intensões pessoais não ficariam ocultas como na humanidade terrestre e haveria entre eles mútua confrontação destrutiva, o que não ocorre. É com essa capacidade telepática e condição moral que os arcturianos falam ao homem.
Embora esses alienígenas sejam constituídos de cabeça, tronco e membros, suas feições são diferentes dos seres humanos. Tem-se que sua altura seja de um metro a um metro e meio, que seu corpo seja esbelto e de contornos regulares, que sua cabeça, destituída de cabelos, tenha tamanho avantajado em relação ao corpo e que seus olhos sejam amendoados, proporcionais à cabeça. O nariz e a boca são pequenos, apresentando contornos suaves, e os pequenos ouvidos de grande audição. A pele, distinta por leve azul-esverdeado, apresenta-se de modo invulgar como a reluzir certo esplendor.
Pelos relatos, tais entidades são fisionomicamente muito semelhantes entre si e de grande habilidade mental. Embora originárias de uma dimensão rarefeita, podem também materializar seus corpos e engenhos em mundos tridimensionais. Nos contatos denotam ser sociáveis, com amabilidade de trato, preferindo externar seu domínio dos enigmas espirituais do que seus feitos científicos.
Estudos levados a efeito na Inglaterra dão conta de que os arcturianos são responsáveis por mover grandes objetos e por fazer sinais enigmáticos nas plantações, denominados crop circles (círculo de colheita) ou agroglifos, cuja divulgação na mídia visaria massificar o conhecimento da incidência.
Tem-se que tais sinais não sejam apenas simples desenhos e marcas nas plantações, mas enigmas gravados para nossa decifração, cuja mensagem estaria denotando a existência de vida inteligente em estado ultrafísico que estaria preparando, gradativamente, um contato formal com a nossa civilização. Sobre isto, falamos longamente em Os Escolhidos [Lúmen Editorial, 2009].
Segundo as psicografias do saudoso médium Francisco Cândido Xavier, o contato formal de seres extraterrestres poderá ocorrer entre 2019 a 2057, período de 38 anos em que o homem tende a prosperar de modo exponencial nas ciências e na moral-social. Se isto prevalecer, haveria contato. Por consequência, estaríamos agora praticamente no período de transição para um novo ciclo.
Certa feita, o virtuoso médium mineiro disse ter encontrado fisicamente com “ETs magníficos”, criaturas de baixa estatura e muito avançadas em todos os sentidos. Em razão das parcas descrições dadas pelas testemunhas que ouviram dele os traços fisionômicos dos alienígenas em contato, uns concluem hoje que o encontro fora com seres evoluídos do tipo Gray (Cinza), mas outros dizem, como este autor, que poderia ter sido com o tipo Arcturiano. É que esta entidade, a exemplo dos cinzentos, é também de baixa estatura e tem cabeça volumosa, sem cabelo, com semelhanças que podem facilmente levar ao engano e confundir a pessoa leiga que tenta interpretar a tipologia alienígena, considerando que o arcturiano fosse o cinza.
No contato xavieriano, a conduta do alienígena para com a testemunha aponta para a “hipótese arcturiana” em nítida vantagem sobre a “teoria grey evoluído”. “Não está longe o dia em que esses seres terão permissão para se apresentarem a nós à luz do dia, trazendo avanços tecnológicos, médicos e científicos nunca antes imaginados”, disse Xavier.
Isto coaduna com a capacitação arcturiana difundida no meio contatista, ao contrário da observada nos eventos com o tipo Cinza. Está em sintoniza também com os registros akáshicos (do sânscrito akasha – que significa “céu”, “espaço” ou “éter” – biblioteca imponderável de cada indivíduo no cosmos) de Edgar Cayce. “Arcturus é uma civilização avançada da nossa galáxia, que vive em dimensão rarefeita e possível de entrar em contato no estado sonambúlico”, disse Cayce em sua leitura akáshica.
Quer de uma maneira quer de outra, um contato formal com civilização avançada poderia esclarecer na prática o motivo de o homem estar aqui e o que lhe espera no futuro. A maior parte das perguntas e curiosidades naturais de hoje seria respondida. Contudo, ninguém tem ainda legitimidade para falar em nome dos arcturianos nem de qualquer outro tipo alienígena – somente “eles”, em primeira pessoa e divulgação ampla, tipo Jornal Nacional, poderiam falar de si mesmos e de suas intenções. Resta-nos aguardar.
Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos; Lentulus – Encarnações de Emmanuel, publicados pela Lúmen Editorial. E também dos recém-lançamentos: A Epístola Lentuli e Arquivo Extraterreno. E também dos DVDs Os Aliens na Visão Espírita, Parte A e Parte B, lançados pela Revista UFO. Conheça-os! Visite também o blog do autor no site da Lúmen Editorial, clique aqui para conhecê-lo. Facebook.