Por Pedro de Campos
Caro leitor, nos congressos de Ufologia não é incomum ao palestrante ficar sabendo sobre algo incomum, sugestivamente de procedência alienígena, que teria ocorrido com algum participante. Pessoas com idade e cultura variadas nos procuram para contar suas experiências e oferecer-nos algo mais substancial, geralmente uma foto, um desenho, uma mensagem psicografada ou para falar-nos da incidência que presenciaram, querendo apenas contribuir com o tema da palestra ou saber a nossa opinião sobre sua experiência em particular.
Ocorre que quando essa contribuição vem de uma criança, com a pureza infantil e a espontaneidade que lhe são peculiares, sem qualquer influência do mundo competitivo que distorce a sinceridade no adulto, ela se faz mais tocante e adquire maior valor. Certa feita, fazendo uma palestra na cidade paulista de Peruíbe, tivemos um testemunho verdadeiramente extraordinário.
A conferência era então realizada na Câmara Municipal, num sábado à tarde, 25 de abril de 2009, por ocasião do 5º Encontro Ufológico de Peruíbe. O tempo era bom e o auditório estava repleto, interessado em saber sobre os intrigantes Círculos nas Plantações, tema de nossa palestra. A primeira marca no Brasil surgira em novembro de 2008, na cidade de Ipuaçu, Estado de Santa Catarina, cinco meses antes de nossa palestra em Peruíbe.
O colóquio era promovido pela Prefeitura, porque, meses antes, a cidade tivera uma incidência ufológica intrigante: um pouso de UFO nas primeiras horas da manhã de 18 de agosto de 2008, no Bairro São José, entre a rodovia Padre Manuel da Nóbrega e a Serra do Mar.
A ocorrência fora testemunhada por moradores, tendo sido investigada por ufólogos expressivos, que certificaram a incidência com depoimentos de testemunhas oculares, tomadas terrestres e aéreas com registros filmados, exames biológicos da flora e da fauna no foco da incidência. A marca elíptica era formada por dobras nas “taboas” que deitaram a vegetação, formando um diâmetro de 15 metros no eixo maior e de 9 metros no menor, ao exame dos colegas Paulo Aníbal (biólogo), Paulo E. Pilon (engenheiro eletrônico) e Marco Aurélio Leal (investigador emérito), ufólogos que participaram ativamente das pesquisas. As testemunhas, por sua vez, estavam presentes no congresso e contaram o que viram, para surpresa de muitos que não acreditavam.
Após as palestras do dia, os participantes do congresso realizaram uma vigília bastante proveitosa nas Ruínas do Abarebebê, restos de uma antiga igreja de 50 metros quadrados fundada em 1549 pelo “padre voador” (abarebebê), como era chamado pelos índios o padre Leonardo Nunes (religioso ligado ao Padre Manuel da Nóbrega) – trata-se de expressivo ponto turístico da cidade.
No sábado do congresso, esse aldeamento antigo foi especialmente aberto à noite pela Prefeitura Municipal, para que pudéssemos realizar uma curta vigília ufológica, porque o local é ponto cultural tombado. O céu era então de brigadeiro e quem participou deteve-se encantado com a beleza das estrelas e as luzes ao longe, vistas daquele altiplano, sem que pudéssemos identificar a procedência.
Pouco antes, à tarde, ao terminarmos a palestra do sábado, por volta das 16h30, com muita surpresa e satisfação este autor foi agraciado com um presente inesquecível – “O desenho de Bruninho”, como seria carinhosamente denominado.
Enquanto fazíamos a palestra, falando sobre as marcas alienígenas deixadas nas plantações de vários países do mundo, o Bruno, uma criança de seis anos, sentiu vontade de desenhar e pediu à mãe lápis de cor e papel. Então fez um desenho muito significativo, que para muitos não foi apenas desenho.
Ao terminar a palestra, o Bruninho veio ao meu encontro, beijou-me o rosto e presenteou-me o precioso traçado, dizendo: “O menino do desenho sou eu, o homem adulto é você e os ETs estão lá em cima vendo e transmitindo…”. Essa foi a única vez que vi o Bruninho.
Teria sido uma mensagem captada por telepatia? Certeza científica disso não há, mesmo porque não houve o avistamento geral da nave, mas pelo histórico ufológico desse tipo de recepção não se pode descartar tal chance ou uma captação mediúnica, que este autor também teve, embora a hipótese Psicocultural de Jung advogue um efeito psíquico particular.
Hoje, seguramente, quando escrevo, o Bruno é um pré-adolescente muito querido dos pais, da família e dos amigos, jovem em vias de consolidar sua sensibilidade, boa índole, inteligência, vivacidade e senso realizador. Quando vejo “O desenho de Bruninho” fico muito agradecido, porque a obra ainda muito me encanta.
Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos; Lentulus – Encarnações de Emmanuel, publicados pela Lúmen Editorial. E também dos recém-lançamentos: A Epístola Lentuli e Arquivo Extraterreno. E dos DVDs Os Aliens na Visão Espírita, Parte A e Parte B, lançados pela Revista UFO. Conheça-os! Visite também o blog do autor no site da Lúmen Editorial, clique aqui para conhecer.
Palestra – A Réplica de Arecibo – 1:26:13 :