Por Pedro de Campos
Alguns dias após publicarmos o Caso Chico Xavier, contato de terceiro grau que tivera o famoso médium espírita durante uma viagem de Uberaba a Franca, recebemos do querido amigo Geraldo Lemos Neto outro importante comunicado. Nele, Geraldinho dava conta de que havia recebido um “interessante testemunho a respeito do tema”. Informava-nos que o doutor Weimar Muniz de Oliveira – presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (ABRAME), ex-presidente da Federação Espírita do Estado de Goiás (FEEGO) e membro do conselho superior da Federação Espírita Brasileira (FEB) –, publicara o Caso Chico no prestigioso Diário da Manhã, de Goiânia, edição de 8 de abril de 2012, caderno Opinião Pública. Ocorre que a publicação não se restringia a certificar o relato de Geraldinho, mas adicionava um caso intrigante; ou seja, uma narrativa que o articulista também ouvira do próprio Chico, sobre outra experiência ufológica daquele mesmo grupo.
Assim que recebemos o comunicado, entramos em contato com Weimar Muniz, para termos mais detalhes e solicitar a ele permissão para darmos aqui o seu relato. “É com muito prazer que lhe autorizo divulgar o artigo”, disse-nos solicito o autor, espírita dos mais notáveis no movimento brasileiro. “Trata-se de uma síntese da história que ouvi pessoalmente de Chico Xavier”, acrescentou ele. De fato, estava disposto a contar o caso porque, dias antes, ao abrir seu computador, tivera agradável surpresa – vira ali o relato de Geraldinho sobre a experiência que Chico tivera com seres alienígenas.
Afinal, Geraldinho é seu amigo, além de presidente-fundador da Casa de Chico Xavier, jovem que fez parte do grupo mais íntimo do saudoso médium e hoje desponta como dos principais da nova geração de dirigentes espíritas. Então o experiente magistrado resolveu dar a Geraldinho todo seu apoio, mas não sem motivo – é que ele também entrevistara o Chico sobre a intrigante questão extraterrestre e ficara sabendo sobre os objetos voadores que surgiram na cidade de Pedro Leopoldo. Ele conta:
“Esse fato me trouxe à memória uma narrativa que Chico nos fez em Uberaba, há uns vinte anos, mais ou menos. Estavam presentes à mesa do médium, em sua casa, Cleuza, duas outras pessoas e eu; foi quando ele, Chico, começou a falar sobre o disco voador que uma vez por ano descia sobre um platô elevado de Pedro Leopoldo. Assim que o Chico começou a discorrer, imbuí-me de coragem e perguntei se poderia anotar. Eu nunca pude me esquecer de suas palavras textuais, sem faltar uma letra sequer: ‘Você tem direito, meu filho!’ Então, não perdi tempo e anotei o que pude. Lembro-me de que, entre outras coisas, ele informou que a única pessoa que tivera acesso ao interior da nave fora o seu sobrinho, de que não anotei o nome.”
Nas conversas que tivemos, Weimar Muniz expressou estar certo de que ao longo de toda a vida de Chico, esse sobrinho do médium, testemunha da ocorrência, jamais lhe dera motivo de desconfiança ou descrédito, sendo considerado por Chico um homem sério, equilibrado e saudável. E Muniz, tendo consigo a experiência de anos e anos em processos e depoimentos, prosseguiu:
“Chico informou, também, que a única pessoa que contatou o ‘comandante’ da nave era uma humilde costureira, declinando o seu nome. Tempos depois, tentei localizá-la na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, para onde se mudou, mas não consegui. Tenho o nome dessa costureira nos meus guardados. Chico contou também que o ‘comandante’ sempre ia à residência dessa costureira para buscar água da cisterna e que ficara muito impressionado com a nossa cana de açúcar, a ponto de pedir à costureira uma amostra, levando-a consigo para a nave. Chico informou, ainda, que nem todos os discos voadores que visitam o nosso planeta são do bem, e que devemos ter muito cuidado.”
Ao finalizar, o magistrado lamentou nos dizer que não podia detalhar o caso como gostaria, pelo menos no momento, pois as suas anotações da época ainda não foram localizadas. Este seu depoimento é fruto exclusivo de suas lembranças, lances principais que indelevelmente ficaram gravados em sua memória. O seu testemunho tem por objetivo apenas corroborar o de Geraldinho, mostrando que a lavadeira de Pedro Leopoldo e o sobrinho de Chico tiveram contatos de terceiro grau; e que o médium sabia desses contatos e falava deles com os seus mais próximos, com aqueles que “tinham o direito” de saber detalhes e poderiam assimilar experiências tão extraordinárias.
É preciso notar que, em seu relato, Chico Xavier não se referiu às experiências do chamado “contatismo”, prática comum na Ufologia Mística, no qual ocorreria a subjetiva transmissão de pensamento entre o homem e o alienígena, mas sim à casuística concreta; e, neste caso, a alçada é da Ufologia Científica, estudo realizado por meio de observações, pesquisas e registros por tecnologia. Em outras palavras, é preciso ter efetivamente o UFO nos céus (visível a todos e detectável por aparelhos) ou o alienígena (fazendo contato de proximidade, ainda que apenas visual), para que haja a “logia”, o estudo rigoroso do fenômeno.
Portanto, os contatos com o “sobrinho de Chico” (que entrou na nave) e com a costureira (com quem o suposto comandante coletou amostras de água e cana de açúcar), são eventos sugestivos de seres densos, criaturas concretas como nós. Por certo, tais criaturas deveriam vir de distritos extrassolares distantes e aqui, na Terra, de modo mais ou menos velado, fariam contatos, estudos e experiências para o próprio conhecimento. Quanto a nós, cabe-nos acurado estudo da questão extraterrestre, em todas as suas nuances, para decifração inequívoca.
Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella – A outra face de Adão; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos da Ufologia na Interpretação Espírita, publicados pela Lúmen Editorial. E também do recém-lançamento: Lentulus – Encarnações de Emmanuel. E dos DVDs Os Aliens na Visão Espírita, Parte 1 e Parte 2, lançados pela Revista UFO. Conheça-os!