Por Pedro de Campos
A vida germinou na Terra após um trabalho de bilhões de anos. A bactéria inicial avançou e evoluiu. O símio primitivo se tornou hominídeo; e este, se fez hábil no trato da pedra e tornou-se homem, que por sua vez avançou na escalada e produziu tecnologia. Então, como um peixe no aquário, o homem deu alguns saltos fora d’água e descobriu um mundo novo: o cosmos. Produziu engenhos que o levaram para fora da atmosfera e aparelhos que lhe mostraram o infinito. As nebulosas irresolúveis do passado são hoje bilhões de galáxias, de buracos negros e energias variadas, com predominância da energia escura. O próximo passo da exploração espacial será criar na Lua as cidades-estufas e chegar a Marte com nave tripulada.
Em seus estudos, o homem já sabe que a matéria se transforma em energia e que partículas cada vez menores formam várias estratificações no espaço-tempo, fazendo do cosmos uma espécie de cebola com camadas multidimensionais que podem abrigar outros tipos de vida, em vibrações extraordinárias. Embora não tenha encontrado seu próprio espírito com os instrumentos que produziu, ainda assim é capaz de perceber a si mesmo como essência imortal, como criatura de Deus, cujo princípio fundamental não está no mundo de três dimensões, mas na esfera espiritual. É para essa consciência que falamos.
Quando o espírito nasce na Terra dizemos que encarnou, que recebeu um corpo terrestre para evoluir. Se nascesse em outro orbe, num corpo de matéria densa, seria qualificado de extraterrestre – ET. Mas caso seu corpo de nascimento fosse um plasma de energia, um aparato “menos material” postado no mundo das partículas, seria chamado por nós de ultraterrestre – UT, pois estaria além dos limites da matéria densa encontrada na Terra e em outros orbes do universo.
O espírito errante, por sua vez, não é terrestre, nem ultra nem extraterrestre, porque tais denominações definem um espaço de nascimento e uma consistência corpórea. O espírito em estado original está desencarnado, é um foco inteligente, não tem corpo físico; não nasce da reprodução de mulher, mas da natureza de Deus, sem que saibamos como. É imortal, diferente do ET e do UT, os quais são criaturas mortais. Compreende-se assim que não se deve confundi-lo com “entidades alienígenas encarnadas”. ET, UT e espírito são entidades distintas.
Para os espíritas, Jesus é um espírito puro. Vive no mundo espiritual, não tem corpo extra nem ultraterrestre, pois está desencarnado. Quando nasceu na Terra, seu corpo era terrestre, veio em missão especialíssima. E após o seu desencarne, voltou para o mundo espiritual do qual provinha. Acredita-se que tenha sob sua guarda os espíritos encarnados e desencarnados do orbe terrestre. Como espírito puro, não precisa de nave espacial para se deslocar no cosmos, pois sua constituição leve e depurada o permite fazê-lo sem qualquer objeto de transporte, bastando apenas exercitar seu poder mental para deslocar-se a qualquer parte, instantaneamente, com a velocidade do pensamento. Contudo, quem estuda os contatos ufológicos sabe que o mesmo não se poderia dizer de todos os seus auxiliares, porque os que estão encarnados em corpos ultrafísicos, em outras camadas do espaço-tempo, embora se pareçam com os espíritos e sejam invisíveis para nós, precisam de engenhos voadores para atravessar o cosmos e chegar à Terra.
Nas práticas psíquicas, os contatos com seres ultraterrestres têm sido fartos, mas como a entidade é invisível aos olhos da carne, a dificuldade está em diferenciá-lo do espírito. É comum chamar a ambos genericamente de “Espíritos”. Para a doutrina espírita, todos os orbes são habitados, vivendo-se neles num regime de encarnação e desencarnação, em corpos físicos e ultrafísicos de várias densidades. Os mundos e suas camadas rarefeitas são diferentes na composição matéria-energia, ensejando aos espíritos, durante o processo de gestação fetal, a formação de corpos conforme cada mundo ou cada esfera dimensional em que devam renascer.
Na próxima postagem vamos ver o contato feito por Allan Kardec com os seres de Julnius, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, cujo propósito fora saber como são tais criaturas e como vivem em seu mundo. Algumas informações espirituais dão conta de que os ultraterrestres teriam corpos e ciclo vital diferentes do apresentado no vídeo abaixo, estando num patamar de progresso superior ao terrestre. No vídeo vamos observar uma simulação de como a consciência cósmica encarna na matéria física e as suas fases de desenvolvimento até a plena maturidade, quando deveria se reconhecer como espírito e avançar mais rápido na escalada de progresso.
Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella – A outra face de Adão; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos da Ufologia na Interpretação Espírita, publicados pela Lúmen Editorial. E também do recém-lançamento: Lentulus – Encarnações de Emmanuel. E dos DVDs Os Aliens na Visão Espírita, Parte 1 e Parte 2, lançados pela Revista UFO. Conheça-os!