Quem caminha pela selva tropical guatemalteca e hondurenha leva um tremendo choque quando se depara com a visão, no mínimo inesperada e capaz de tirar o fôlego, de algo que destoa da homogeneidade do verde circundante: os complexos piramidais maias! E eles estão presentes em boa parte do México também, em localizações que hoje são destinos turísticos encantadores, mas que guardam mistérios que a humanidade ainda não conseguiu decifrar. Dentro de uma dessas “cidades”, por exemplo, há até impressionantes observatórios astronômicos, inclusive com cúpulas similares às das mais modernas instalações de mesma finalidade. Isso além da lápide de um perfeito astronauta encontrada em Palenque, num sítio arqueológico maia situado próximo do Rio Usumacinta, no estado mexicano de Chiapas, 130 km ao sul de Ciudad del Carmen, de crânios de cristal inusitados e impossíveis de serem reproduzidos mesmo em nossa época atual, e vários outros enigmas.
O mais intrigante, contudo, são os mitos do povo maia alusivos a “ciclos siderais”, revestidos de uma matemática complexa e extremamente precisa, expressos através de uma escrita com caracteres misteriosos e de princípio básico estranhamente semelhante aos hieróglifos egípcios. Não satisfeitos em surpreender, como parece ser de praxe em toda e qualquer descoberta e estudo mais aprofundado de antigas civilizações que já habitaram o planeta, os maias exerciam sua fantástica precisão matemática e a observação cuidadosa do firmamento com o uso de um sistema simplesmente fabuloso e extraordinário para um povo que, em tese, nem a roda conhecia, o Calendário Maia.
Há autores que sugerem que tal instrumento tinha função unicamente agrícola, para previsão de épocas de plantios e de colheitas. Mas somente isso? Certamente que não! A peça, preservada até hoje, tem uma conotação cósmica, sideral, energética e até mesmo espiritual e evolutiva contida em seu rico simbolismo. Como puderam os maias, tantos séculos atrás, estabelecer ou ter acesso a um conhecimento que somente grandes mentes científicas atuais, munidas de tecnologia de ponta, poderiam conceber? Como poderiam, naquela época, ter noções relativas à estrutura do Sistema Solar e das constelações, além do vislumbre de que tais corpos cósmicos faziam parte de uma estrutura ainda maior e que conhecemos apenas hoje como galáxias, graças a Edwin Hubble e suas descobertas, na década de 20?
Não linearidade do universo
O Calendário Maia levanta questões importantes sobre processos de ascensão e descensão planetária, ciclos de vida na Terra e no universo e a não linearidade do tempo e do espaço. E dentro de todo este contexto, já mostrado no artigo que antecede a este, tem grande importância para a espécie humana o que o instrumento aponta que poderá ocorrer após a data de 21 de dezembro de 2012. Este é o dia que “fecha” o calendário, ao final de um ciclo de 13 baktuns ou um “Grande Ciclo” de 1.872.000 dias, iniciado milênios atrás. Em sua mecânica de medir o tempo, 21 de dezembro de 2012 seria o último dia previsto para ocorrer, o que muitos movimentos filosóficos atribuem a uma iminente catástrofe no planeta, sem o menor fundamento [Veja edições 148 e 151]. Além desta data, fala-se muito também do dia após ela, 22 de dezembro, e mais ainda no seguinte, 23 de dezembro de 2012, ao qual está ligada a noção do chamado Portal 11:11, a ocorrer exatamente às 23h23 GMT.
Para começarmos a entender isso temos que mudar nosso enfoque de tempo, vida, evolução e tudo o mais que indique que o universo apresenta uma constante linear progressiva, idéia que só faz sentido para o pensamento ocidental moderno. Para civilizações antigas, e especialmente de acordo com os maias, todo e qualquer processo evolutivo e até mesmo as linhas espaço-temporais estão sujeitos a ciclos cuja evolução caminha numa trajetória em espiral. Segundo os mitos maias e o que registra seu calendário, quando não existe uma evolução e um aprendizado coletivo ascensional, os ciclos tentem a se repetir dentro de faixas de tempo. O Calendário Maia indica que determinados acontecimentos ou tendências para tais eventos se repetem, com uma data ou período crítico de registro. Assim, ao contrário de um suposto fim dos tempos, o ano de 2012 será simplesmente um momento de repetição cíclica, mas num nível macrocósmico, segundo aquele antigo povo pré-colombiano e suas profecias.
Tal afirmação é bastante reveladora, pois indica total familiaridade dos maias com tendências que somente agora estão aflorando no mundo moderno: a fusão da ciência e seu relacionamento com aquilo que não é fisicamente observável e experimentalmente comprovável, ou seja, os meios paranormal, parafísico, hiperespacial e pertencentes aos domínios da espiritualidade em geral. Trata-se do universo científico tendendo para o espiritual e do universo espiritual tendendo para o científico, num processo mútuo. Claro que existe um longo caminho pela frente e um trabalho proporcionalmente hercúleo, mas o primeiro passo já foi dado. Os achados destas civilizações e as particularidades do Calendário Maia parecem ter a função de reconduzir a humanidade ao que realmente interessa: seu conseqüente caminhar evolutivo.
Manifestações ufológicas em massa
Mas há perguntas que não se calam. Por exemplo, existe relação disto tudo com os UFOs? Civilizações extraterrestres estariam por trás desta complexidade vista na antigüidade da Terra, em especial no Império Maia? Se a elaboração do Calendário Maia já é simplesmente genial, o que dizer do mito daquele povo que alude a homens altos, brancos e de barbas ruivas, que prometeram retornar ao final do “grande ciclo”? Não podemos esquecer também das manifestações ufológicas em maciças ocorridas nos últimos seis anos, especialmente na Cidade do México e em Lima, no Peru, fartamente documentadas, sem mencionar outras tantas exaustivamente investigadas pela Ufologia em todo o mundo. Estas são cidades muito próximas das ruínas maias de Teotihuacán e incas de Machu Picchu, pontos de notável incidência de avistamentos de discos voadores, respectivamente no México e no Peru. Estariam relacionados à ancestral cultura daqueles povos?
Se observarmos a espantosa sucessão de eventos ufológicos significativos nestas áreas, não estariam tais fatos ocorrendo dentro de uma mesma linha de execução, como se obedecendo a um cronograma superior e cósmico, amplamente descrito nas profecias em geral e nas maias em parti
cular? Isso nos faz especular que o reconhecimento oficial do Fenômeno UFO nos últimos anos, por parte de muitos países, inclusive abrindo arquivos e divulgando seus segredos ao público, poderia fazer parte deste processo de ampla conscientização da humanidade, a que se referiam os maias tanto tempo atrás. É como se as autoridades estivessem cientes de fatos desconhecidos da população, de grande importância e guardados a sete chaves há décadas, e que precisam vir a público neste momento especial para a humanidade, não coincidentemente predito nas profecias maias. Nenhuma possibilidade pode ser descartada.
Obviamente, há quem discorde disso sem sequer se dar ao trabalho de pesquisar e pensar, mentes que buscam somente fatos. Estas pessoas, então, devem jogar fora a Teoria da Relatividade de Einstein e simplesmente abortar a física quântica e seu conceito sobre infinitas probabilidades e ações de campo e onda. O Fenômeno UFO é o único que nos desafia a todo momento, literalmente “puxando nosso tapete” quando pensamos compreender mais sua fenomenologia e nos forçando a conceber outras possibilidades distintas daquelas que insistimos em cultivar somente pela busca de fatos.
Volta na espiral evolutiva
Lembremos que a Terra era plana até bem pouco tempo, e que além do oceano havia um abismo sem fim, reduto de feras e monstros infernais. Sim, o geocentrismo e outros conceitos equivocados já foram considerados fatos. Imaginem que, no início do século XX, estudos acadêmicos comprovaram que o homem não suportaria velocidades acima de 60 km/h, e anos depois de tal teoria ser provada equivocada, ainda vigorava a impossibilidade de o homem romper a barreira do som. Todas estas hipóteses ultrapassadas, hoje verificamos que a arqueologia em geral e o estudo das antigas civilizações nos esclarecem muito sobre nosso passado e o Fenômeno UFO. Escavações em sítios arqueológicos fornecem material tão farto para estudo quanto as atuais fotos e filmes de discos voadores, além dos registros dos abduzidos e contatados.
O Calendário Maia é bem claro no que se refere à sua transmissão profética. Afirma que terá início em 23 de dezembro de 2012 uma nova raça, um novo ciclo ou uma nova volta na espiral evolutiva, e que aos poucos a humanidade mudará seu padrão primitivo de pensamentos para um procedimento mais harmônico e consoante com as novas vibrações planetárias. Estas já observadas pela Ressonância Schumann no biocampo da Terra e em sua freqüência vibracional ascendente no momento, em função das alterações solares, igualmente mencionadas nas tradições maias e em seu instrumento de contagem de tempo. E, da mesma forma que o Calendário Maia se apresenta como um aparelho de medição, demonstrando fisicamente o entrelaçamento de tudo o que existe, confirma que a Terra está sujeita, juntamente com todo o Sistema Solar, às alterações cíclicas do Sol – e este, por sua vez, é influenciado em seus ciclos pela massa geral da galáxia, especialmente pela enorme força de seu núcleo.
Por esta razão, estudiosos do Calendário Maia, como José Argueles, autor de O Fator Maia [Editora Cultrix, 2009], introduziram o termo “conhecimento galáctico” a este conceito, e se acredita que aquele povo também o possuía. Embora nada comprove que os maias tivessem noção da estrutura galáctica, é intrigante que seu calendário preveja ciclos estelares. Observa-se que eles conheciam a segunda Lei do Caibalion [Kybalion], proposta por Hermes Trismegistus com base nos 42 livros de Toth sobre o antigo Egito e sua possível raiz atlante: “Assim como está em cima, está embaixo, de forma semelhante e análoga”.
Esta é a noção de que, tanto para o macrocosmos quanto para o microcosmos, os universos funcionam proporcionalmente dentro de um mesmo princípio – e isso está brilhantemente exposto no Calendário Maia. É só uma questão de saber enxergar. Mas de onde vem isso? Seria um conhecimento desenvolvido espontaneamente? Herdado ou transmitido? Por quem? De onde? Enfim, como já foi mencionado, existem muitas similaridades entre povos pré-colombianos e os antigos egípcios.
Sexto Sol ou Kinith-Ahau
Para se ter idéia da complexidade do Calendário Maia, ele trata da “noite” e do “dia” do céu. Atualmente, os estudiosos usam o termo “noite e dia galácticos”. Lembrando que para os maias o referencial dos mitos é sempre muito mais temporal do que local, essas “noites e dias galácticos” estão relacionadas muito mais com um período do que com uma transição pelo espaço. É surpreendente que, dentro da galáxia, o Sistema Solar e inúmeros outros sistemas estejam aflorando à superfície após um período de tempo mergulhado em zonas densas de gás e poeira na região equatorial da Via Láctea. As estrelas não apenas giram em torno desse centro como realizam estes movimentos ascendentes e descendentes, transitando pelos hemisférios norte e sul.
Ainda mais extraordinário é constatar que o Sistema Solar, ao “aflorar” desta massa densa de gás e poeira, estará exposto diretamente às radiações do bojo galáctico, e que o registro de tal acontecimento está relacionado com o que os maias profetizaram como o final da era correspondente ao Quinto Sol e o começo de outro ciclo cósmico, chamado de Sexto Sol, Sexto Ciclo ou ainda Kinith-Ahau, que começou em 10 de agosto de 3113 a.C. e terminará em 23 de dezembro de 2012 – mais uma vez esta data. O chamado ciclo galáctico, em verdade, está relacionado com o ciclo de precessão equinocial, de aproximadamente 26 mil anos, divididos em cinco ciclos de pouco mais de 5.000 anos cada, como também sabiam os egípcios e especialmente os construtores das pirâmides de todo o Complexo de Gizé.
É neste aspecto que o Calendário Maia se relaciona com as profecias daquele povo, que registram as transformações planetárias que ocorrerão à Terra. Só isto já seria um prato cheio para os apocalípticos de plantão que insistem na destruição de tudo. Ora, a Terra é um ser vivo e seu processo de adaptação cíclica já começou, apenas isso. As profecias mencionam, além disso, a eliminação ou total controle do medo, com a conseqüente diminuição do ódio e do materialismo humanos. Elas eram baseadas tanto na vivência espiritual de seu povo quanto no estudo das características planetárias e universais.
Os maias ainda asseguravam que a sua era a quinta c
ivilização iluminada pelo Sol, ou o quinto grande ciclo solar, e que antes existiram sobre a Terra outras quatro civilizações que foram destruídas por grandes desastres naturais. Acreditavam também que cada uma delas constituía apenas um degrau na ascensão da consciência coletiva da humanidade. Para eles, no último cataclismo, a civilização foi destruída por uma violenta inundação que teria deixado poucos sobreviventes, dos quais eles seriam descendentes – estamos falando do Dilúvio bíblico? Os maias ainda pensavam que, ao conhecer o final desses ciclos, muitos seres se prepararam para o processo, pois tinham conseguido conservar no planeta a espécie pensante, o homem.
Os maias acreditavam também que a mudança dos tempos nos permitiria ascender um degrau na escala evolutiva da consciência, transformando-nos em uma nova civilização que viveria em mais harmonia entre todos os seres humanos. Obviamente, sabe-se que o planeta é geologicamente ativo e se apresenta num ritmo intenso e acelerado. As mudanças no Sol, seu aumento de atividade periódica nos ciclos das manchas a cada 22 anos e o ciclo maior, a cada 11 mil anos aproximadamente – que provoca inversão magnética de pólos e outras conseqüências –, colaboram para a atividade geológica do planeta. A Terra, como ser vivo, além de seu natural processo geológico, ainda tem que lidar com as constantes agressões impostas pelo homem. Somando-se todos esses fatores, podemos analisar que o que se aguarda para 2012 está dentro de um cenário previsível para a humanidade e sua tomada de decisão com respeito ao seu próprio futuro.
Aumento das convulsões planetárias
A Terra se encontra em um momento delicado e tudo o que for feito hoje de positivo ou não, em qualquer nível, seja material, emocional, mental e energético, repercutirá durante bastante tempo. Isso é inegável, como também é patente um possível aumento nas convulsões planetárias, tais como terremotos e vulcanismo, sem contar com nossas ações beligerantes. Será que é a isso que alude o Calendário Maia? Seria um alerta? Mas o instrumento apenas afirma a data do encerramento de um ciclo para o renascer de outro, nada mais. O máximo que se pode deduzir dos “recados” do instrumento refere-se à decisão do ser humano em eclodir ou sucumbir, ou seja, autodestruir-se ou transformar-se. Mesmo assim, não temos como afirmar categoricamente que os maias estavam se referindo à humanidade como um todo ou, como realmente sugerem os estudos, apenas à sua sociedade local. No Rig Veda, o livro mais antigo da cultura indiana, encontramos a mesma similaridade com respeito a esses ciclos, chamados pelos antigos vedas e hindus de eras ou yugas.
Como já foi visto, o Calendário Maia sincronizava dois outros instrumentos de medição de tempo, os calendários Tzolkin e Haab. O Haab era o que tinha ciclo relativo a um ano solar, sendo composto por 18 meses de 20 dias, além de cinco dias sem nome e um, ao final do ano maia, chamado dia fora do tempo. O Tzolkin [Tzol significa contar e kin, dia] possuía 13 meses de 20 dias ou kins perfazendo um ciclo de 260 dias, próximo do ciclo ovariano de reprodução, usado para funções religiosas. Tanto um como o outro tem o número 20 como base, ou seja, a soma dos dedos das mãos e dos pés para os maias. O Calendário Tzolkin possui ainda um mês lunar de 28 dias, que, ao ser multiplicado por 13, resulta em 364 dias e mais um dia fora do tempo, fechando em 365.
Os maias consideravam o tempo como energia viva, uma força real e palpável. Uma criança daquele povo, ao nascer, era apresentada aos sacerdotes imediatamente. E estes, em função da data de seu nascimento, calculavam traços marcantes e relações com o destino do bebê. Esta prática já era utilizada antes ainda pelos egípcios, caldeus, hindus e ainda hoje está presente no zodíaco tibetano e no nosso horóscopo ocidental tradicional. Mas o Calendário Maia também era utilizado na interpretação de ciclos corretos de tempo, da natureza, do firmamento, do cosmos, especificamente o “poder do tempo”. Mudanças energéticas e eventos que tendiam a se repetir ou a se manifestar dentro de um mesmo princípio, de forma periódica – especialmente as mudanças sutis do Sol –, eram percebidas pela interpretação do calendário, implicando em influências em seu modo de vida, sua mente, emoções, plantio e colheita.
Os dias – chamados kins – para os maias continham uma energia específica. Eles acreditavam que cada kin continha uma energia temporal diferente, sujeita a alterações de acordo com as ressonâncias recebidas do Sol e suas respectivas alterações, e do universo como um todo, ao influenciar o astro-rei . É interessante notar que, apesar destas considerações, o Calendário Maia não estava necessariamente sujeito às sincronizações dos movimentos do Sol e da Lua, e sim, como já foi mencionado, a questões cíclicas temporais. Os movimentos do cosmos e das estrelas eram para eles e seu calendário uma conseqüência natural, não uma causa ou referencial, ao contrário do que costumamos fazer. Como se pode ver, certamente aquele povo tinha um sistema de convívio mais harmônico com a natureza e com o universo.
Desaparecimento dos dinossauros
Apenas para ilustrar, cada ciclo de 20 dias – kins – representava um uinal, e um ciclo de 18 uinals, ou 360 dias, correspondia a um tun. A cada ciclo de 20 tuns, ou 19,7 anos, tinha-se um katun. Vinte katuns, correspondentes a 394,3 anos, geravam um baktun. E assim por diante. As datas eram representadas pelos maias pela seqüência dos números correspondentes a cada ciclo. Mas os números eram ainda mais significativos. Extrapolando mais um pouco, vemos que cada ciclo de 20 baktuns, igual a 7.885 anos, correspondia a um pictun, e cada ciclo de 20 pictuns, 157.704 anos, correspondia a um calabtun. O leitor se cansou? Então veja isso: um ciclo de 20 calabtuns, 3.154.071 anos, correspondia a um kinchiltun, e cada ciclo de 20 kinchiltuns, de impressionantes 63.081.429 anos, correspondia a um alautun. Apenas como curiosidade, observe-se que um alautun é um período estranhamente parecido com o tempo decorrido desde o desaparecimento dos dinossauros.
Considerando-se a possibilidade já amplamente aludida de os maias serem descendentes ou herdeiros das levas da civilização atlante, que se retirou por conta de cataclismo na Terra, justifica-se, assim, talvez pelos seus mitos, as questões cíclicas que poriam fim às civilizações que não tivessem alcançado um propósito de vida além dos princípios materialistas e egóicos. Ou talvez eles se referissem apenas a si próprios em termos de civilização, e não à espécie humana em escala global, como hoje. Mas, em contrapartida, o egocentrismo e materialismo estão em escala global de forma suficiente para destruir o planeta várias vezes, sem que precisemos de ciclos!
Longe de esgotarmos o assunto, que é muito
vasto e não podemos desconsiderar absolutamente nada, precisamos pesquisar seriamente o que o Calendário Maia tenta nos transmitir, pois ainda temos muito a aprender com seus criadores. As interpretações disparatadas quanto ao significado de 23 de dezembro de 2012, especialmente as extrapolações cataclísmicas já manifestadas, estão relacionadas com o ego e a teimosa tendência do ser humano de interpretar antigos achados segundo uma concepção contemporânea e ocidental. Precisamos pensar como os maias pensavam, e isto é difícil. Somente este dado torna meramente especulativas muitas das proposições feitas sobre alguns povos. Estamos mais mortos para eles do que eles para nós. Em vista disso, por nossa ignorância, 2012 virou uma data para a qual se espera o fim da humanidade, uma bobagem injustificada. Certamente há muito o que se refletir sobre isso, pois, afinal, Quetzalcoatl, a lendária serpente emplumada dos maias, prometeu
voltar. Pacal Votan que o diga.