Por Pedro de Campos
O Fenômeno UFO exige do pesquisador uma série de atividades práticas. Em primeiro lugar está o trabalho de campo, para constatar a incidência do fenômeno, em seguida vêm os relatos testemunhais, falando da ocorrência, depois o levantamento das evidências físicas e eventual pesquisa dos resíduos em laboratório, culminando no registro detalhado dos fatos, na interpretação da ocorrência e sua divulgação.
Em 3 de junho de 2008 ocorreu um fenômeno estranho em Buritama, região de Araçatuba, estado de São Paulo. Na madrugada daquele dia, a Chácara São Paulo, propriedade do pecuarista Antônio Caldeira, teria sido sobrevoada por um UFO que deixara marcas na pastagem. O sitiante visinho avistara luzes estranhas sobrevoando o local. Além disso, o histórico de UFOs na região é farto e os relatos faziam suspeitar que uma atividade ufológica pudesse estar ocorrendo.
As marcas na pastagem eram circulares, distantes entre si uns seis metros. O círculo maior media 4,7 metros de diâmetro, enquanto o menor, 2,5 metros. Caldeira disse nunca ter visto nada parecido, nem tinha ideia de como eles se formaram, mas os sinais estavam ali, para quem quisesse vê-los. Sua filha, Érika Domingues, contou: “Meu pai e eu estávamos na Chácara indo levar sal pro gado quando nos deparamos com os círculos no meio da pradaria. Aliás, eu vi, mas meu pai não tinha visto ainda. Levei um susto, porque sabia que aqueles sinais eram incomuns ali.”
Cerca de um ano depois, em julho de 2009, tive a oportunidade de visitar a Chácara. Na ocasião, eu estava em Araçatuba a convite de Gener Silva, presidente do Instituto Nacional de Pesquisa – INAPE, para realizar palestra no Cosmos VIII, evento tradicional na cidade. Após a palestra, convidado então pelo pecuarista Antônio Caldeira, no dia seguinte fui visitar suas terras. Pude constatar que as marcas ainda continuavam no local, apresentando a terra enrijecida, sem germinação plena do capim, o qual era farto fora das marcas. Sai dali com a ideia de que a radiação emitida pelo UFO, cerca de um ano atrás, não só teria feito os sinais, mas também interferido no solo, matando as sementes no interior dos círculos e tornando a terra enrijecida.
A pergunta era: qual o interesse alienígena nesse feito? Cogitou-se que talvez fosse para estudar o gado ou algum mineral do subsolo. Nas proximidades, existe também uma rede de alta tensão e um belíssimo porto fluvial, com barcas que navegam o Tietê, o qual se apresenta ali exuberante. Não se descarta a possibilidade de interesse alienígena nesse tipo de energia, supostamente para reabastecimento do engenho.
Algum tempo depois, comparei as fotos que tirei no local com as chapas batidas um ano antes, por Caldeira. Juntei as duas sequências e confrontei-as com os primeiros círculos surgidos na Inglaterra, no capim. Concluí que as marcas de Buritama estavam mais para agroglifos (ao estilo dos primeiros círculos ingleses), do que para sinais de pouso iminente (como os achados em Peruíbe). A impressão é de que foram impressos intencionalmente no capim. Veja o vídeo abaixo para conhecer melhor o episódio.