O envolvimento do primeiro ministro britânico Winston Churchill, que comandou o governo do Reino Unido entre 1940 e 1945, e novamente de 1951 a 1955, tem sido objeto de muita especulação no meio ufológico. Em recente reportagem, o veículo Daily Star aponta que Churchill manifestou grande preocupação quando, em 1952, chegaram ao conhecimento público vários casos impactantes de avistamentos ufológicos, incluindo o famoso incidente em Washington. Esta ocorrência foi muito significativa por envolver objetos desconhecidos passando sobre a Casa Branca, além do envio de caças interceptadores e detecção por radar.
Winston Churchill determinou então a seu secretário do ar, Lord Cherwell, que uma investigação fosse realizada. No memorando enviado, o primeiro ministro escreveu: “O que é isso sobre os discos voadores? O que significa? Qual é a verdade? Prepare um relatório quando for conveniente”. Cherwell, amigo próximo e confidente de Churchill, formou um Grupo de Trabalho para investigar a questão. A conclusão foi de que eram mais prováveis explicações convencionais, como aeronaves comuns, balões, pássaros ou outros fenômenos naturais, ilusões de ótica, farsas ou ilusões. Entretando, o Grupo de Trabalho alertou que era impossível colocar de lado a possibilidade de os UFOs serem “veículos de origem extraterrestre, desenvolvidos por seres desconhecidos para nós e com conhecimentos mais avançados do que qualquer coisa que já tenhamos imaginado”, nas palavras do relatório.
Os pesquisadores David Clarke e Andy Roberts, em artigo para a UFO Magazine em 2003, analisaram os relatórios da Real Força Aérea (RAF) descrevendo os avistamentos de objetos desconhecidos na Segunda Guerra Mundial. Os Aliados atribuíram tais intrusos, apelidados de foo-fighters, a armas secretas da Alemanha nazista, porém os alemães tiveram encontros semelhantes, e igualmente os consideravam um segredo tecnológico de seus inimigos. A matéria do Daily Star ainda aponta que o primeiro ministro, ainda durante a guerra, teria ordenado sigilo quanto ao avistamento da tripulação de uma aeronave de reconhecimento. Em 1999 o neto de um oficial da RAF que teria sido guarda-costas de Churchill requisitou ao Ministério da Defesa Britânico (MoD), documentos a respeito desse incidente. Alegadamente, o órgão teria destruído toda a documentação a respeito produzida antes de 1967, mas há quem afirme que os registros ainda existem.
TEMOR DE PÂNICO EM MASSA
O caso descrito pelo falecido guarda-costas aconteceu após uma missão sobre a Europa ocupada durante a guerra. No voo de retorno, a tripulação teria obtido fotos de um objeto metálico desconhecido sobre a região de Cumbria, e Winston Churchill, após tomar conhecimento do fato, ordenou que toda informação a respeito fosse classificada e mantida em sigilo por pelo menos 50 anos, e sua liberação deveria ocorrer somente após uma revisão e aprovação de quem estivesse no cargo de primeiro ministro. De acordo com o relato do guarda-costas Churchill, que era cristão, temia as implicações sociais das informações, que poderia desestabilizar a fé de boa parte da população. O primeiro ministro teria afirmado: “Este evento deve ser imediatamente classificado, pois pode criar pânico em massa na população em geral, e destruir a fé na Igreja. O MoD recentemente encerrou o setor de investigação ufológica e liberou milhares de páginas de documentos, sob a acusação de que material realmente significativo ainda é mantido em segredo. Rumores dão conta de que neste ano haverá mais uma liberação de informações.
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eacute;m conhecidos como MIBs, do inglês men in black. Eles vêm há décadas surgindo em cenários de ocorrências ufológicas, muitas vezes apenas observando e noutras abordando com energia tanto testemunhas quanto pesquisadores destes fatos. MIB: Os Verdadeiros Homens de Preto disseca o assunto como nenhuma obra antes, e o faz sob o comando de um dos maiores especialistas no tema em todo o mundo, o ufólogo inglês naturalizado norte-americano Nick Redfern.