O primeiro exoplaneta orbitando uma estrela foi encontrado em 1995. De lá para cá a busca por mundos alienígenas experimentou diversos saltos, com observações e instrumentos cada vez mais aperfeiçoados, a ponto de os principais catálogos de exoplanetas apontarem a existência de 3.406 destes já confirmados. E, entre estes, são 42 os planetas de outras estrelas que residem na região habitável de seus sóis, uma distância tal que permite a existência de água líquida, essencial à vida, em suas superfícies. Um dos maiores achados em termos de quantidade foi feito pela NASA no último dia 10 de maio, confirmando a existência de 1.284 exoplanetas localizados pelo telescópio espacial Kepler.
O Kepler, em sua missão original que terminou em 2013, procurava por mundos alienígenas observando trânsitos exoplanetários, ou medindo a diminuição da luz de determinada estrela quando um planeta em órbita passava diante dela. Evidentemente tal método só funciona se o plano da órbita estiver alinhado com o ponto de vista do telescópio, comprovando que os planetas já achados pelo instrumento representam uma fração minúscula do total que existe. Outro método, o da velocidade radial, mede o movimento da estrela causado pela gravidade de um planeta em órbita. Funciona melhor quando se trata de um gigante gasoso, daí que no início somente esse tipo de planeta foi encontrado.
Anteriormente os astrônomos utilizavam outros instrumentos baseados em terra para validar os resultados do Kepler. Contudo, a enorme quantidade de candidatos encontrados pelo telescópio, e o fato de muitas estrelas serem fracas demais para observações em solo, levou à utilização de simulações de computador a fim de calcular a probabilidade de determinado candidato ser de fato um planeta. O programa utiliza dados obtidos também por confirmações de outros telescópios, além de informações sobre falsos positivos, a fim de determinar se um exoplaneta candidato realmente existe. O novo estudo considera que quando a probabilidade for maior de 99% o achado é real. É possível mesmo que alguns entre os 1.284 se revelem como falsos positivos, mas será uma pequena fração do total.
INCONTÁVEIS MUNDOS ALIENÍGENAS EXISTEM
A missão original do Kepler terminou em 2013 (confira nos links abaixo) e a nova pesquisa foi feita com dados obtidos ainda nessa época, que devem continuar a ser analisados ao menos até 2018. A missão extraordinariamente bem-sucedida ajudou a determinar que pelo menos 25% das estrelas na sequência principal na Via Láctea, número estimado em 70 bilhões, possuem planetas de tamanho semelhante ao da Terra na região habitável. Entre os 1.284 novos mundos cerca de 550 são pequenos o suficiente para serem rochosos e nove entre estes residem na região habitável de suas estrelas, podendo abrigar vida extraterrestre. De destacar ainda o fato de que muitos dos novos exoplanetas possuem tamanho entre o da Terra e Netuno, sendo classificados como super-Terras ou mini-Netunos, tipo de planeta ainda não encontrado em nosso Sistema Solar. A busca por exoplanetas terá um grande impulso quando a NASA lançar em 2017 o Satélite Explorador de Trânsitos de Exoplanetas (TESS), seguido em 2018 pelo Telescópio Espacial James Webb.
Enciclopédia de Planetas Extrassolares
Catálogo de Exoplanetas do Laboratório de Habitabilidade Planetária
Site oficial do telescópio espacial Kepler
Site do telescópio espacial TESS
Confira o anúncio oficial da NASA
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Saiba mais:
Livro: Guia da Tipologia Extraterrestre
Há séculos a espécie humana assiste à chegada de estranhos seres geralmente bípedes e semelhantes a nós, que descem de curiosos veículos voadores sem rodas, asas ou qualquer indício de forma de navegação. Quase sempre estas criaturas têm formato humanoide e não raro se parecem com uma pessoa comum, mas com um problema: elas não são daqui, não são da Terra. O que pouca gente sabe é que existem dezenas de tipos deles vindo até nós, alguns com o curioso aspecto de robôs, outros se assemelhando a animais e há até os que se parecem muito com entidades do nosso folclore. O Guia da Tipologia Extraterrestre faz uma ampla catalogação de todos os tipos de entidades já relatadas, classificando-as conforme sua aparência e características físicas diante de suas testemunhas, resultand
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