A empresa SpaceX foi fundada pelo bilionário Elon Musk em 2002, com o propósito de tornar acessíveis as viagens espaciais. Desenvolvida em paralelo com o foguete lançador Falcon 9, a Dragon rendeu à SpaceX um contrato de 1,6 bilhões de dólares com a NASA para a realização de 12 missões de transporte de cargas até a Estação Espacial Internacional (ISS).
A Dragon não tripulada, ao contrário dos veículos de carga das agências espaciais russa, europeia e japonesa, e da norte-americana Orbital Sciences (cujo veículo Cygnus também serve a ISS), retorna à Terra e pousa na água, podendo trazer cargas e experimentos da estação. Os demais cargueiros espaciais são destruídos na reentrada na atmosfera terrestre, sendo esse um útil diferencial da nave da SpaceX.
A empresa revelou, no último 29 de maio, a Dragon V2 (Versão 2), modelo capaz de levar até sete astronautas à órbita terrestre. O interior traz bancos de couro e instrumentos computadorizados de última geração. Ao contrário do cargueiro, que é acoplado à ISS com o uso do braço mecânico do complexo orbital, a Dragon V2 será capaz de acoplar automaticamente, sendo possível ainda o controle manual ao piloto.
DISPUTA PARA CONTRATO COM A NASA
As empresas Boeing e Sierra Nevada estão também deselvolvendo suas naves tripuladas para o programa de voos comerciais da NASA, que deverá escolher quais veículos seguirão para a próxima fase da disputa em julho ou agosto. A previsão é que o primeiro voo tripulado aconteça em 2017. A Dragon, devido à experiência com a versão cargueira, sai com vantagem, sendo que a nave possui foguetes na parte inferior, que podem ser usados em caso de emergência no lançamento, ou para pousar suavemente após o fim da missão. A nave também é reutilizável, bastando segundo Musk realizar uma rápida manutenção e ser abastecida novamente.
Veja uma galeria de fotos da Dragon V2
Nave Dragon retorna à Terra após missão
Saiba mais:
Livro: Dossiê Cometa
DVD: Pacote NASA: 50 Anos de Exploração Espacial
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