Desde 2001 astrônomos e astrofísicos se vêem as voltas com um mistério, rápidas emissões ou rajadas na frequência de rádio, chamadas em inglês de Fast Radio Bursts (FRB). Radiotelescópios têm captado esses fenômenos, e em 2014 o instrumento Parkes da Austrália, conseguiu captar uma dessas rajadas ao vivo. As anteriores foram encontradas após análise de dados gravados. Cada um desses eventos dura somente alguns milissegundos, porém sua energia em somente um milissegundo equivale ao que o Sol emite a cada 300.000 anos.
As rajadas foram detectadas acima do plano da Via Láctea e analisando certas características dos sinais eles foram capazes de descobrir como estes foram afetados por sua passagem através de materiais cósmicos, nebulosas, nuvens de gás e outros. Ondas de rádio são alongadas e retardadas ao passar por material ionizado, e assim os cientistas concluíram que as FRBs viajaram bilhões de anos-luz. O alcance das rajadas já captadas varia entre 5,5 a 10 bilhões de anos-luz, e estima-se que um desses fenômenos possa ocorrer a cada 10 segundos.
Embora tenham uma duração muito curta, os astrônomos conseguiram localizar a região onde cada uma delas foi emitida com precisão, porém não encontraram qualquer objeto nas observações, feitas na luz visível, raios gama ou raios-X. O que tem se mantido inexplicável até agora é o fato de as medidas de dispersão das ondas são múltiplo de 187,5. Uma possível explicação seria que todas as rajadas provém de cinco fontes regularmente espaçadas, a bilhões de anos-luz daqui.
POSSÍVEIS EXPLICAÇÕES
A respeito do que podem ser as fontes fala-se da interesecção de campos magnéticos de duas estrelas de nêutrons, ou um tipo muito raro de supernova cujos efeitos da explosão interajam com uma estrela de nêutrons em órbita. Outro tipo de estrela de nêutrons com fortíssimo campo magnético, chamado de magnetar, é no momento a explicação preferida da maioria dos astrônomos. Alguns chegaram inclusive a comentar a remota possíbilidade de que as rajadas de rádio possam ser resultado das ações de avançadas civilizações alienígenas. Porém, a magnitude de energia produzida por esses fenômenos faz com que a maioria dos cientistas descarte a hipótese extraterrestre.
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