Em 15 de fevereiro de 2013, poucas horas da passagem próxima do asteroide 2012 DA14 a apenas 27.000 km da Terra, um objeto explodiu sobre a cidade russa de Chelyabinsk. Apesar das conhecidas irresponsabilidades dos mistificadores de plantão, que em poucas horas espalhavam barbaridades pela Internet, não havia absolutamente nenhuma ligação entre os dois eventos. A explosão na Rússia, considerada o maior evento do tipo desde Tunguska em 1908, teve suas evidências intensamente estudadas, e agora a origem daquele meteoro pode ter sido encontrada.
A rocha de cerca de 17 metros explodiu com uma potência de 500.000 toneladas de TNT, causando danos em muitos prédios de Chelyabinsk e ferimentos em muitas pessoas, felizmente nenhum sério. Inúmeras filmagens do evento surgiram, e é necessário explicar que, devido a fraudes em empresas de seguros, muitos motoristas russos instalam câmeras nos painéis de seus carros para as gravações servirem de evidência em caso de acidentes. Isso explica a grande quantidade de vídeos do meteoro. E claro, ridiculamente muitos fanáticos viam UFOs acompanhando a rocha espacial, quando os tais objetos escuros nada mais eram que manchas no parabrisa dos carros.
Nos últimos meses meteoritos encontrados na região [meteoro é o objeto visto em seu caminho na atmosfera; meteorito é a rocha ou grãos resultantes encontrados no solo] foram analisados, e o tipo de rocha foi determinado como sendo um condrito, bastante comum. E graças aos vídeos, astrõnomos se puseram a analisar a trajetória do meteoro, buscando aferir a órbita do objeto celeste. Por sua vez, astrônomos da Universidade de Madri realizaram milhares de simulações por computador, analisando as possíveis órbitas do asteroide original com trajetórias conhecidas desses corpos espaciais.
Finalmente, esses astrônomos descobriram que a melhor hipótese é que o meteoro de Chelyabinsk originou-se do asteroide 2011 EO 40, que traça uma órbita elíptica entre os quatro planetas interiores, aproximando-se inclusive do Cinturão de Asteróides entre Marte e Júpiter. É importante acrescentar que esse corpo celeste faz parte de uma família que passa regularmente próximo da Terra, Marte, e até mesmo de Vênus e do planeta anão Ceres. E como muitos asteroides na verdade são pilhas de rochas mantidas unidas por sua fraca gravidade, tais passagens próximas a outros objetos podem fazer com que um pedaço se desprenda, passando a seguir uma órbita própria.
Imediatamente após a explosão muitos caçadores de meteoritos rumaram para a região de Chelyabinsk, e diversos sites na Internet passaram a vender esses vestígios da explosão. Um destes, devidamente licenciado, é o Galactic Stone and Ironworks. O astrônomo e divulgador científico Phill Plait conta em seu site como um amigo seu comprou um meteorito de Chelyabinsk e o presenteou com a pequena rocha espacial. Plait fala disso, comentando a história incrível do pequeno pedaço de rocha, provavelmente com mais de 4 bilhões de anos de idade, que acabou em uma ensolarada manhã caindo sobre um planeta azul, até finalmente chegar a suas mãos.
Leia o trabalho dos astrônomos da Universidade de Madri
Asteroide não deverá atingir a Terra em 2036
O meteoro, o asteróide e as mistificações
Desviar um asteroide pode ser um problema político
Saiba mais:
Livro: UFOs na Rússia
DVD: I UFOZ 2012 – Conferência de Stephen Bassett
O conferencista do IV Fórum Mundial de Ufologia pondera se, levando-se em consideração as previsões maias, não seria esta a data que marcaria uma nova era para a Ufologia Mundial, a partir da revelação em grande escala da realidade ufológica, que tanto esperamos? A Exopolítica, que pleiteia a abertura ufológica sem restrições, assume que mesmo antes de isso ocorrer já devemos estar preparados. Stephen Bassett é ativista pela liberdade de informação ufológica e um dos criadores da Exopolítica, movimento que pretende dar tratamento político à questão ufológica. Considera o processo essencial para a compreensão e o trato da manifestação na Terra de outras espécies cósmicas, por envolver de maneira profunda toda a humanidade.