O Caso Varginha, que teve início em 20 de janeiro de 1996, é por vezes comparado ao Caso Roswell, acontecido em julho de 1947 no Novo México, Estados Unidos. Contudo, diferentemente na ocorrência norte-americana, a pesquisa sobre os eventos na cidade do sul de Minas Gerais permanece ininterruptamente sob investigação até hoje. Inicialmente uma numerosa equipe, da qual fizeram parte alguns dos melhores ufólogos do Brasil, esteve à frente da investigação, conseguindo até 1997 descobrir boa parte dos fatos ocorridos e divulgá-los para a imprensa.
Contudo, conforme o passar dos anos as investigações foram ocorrendo em ritmo mais arrastado, e houve inclusive sérias discordâncias entre os pesquisadores. Parte desses acontecimentos foi revelada na edição Especial 34 da Revista UFO pelo coeditor da publicação, Marco Petit, que pela primeira vez tratou na ocasião do Inquérito Policial Militar (IPM). Este buscava desvendar se havia sido cometido um crime por parte tanto de militares quanto dos próprios pesquisadores, durante os primeiros tempos de investigação do caso. E, de acordo com Petit, foi a partir desse IPM que o grupo de pesquisadores passou a ser desfeito.
Muitas dessas revelações estão finalmente sendo apresentadas no livro Varginha: Toda a Verdade Revelada. Mais recente lançamento da Coleção Biblioteca UFO, ao longo de suas 258 páginas estão informações inéditas a respeito dos bastidores das investigações, o trato com as testemunhas e o que levou o então coeso grupo de pesquisadores a se desfazer. O próprio Petit comenta: Mas a principal pergunta que ainda resta responder é: o que, enfim o Exército ainda insiste em esconder sobre o Caso Varginha? Todos já sabemos que um UFO se acidentou e que pelo menos duas criaturas alienígenas foram capturadas ainda vivas pelos militares. De que planeta vieram? Por que sua nave se acidentou? Como as tais criaturas sobreviveram à queda? Como os americanos foram os primeiros a saber do caso?”.
ENTREVISTA PARA O PORTAL G1
Na divulgação de Varginha: Toda a Verdade Revelada, Marco Petit concedeu uma entrevista ao portal G1, filial do Sul de Minas, em que comenta vários aspectos do livro e do Caso Varginha, da qual apresentamos alguns trechos abaixo:
G1 – O título do seu livro é “Varginha, toda a verdade revelada”. Quais verdades ainda faltavam ser trazidas ao público?
Marco Petit – Uma expressiva parcela da história do caso não havia chegado ao público, pelo menos da maneira que deveria ter acontecido, e agora isto está acontecendo de maneira clara. Devo ressaltar também que, após a implosão do grupo principal de investigadores, do qual eu fiz parte de maneira efetiva, por meio de situações que chegaram a envolver, inclusive diretamente, procedimentos e atitudes tomadas pela Inteligência do Exército Brasileiro, eu continuei investigando o caso de maneira independente, tendo acesso a outras informações. Outro componente fundamental do livro é minha análise detalhada em um de seus capítulos do Inquérito Policial Militar (IPM), dentro do qual os dois primeiros investigadores do caso prestaram depoimentos dentro da Escola de Sargento das Armas (ESA). O ponto grave, agora denunciado de maneira detalhada pela primeira vez na presente obra, é que este IPM foi mantido, na época de sua realização, em total sigilo pelos principais investigadores do caso, inclusive com minha participação, por me sentir preso a uma espécie de ética com os dois primeiros pesquisadores de Varginha, já que eu havia chegado ao Sul de Minas para participar das pesquisas como convidado. O livro deixa claro, de maneira inédita, por que isto acontece e quais eram os interesses envolvidos.
G1 – Na sua visão, como o Exército abordou o acontecimento? Foi feito realmente um grande trabalho de acobertamento dos fatos?
Marco Petit – Houve de fato um acobertamento visando manter o sigilo sobre cada detalhe do caso e o envolvimento militar com a história. Esse acobertamento foi liderado ao longo de todo o ano de 1996 pelo comando da Escola de Sargento das Armas (ESA). Houve de fato, como o livro destaca, a participação direta, não só no que diz respeito aos fatos ligados ao caso, mas também envolvendo o seu acobertamento, de altas patentes da Polícia Militar de Minas e do Corpo de Bombeiros, como pode ser vislumbrado inclusive nos autos do próprio IPM relacionados ao primeiro livro sobre Varginha.
G1 – O que o Exército ainda insiste em esconder sobre o Caso Varginha?
Marco Petit – O caso envolveu a queda de uma nave alienígena e o recolhimento, como já disse, de pelo menos parte de sua tripulação. E a história não se resume apenas a isso. Todo e qualquer fato desse tipo é considerado, dentro de qualquer nação, na área da segurança nacional e possui implicações na visão dos que defendem o acobertamento, capazes potencialmente de desestabilizarem nossas instituições militares, governamentais, religiosas etc. Isto, entretanto, é apenas parte do problema. Existem outras implicações que aqui não temos espaço para expressar e detalhar. Devo ressaltar, entretanto, que o sigilo sobre Varginha vai muito além dos limites de comando e do interesse de nosso Exército, como destaco também no livro.
Leia a entrevista completa de Marco Petit para o portal G1
Caso Varginha completa 18 anos
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Desde que teve início a chamada Era Moderna dos Discos Voadores, em 1947, uma pesquisa sistemática dessas naves e da ação de seus tripulantes na Terra vem sendo realizada por estudiosos de inúmeros países. O episódio ocorrido na cidade mineira de Varginha, em 20 de janeiro de 1996 é, com certeza, o mais bem documentado de todos — até mesmo do festejado Caso Roswell. O que se lerá neste livro não é ficção científica, mas sim o mais bem guardado segredo do meio militar brasileiro, finalmente levado ao conhecimento da sociedade.