As descobertas em termos de exoplanetas habitáveis se sucedem de forma cada vez mais acelerada. A novidade da semana é LHS 1140b, mundo que orbita uma estrela anã do tipo M, mais conhecida como anã vermelha, que está na precisa posição para possuir água líquida em sua superfície, requisito essencial para a existência de vida. A estrela LHS 1140 tem um quinto do tamanho do Sol e é muito mais fria, e ao contrário de outras do tipo não mostra ser muito ativa, mantendo baixas suas emissões de radiação ultravioleta e raios-X. O sistema situa-se a 40 anos-luz de distância, muito pequena em termos cósmicos.
Já o mundo alienígena LHS 1140b é uma super-Terra com 1,4 vezes o diâmetro da Terra e 6,6 vezes sua massa, recebendo da estrela 0,46 vezes a quantidade de luz que recebemos do Sol. O exoplaneta foi descoberto por meio do método do trânsito, diminuindo a luz da estrela enquanto passava entre esta e nosso ponto de visão, e assim o estudo de sua atmosfera já teve início. O método do trânsito permite determinar a composição de atmosferas de exoplanetas, pois a luz da estrela atravessa a camada gasosa do planeta e chega até nós, trazendo informações sobre seus elementos constituintes que pode ser obtida via espectrografia.
Além disso, a equipe liderada por Jason Dittmann, que faz o pós-doutorado no Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, também estudou o sistema utilizando o método da velocidade radial, determinando o quanto a gravidade do planeta altera a posição da estrela. Assim puderam determinar a densidade de LHS 1140b, dessa forma podendo estimar a densidade da atmosfera. Dittmann e sua equipe estão analisando as informações quanto à camada gasosa do mundo alienígena, pretendendo determinar o quanto de luz estelar passa por ela, e até mesmo se podem localizar indícios da presença de nuvens em seus céus.
BUSCANDO SINAIS DE VIDA EXTRATERRESTRE
A equipe obteve permissão para utilizar o telescópio espacial Hubble para melhores observações do sistema, checando inclusive as emissões em ultravioleta e raios-X da estrela. O estudo da atmosfera de LHS 1140b também será realizado com o Hubble, e vale ressaltar que a presença de certos gases pode até mesmo indicar que processos biológicos acontecem no planeta. Por exemplo, na Terra a maior parte do metano atmosférico é produzida por seres vivos. Conforme Dittmann afirmou, diante das espantosas descobertas: “Não poderíamos pedir por um melhor alvo para realizar uma das maiores buscas da ciência, pesquisar por evidências de vida além da Terra”.
Confira na Nature o trabalho da equipe de Jason Dittmann
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Saiba mais:
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Há séculos a espécie humana assiste à chegada de estranhos seres geralmente bípedes e semelhantes a nós, que descem de curiosos veículos voadores sem rodas, asas ou qualquer indício de forma de navegação. Quase sempre estas criaturas têm formato humanoide e não raro se parecem com uma pessoa comum, mas com um problema: elas não são daqui, não são da Terra. O que pouca gente sabe é que existem dezenas de tipos deles vindo até nós, alguns com o curioso aspecto de robôs, outros se assemelhando a animais e há até os que se parecem muito com entidades do nosso folclore. O Guia da Tipologia Extraterrestre faz uma ampla catalogação de todos os tipos de entidades já relatadas, classificando-as conforme sua aparência e características físicas diante de suas testemunhas, resultando num esforço inédito para se entender quem são nossos visitantes.
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