Transcorridos quinze meses de seu histórico encontro com Plutão, em 14 de julho de 2015, a nave New Horizons iniciou o lento trabalho de transmitir para a Terra todas as informações recolhidas no ponto culminante de sua missão, cerca de 50 gigabits de dados. O gerador de radioisótopos que fornece energia à New Horizons fornece de 2 a 10 watts de eletricidade, daí que a taxa de envio é pequena, de cerca de 1 a 4 kilobits por segundo.
Como a missão era somente um sobrevoo, sem entrar em órbita do distante planeta anão e somente com uma chance de recolher informações, a nave foi programada para colher o máximo de dados possível, tão rápido quanto conseguisse. No que foi muito bem sucedida, colhendo cerca de 100 vezes mais dados do que é possível enviar imediatamente para a Terra. E, devido à distância, atualmente de 5,5 bilhões de quilômetros, cada sinal enviado pela New Horizons demora cinco horas para chegar até nós.
Os computadores a bordo foram programados para enviar pacotes de dados selecionados de alta prioridade dias depois da máxima aproximação com Plutão e a remessa da maior parte das informações armazenadas teve início em setembro de 2015. O item final transmitido pela nave foi uma parte da sequência de observação de Plutão e Caronte feita pelo instrumento Ralph/Leisam, que chegou em 25 de outubro ao Laboratório de Física Aplicada John Hopkins. Esse pacote de dados foi recebido pela estação da Rede de Espaço Profundo da NASA em Canberra, Austrália. O principal investigador da missão, Alan Stern, afirmou: “Os dados sobre o sistema de Plutão colhidos pela New Horizons nos deixou maravilhados a cada nova informação, mostrando a beleza e complexidade de Plutão e suas luas”.
ENCONTRO MARCADO PARA 2019
Alan Stern ainda comentou: “Há muito trabalho ainda sobre as mais de 400 observações científicas que foram enviadas para a Terra. Afinal, quem sabe quando novas informações sobre Plutão serão obtidas por uma nave?”, completou, salientando que pode demorar anos até que a próxima missão seja enviada ao planeta anão. A equipe da missão irá realizar uma minuciosa análise de todas as informações, antes de enviar comandos para apagar as memórias dos dois gravadores de dados a bordo. Isso é necessário para preparar a New Horizons para sua missão estendida, que a levará a realizar observações distantes de objetos do Cinturão Kuiper, bem como visitar um deles, o 2014 MU69, em 01 de janeiro de 2019.
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