A campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, que pede abertura governamental para a questão ufológica, é um sucesso inquestionável. Lançada em abril deste ano pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e insistentemente divulgada através das últimas edições da Revista Ufo e de seu site [ufo.com.br], até o fechamento desta edição já contava com quase 10 mil assinaturas, firmadas na página da publicação na internet ou através do formulário impresso da página 07. Nunca antes, em momento algum da história da Ufologia Brasileira, um manifesto foi tão bem recebido e teve tamanho engajamento popular. Isso é prova inequívoca de que a sociedade brasileira está cada dia mais informada sobre o assunto e consciente de suas conseqüências e implicações. Assim como uma evidência inegável de que a Comunidade Ufológica Brasileira sente que é imprescindível que o Governo Federal haja como nações mais desenvolvidas do globo, que já admitem a existência dos UFOs e sua natureza não-terrestre, e os pesquisam com rigor científico e em caráter oficial.
As autoridades desses países – como França, Uruguai, Chile, Espanha, Itália, China e México, para citar alguns – reconhecem a legitimidade dos UFOs e confirmam que suas manobras vêm sendo registradas de maneira cada vez mais constante em nosso planeta. E por terem se intensificado nas últimas cinco décadas, segundo registros, tais atividades transformaram a Ufologia num dos assuntos mais significativos para a humanidade terrestre. Mas não basta saber que não estamos sós no universo – as ações desses veículos em nossos céus e os contatos freqüentes que seres humanos têm tido com seus tripulantes precisam ser conhecidos e entendidos a fundo. Nada pode ser mais importante para a sociedade planetária do que reconhecer a pluralidade dos mundos habitados – muitos dos quais são a casa de seres mais evoluídos do que nós, que vêm à Terra de maneira constante.
Mas se já se tem certeza de tudo isso, com base na farta documentação apurada pelos ufólogos de muitos países, há mais de 50 anos, existem ainda indagações cruciais que precisam ser respondidas. O que as visitas de seres de outras civilizações significam para nós? Seriam eles hostis ou amistosos? Por que têm tanto interesse por nosso planeta e nossa espécie? E, principalmente, o que podemos aprender com eles para aplicar em nosso dia-a-dia? A Comunidade Ufológica Brasileira – centenas de esforçados pesquisadores em grupos ou solitários, em todo o país – se empenha em pesquisar a fundo o assunto e apresentar suas conclusões à sociedade. Mas ela é impotente para fazer frente à avalanche de informações que existe e à dificuldade que sua pesquisa representa. Apesar de sua obstinação e seu evidente talento, os ufólogos brasileiros, sozinhos, não lograrão chegar a resultados expressivos em seu trabalho. É imprescindível que o Governo Federal ampare seu trabalho, através de atitudes simples e concretas, como o reconhecimento da legitimidade do assunto e a discussão de uma parceria em procedimentos de investigação e respectiva divulgação do assunto à população.
Para que isso ocorra, a referida comunidade pede através desse movimento que os militares abram seus arquivos oficiais e repartam com os ufólogos civis seu conhecimento sobre o Fenômeno UFO. Eles consideram seu direito, assim como de toda população, garantido na Constituição, saber o que nossas Forças Armadas possuem sobre o tema. Mas, apesar da promessa de algumas autoridades, essas informações ainda não foram liberadas à população, e a gravidade do assunto não é admitida oficialmente pelo Governo Federal.
Já é passada a hora dessa situação mudar, e para isso foi lançada a campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, que busca agregar milhares de pessoas que reconhecem a importância do assunto e a necessidade de uma abertura governamental. Ele é composto do Manifesto da Ufologia Brasileira (ao lado) e de um abaixo-assinado. O manifesto é uma carta pública endereçada às nossas autoridades civis e militares, cujo conteúdo apresenta o que já se sabe e requer o que ainda se quer saber sobre a presença de aliens no Brasil. E é através do abaixo-assinado, que pode ser firmado por qualquer pessoa, ligada ou não à Ufologia, de qualquer segmento da sociedade brasileira, que os ufólogos pretendem solicitar ao Governo que libere informações oficiais que retém sobre o Fenômeno UFO.
MANIFESTO DA UFOLOGIA BRASILEIRA
A Comunidade Ufológica Brasileira, representada por ufólogos individuais e grupos de pesquisas, investigadores, estudiosos e simpatizantes da Ufologia, que firmam o presente abaixo-assinado, reúne-se através deste documento, sob coordenação da Revista Ufo, para se dirigir às autoridades brasileiras, neste ato representadas pelo excelentíssimo senhor presidente da República e pelo ilustríssimo senhor ministro da Aeronáutica, para apresentar os seguintes fatos:
1. É de conhecimento geral que o Fenômeno UFO, manifestado através de constantes visitas de veículos espaciais ao planeta Terra, é genuíno, real e consistente, e assim vem sendo confirmado independentemente por ufólogos civis e autoridades militares de todo o mundo, há mais de 50 anos.
2. O fenômeno já teve sua origem suficientemente identificada como sendo alheia aos limites de nosso planeta, os veículos espaciais que nos visitam de forma tão insistente são originários de outras civilizações, provavelmente mais avançadas tecnologicamente do que a nossa, e coexistem conosco no universo, ainda que não conheçamos seus mundos de origem.
3. Tais civilizações encontram-se num visível e inquestionável processo de contínua aproximação à Terra e de nossa sociedade planetária, e, assim agindo em suas manobras e atividades, na grande maioria das vezes não demonstram hostilidade para conosco.
4. É notório que as visitas de tais civilizações não-terrestres ao nosso planeta têm aumentado gradativamente nos últimos anos, segundo comprovam as estatísticas nacionais e internacionais, tanto em quantidade quanto em profundidade e intensidade, representando algo que requer legítima atenção.
5. Em virtude do que se apresenta, é urgente que se estabeleça um programa oficial de conhecimento, informação, pesquisa e respectiva divulgação pública do assunto, de forma a esclarecer à população brasileira a respeito da inegável e cada vez mais crescente presença extraterrestre na Terra.
Assim, considerando atitudes assumidas publicamente em vários momen
tos da história, por países que já reconheceram a gravidade do problema, como Chile, Bélgica, Espanha, Uruguai e China, respeitosamente recomendamos que o Ministério da Aeronáutica da República Federativa do Brasil, ou algum de seus organismos, a partir deste instante, formule uma política apropriada para se discutir o assunto nos ambientes, formatos e níveis considerados necessários.
A Comunidade Ufológica Brasileira, neste ato representada pelos estudiosos nacionais abaixo-assinados, com total apoio da Comunidade Ufológica Mundial, deseja oferecer voluntariamente seus conhecimentos, seus esforços e sua dedicação para que tal proposta venha a se tornar realidade e que tenhamos o reconhecimento imediato do Fenômeno UFO.
Como marco inicial desse processo, e que simbolizaria uma ação positiva por parte de nossas autoridades, a Comunidade Ufológica Brasileira respeitosamente solicita que o referido Ministério abra seus arquivos referentes a pelo menos dois episódios específicos e marcantes da presença de objetos voadores não identificados em nosso Território:
(a) A Operação Prato, conduzida pelo I Comando Aéreo Regional (COMAR), de Belém (PA), entre setembro e dezembro de 1977, que resultou em volumoso compêndio que documenta com mais de 500 fotografias e inúmeros filmes a movimentação de UFOs sobre a Região Amazônica, da forma como foi confirmado pelo coronel Uyrangê Bolívar Soares de Hollanda Lima.
(b) A maciça onda ufológica ocorrida em maio de 1986, sobre os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, entre outros, em que mais de 20 objetos voadores não identificados foram observados, radarizados e perseguidos por caças a jato da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo afirmou o próprio ministro da Aeronáutica na época, brigadeiro Octávio Moreira Lima.
Absolutamente conscientes de que nossas autoridades civis e militares jamais descuidaram da situação, que tem sido monitorada com cuidado e atenção ao longo das últimas décadas, sempre no interesse da segurança nacional, julgamos que a tomada da providência acima referida solidificará o início de uma próspera e proveitosa parceria.