A abdução do brasileiro Antonio Villas Boas, acontecido em 1957, é o primeiro relato que se conhece neste gênero de experiência ufológica. Embora muitos pesquisadores, principalmente os norte-americanos, acreditem que a primeira abdução tenha ocorrido em 1961, com o casal Betty e Barney Hill, nos Estados Unidos, a verdade é que foi um brasileiro o primeiro a ser sequestrado por alienígenas. O Caso Villas Boas, entretanto, possui outras características únicas para a época. Hoje, depois de várias décadas de pesquisas, falar-se em híbridos, grays [Cinzas], exames e coleta de sangue, tudo isso ligados às abduções alienígenas, não causa qualquer surpresa, mas na década de 50 isso absolutamente não existia. Ainda assim, Villas Boas afirmava naquela época ter passado por esses procedimentos. Justamente por isso, este autor e o historiador e pesquisador ufológico Claudio Tsuyoshi Suenaga [Já falecido] decidiram partir em busca de maiores informações sobre o episódio, mesmo tanto tempo depois dos acontecimentos.
Traçamos uma rota de investigação buscando encontrar pessoas ligadas ao falecido Villas Boas, que estivessem dispostas a falar conosco. O roteiro incluiu as cidades de Uberaba e São Francisco de Sales, no estado de Minas Gerais, e Fernandópolis, em São Paulo. O que descobrimos vai além da Ufologia e abrange uma grande variedade de fenômenos intrigantes, como veremos a seguir. Descobriu-se a tumba da principal testemunha na cidade de Uberaba, cuja superfície era de cimento e nada mais. Os parentes quiseram que seu nome não se perpetuasse sobre o último lugar de descanso, talvez para evitar a curiosidade dos investigadores.
Suenaga e eu havíamos averiguado na sede administrativa do cemitério que ali, segundo os registros, realmente jazia Antonio Villas Boas, compartilhando a sepultura com três parentes de sua viúva, em estranho e incompreensível abandono. Há alguns poucos metros de distância, e em destaque contrastante, erguia-se o mausoléu dedicado ao famoso médium falecido recentemente Francisco Cândido Xavier, conhecido por suas inúmeras escritas psicografadas e obras beneficentes.
Observando a sepultura anônima lembramos que durante a madrugada de 16 de outubro de 1957, na zona rural da pequena São Francisco Sales, o agricultor Antonio Villas Boas, então com 23 anos, foi obrigado a subir a bordo de um UFO comandado por seres extraterrestres.
Dentro dele foi despido, untaram o corpo com um líquido, teve extraído sangue com umas “ventosas”, respirou um gás desconhecido,
praticou um ato sexual por duas vezes com uma mulher muito baixa, que sinalizou seu ventre e logo apontou para o céu — gestos que alguns interpretam como futuro filho, resultado de um experimento biológico alienígena. No total, esteve mais de quatro horas sequestrado a bordo da nave, até sua liberação.
Deixamos o cemitério desolados. Aquele lugar já não era visitado e havia sido esquecido. Já no centro de Uberaba, no cartório da Rua Vigário Silva, solicitamos o atestado de óbito de Villas Boas, nascido no dia 07 de maio de 1934 e falecido no dia 17 de janeiro de 1991. Como causa mortis estava escrito “hemorragia subaracnoidea, aneurisma arterial basilar e hipertensão arterial”. No fundo, esses termos técnicos ocultam a história de um longo sofrimento, cujos motivos podem ter tido origem em um sequestro alienígena por que passou.
Em busca de respostas
A cidade de Fernandópolis era um dos destinos em nossa investigação. Ali, no norte de São Paulo, reside desde 1961
o irmão de Antonio Villas Boas, José, de 65 anos. Ambos foram testemunhas da aparição de um disco voador no dia anterior ao sequestro, mais precisamente em 14 de outubro de 1957. A confirmação de seu testemunho foi muito valiosa para verificar a credibilidade dos fatos
ocorridos.
Hoje, José Villas Boas é um próspero fazendeiro. Suenaga entrou em contato com ele por telefone e o senhor concordou em nos atender — ele nos recebeu em sua casa, um tanto desconfiado, pois era a primeira vez que alguém o entrevistava sobre a abdução de seu irmão. Não obstante, pouco a pouco foi se soltando e nos contou sua história. “Aquela noite eu trabalhava com meu irmão no campo. Antonio estava no trator e eu montado na bicicleta. De repente apareceu uma luz que se aproximou até uns 30 ou 40 m de distância do trator.
De repente apareceu uma luz que se aproximou até uns 30 ou 40 m de distância do trator que eu pilotava. Posteriormente, percebemos que era um disco voador de uns 10 m de diâmetro que tinha um aspecto de alumínio, emitindo uma espécie de assobio
Posteriormente, percebemos que era um disco voador de uns 10 m de diâmetro que tinha um aspecto de alumínio, emitindo uma espécie
de assobio. Ele ficou parado a uns dois metros do chão, flutuando. Meu irmão tentava jogar as luzes do trator sobre o objeto, mas ele se mexia e não conseguia. Eu larguei minha bicicleta e comecei a correr. Antonio ficou ali até que aquela coisa se afastou”, relatou José.
Imediatamente perguntei a ele se seu irmão não havia se assustado com o UFO. “Creio que não, ele era muito valente. Ele me disse que quando viu a luz, ainda muito pequena, pensou que fosse o foco de minha bicicleta vista de longe”. E em seguida complementou: “Além do mais, vimos que aquela luminosidade era igual a que aparecia em Riolândia, ali no vizinho estado de São Paulo. Emergiu justo onde havia umas pedras em nossa fazenda, de onde saía a Mãe d’Água”, disse espontaneamente.
Riolândia, Mãe d’Água? Suenaga pediu a ele que explicasse melhor sobre o que estava falando. “A Mãe d’Água é uma espécie de luz fantasma que aparece há muito tempo nos céus de nossa região. Nós que a víamos também em Riolândia, um povoado muito próximo a São Francisco de Sales. Lá também acontecia uma coisa muito diferente, era como um forte silvo que cruzava de um lado para o outro. Lembro-me que isso se deu em 1949 — as pessoas diziam que eram assombrações. Ninguém sabia de onde vinha nem o que era”, explicou. Ele também contou que ocorriam outras coisas inusitadas em São Francisco de Sales.
Braço que batia sozinho
Por exemplo, na Fazenda Aldeia, da família Villas Boas, viveram índios e, segundo nosso interlocutor, na propriedade “havia um pilão cujo braço batia sozinho, sem que ninguém o movesse”. Eis o que ele disse: “A mulher de meu cunhado, falecida há alguns meses, fazia farinha
de milho golpeando os grãos em um pilão grande. À noite, ela colocava o braço de madeira no teto e tampava a boca do pilão para que não entrassem bichos. Por volta das 00h00 escutávamos os golpes. Quando nos aproximávamos para ver o
que se passava, tudo estava parado. Isso aconteceu várias vezes quando eu era pequeno, nos anos 40”. O senhor também revelou mais um
dos estranhos casos que aconteciam na região: “Os campestres falavam de um cavaleiro fantasma, cuja montaria podia ser ouvida à noite. Mas eu não fui testemunha dessa assombração. Também apareciam umas bolas de barro cheias de pelos de gente, compridos, que caíam
dentro da casa onde estava o forno para cozinhar a farinha. Ali, as mulheres eram encarregadas. As bolas vinham voando e se espatifavam
no chão ou contra o forno. Vinham do nada.
Essa casa encontra-se agora debaixo d’água, pois foi inundada em 1977 pela represa do Rio Grande, que separa os estados de São Paulo e Minas Gerais. Tudo isso acontecia perto de onde o meu irmão foi sequestrado por aqueles homens estranhos”. Um dos aspectos mais intrigantes da história de Villas Boas foi sua suposta relação sexual com uma mulher extraterrestre dentro da nave. Os investigadores
da linha sociológica e psicológica da Ufologia consideraram o episódio como uma reinterpretação do mito dos súcubos, entidades demoníacas femininas que durante a Idade Média molestavam os homens durante o sonho.
Uma mulher espacial?
Ao longo de um dos primeiros interrogatórios ao qual foi submetido o abduzido, em fevereiro de 1958, não foi notada nenhuma tendência ou citação a algum tipo de superstição ou misticismo — Villas Boas nunca pensou que os tripulantes da nave fossem anjos, super-homens ou demônios e descartou a ideia de que alguns de seus atos tenham sido executados sob o domínio mental de seus sequestradores. Ao contrário, o rapaz disse ter sido dono de seus atos e pensamentos durante sua permanência na nave. O certo é que pela primeira vez na história da Ufologia Mundial se registrava um caso de abdução com um componente sexual. O jornalista João Martins, que foi o primeiro a entrevistar Villas Boas, comentou em um artigo publicado na revista O Cruzeiro, em 1965, sob o pseudônimo de Heitor Durvile, que houve
uma “experiência de procriação” a bordo do disco voador. Seria aquela mulher um exemplar feminino normal, pertencente à raça daqueles
estranhos seres, cuja procedência ignoramos?
Ou seria só uma cobaia de alguma raça de nosso planeta, que eles mantiveram para tal fim? Podemos apenas conjecturar. A testemunha não viu nenhum outro ser sem os trajes que lhe cobriam quase que totalmente e por isso lhe foi impossível comprovar se eram semelhantes
àquela mulher.
A conjectura de Martins é interessante — a mulher seria uma das tantas pessoas consideradas desaparecidas e supostamente sequestradas por entidades extraterrestres. Um suposto “zoológico humano” mantido pelos alienígenas é algo que já foi utilizado em filmes de ficção
científica. Nossos semelhantes estariam sendo submetidos a todo tipo de exames e experimentos médicos e biológicos a bordo de naves espaciais e em outros planetas.
O célebre ufólogo britânico Gordon Creighton, diretor e fundador da revista Flying Saucer Review, considerava que os extraterrestres criaram uma nova raça que pudesse viver simultaneamente em sua atmosfera e na nossa — uma nova espécie para povoar as regiões desabitadas do gigantesco Brasil. Mas no caso da mulher descrita por Villas Boas, a hipótese de sua origem humana tem vários pontos de apoio. O primeiro é que ela respirava o mesmo ar que o rapaz, sem a necessidade do escafandro ou capacete usado pelos outros humanoides. No recinto no qual permaneceu nua, o ar estava mesclado com aquele gás mencionado pelo camponês e que ele acreditava que tivesse sido a causa das náuseas que sentiu. Talvez, como observara Martins, o gás poderia ser um componente que permitiria a mulher respirar sem necessidade de subterfúgios externos, supondo que ela fosse semelhante aos outros seres.
Rumo ao mistério
Já em São Francisco de Sales, tentamos localizar as pessoas que haviam conhecido Antonio Villas Boas, e logo encontramos o senhor Hitler Lobo de Mendonça, de 62 anos, ex-vereador do município. Perguntado se era amigo do abduzido, ele informou que eram quase como irmãos. “Ele me contou tudo muito aflito e não gostava de recordar o acontecido em 1957. Creio que ficou traumatizado”, afirmou Mendonça. E continuou: “Ele me disse que o arrastaram para dentro de um aparelho voador e que ali ele manteve relações sexuais com uma mulher muito feia. Antonio não era uma pessoa de mentir. Além do mais, era muito devoto e sempre acompanhava as procissões da Semana Santa com a cabeça baixa”. Quando insistimos, Mendonça respondeu que preferia deixar a memória do amigo em paz e disparou: “Prefiro contar sobre o que eu vi”.
Questionado sobre o que havia visto, a testemunha nos contou o seguinte: “Quando era adolescente, faz uns 40 anos, viajava com meus três irmãos. Um dia estávamos a uns 20 km daqui, em três carros puxados a cavalo, carregados de porcos, que iríamos entregar em uma fazenda, e nos perdemos por aqueles lados. Um de meus irmãos, pessoa muito irritável, começou a fazer insultos aos quatro ventos. Então apareceu um tipo de luz muito intensa sobre uma árvore, cuja cor se alternava entre o azul e o vermelho e parecia se aproximar de nós. Todos fechamos os olhos e rezamos. Quando abrimos, a luz se distanciava e se parecia com uma estrelinha”.
Luzes, pedras e suicídios
Enquanto o senhor Mendonça descrevia os fatos, seu filho Cleiton Gonçalves interveio para contar um caso que havia acontecido consigo. “Eu trabalho em uma fazenda próximo a São Francisco. Há dois anos, perto das 03h00 me dirigi ao estábulo para tirar o leite das vacas. Como o dono não chegava, me sentei para esperá-lo. De repente, uma pequena luz passou voando pelo céu escuro. Em pouco tempo percebi que a 10 m de altura havia uma luz do tamanho de uma bola de futebol, que iluminava toda à sua volta. Senti muito medo”, disse o rapaz.
Ele pensou em correr para a casa do proprietário, mas a bola voou naquela direção, emitindo um barulho — o objeto continuava flutuando enquanto um cachorro ladrava desesperadamente, e depois flutuou para um lugar mais distante. “Surpreendeu-me como iluminava as cabanas e o solo. Posteriormente subiu de forma vertical, foi diminuindo até que desapareceu. Tudo isto durou cerca de cinco minutos”, contou muito seriamente a testemunha.
O rapaz não fazia ideia do que havia avistado e, mais tarde, conversando com seu patrão, soube que aquela luz costumava aparecer com certa frequência, porém mais cedo, após o entardecer. Segundo ele, o proprietário lhe contou que em “uma determinada noite ele se dirigiu até o curral e viu uma bola azul em seu interior”. Na mesma madrugada em que Cleiton teve seu avistamento, outro agricultor, chamado Zezinho, estava arando o campo com seu trator. “De repente, várias pedras vindas de parte alguma começaram a cair sobre ele — que, assustado, começou a correr deixando o trator ligado”. Não pudemos precisar se havia alguma relação entre a misteriosa luz avistada pelo filho de Mendonça e um possível fenômeno do tipo poltergeist que atacou o tratorista. E o que todos aqueles fenômenos tinham a ver com os acontecimentos da Fazenda Aldeia, onde aconteceu o sequestro de Villas Boas? E ainda havia mais mistérios.
Algo verdadeiramente sinistro ocorreu naquelas terras. Segundo contou Mendonça, os pais de João Francisco de Queiroz, o sobrinho político de Antonio Villas Boas, cometeram um duplo suicídio em 1947. “Foi algo que comoveu muito toda a região. Ninguém sabe o que passou exatamente, mas o casal tirou a vida de comum acordo. Minha esposa me contou que ele, o marido, sofria de uma enfermidade incurável. Na realidade, disparou na esposa e em seguida desferiu um tiro em sua própria cabeça. Mas, antes, a mulher havia tomado dois copos de veneno. Isto ocorreu ao lado da fazenda dos Villas Boas”.
“Disseram-nos que índios viviam naquelas terras. Meu pai contava que existia ali uma igreja feita de palha. Um dia, quando todos os brancos estavam rezando lá dentro, vieram os índios e incendiaram o templo. Muitos morreram”. Pudemos averiguar, mais tarde, que a região ocupada pela Fazenda Aldeia esteve habitada até o século XIX por índios Caiapós. Mas as enfermidades trazidas pelos conquistadores, as perseguições e matanças dizimaram aquela população nativa. Segundo o prestigiado antropólogo Darcy Ribeiro, em 1910 ainda sobreviviam várias dezenas de Caiapós próximos a Salto Vermelho, mas todos morreram. Seriam os suicídios e os fenômenos fantasmagóricos uma vingança dos mortos, hipótese aventada com base na parapsicologia?
Um sequestro cósmico
Em 16 de outubro de 1957, à 01h00, Antonio Villas Boas trabalhava a terra sozinho em seu trator. Preferia fazê-lo à noite, à luz do veículo, pois durante o dia fazia muito calor. De repente, viu uma grande “estrela vermelha” que baixava sobre o campo. Quando se aproximou mais, o agricultor percebeu que aquilo tinha forma era ovoide e que se encontrava estacionado a cerca de 50 m do solo, iluminando tudo ao seu redor. O objeto tinha aproximadamente 20 m de comprimento e dele saltaram três pés de Tinha uma cúpula giratória e um foco que emitia luz intermitente. O agricultor, assustado, pensou em fugir, mas o trator parou de repente e Villas Boas saltou sobre o campo. Não tardou muito até que sentisse que alguém o pegava pelos braços. O rapaz viu um ser de estatura menor que a sua usando um traje justo e um capacete. Com um gesto brusco, o abduzido se soltou do agressor, mas logo em seguida surgiram outros três seres que o agarraram e o levaram até uma escada metálica flexível que estava pendurada na parte inferior da nave.
Com dificuldade, porque o rapaz resistia com força, o colocaram a bordo. No interior da nave, a testemunha viu uma sala quadrada com paredes metálicas brilhantes, iluminada por luzes fluorescentes, também quadradas, embutidas no teto. Havia cinco pequenos seres de forma humana, dois dos quais o seguravam com firmeza. Um deles fez sinal para que conduzissem o jovem para outro local maior, oval, com uma coluna de metal e com cadeiras giratórias junto a uma mesa que o rapaz definiu como sendo “extravagante”. As criaturas tentaram comunicar-se com ele, mas emitiam sons semelhantes a latidos de cachorros. Logo conseguiram tirar toda a roupa de Villas Boas, ainda que o camponês continuasse oferecendo resistência. Um dos seres se aproximou e molhou o corpo do jovem com uma espécie de esponja embebida em um líquido transparente como a água, mas um pouco mais espesso. Entretanto, sua pele não ficou engordurada.
O rapaz foi deixado sozinho durante algum tempo e depois o fizeram passar por uma porta na qual observou alguns símbolos iluminados de cor vermelha, que tentou reter em sua memória. Os seres trouxeram um objeto em forma de cálice, do qual saíam dois tubos flexíveis — um foi fixado em seu queixo e o jovem viu o objeto se encher com seu sangue. Posteriormente, Villas Boas passou a sentir um odor desagradável, náuseas e começou a vomitar. Ele percebeu que um gás saía de uns tubos metálicos. Novamente o deixaram sozinho e, depois de 30 minutos, uma mulher nua entrou pela porta.
Conflito de versões
A versão recolhida por alguns investigadores se referia a uma mulher muito bonita. Porém, nossa investigação demonstra que, pelo contrário, ela era muito feia, com olhos claros e oblíquos, cabelo liso e negro, nariz pequeno e pomos salientes. Era muito pequena, medindo talvez uns 1,4 m. A princípio, Villas Boas não sentiu nenhuma excitação sexual pela suposta alienígena. Mas, paulatinamente, começou a se sentir atraído e consumou com ela duas vezes o ato sexual de uma forma mecânica. Ela jamais falou, somente parecia grunhir.
Antes de ser levada por um de seus semelhantes para outra sala, a mulher apontou para seu próprio ventre e depois em direção ao céu, gestos que alguns ufólogos interpretaram como um sinal de que o rapaz deixaria sua descendência em outro planeta. Não obstante, o humilde agricultor interpretou o gesto de outra forma, imaginando que o levariam, futuramente, para nunca mais voltar. Isso provocou uma grande angústia na testemunha durante vários meses, até que ele se convenceu de que não aconteceria mais nada.
A mulher se foi e pouco depois vieram os seres para devolver-lhe a roupa. Villas Boas percebeu que lhe faltava um acendedor, da marca Homero, mas não soube se o objeto havia ficado com os ser
es ou se perdera durante a luta do campo. Aquelas criaturas, mais tranquilas, levaram o terráqueo para conhecer a nave e, durante a excursão, ele tentou roubar um objeto cúbico e com tampa de cristal que estava sobre uma mesa, mas foi rapidamente descoberto por seus raptores. O abduzido tentou, inclusive, arranhar as paredes para guardar entre suas unhas uma prova daquela aventura, mas não teve sucesso. Por fim, os alienígenas o deixaram livre em terra firme. O rapaz os observou na escada e viu as luzes da nave começarem a brilhar com mais intensidade. Assim, o objeto se inclinou para um dos lados e desapareceu por volta de 05h30.