A pergunta que inquieta os segmentos mais conscientes da humanidade é a que está impressa no subtítulo desta matéria, e que repito aqui: haveria risco num encontro direto entre a raça humana e outras espécies cósmicas? O questionamento é constantemente repetido por muita gente, dentro e fora dos meios ufológicos e afins. E na tentativa de respondê-lo, começo tecendo considerações sobre os termos contidos na pergunta: raça humana, outras espécies cósmicas, contato direto e perigo.
Primeiro, vamos ao conceito que envolve a raça humana. Alguns estudiosos defendem a tese de que nossa espécie se originou de experiências genéticas conduzidas por seres extraterrestres num passado distante, quando a Terra ainda tinha um ambiente primitivo. Já outros sustentam que ela é autóctone, que teve origem própria. Porém, em certo momento do passado remoto, teria sido submetida a uma miscigenação com seres vindos de outros orbes. Aceito ambas as hipóteses. Estudando o assunto, encontrei coerência e lógica na crença de que, seguindo um grande plano divino, a espécie humana surgiu neste planeta graças à intervenção de “irmãos cósmicos”, bem como na de que houve miscigenações com eles.
A espécie humana é formada por seres que estão em pleno e contínuo processo de evolução. Sou daqueles que acreditam que tal evolução seja justamente a meta principal do universo. Seja a evolução do “Ser Terra” ou Gaia, a evolução da espécie humana, a evolução das espécies cósmicas, de cada ser humano, da humanidade, de outras humanidades etc. Porém, como terrestres, não estamos todos no mesmo patamar evolutivo – uns são mais evoluídos e outros menos. Aqui, por evoluído, entendo não só quem possui mais conhecimentos, mas também quem atingiu um nível mais elevado de consciência espiritual, isto é, quem procura compreender melhor tudo e todos que o rodeiam, bem como busca seguir e cultivar princípios absolutos, como respeito, ética, responsabilidade, paciência, equilíbrio
e tantos outros.
Outros povos cósmicos
Em segundo lugar, temos que examinar o que entendemos por outras espécies cósmicas, eventualmente contatantes. A grande probabilidade que vemos é de que a Terra, entre tantos bilhões de outros planetas, não seja o único habitado por seres vivos – não importando o seu tipo físico nem psicológico. Isso sem contarmos os planetas ou formas de energia possivelmente existentes em outras dimensões, e estes somente os videntes e clarividentes parecem poder descrever. Igualmente, fala-se muito na vinda e na visita de um expressivo número de civilizações extraterrestres à Terra, que estariam interessadas em nos observar e acompanhar nosso progresso evolutivo.
Acredito, no entanto, que aqui só possam chegar aqueles seres dotados de um elevado grau de avanço tecnológico e espiritual, que estejam imbuídos de um plano ou de uma finalidade maior, que penso ser a de nos ajudar a ascendermos os degraus da evolução. Destarte, emissários de outras civilizações virão aqui ou para nos auxiliar ou então para interagirem conosco, assim sendo o que podemos chamar de verdadeiros “irmãos cósmicos”. Esses seres se mostram semelhantes a nós, com cabeça, tronco e membros. Não importando se são de baixa ou alta estatura, se suas cabeças ou seus olhos são grandes ou pequenos, se possuem três, quatro ou seis dedos, se têm ou não orelhas. O que importa mesmo é que são incrivelmente semelhantes a nós. E lembro aos leitores que, enquanto alguns deles se comunicam telepaticamente, outros o fazem de maneira oral, também tal como fazemos.
Quanto ao aludido contato direto com outras espécies, sem repisarmos as várias e clássicas formas de interação que já tivemos com nossos visitantes e suas naves, tratemos do principal, ou seja, do aguardado contato imediato direto com a humanidade. É evidente que este contato, seja físico ou tenha outro formato impensável para nós, partirá deles, pois ainda não dispomos de tecnologia, nem de condições ou de conhecimentos suficientes para irmos até onde estão e fazermos o que desejamos que eles façam aqui. Assim, o que esperamos é que venham até nós – e é provável que em suas comitivas, além de comandantes, venham também médicos, biólogos, engenheiros siderais, cientistas, historiadores, sociólogos, embaixadores etc.
A partir deste ponto surge uma série de inevitáveis perguntas. A primeira delas, é claro, seria em que lugares desceriam suas naves e que língua escolheriam para se comunicarem conosco? Se sua intenção for mesmo se mostrarem aberta e amplamente, então é lógico esperar que todos os aspectos desse contato já estejam meticulosamente planejados, o que incluiria os locais onde pousariam, os idiomas que falariam, as autoridades com quem se encontrariam, o que explicariam nas entrevistas coletivas que concederiam etc. Tudo isso, bem entendido, com a total anuência dos governantes da Terra e de entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Há perigo para a humanidade?
A última palavra da pergunta que não se cala se refere ao perigo que poderia haver para nossa espécie, caso este contato direto fosse consumado. A meu ver, somente haveria risco, no caso de desembarque, se os visitantes forem dotados de baixo grau de espiritualidade, ainda que tivessem alto grau de tecnologia. Ou seja, se seriam aquelas entidades que denominamos de negativas. Caso contrário, sendo espiritual e eticamente evoluídos, certamente se cercariam de todos os cuidados para que sua chegada não cause qualquer dano à nossa espécie. Há quem defenda que provocariam ataques belicosos contra nós, tanto com naves visíveis quanto invisíveis, através das quais disseminariam vírus e provocariam cataclismos. Mas não estou certo disso.
A Terra, estando no meio de um processo evolutivo, necessita contar com a ajuda de civilizações cósmicas mais adiantadas. São elas que aparentemente nos vigiam e nos protegem, concedendo-nos sempre novas chances de nos redimirmos e subirmos mais um degrau no patamar da evolução. Esses extraterrestres amistosos não precisam necessariamente ter um corpo físico, mas podem também se manifestar no nível etéreo. Eles comandariam a proteção em pontos especiais da Terra, tal como a rede eletromagnética e a camada de ozônio que envolvem o globo terrestre, essenciais à nossa existência – assim como procederiam, quando necessário, a modificações nelas. É sabido que esta rede influencia o nível de consciência dos seres humanos, assim como a camada de ozônio nos protege dos raios solares nocivos, daí a necessidade de manter ambas intactas. Assim, aqueles que já desenvolveram a capacidade de estabelecer um grau maior de inte
ração com as forças cósmicas, têm suas mentes indissoluvelmente ligadas às forças e energias absolutas e, portanto, bem mais evoluídas.
Se a intenção de nossos visitantes for mesmo se mostrarem abertamente, é lógico esperar que todos os aspectos desse contato já estejam meticulosamente planejados
Feitas estas considerações, busco responder agora a pergunta inicial. Na minha concepção, um contato direto com outras civilizações não representa perigo para a espécie humana, pois quando chegar o momento da sua vinda, já estaremos mais amadurecidos e esclarecidos em relação à sua existência e intenções, através do detido acompanhamento do Fenômeno UFO – e isso já vem ocorrendo gradativa e solidamente. Provavelmente já teremos adotado e estaremos aplicando, em termos globais, uma espécie de Ufologia Holística, fundindo ciência com paraciência, esoterismo, misticismo, espiritualismo e filosofia. Caso contrário, aprenderemos tudo isso com eles, nossos visitantes.
Igualmente, quando chegar o momento da derradeira vinda de nossos visitantes, os governos também estarão mais evoluídos. Assim como, a essa altura, a maior parte da população já estará devidamente preparada para recepcionar nossos “irmãos cósmicos”. É claro que haverá os tradicionais grupos contrários a este encontro, principalmente as instituições religiosas e os conglomerados financeiros, que resistem a esta realidade. Mas, até lá, muitos líderes, formadores de opinião e principalmente os ufólogos já estarão com sua consciência mais aberta e poderão divulgar com mais presteza e precisão todos os acontecimentos atinentes.
Reescrevendo a história da Terra
Obviamente, para que os extraterrestres venham até aqui, muitos acordos e negociações diplomáticas deverão ser efetuados, a fim de que se evitem choques culturais, tecnológicos, financeiros, mentais, psicológicos e espirituais. A evolução será um fator preponderante frente ao acontecimento mais significativo da história da humanidade. Assim, a maior parte dos livros terá que ser reescrita, e a maioria das crianças e dos jovens já estará preparada para a grande mudança, mesmo porque as “novas crianças” – já denominadas “crianças índigo”, superdotadas – já estarão maduras.
Mas, afinal, quando tudo isso ocorrerá? Creio que no momento em que a consciência dos humanos estiver mais aberta e receptiva. Quando soubermos melhor como são as outras dimensões, o que contêm e como ter acesso a elas, e também o que a física quântica vem descobrindo e provando, mudando nossos horizontes cada dia para mais longe. Igualmente, um contato direto com outras espécies só será possível quando houver mais respeito entre todos, não só pelos outros, daqui e de lá, mas também pelas filosofias de cada um. Quando entendermos melhor o universo e aceitarmos plenamente o fato de que o todo está nas partes e as partes estão no todo.
Enfim, com o intercâmbio com eles, nossos visitantes, aprenderemos uma nova ética e teremos novos comportamentos, mais objetivos e próximos da verdade absoluta. Nossas ciências e tecnologias avançarão como nunca antes. Aprenderemos a superar e a suprimir o medo que há centenas de anos vem sendo implantado em nossas mentes por certas religiões e crenças. Teremos mais disposição para superar as estradas tortuosas criadas pelos nossos pensamentos e venceremos a filosofia dos fanáticos espiritualistas e a postura radical dos cientificistas que vetam a abertura para novas realidades. Enfim, encontraremos um ponto de equilíbrio entre os campos material e espiritual.