Segundo alguns pesquisadores, as visitas extraterrestres ao nosso planeta visam a evolução biológica e intelectual dos seres humanos e não são, de forma alguma, prejudiciais à nossa espécie. Muitos até comparam as abduções, e o implante de chips nas pessoas sequestradas, às práticas dos biólogos humanos que monitoram espécies em risco de extinção. Nesse caso, os pesquisadores não querem ferir os animais, mas estudá-los para poderem ajudar na continuidade de sua espécie.
Por outro lado, há estudiosos que afirmam de forma definitiva que as visitas e abduções extraterrestres são um perigo para a humanidade. Na visão dessa corrente de pensamento, os alienígenas viriam aqui para nos dominar, roubar, modificar e escravizar, seguindo uma agenda própria e desconhecida para nós. Seja como for, nenhuma das duas linhas questiona a veracidade das abduções, apenas a motivação dos abdutores — ou seja, o fenômeno existe e tem uma natureza muitas vezes cruel para quem o experimenta.
Pesadelo de uma noite de verão
Porém, o caráter excepcional das declarações feitas pelas vítimas exige provas extraordinárias. Afinal, só por meio delas é que se pode confirmar a existência de um fenômeno que, à primeira vista, pode parecer saído da caneta de algum escritor de contos de terror. Provas desse tipo, embora difíceis, podem ser encontradas no Caso Cahill, em que foram protagonistas os australianos Andrew e Kelly Cahill, em 07 de agosto de 1993.
No fim da tarde, Kelly e seu esposo percorriam a estrada que liga as regiões de Cranbourne e Dandenongs, a leste de Melbourne, na Austrália, em direção à casa de amigos. Nas proximidades da localidade de Belgrave South, Kelly notou, por um instante, um círculo de luzes cor de laranja sobre um campo cercado, ao lado da estrada. Seu marido, atento à direção, nada percebeu. Passaram a alegre noite com os amigos e, por volta de 23h30, Kelly e Andrew Cahill se despediram e entraram no carro para fazerem a viagem de cerca de uma hora e meia de volta para casa. Cerca da meia-noite, quando estavam entre as localidades de Belgrave e Hallam, perto de Eumemmerring Creek, na Estrada Narre Warren, eles notaram luzes semelhantes às vistas na ida, em um local próximo ao anterior.
Kelly declarou depois que, de longe, parecia ser uma luz intermitente, suspensa na estrada, a cerca de 400 m de seu carro. Com uma aceleração repentina, a luminosidade desapareceu em dois segundos, em direção a Melbourne. Andrew continuou a dirigir, mas estava muito espantado pelo que vira. Após alguns quilômetros, eles se depararam com uma nova luz branca ofuscante no meio da estrada. Apesar de não saberem o que poderia ser, continuaram a dirigir, aproximando-se dela, enquanto um fenômeno inexplicável estava ocorrendo — de acordo com o relato de Kelly, era como se as percepções da realidade estivessem mudando. De fato, o veículo havia diminuído a velocidade de repente, sem que tivessem notado, e Kelly sentia uma grande desorientação, como se tivesse sofrido um apagão. Além disso, a luz também havia desaparecido sem que o casal a tivesse visto levantar voo.
Outros elementos conferiam especial estranheza ao ocorrido — o ar dentro do carro tinha um forte cheiro de vômito, sem que houvesse vestígios de que alguém houvesse passado mal, e Kelly tinha uma forte dor de estômago que, lentamente, também atingiu seus ombros. A maior surpresa, entretanto, aconteceu quando chegaram em casa e verificaram o horário: eram 02h30. Eles haviam saído perto de 23h30 e como o trajeto entre a sua casa e a dos amigos, feito tantas vezes antes, era de uma hora e meia, deveriam ter chegado em casa perto de 01h00. Ambos não sabiam dizer o que acontecera naqueles 90 minutos. Era um verdadeiro episódio de tempo perdido, ou missing time, elemento típico em muitos casos de abdução. Na época, vale ressaltar, Kelly não tinha qualquer conhecimento sobre o assunto, nem sobre os relatos a respeito de sequestros por extraterrestres.
Justamente por isso, de início, este autor imaginou que a moça havia tido algum tipo de crise epilética e perdera a noção do tempo. As consequências da experiência, embora a testemunha não estivesse consciente do que lhe ocorrera, vieram algumas horas depois de chegarem. No meio da noite, Kelly teve uma inexplicável hemorragia, seguida da descoberta de um sinal vermelho triangular, com um centímetro de cada lado, abaixo do umbigo — a marca desapareceu após cinco meses, deixando uma cicatriz como
se a pele tivesse sido cortada.
O pesadelo continua
Na noite seguinte, 08 de agosto, Kelly teve um sonho muito estranho. Ela sonhou que era noite e estava sentada às margens de uma estrada, com a cabeça entre os joelhos. Um ser trazia seu marido através de um campo próximo, mas ela só conseguia ver a entidade dos cotovelos para baixo, não podendo distinguir suas feições. Pensando que fosse uma mulher, Kelly a chutou e, ao fazê-lo, teve uma espécie de blecaute dentro do sonho, que a levou a uma troca de cenário. Agora ela estava em um campo e, no lado oposto, havia um UFO. Diante dela, no chão, havia um corpo imóvel que, no primeiro momento, não lhe pareceu humano. Aos poucos os traços mudaram, revelando ser uma mulher de meia idade, que começou a gritar “assassina, assassina!”, embora a testemunha não se lembrasse de ter cometido crime algum.
O sonho mudou mais uma vez e Kelly percebeu uma mão nos seus ombros. Estimulada por ela, deixa-se levar sem resistência. Por fim, percebeu que estava no interior de um pequeno cômodo onde havia uma mesa e um ser em pé diante dela. O desconhecido lhe diz que ela não havia matado ninguém, mas que a acusação fora um meio utilizado para elevar o seu moral, a fim de que saísse do estado de medo — a testemunha teve a nítida sensação de conhecer a criatura que falava com ela. Sobre a mesa ao lado, Kelly percebeu que havia uma Bíblia, igual à que havia sumido de sua casa algumas semanas antes. Naquele momento, o ser lhe disse que ela podia voltar para casa, desde que não levasse aquela Bíblia consigo, e o sonho se interrompe. Alguns dias depois, o marido de Kelly encontrou a Bíblia no carro.
O sonho mudou mais uma vez e Kelly percebeu uma mão nos seus ombros. Estimulada por ela, deixa-se levar sem resistência. Por fim, percebeu que estava no interior de um pequeno cômodo onde havia uma mesa e um ser em pé diante dela
Enquanto isso, a saúde de Kelly continuava instável. A hemorragia iniciada na noite do avistamento durava mais de três semanas, e ela, preocupada e atormentada por dores de cabeça cada vez mais fortes, procurou um hospital. Foi dia
gnosticada uma infecção no útero, uma patologia dificilmente explicável em seu caso, já que era causada ou pela interrupção espontânea de uma gravidez ou por uma cirurgia. A testemunha se curou rapidamente com antibióticos.
Na noite de 06 de setembro de 1993, enquanto estava deitada em sua cama, Kelly percebeu a presença de uma entidade desconhecida, que lhe disse para permanecer tranquila. Logo depois, teve uma sensação terrível no peito, como se algo estivesse sugando as suas forças — a mulher ficou paralisada, incapaz de se mover na cama. De repente, surgiu diante dela uma figura alta e escura usando um longo manto e um capuz, cujos olhos vermelhos luminosos a fixaram de um modo que lhe pareceu hostil. Assim como surgiu, a entidade desapareceu no ar. Kelly insistiu muito no fato de que estivera sempre consciente durante a experiência e de que não tivera a sensação de sonhar. No primeiro momento, a testemunha acreditou que aquele ser fosse uma espécie de vampiro de alma, não encontrando elementos que a levassem a uma interpretação ufológica do acontecido.
Em busca do tempo perdido
No dia 01 de outubro, Kelly e o marido, que haviam combinado de se encontrar com os mesmos amigos, percorreram mais uma vez a Estrada Belgrave-Hallam, local do inexplicável episódio. Enquanto estava sentada no banco do passageiro, Kelly teve, pela primeira vez em sua vida, uma série de flashbacks muito vívidos. Segundo sua descrição, foi como se de repente ela tivesse recuperado todas as suas memórias esquecidas de uma só vez. Ela se viu, e ao marido, na noite da abdução, parando o carro na estrada, como também viu os seres e o UFO. Aterrorizada, não disse nada ao seu companheiro e eles foram jantar com os amigos.
No decorrer da noite, outras lembranças vieram. O objeto parado no meio do campo tinha mais de 50 m de diâmetro, com círculos de luz alaranjada. Kelly lembrou-se de que o marido encostou o automóvel e de notarem que outro carro também havia parado atrás deles para observar a cena. Kelly e Andrew desceram do carro e observaram outras pessoas em estado de transe, que não percebiam a presença deles. Diante da nave surgiu uma figura negra, com mais de 2 m de altura e uma cabeça muito grande.
Embora preocupada, Kelly se lembrou de ter tentado cumprimentar aquele ser telepaticamente, mas a resposta que percebeu dentro de si foi algo como “matá-los”. Ao mesmo tempo, outras sete ou 8 figuras semelhantes à primeira surgiram atrás dela. Tomada pela energia do desespero, a mulher começou a investir contra os seres, acusando-os de serem sem alma — naquele momento, os olhos das oito figuras começaram a brilhar com uma luz laranja e elas se dividiram em dois grupos.
Kelly foi arremessada no ar depois de ter recebido um golpe no estômago que a impediu de respirar. Quando estava no chão, percebeu que não era capaz de ver nada, estava cega. Ouviu seu marido pedir ajuda, a poucos passos de distância, enquanto uma voz masculina procurava tranquilizá-lo. Kelly continuava a não ver nada, mas gritava histericamente chamando os seres de demônios, até perder os sentidos. Acordou no campo após um tempo impreciso, mas ainda cega, enquanto outra voz masculina, dirigindo-se a um grupo de pessoas de quem ela ouvia o vozerio, informava-lhes que eles, os estranhos, faziam parte de um povo pacífico. Ao que Kelly voltou a gritar, alertando as pessoas sobre as entidades, dizendo que elas eram enganosas e ladras de almas. Foi então que sentiu uma mão pousar em seu ombro e, com um salto temporal, estava novamente em seu carro.
Uma investigação exemplar
Compreendendo que conseguira romper o véu do esquecimento que encobria suas lembranças, Kelly decidiu informar as autoridades, para avisar a todos sobre uma ameaça que considerava muito concreta. Depois de ter contatado o Departamento de Aviação Civil, algumas universidades e Bill Chalker, famoso ufólogo de Nova Gales do Sul, na Austrália, este último a apresentou a John Auchettl, diretor do Phenomena Research Australia [Pesquisa de Fenômenos na Austrália, PRA]. O trabalho de Auchettl foi realmente exemplar na condução das pesquisas e no zelo para com Kelly. O pesquisador colocou uma indicação vaga em vários jornais locais, na qual pedia a quem tivesse avistado um UFO que entrasse em contato com ele, sem mencionar a data ou local específico do avistamento.
As respostas que obteve deslocaram toda a história de Kelly de um plano subjetivo para outro totalmente objetivo. Houve muitos depoimentos cruzados sobre o avistamento de um estranho objeto no céu na noite de 07 de agosto, mas destacou-se o relato de duas senhoras, de nome Jane e Glenda, que contaram sobre uma impressionante experiência que protagonizaram naquela fatídica noite — segundo informaram, ambas estavam com o marido de uma delas no carro, na mesma Estrada Belgrave-Hallam, quando todos sentiram uma náusea súbita e violenta, perdendo o controle do veículo e batendo em um poste.
Ao descerem do carro para avaliar os danos e ver se seria possível continuar a viagem, viram um objeto luminoso a distância. Ao entrarem de novo no automóvel, foram ultrapassados por outros dois veículos. Retomaram a viagem, mas após umas centenas de metros viram mais dois carros parados no meio da estrada e, muito mais próximo, no meio de um campo, um UFO luminoso com oito figuras que se destacavam na contraluz, como Kelly relatara. Muito surpresos, desceram do veículo e se aproximaram dos carros estacionados. Em um deles havia um homem sentado, imóvel.
O dragão vermelho
Nesse ponto, todos os três relatam que ouviram um forte zumbido que os fez perder os sentidos, e Jane contou ter visto passar rapidamente ao seu lado, pouco antes de desmaiar, um dragão vermelho. Isso poderia fazer pensar em uma alucinação de má qualidade, mas, como veremos mais adiante, é um dos elementos de maior peso a dar credibilidade a todo o caso. As duas mulheres, ao contrário de Kelly, foram submetidas a sessões de hipnose regressiva, durante as quais disseram que estavam amarradas com tiras sobre uma mesa, de onde só podiam ver o teto, incapazes de se mexerem, até que apareceu um ser alto e negro, que realizou nelas um acurado exame médico. Ambas apresentavam sinais físicos consideráveis e tinham a mesma marca triangular abaixo do umbigo que apareceu em Kelly. No tornozelo de Glenda havia, também, um hematoma produzido por um atamento muito apertado.
Não há dúvidas de que Kelly Cahill teve uma experiência autêntica. O UFO foi visto por outras pessoas e deixou sinais claros na área da aterrissagem. O que é difícil de entender no caso diz respeito ao que ocorreu depois do avistamento
Como dissemos, a mais forte confirmação da autenticidade dessa experiência viria do tal d
ragão vermelho. Em setembro de 1996, Kelly deu uma entrevista para uma revista semanal australiana e, quando os exemplares chegaram às bancas, o diretor da publicação recebeu uma carta de um casal dizendo que eles talvez estivessem envolvidos naquela experiência — e na carta, pediam ao diretor da publicação que perguntasse às testemunhas se, entre os carros vistos naquela noite, algum deles se lembrava de um em cuja roda sobressalente, na traseira do veículo, havia uma capa protetora de cor vermelha refletiva e em forma de dragão. Era o dragão vermelho visto por Jane, cuja lembrança aflorara durante a sessão de hipnose regressiva. Como Auchettl estava tratando o ocorrido de maneira magistral, Kelly nada sabia sobre esse detalhe, que confirmou que Jane realmente vira o carro daquele casal chegar ao local, na noite de 07 de agosto de 1993.
Mas o trabalho de Auchettl e do PRA não parou aí. Inúmeras pesquisas e testes foram realizados no local do suposto pouso do UFO e os pesquisadores verificaram a existência de várias anomalias. A vegetação da área estava desgastada, com pequenos furos sobre cada folha, o terreno estava prensado como se um peso relevante houvesse se apoiado sobre ele, além de o local parecer desidratado, embora fosse um pântano. Por fim, em toda a região havia a presença anômala de enxofre, de pireno e de ácido tânico envoltos por um revestimento de cera não identificada.
Drogas e extraterrestres
Há muitas hipóteses que precisam ser levadas em conta quando se estuda uma abdução [Ver box] e também há alguns experimentos nesse sentido que vale a pena destacarmos para esclarecimento de leitores e pesquisadores. Um deles é o do psiquiatra norte-americano da Universidade do Novo México Rick Strassman. Em 2001, após dois anos de estudos cuidadosamente monitorados, o profissional publicou os resultados da primeira pesquisa reconhecida em todo o país sobre os efeitos da administração de dimetiltriptamina em seres humanos — a droga é o principal alcaloide contido na ayahuasca, bebida alucinógena produzida por xamãs de diversas culturas sul-americanas.
O que emergiu dos relatos dos voluntários que receberam a substância é um pouco surpreendente: todos os pacientes entraram em contato com um mundo povoado por entidades fantásticas, teriantropos, reptilianos, cinzas, figuras sombrias, androides, robôs, palhaços, corujas, insetoides, anões etc. Alguns voluntários, por sua vez, tiveram experiências extracorpóreas, sentiram longas agulhas enfiadas em seus corpos, acreditaram ter passado por cirurgias e sido levados para estruturas percebidas como aeronaves, em vez de reinos povoados por elfos.
Neste ponto, um cético poderia pensar ter em mãos a solução do problema — as abduções não são reais e ocorrem exclusivamente na mente de quem afirma ter sido sequestrado. O uso de substâncias entorpecentes causa reações químicas que provocam visões de criaturas provenientes do conteúdo cognitivo do usuário. Assim, na era espacial, surgem todas as entidades que agradam ao folclore ufológico. Mas raciocinar desse modo não é apenas muito simplista, é também errado.
Como relatado por Strassman, nos anos 50 foi efetuado um estudo semelhante e os resultados foram os mesmos, prenunciando um fenômeno que até então era desconhecido. As entidades presentes nas visões eram as mesmas que, mais tarde, não só estariam no centro dos casos de abdução como também seriam encontradas nos voluntários do psiquiatra. Sem contar que, em culturas diferentes como as xamânicas, aqueles que tomam substâncias psicoativas veem os mesmos seres observados por pessoas que pertencem a realidades socioculturais muito distantes.
Strassman concluiu que a dimetiltriptamina consegue “sintonizar” o cérebro humano em um canal diferente, em uma dimensão paralela totalmente objetiva que, como prevê a física quântica, vibraria em frequência diversa daquela em que nós vivemos — essa realidade é invisível aos nossos olhos, a não ser que estejamos em estado alterado de consciência. Como se pode facilmente concluir, o próximo problema consiste em compreender como, e se, o Fenômeno UFO está ligado a essa hipótese. Talvez isso seja uma clara indicação de que a origem das abduções deva ser pesquisada não se pensando em outros planetas, mas em outros planos da realidade. Encontrar uma resposta satisfatória é extremamente difícil, principalmente pelo alto grau de complexidade que envolve tudo o que está relacionado aos UFOs e extraterrestres.
Quanto à Kelly Cahill, não há dúvidas de que ela teve uma experiência autêntica, e não inventou nada. O UFO foi visto por outras pessoas e deixou sinais claros na área da aterrissagem. O que é difícil de entender no caso diz respeito ao que ocorreu depois do avistamento, ou seja, a experiência real de abdução. Como evidenciado por Strassman, entidades percebidas como extraterrestres são vistas quando da administração de dimetiltriptamina. Quem pode dizer se Kelly realmente encontrou extraterrestres naquela noite ou se ela foi objeto de uma manipulação inteligente, feita por entidades provenientes de outro plano da realidade?
Estamos sempre diante de um fenômeno que tende a ser convenientemente visto como de origem extraterrestre, para tornar-se mais aceitável nos dias de hoje. Mas os seus objetivos ainda são desconhecidos e é importante, mais do que nunca, rasgar o véu da ilusão. O problema central está em se procurar dar respostas certas para perguntas que começaram erradas. Só assim é que se poderá vislumbrar a essência do fenômeno ufológico e não as suas variáveis manifestações.