Depois do aparecimento dos primeiros agroglífos em Ipuaçu (SC), no domingo, 09 de novembro, algumas pessoas já começaram a brincar com a Ufologia séria, procurando forjar os sinais, seja para descrédito do fenômeno ou de seus pesquisadores. Os moradores de Xanxerê encontraram, na manhã de 16 de novembro, igualmente domingo, um círculo com características parecidas com os de Ipuaçu, o que intrigou muita gente. Segundo informações do comandante da Polícia Militar de Xanxerê, o subtenente Alcides Rocha, a plantação de trigo fica próxima ao campus da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) e centenas de pessoas foram até o local, depredando-o em poucos minutos.
O bombeiro voluntário César Nunes afirmou que o terreno fica próximo de sua casa. “Por volta das 07h00, saí de casa para trabalhar, acompanhado da minha mulher, e vimos o círculo. Eu nunca tinha visto nada parecido”, disse. Nunes contou que passa pelo local todos os dias e que o círculo apareceu de sábado para domingo. Mesmo antes de ser depredado pelos curiosos, foi fácil identificar a fraude. Uma análise feita pela Equipe UFO, comandada pelo editor A. J. Gevaerd, mostrou ser evidente a fabricação. O repórter fotográfico Áureo Galvani, da Rede Princesa, que esteve no local, capturou várias imagens do círculo antes que fosse destruído e as enviou à UFO. Para ele, “o círculo não era tão perfeito quanto o de Ipuaçu”. Na verdade, não era sequer parecido, exceto pelo aspecto circular com um anel em volta, mas tudo visivelmente forjado. Os tamanhos são diferentes, assim como a forma como as plantas foram dobradas. Enfim, as características gerais são totalmente diversas.
O suposto agroglífo encontrado em Xanxerê é uma grosseira fraude, imediatamente descartada. Seus autores, na pressa de serem descobertos, não tiveram nem ao menos o cuidado de esconder o instrumento de trabalho usado para fraudar o círculo. “Por mais que queiram jogar contra a Ufologia e denegrir o caso de Ipuaçu, certamente não será a fraude de Xanxerê que dará este resultado”, disse Gevaerd. Mesmo assim, por incrível que pareça, o caso foi usado por ufólogos de Santa Catarina, que não foram ao local dos fatos, para denegrir o fenômeno dos agroglífos.