O que são os UFOs e o que pretendem seus tripulantes? Há muita controvérsia a respeito e muita falsa informação circulando. Mas qual seria a posição da Igreja Católica a respeito do assunto, considerando-se a entidade religiosa mais poderosa do planeta Terra? Há alguns anos, a consagrada vidente Veronica Leuken, de Nova York, publicou um opúsculo intitulado Mensagens Marianas [Marian Apparitions, Brochure, 1997], em que afirmou que os UFOs eram manifestações satânicas e que a vida extraterrestre não existe — seria uma farsa do reino do mal. Muita gente fala o mesmo, enquanto outras pessoas afirmam que os seres extraterrestres seriam, na verdade, anjos ou enviados de Deus etc. Talvez essas versões sejam verdadeiras, o que não é o assunto desse artigo, mas sim checar o que o Vaticano pensa a respeito do Fenômeno UFO.
A Enciclopédia Católica, editada pela Santa Sé e porta-voz do pensamento oficial da Igreja de Roma, no capítulo Habitacional dos Mundos, que trata expressamente do aspecto religioso da questão, assim se exprime: “Em torno da questão da habitabilidade dos mundos, nada de categórico afirma a doutrina católica. Sob esse aspecto fica, pois, a plena liberdade de opinião e de discussão. O dia em que a ciência conseguir provar que também em outros planetas, vizinhos ou distantes, ou mesmo em outras estrelas, existem seres racionais como nós, a filosofia explicará a origem daqueles homens do mesmo modo que os humanos terrenos, isso é, recorrendo ao argumento da causalidade que postula um ser criador. E a teologia nos convidará a glorificar demais a grandeza, a bondade e a prodigalidade infinita de Deus”.
Esse interessante texto foi precedido por outro da revista La Croix, em sua edição de 12 de agosto de 1952, onde o decano da Faculdade de Teologia da Universidade Católica da América, em Washington, padre Francis J. Connell, se expressou sem meios termos sobre esse mesmo assunto, fazendo algumas revelações interessantes para a época. Citando o teólogo e padre George van Noort, professor da Universidade da Holanda, Connell referiu-se ao argumento do Dieu Créator, estudado em um verdadeiro tratado de autoria de van Noort. “Não há nada de contrário à fé em admitir que existam outras criaturas racionais em outros corpos celestes”, disse Connell. “Os teólogos não podem estabelecer um limite para a onipotência de Deus”.
Todavia, se existem mesmo outros mundos povoados de seres racionais, esses não estariam sujeitos ao chamado dom da graça, do qual também teriam se beneficiado, segundo a igreja, os descendentes de Adão e Eva? Especulando nessa linha — e sempre tentando seguir a ótica da Igreja Católica — é improvável que tais criaturas sejam recipientes do pecado original criado pela culpa de Adão e Eva. Em consequência disso, não teriam necessidade de receber a mesma redenção que nos foi trazida pelo filho Deus, com sua morte na cruz. É possível — por que não? — que tais seres hipotéticos tenham recebido diretamente de Deus, sem intermediários, um destino sobrenatural e, ao mesmo tempo, dons acima do natural. E é possível que, como aconteceu com Adão e Eva, tais indivíduos tenham pecado também e perdido esses dons — faculdades sobrenaturais que compreenderiam desde a imortalidade do corpo até o controle perfeito da vontade sobre todas as reações dos sentidos, além de uma inteligência altamente iluminada, segundo a fé católica.
A hipótese de que os discos voadores são naves aéreas vindas de outros planetas levanta uma questão teológica de difícil compreensão. A doutrina católica pode admitir a existência de um ou mais mundos, diferentes ou não do nosso, povoados de seres racionais análogos aos homens de nossa Terra. Mas quando o faz, atrai para si imensa controvérsia. Mas nem sempre foi assim: houve épocas em que os papas católicos arvoravam-se sobre a Bíblia para garantir que nada disso seria possível. Embora contenha frases como “na casa de meu Pai há muitas moradas” — que teria sido proferida por Cristo em pessoa —, a escritura não faz qualquer menção à existência de outro mundo como o nosso. Pelo contrário, leva o leigo a concluir que só a Terra contém seres compostos de um corpo material e de uma alma imaterial e espiritual.
Foi o padre Connell quem garantiu ter uma resposta teológica para isso, sobrepondo-se a grandes nomes de sua própria igreja. “Nem a revelação [A Bíblia], nem as solenes definições dos papas excluem a possibilidade de uma vida similar a nossa, em outro planeta”, afirmou o estudioso. Apesar de ser pouco conhecido do público ligado à Ufologia, teólogos de todo o mundo discutem o problema dos discos voadores muito tempo antes das dramatizações radiofônicas de Orson Welles no programa Invasão dos Marcianos [1938]. Poucos sabem que estudiosos da Igreja Católica — e evidentemente de outras igrejas também — já discutiam o assunto com toda a seriedade bem antes que as naves extraterrestres ganhassem espaço na imprensa mundial. Isso é óbvio.
Seres racionais em outros planetas
Há mais de 70 anos a questão dos UFOs foi discutida pelo padre Secchi, célebre astrônomo da chamada Companhia de Jesus, e pelo padre Montsabré, pregador dominicano de grande fama e influência na Igreja de Roma. Os dois admitiam a possibilidade da existência de criaturas racionais em outros planetas, mas o faziam de forma ligeiramente parcial. Por exemplo, faziam suas afirmações, que se tornaram notórias, acrescentando a suposição de que esses seres extraterrestres hipotéticos também tinham pecado. Assim, concluíam que seria possível que Deus tivesse estendido a eles também a satisfação dos méritos de Cristo, e acrescentavam que esse tinha se mostrado aos ETs através de uma revelação. Mas poderia também acontecer que Deus tivesse procedido de outra forma na redenção desses seres?
“Se seres dotados de tamanha razão possuem a mesma imortalidade do corpo da qual Adão e Eva haviam gozado, segundo relata a Bíblia, surge aí mais uma questão para complicar o quadro”
Se levarmos em consideração um princípio colocado por São Tomás, é possível que a segunda pessoa da Santíssima Trindade tenha assumido a natureza de um ser racional vivente em outro mundo, como fez pela natureza humana na Terra, e é possível que uma das “duas outras pessoas divinas” tivesse se encarnado em outro planeta. Pode-se considerar ainda outra hipótese interessante, levantada por outros teólogos, a de que Deus poderia ter criado esses seres em um estado puro de natureza, sem qualquer dom sobrenatural ou acima dele, mas com destino puramente natural, porém eterno.
Guerra contra os homens da Terra
Em outras palavras, poderiam ter sido destinados, após a morte, a uma felicidade puramente natura
l por toda a eternidade, sem a possibilidade de contemplar Deus face a face. Sua condição poderia ser comparada, em um exemplo amparado exclusivamente pela fé cristã, a das crianças mortas aqui na Terra, sem o batismo. Uma terceira possibilidade já mencionada em certos círculos teológicos é de que essas problemáticas criaturas extraterrestres tenham recebido os dons sobrenaturais de Adão e Eva e não os tenham perdido com o pecado. Nesse caso, eles poderiam ser muito superiores a nós, tanto intelectual quanto fisicamente. Enfim, são todas teses interessantes e curiosas embora não muito práticas para a compreensão do Fenômeno UFO. Seja como for, é bem menos irracional supor que, graças aos seus dons sobrenaturais e sua inteligência superior, os ETs tenham podido adquirir o predomínio das viagens interplanetárias, pura e simplesmente.
Mas se admitirmos que exista esse tal mundo de inteligências iluminadas, cuja vontade seria plenamente submissa a Deus, é igualmente racional supor que esses seres não poderiam, de maneira alguma, empreender uma guerra contra os homens da Terra ou fazer o mal em qualquer outro mundo. Por outro lado, não seria possível pensar que tais criaturas superiores pudessem ter conflitos entre si ou mesmo que tivessem inventado armas para se matarem. Se esses seres dotados de tamanha razão possuem, segundo a presente hipótese, a mesma imortalidade do corpo da qual Adão e Eva haviam gozado durante algum tempo, segundo a Bíblia, mais uma questão surge para complicar o quadro.
Se isso se verificasse, seria evidente que as inúmeras tentativas dos governos de derrubar UFOs seriam todas completamente fracassadas, pois seriam invulneráveis. Enfim, são muitas as hipóteses e seus “desenrolares”, tantas que não temos nem tempo ou espaço para enumerá-las aqui. Mesmo assim, vale a pena observar que uma quantidade razoável de teses que circulam nos altos níveis da igreja tende a considerar os extraterrestres como criaturas racionais que, um pouco como anjos caídos, tenham pecado contra Deus e não conseguiram obter a concessão de serem novamente integrados em Sua graça. Interessante e curioso. Tal possibilidade nos daria a ideia de um mundo de gênios cativos. “Os habitantes dos planetas em questão poderiam ser dotados de uma inteligência superior, mas de vontade pervertida. Esses seres não poderiam trazer ao gênero humano nenhuma espécie de benefício”, garantiu Connell.
Na realidade, vejo que a Ufologia Mundial está mesmo inclinada a crer que as explicações mais prosaicas para o Fenômeno UFO poderiam eliminar o mistério de sua origem, mas apenas temporariamente. De qualquer forma, é bom que os sábios católicos saibam que os princípios de sua origem estão inteiramente conciliados às mais extraordinárias possibilidades que concernem a vida em outros planetas. Nenhuma resposta fácil ou baseada em conceitos obtusos da Idade Média poderá ser suficiente para expor a fantástica — e talvez terrível — realidade por trás das máquinas resplandecentes que cortam nossos céus com homens inteligentes pilotando-as.
Fenômeno puramente religioso?
Nesse ponto do presente trabalho, vamos voltar à vidente Verônica Leuken, de quem emprestamos o argumento para iniciarmos esse artigo, pois sua história talvez seja interessante para apresentarmos aqui. Ela é uma senhora, mãe de cinco filhos, que vive no subúrbio de Bayside, em Nova York. Suas visões paranormais tiveram início em 18 de junho de 1970 e foram muitas vezes verificadas por outras pessoas durante as chamadas Vigílias de Oração Coletivas, que realizava inicialmente no terreno da velha Igreja de São Roberto Belarmino, de Bayside. Depois, com seu grupo de orações aumentando significativamente — assim como as visões — mudou o local dos encontros para Flushing Queens, em uma área em torno do altar de mármore erigido para o papa Paulo VI celebrar uma missa durante sua visita aos Estados Unidos.
Isso é muito significativo e as experiências de Verônica têm muito a ver com as conhecidas observações marianas, aqueles episódios em que pessoas normalmente comuns e de pouca instrução veem seres de aspecto feminino que lembram a Virgem Maria — daí o termo “marianas”. Acontecem em todo mundo há séculos e, evidentemente, foram catalogadas pela Igreja Católica como um fenômeno de cunho puramente religioso. O caso mais conhecido ocorreu em Fátima, Portugal, no início do século passado. Os observadores desse episódio, pequenas crianças da região, foram mantidas isoladas do mundo pela Igreja de Roma. Os casos têm um apelo impressionante. Basta alguém dizer “eu vi a Virgem Maria”, para que milhares de pessoas acorram ao suposto local da nova aparição.
Os peregrinos buscam graça, benção e poderes que só a Virgem poderia — em sua concepção — lhes dar. Há algum tempo, a entidade apareceu para uma estudante de 16 anos de uma cidadezinha do extremo sul do Equador. Toda a localidade entrou em êxtase quando um estranho fenômeno solar escureceu a região. Interpeladas pela população, as autoridades eclesiásticas locais não se pronunciaram. “Para não chegar a conclusões arriscadas”, teria dito um pároco da cidade. Durante a aparição, a Virgem falou em uma espécie de castelhano antigo, com forte sotaque espanhol. Segundo os narradores dessa observação, a santa pediu para os fiéis rezarem o rosário e fazerem penitência pela conversão dos pecadores e para que a humanidade se redima. Teria falado também sobre uma enorme catástrofe que se abateria sobre a humanidade, devido aos pecados do mundo. A aparição foi filmada pela televisão local, que transmitiu em telejornal as impressionantes imagens do estranho fenômeno meteorológico, deixando os céticos abismados.
Jovem em transe
Um dos presentes no local relatou que, em um determinado instante, um estranho e denso manto de nuvens escureceu o céu, enquanto a jovem que centralizou o fenômeno entrava em transe. Depois, o céu teria se aberto e um facho de luz solar teria descido sobre a área, circundado por uma chuva fina e estranhos reflexos de luzes. Foi nesse cenário que apareceu a Virgem, enquanto o Sol “começava a mudar rapidamente de cor e a se mover caoticamente entre as nuvens”, segundo a jovem. Essa crônica pode levar muita gente a crer que os prodígios da aparição de Fátima estavam sendo repetidos mais
uma vez e por ninguém menos do que a própria Virgem Maria. Analisemos a questão com precaução.
O próprio relato da jovem tem um sinal de contradição quando essa afirma que a Virgem expressou-se em castelhano antigo, com um forte sotaque espanhol. Isso torna muito estranha a ocorrência, pois o primeiro fator para se tratar de uma comunicação é a linguagem. A entidade que se apresentou no Equador simplesmente ignorava que, na Nova Espanha, nos últimos 500 anos a língua espanhola evoluiu com traços característicos de cada região, especialmente depois da revolta contra a mãe-pátria chefiada pelo libertador Simon Bolívar. Depois das revoluções sucessivas nas então Colônias Espanholas da América, como eram chamados os países sul-americanos, restaram tendências regionais para se adaptar o espanhol às características de cada país. Analogamente, em casos semelhantes encontramos algumas contradições mais do que suspeitas.
Há vários exemplos, e a figura que muitos acreditam ser a Virgem Maria demonstrou ignorar, durante suas manifestações em 1877, em Gietrzwalde, na época território prussiano, hoje Polônia, que as videntes Bárbara Samulowska e Justina Szafrynsa, além de outros, não falavam em tedesco [Língua na qual a mensagem mariana de Gietrzwalde foi formulada], pois eram de nacionalidade polonesa. Uma gafe total, como em muitos outros casos. De qualquer forma, muitas vezes a formulação de certas mensagens marianas soam quase incompreensíveis para a lógica dos homens do século XXI. Mas, parece natural que isso funcione assim, pois a entidade em questão não consente, como vimos, que seus interlocutores compreendam suas próprias mensagens. O conteúdo das várias comunicações registradas ao longo dos séculos não nos permite que cheguemos a constatações precisas sobre sua origem. Evidentemente, em razão disso tudo, estudiosos da questão julgam mais lógico analisar as ocorrências mais recentes, pela razão evidente de que essas estão mais acessíveis para uma pesquisa aprofundada.
Avisos de outro mundo
Assim, as manifestações marianas de Bayside se revestem de grande importância. Para o leitor ter uma ideia de seu conteúdo, vamos fazer citação de algumas das mais breves mensagens recebidas por Verônica Leuken. Aqui as relataremos textualmente, como foram tratadas no livro Avisos de Outro Mundo sobre a Igreja de Nosso Tempo, de B. Meier [Editora Marianisches Schriftenwerk, 1979]. Os trechos a seguir são, portanto, traduções fidedignas dos originais.
Vejamos, por exemplo, a mensagem assinada pela santíssima Virgem Maria, recebida por Verônica em 24 de dezembro de 1973: “Muitos agentes do inferno estão agora soltos sobre a Terra. Eles têm seus meios de transporte. Não se deixem enganar pela falsa teoria que sustenta haver outra vida que não a do Reino dos Céus. É satã enviando tais veículos diante de seus olhos, com o objetivo de enganar e confundi-los. Esses objetos que voam em sua atmosfera vêm do inferno. Eles são os falsos milagres de sua época. Não são um produto da imaginação dos homens. Estão presentes na atmosfera e sua presença se intensificará sempre mais e prosseguirá o combate pelas almas. Divisões de exércitos estão prontos para combater Lúcifer, desprezível criatura das trevas que está?solta para conduzir ao abismo as almas dos meus filhos”.
Verônica também apresentou em seus escritos informação sobre os tais “seres satânicos”, em data ignorada: “São seres horríveis de se ver. A maior parte é pequena. Eles têm olhos alongados e boca larga. Sua face causa medo. Um deles tinha na fronte alguma coisa de cor cinza ou prateada, algo viscoso que faz pensar na morte. São repugnantes”. E descreveu os UFOs em transe mediúnico ocorrido no dia 29 de dezembro de 1973: “Minha filha, eu a fiz ver os meios de transporte do inferno, os discos voadores. Eles estão agora sobre nós. Eles são os meios de transporte do inferno, vêm de satã. Esses objetos chamados de UFOs não se originam em outros planetas, mas são de satã, que os envia para fazer-nos acreditar na existência de seres viventes em outros planetas, onde não existe vida”.
A vidente tem um longo repertório, como mostra essa revelação assinada pela santíssima, datada de 25 de julho de 1974: “Legiões incalculáveis de demônios estão agora soltos na Terra. No mundo são muito evidentes os falsos milagres de seu tempo, provocados por satanás. A ciência nos dá muitas explicações, mais ainda não apresentou a verdade às pessoas. Os discos voadores são uma manifestação sobrenatural proveniente de satanás. O clero faria bem em utilizar o tempo não para refutar os verdadeiros milagres de Deus, mas para descobrir a verdade a respeito dos falsos milagres de satanás. Os milagres do inferno dizem respeito aos veículos, os meios de transporte provenientes do demônio!”
“Meios de transporte do inferno”
Mas, claro, há a providência divina para lidar com esses casos, como se vê na nova mensagem recebida em 13 de setembro de 1974, onde são informadas as atitudes que Deus tomaria quanto aos UFOs: “Deus considerou necessário fazê-los tirar fotos de um meio de transporte do inferno. Informará aos especialistas que os veículos conhecidos como UFOs são meios de transporte do inferno mandados para enganar e confundir a humanidade, fazendo-a procurar outro mundo que não existe. Não se surpreendam se foi permitido a vocês verem o que o satanás prepara para enganá-los. Não é vida para vocês, como creem, nem seres humanos de outro planeta. A criação do Pai foi-lhes revelada no livro do amor e vida, a Bíblia. Não acreditem em vida noutros planetas: é uma falsidade”.
“Aparições marianas acontecem em todo mundo há séculos, e foram catalogadas pe
la Igreja Católica como um fenômeno religioso. O caso mais conhecido ocorreu em Fátima, Portugal. Precisam ser estudadas
Em fevereiro de 1978, novas informações da Virgem foram apresentadas, agora com fortes advertências: “Muitas advertências menores foram dadas à humanidade, mas passaram inobservadas. Agora, a prova maior sobre a humanidade é produzida pelo trabalho de Lúcifer, liberado do inferno com seus demônios sobre a Terra. Eles operam agora prodígios e maravilhas para confundir e enganar a todos. Vocês deram o nome de UFO a um desses prodígios. Eles são sobrenaturais e do inferno. São criados na mente de alguns dos demônios que são capazes, em causa do grande poder sobre a Terra, de controlar os elementos e a natureza”. E vejam essa mensagem, assinada por Jesus e recebida por Verônica em 10 de fevereiro de 1978: “Os UFOs que vocês admiram fazem parte do plano de satanás. Eles são falsas imagens para promover a errada ideia de que existe vida em outros planetas. Não há vida, porque ela foi criada apenas sobre a Terra. Satanás cria muitos falsos milagres, um deles são as manifestações sobrenaturais chamadas UFOs. Meus filhos, eles são, em verdade, meios de transporte do inferno”. Será?
Possibilidade de fraude descartada
As chamadas aparições marianas, como podemos ver nos exemplos acima, não trazem grandes revelações para nós, mas, em alguns casos específicos, é inusitado o fato de as entidades que se fazem passar por alguma entidade superior refiram-se aos UFOs. O caso de Bayside, em que Verônica Leuken é a maior protagonista, é um exemplo de muitas coisas. Primeiramente, é óbvio que não se trata de nenhuma Virgem Maria aparecendo para sua comunidade de oração — como também não é, claramente, em todos os casos anteriores de contatos marianos. Em segundo lugar, se descartarmos a possibilidade de fraude — já exaustivamente checada e isolada nesse caso —, resta-nos duas perguntas: quem se faz passar pela Virgem e por que as mensagens que canaliza através de Verônica têm tantas menções a UFOs?
Pesquisadores de diversas áreas tentam, até hoje, decifrar o enigma. E enfim, se os UFOs existem ou não, se são demoníacos ou não, se há inferno ou não, se satanás está por aí regendo uma orquestra de falsos anjos — os extraterrestres — e tantas outras questões pendentes são até menores em importância diante a uma única indagação, que resumiria em si mesma todas as dúvidas sobre o posicionamento da igreja quanto ao Fenômeno UFO. Se os ufólogos, pessoas com recursos limitados e ação restrita, têm disposição, talento e habilidade para descobrir quase tudo o que se sabe hoje sobre os UFOs e ETs, o que deverá estar fazendo a igreja como instituição, então, para conhecer melhor esse mesmo assunto?
Não nos esqueçamos de que há a extrema possibilidade de — se existirem de fato os extraterrestres — esses também serem regidos pelas leis sagradas que a própria igreja defende como universais, pois Deus é onipresente! Aguardamos a manifestação das autoridades clericais com respostas para essa indagação!