PRÉ-VENDA
Ad image

Amazônia

Campo de experimento de seres alienígenas

A. J. Gevaerd
1ebf0ab24f88fbcd9655affa2ebae1bf1528808625
Operação Prato, a única iniciativa militar de investigação oficial de discos voadores de que se tem notícia em todo mundo
Créditos: ALEXANDRE JUBRAN

Um dos aspectos da Ufologia Brasileira que mais fascina quem se interessa pelo assunto, no país e no exterior, é a estrondosa onda de um fenômeno que se convencionou chamar de chupa-chupa, ocorrido nas décadas de 70 e 80 em certas regiões da Amazônia. Como já é amplamente conhecido, os casos envolvendo o misterioso fenômeno eram em geral graves e causavam seríssimas conseqüências às vítimas. Não seria exagero dizer que tal manifestação foi a maior e mais clara indicação de hostilidade que humanos já receberam até hoje de nossos visitantes exógenos ou extraterrestres. Os fatos eram tão intensos e graves – principalmente na região litorânea fluvial do Estado do Pará – que a Aeronáutica brasileira foi destacada para investigar as manifestações que se davam, tentando ao mesmo tempo entender o que se passava, o por quê das agressões e a origem do fenômeno. Para isso, em setembro de 1977, foi instituída a Operação Prato, a única iniciativa militar de investigação oficial de discos voadores de que se tem notícia em todo mundo.

Esta história é bastante familiar aos leitores que têm acompanhado em várias de nossas edições informações e matérias de grande significado, tanto sobre o chupa-chupa quanto sobre a referida operação militar. A ação da Revista UFO na divulgação dos fatos, há quase duas décadas, é tão reconhecida e respeitada que ela foi o veículo de comunicação escolhido pelo idealizador, comandante e responsável pela Operação Prato, o coronel Uyrangê Hollanda, para fazer revelações cruciais sobre o que se passou na Selva Amazônica, naquele período de grande atividade alienígena. Ele o fez procurando a revista para uma entrevista exclusiva, realizada em 1997, através da qual descreveu não somente fatos impressionantes sobre as observações, contatos e ataques de criaturas não humanas a moradores ribeirinhos da Amazônia, como também deu detalhes de como a missão militar que fora montada para investigar os casos agiu e a que resultados chegou.

Ad image

A entrevista do coronel Hollanda, que cometeu suicídio apenas alguns meses após concedê-la, é hoje um marco da Ufologia Brasileira e foi traduzida e publicada em inúmeros países, tornando-se uma referência inquestionável. No entanto, por mais graves e contundentes que fossem as declarações do militar – ainda acrescidas de detalhes sobre a atuação do chupa-chupa, fornecidos por entrevistas adicionais que a Revista UFO fez com muitos outros envolvidos, testemunhas, vítimas e pesquisadores, civis e militares –, elas não representam tudo o que se sabe sobre as terríveis circunstâncias que envolveram as comunidades da floresta atacadas pelo fenômeno. O coronel Hollanda, aliás, não fora o primeiro a tratar do assunto, mas sim o primeiro militar a fazê-lo – e apenas após ter-se aposentado, quando não guardava mais qualquer compromisso com a Força Aérea Brasileira (FAB). Vários outros oficiais dariam pequenas declarações aqui e ali que acabariam, de uma forma marcante, somando-se ao quebra-cabeça que foi toda a intensa manifestação do estranho fenômeno na Amazônia. Muitos civis também tiveram participação semelhante na elucidação do quadro.

Enfim, duas décadas e meia do pico da manifestação já se passaram e as informações continuam, incrivelmente, a surgir, sempre sendo incorporadas ao ruidoso depoimento do coronel Hollanda, sempre confirmando a gravidade e a intensidade dos fatos, sempre estarrecendo ufólogos e ufófilos. Enquanto isso, as autoridades civis do Pará e dos demais estados da localidade, assim como os militares responsáveis por aquela vasta área, nada pronunciam, nada revelam. O estranho silêncio oficial praticamente reafirma a importância do fenômeno que se abateu sobre a Amazônia, de forma a estimular mais diligências, cada vez mais abrangentes e aprofundadas. Foi exatamente isso que este autor pretendeu fazer no meio do mês de agosto, ao passar vários dias visitando as regiões atingidas – principalmente a capital do Pará, Belém, e as ilhas fluviais mais próximas, Mosqueiro e Colares, epicentros do fenômeno.

Novos dados surgem — No entanto, minha expectativa, que era apenas a de coletar mais subsídios sobre os episódios, através de entrevistas com repórteres, médicos, investigadores, policiais e moradores de tais áreas, acabou sendo suplantada por uma avalanche de informações que ia surgindo a cada nova empreitada investigativa. Em face ao volume de novos dados sobre casos recentes e outros sobre fatos mais antigos, minha idéia inicial – que era de conceber um artigo despretensioso para sintetizar e atualizar os episódios relativos ao fenômeno chupa-chupa e à Operação Prato – foi imediatamente substituída por outra estratégia: proceder a uma investigação mais aprofundada das circunstâncias que envolveram a crise. Material para isso não falta. Ao contrário, será até mesmo uma difícil tarefa abordar tudo o que há de importante sobre as manifestações amazônicas. As novas diligências resultaram na obtenção de detalhes inéditos sobre os fatos citados – alguns bastante graves.

Para que o leitor tenha idéia, a citada operação militar de investigação dos acontecimentos, que sempre se acreditou ter sido composta de algo entre 10 e 15 homens, na verdade chegou a ter mais de 30! E seu municiamento de equipamentos pesados para a condução de suas tarefas, que antes era algo pouco conhecido, agora é tido como certo. Outra coisa que não se sabia, ou sobre pouco se sabia, era que animais domésticos e selvagens também foram atacados pela “luz vampira”, como o chupa-chupa foi apelidado em certas áreas. Outro fato novo que só agora poderá ser melhor conhecido foi o revelado pela médica Wellaide Cecim Carvalho, encarregada da Unidade Sanitária da Ilha de Colares, a 96 km de Belém, entre julho de 1977 e o primeiro semestre do ano seguinte. Ela declarou que pelo menos três pessoas faleceram em decorrência dos ataques do fenômeno, e o tratamento que as famílias dos mortos receberam das autoridades foi, no mínimo, desumano.

Enfim, são muitos os fatos e revelações novos sobre ocorrências antigas que agora podem ser somados ao quadro inicial montado pelo coronel Hollanda. E sua publicação na Revista UFO, nesta e nas próximas edições, através de um espaço próprio que criamos – o Dossiê Amazônia –, é uma tentativa de mostrar, desta vez com uma determinação e um detalhismo ainda maiores, que brasileiros e brasileiras de esquecidos rincões de nosso país foram sujeitos à ação nefasta de seres cuja origem e intenção desconhecemos. Mais que isso, é uma decisão de se apresentar de forma inequívoca que nossos m
ilitares acompanharam de perto a situação, interagindo com os causadores do fenômeno e sendo eles próprios testemunhas e vítimas, conhecendo detalhes da horrenda manifestação que ocorreu na Selva Amazônica, e, no entanto, escondem até hoje os fatos da população. Com novos depoimentos e entrevistas, que se iniciam nesta edição, o leitor será informado daquilo que quem tem a responsabilidade de informar, se recusa a fazê-lo.

Assine até 01/03 e receba um dos livros da Revista UFO em PDF.

Compartilhe
Ademar José Gevaerd (Maringá, 19 de março de 1962 – Curitiba, 9 de dezembro de 2022) foi um ufólogo brasileiro, editor da Revista UFO, publicação do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), entidade do qual também foi fundador e presidente. Também é director brasileiro da Mutual UFO Network (MUFON). Ele representou o Brasil no Center for UFO Studies e foi diretor para a América Latina do Annual International UFO Congress. Esteve em diversas redes brasileiras de TV, além do Discovery Channel, National Geographic Channel e no History Channel, tendo discursado em muitas cidades do Brasil e em outros 50 países, além de ter realizado mais de 700 investigações de campo dos casos de Ovnis no Brasil. Era considerado um dos maiores ufólogos do mundo, uma das personalidades máximas do Brasil nesse assunto, membro de várias associações internacionais de ufologia. Considerado um dos mais respeitados ufólogos, é conhecido por seu empenho em tentar amparar todo fenômeno ufológico com o maior número possível de provas e testes. Ainda na década de 1980, foi convidado pelo Dr. J. Allen Hynek para representar no Brasil o Center for UFO Studies (CUFOS). Gevaerd sofreu uma queda em casa, no dia 30 de novembro de 2022, vindo a morrer no dia 9 de dezembro de 2022 no Hospital Pilar em Curitiba.