Nos princípios dos anos 80, uma série de livros saíram à luz propondo uma nova visão da criação humana. Idéias as quais nos mostravam que nunca estivemos sozinhos no universo e que nossa evolução tem sido levada na mão de algumas entidades que se propuseram a nos criar por uma razão, mas que ainda hoje desconhecemos.
O famoso astro-arqueólogo e autor Zecharia Sitchin foi a pessoa que, através da tradução de registros e textos dos antigos sumérios, babilônios etc, encontrou a chave perfeita para poder entender a origem da humanidade, a combinação para decifrar mistérios que sempre nos rondaram e conhecer a realidade que se esconde por trás da cada mito e lenda nas culturas antigas. Mais detalhes podem ser encontrados em seu site pessoal.
Nós tivemos a sorte de poder falar com ele e, antes de começar a entrevista, já deixou muito claro: “Não estamos sozinhos. E não me refiro ao universo. Não estamos sozinhos em nosso próprio Sistema Solar.”
Toda esta busca e os livros que escreveu, como afetou a sua vida como pensador, como pessoa? Tudo começou quando era estudante, no colégio, me perguntando o por que da palavra Nefilim, que significa “Aqueles que baixaram do céu”, que foi traduzido no capítulo seis do Gênesis, como gigantes. Me levou 30 anos de buscas para encontrar a resposta, eles eram os Anunnaki sumérios, quando compreendi isso escrevi por cinco anos O 12º Planeta [Best Seller, 1978]. O alcance de minha busca expandiu-se, meu próprio entendimento dos textos antigos e as ilustrações incrementou-se. Viajei a praticamente todos os lugares do antigo mundo (exceto Iraque) e o novo mundo, vi monumentos, esculturas e símbolos por mim mesmo. Consegui conhecimentos em história, astronomia, genética etc e comecei a comparar todos os dados que já tinha com as descobertas atuais. Já não voltei mais a perguntar as coisas que me perguntava no colégio…
Para alguém não familiarizado com suas teorias, qual é a mensagem e no que se centram? Podemos resumir nestas palavras: Existe um planeta a mais em nosso Sistema, não a anos-luz de nós, no qual existe vida inteligente.
Os chamados Anunnaki? Sim, aos que os sumérios chamaram Anunnaki, que significa “Aqueles do céu que à Terra vieram”.
Portanto os Anunnaki vieram à Terra de Nibiru, o planeta do que nos fala em seu primeiro livro, O 12º Planeta? Sim, começaram suas idas e vindas há 450.000 anos, visitando-nos a cada 3.600.
Portanto, o título surgiu a partir de suas descobertas? Segundo os sumérios, nosso Sistema Solar tem 12 membros, o Sol, a Lua, e dez, não nove, planetas. Este sistema solar, com o sol no centro, está delineado em um selo cilíndrico datado de 4.500 anos atrás, foi encontrado por um arqueólogo e está em um museu de Berlim. O 12º membro do sistema, se chamou Nibiru, o planeta de trânsito. Seu símbolo é a cruz. Tem uma grande órbita elíptica, como um cometa e se acerca a nossa vizinhança, entre Marte e Júpiter, a cada 3.600 anos aproximadamente.
Como conseguiu saber disso? A civilização suméria apareceu, sem precedentes, faz 6.000 anos, no que hoje conhecemos como Iraque meridional. Este acontecimento, o florescimento sumério, se deu com praticamente todos os princípios que são essenciais em uma civilização avançada em tecnologia, artes, estruturas sociais etc. Um deles foi a escritura, registrando absolutamente tudo em tábuas de argila com o que chamamos escritura cuneiforme. Por exemplo, os casamentos e divórcios, transações comerciais, oferendas aos templos, taxas etc. Em tabelas maiores, escreveram literatura (contos heróicos, poemas, provérbios) e também os registros históricos e pré-históricos. Um dos textos mais longos, escrito em várias tábuas, é o chamado Enuma Elish ou A Epopéia da Criação, que nos conta a história como no livro bíblico do Gênesis. Outros textos registraram como os Anunnaki chegaram à Terra, como era seu líder, etc.
Poderíamos dizer, então, que parte da Bíblia é parte da história ancestral suméria? A Bíblia consiste em muitos livros, compassando acontecimentos durante milênios. A comparação perfeita seria entre o Gênesis em seus primeiros capítulos e os textos mesopotâmicos: de como o céu e a terra chegaram a se criar, como se desenvolveu a vida, como foi criado Adão e os acontecimentos desde o Éden a Noé, o herói do dilúvio. De fato, o relato do dilúvio aparece em uma tabela mesopotâmica milhares de anos antes que no Velho Testamento em sua versão hebraica.
E em outras culturas antigas, como a egípcia? Ainda que parecesse que os deuses venerados pelos egípcios eram totalmente diferentes dos sumérios e os babilônios, de fato eram os mesmos Anunnaki. Explico-me. A deidade chamada Ptah, na mitologia egípcia, não era outra senão a suméria Enki, que se dirigiu ao primeiro grupo que veio à Terra e liderou com sucesso a engenharia genética que fez que passássemos dos hominídeos ao Homo Sapiens. No Egito, este deus tem o mesmo papel. Outro exemplo, seu filho, o grande deus Rá, era o mesmo que o Filho de Enki, Marduk (na mesopotâmia). Thoth, o arquiteto divino e guardião dos segredos dos deuses, conhecido em sumério como Ningishzidda, e assim mais e mais.
Portanto falam igualmente de um longínquo planeta? Sim, os antigos egípcios falam do “planeta do milhão de anos”, uma maneira diferente de nomear a Nibiru. É o planeta no qual os faraós tinham esperança de ir ao morrer, para encontrarem com os deuses em seu próprio planeta e ter a imortalidade. A mitologia egípcia e a viagem faraônica à outra vida é o argumento de meu segundo livro, A Escada para o Céu [Best Seller, 1980], mostrando e explicando textos e ilustrações para demonstrar isso.
E o que ocorreu com as demais civilizações antigas? É muito curioso, porque quando se decifra o significado de alguns dos nomes de vários deuses dos hititas, dos assírios, cananeus etc, no antigo mundo encontramos nomes diferentes, mas que significam exatamente o mesmo em todos e a cada uma de suas linguagens. O mesmo que ocorria no tempos antigos das bem mais recentes civilizações americanas. Em meu livro Os Reinos Perdidos mostro as conexões, similaridades e determino as datas do princípio delas. Exponho, por exemplo, que o deus supremo da América Central, Quetzalcoalt (cujo nome significa “A serpente alada”), não é outro senão o deus egípcio Thoth e que a primeira civilização na América Central, os Olmecas, de aparência africana, começaram precisamente em 3.113 a.C., quando o mito conta que Thoth foi expulso do Egito.
Neste momen
to, onde estaria o 12º planeta? O que posso dizer com plena segurança, é que está de regresso para nós.
Prelúdio do tão anunciado final dos tempos que alguns datam para 2012? Não tenho dados corretos para poder dizer com segurança em que se baseia a idéia, algumas delas vêm a minha cabeça, mas não acho que sejam totalmente corretas. O que posso realçar é que a data de 2012 está baseada no calendário Maia (é mais correto dizer calendário Olmeca). Nesse ano (ou algo depois, dependendo como se calcule) a unidade de tempo chamada Baktum completará 13 circunferências. Isto é significativo? Há diferentes opiniões a respeito, mas como eu baseio minha busca nos textos e dados antigos, tanto proféticos como em textos com observações astronômicas no ultimo milênio a.C., me atreverei a pronunciar meus resultados só quando esteja absolutamente seguro de que encontrei a resposta correta.
Já que falou de profecias e textos antigos, vamos mudar de campo e marchar para o que os pesquisadores pensam de suas investigações, porque conhecem suas idéias, mas por que surpreende tanto seu ponto de vista? Claro que sabem, mas denominam a esses textos de lendas e mitos, tratam a informação como mitologia imaginada. Eu insisto lhes dizendo com contundência: Não, tudo isto ocorreu realmente.
Está tão seguro desta afirmação? Sim, certamente. Desde que escrevi meu primeiro livro, cada descoberta científica ocorrida em cada campo (astronomia, biologia, geologia, exploração espacial) foi corroborado nos textos antigos (como eu os entendo). Em astronomia, a existência do cinturão de asteróides, a explicação de nossa Lua, a basculação de Urano etc, se corrobora no Enuma Elish. A decodificação do genoma humano estabeleceu que temos 223 genes “alienígenas”, corroborando por sua vez a engenharia genética detalhada nos textos antigos, e poderíamos continuar ainda mais.
Mais ainda? Mas conte algo inovador que não conheçamos. O que é novo, constantemente nova, é nossa visão do passado. Quando alguém olha uma pintura antiga de dois homens-águia (astronautas) saudando a um objeto com forma de foguete, hoje podemos dizer “É um foguete”. Há cem anos, alguém (eu mesmo) diria “Estão venerando um lápis muito longo”. Os textos descrevem-nos com detalhes a engenharia genética, começando a dizer que a “essência” disso foi misturada com aquilo, soa a conto de bruxas. Agora que temos decodificado o genoma humano, assumimos com precisão o significado científico. Trato sobre isso em meu livro O Código Cósmico [Best Seller, 2003]. Somos prisioneiros de nossa própria tecnologia. Os sumérios escreveram que existiam pequenos objetos que guardavam os segredos científicos. Hoje em dia eu os comparo com objetos atuais. Eles falavam de chips de computadores, porque nós podemos comparar essa explicação com a tecnologia que empregamos nos chips. Quem pode dizer se em 10 ou 15 anos, esta comparação seja substituída, provavelmente, por computadores de DNA?
Esta é sua última investigação? Sim, existe uma constante melhora do entendimento dos dados de outrora, tendo em conta as contínuas descobertas semanais. Entre a investigação e escritura de meus livros, dou seminários e conferências. Mas agora estou interessado em algo que preocupa a maioria das pessoas, do qual falei anteriormente, a confusão no mundo sobre o prelúdio do regresso.
Já que tem decifrado o mistério dos deuses, para você quem são? Em meus livros Encontros Divinos, O Código Cósmico e O Livro Perdido de Enki, deixo claro que sempre existiu o reconhecimento de uma autoridade maior, um criador além da criação do homem, um criador de um universo inteiro. Os deuses Anunnaki acreditavam em um Criador universal. Eu também.
Quer dizer que todos, ao final, veneramos o desconhecido? Pode dizer assim, sim.