A polêmica sobre a existência de alguma forma de vida em Marte no passado assumiu nos últimos anos um aspecto de quase certeza, mesmo nos meios acadêmicos, e apesar da falta de declarações oficiais, dentro da agência espacial norte-americana (NASA) isto já é um fato há muitos anos. Mais do que isto, além das ruínas de uma antiga civilização, que desde o início dos anos 70 começaram a ser documentadas nas fotografias da missão Mariner 9, e posteriormente por meio dos módulos orbitais das espaçonaves do projeto Viking, tivemos como foi divulgado durante o próprio projeto Viking, um expressivo sinal de vida na atualidade nas experiências conduzidas pelos módulos que desceram no solo do planeta.
Pelos critérios estabelecidos antes do início das missões pelos cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato de Pasadena (JPL), e outros associados ao projeto, duas das três experiências microbiológicas pareceram ter produzido resultados positivos. Quando amostras do solo do planeta foram misturadas a uma espécie de “sopa orgânica estéril”, levada da Terra, surgiram sinais evidenciando, indicando a presença de microorganismos, que metabolizaram o alimento terrestre. Em outro teste, quando gases da Terra foram introduzidos, tiveram contato, com amostras do solo do planeta, eles aparentemente se combinaram, quase como se existissem micróbios fotossintetizadores, gerando matéria orgânica a partir desses gases.
Evidência antiga
Segundo Carl Sagan, que foi um dos principais responsáveis pelo projeto Viking, inclusive em termos de sua concepção e objetivos, sete amostras diferentes de solo, recolhidas em Chryse e Utopia, regiões, que como já indicamos, estão separadas por cerca de 5 mil quilômetros, deram resultados positivos. O surpreendente, é que apesar disso, a NASA, na época, preferiu considerar os resultados questionáveis, ou inconclusivos. Pelo menos foi esta à sua manifestação oficial, a versão fornecida publicamente. Mesmo com a posição dúbia da agência espacial, esses resultados já eram extremamente animadores, pois todos sabiam, como ressalta Sagan em seu livro Cosmos, que os sítios escolhidos para os pousos estavam longe de serem os mais indicados para busca de vida. Foram escolhidos dentro de parâmetros que levavam muita mais em conta a segurança para os pousos dos módulos, do que possibilidades mais favoráveis para busca de microorganismos, ou vida em termos gerais. Isto, inclusive, era assumido abertamente pelo NASA na época.
Quando a espaçonave Mars Global Surveyor chegou à órbita de Marte em 1997 para dar prosseguimento a exploração do planeta que mais se assemelha a Terra, já era uma certeza não só que a missão documentaria de maneira definitiva os sinais de uma antiga civilização, como não seria surpresa se as fotografias trouxessem alguma evidência de formas de vida vegetal de escala superior.
Progressivamente foram surgindo imagens que pareciam documentar formas de vida vegetal surgindo em regiões específicas em meio às dunas de areia dos desertos marcianos. Outras fotos, como foi defendido pelo astrofísico Tom Van Flandern, do US Naval Observatory, parecem apresentar claramente a presença de formas vegetais gigantes próximas da região polar sul. Eu mesmo localizei inúmeras imagens desse tipo em minhas buscas nos sites da agência espacial norte-americana, divulgando as mesmas em um dos CDs que lancei a cerca de dois anos atrás com material sobre os sinais da antiga civilização marciana, e de vida na atualidade. Essas imagens liberadas pela NASA, entretanto, sempre foram divulgadas em preto e branco, ou em cor falsa em seus sites. Ou seja, qual seria a cor real dessas “formações”?
O principal obstáculo passível de ser utilizado para negar a possibilidade de vida vegetal no planeta Vermelho na atualidade, A falta de água em estado líquido, progressivamente vem sendo sepultado, com a divulgação de novas imagens, inclusive obtidas a partir de 2004 pelos rovers Spirit e Opportunity.
Imagens surpreendentes
Mas minha surpresa foi maior quando comecei a explorar o site específico da espaçonave Mars Express da Agência Espacial Européia (ESA). Algumas “manchas” misteriosas que haviam sido fotografadas pela Mars Global Surveyor, e, que apareciam escuras, ou enegrecidas nas fotos liberadas pela NASA, eram visíveis em tons esverdeados nas imagens de cor natural da ESA, levantando a suspeita de se tratarem realmente de áreas cobertas com alguma forma de vegetação, ou vida de escala inferior, como o nosso líquen. Esse efeito ou realidade pode ser constatado, por exemplo, na imagem SEMP3J474OD obtida pela Mars Express da região da cratera Gusev, área explorada inclusive pelo rover Spirit da NASA.
A imagem mais extraordinária que localizei, entretanto esta longe dos mananciais de água congelada dos pólos do planeta. Estou falando do quadro SEMGVY57ESD, também obtido pela Mars Express, que documenta uma área do Vale Mariner conhecida como Louros Valles, na região equatorial. Nessa foto podemos ver algo realmente impressionante (imagem que ilustra esta postagem). Mais uma forte evidência do quanto à verdade vem sendo ainda acobertada da humanidade. Existe vida realmente vegetal em Marte na atualidade, e esta descoberta é provavelmente a próxima coisa que será revelada, mas esta história de revelações esta apenas começando…