A maioria de nós, quando pensa em vida alienígena inteligente, logo imagina seres humanoides, bonitos, feios, altos, baixos, loiros, cinzas, com jeito de lagarto, assustadores ou messiânicos. Bem, todos precisamos ampliar nossos paradigmas ou podemos topar com algo muito mais estranho e sequer saber que aquilo é vida inteligente.
Há uma estranha criatura que não tem boca, estômago, olhos e não consegue detectar ou digerir alimentos. Ela não tem braços nem pernas, mas se locomove e consegue, em um único dia, dobrar de tamanho. Além disso, ela é capaz de aprender e transmitir conhecimento, apesar de não ter cérebro. Se for cortada ao meio, regenera-se em dois minutos. Os cientistas sabem que não se trata de uma planta, tampouco de um animal ou fungo — embora aja como uma mistura desses dois últimos. E, em seu mundo, não existem machos ou fêmeas, mas a produção de 720 diferentes células sexuais.
Difícil de definir
O nome científico dessa estranha forma de vida é Physarum polycephalum, que significa, literalmente, “bolor de várias cabeças”, mas ela é mais conhecida como Blob. “Blob é realmente uma das coisas mais extraordinárias que existem hoje na Terra”, afirmou o diretor do zoológico de Paris, Bruno David, que considera a criatura um dos mistérios da natureza. “Ela existe há milhões de anos e ainda não sabemos muito bem o que é. Não se sabe se é um animal, um fungo ou se é algo entre os dois”, acrescentou David.
Blop é formada por uma única célula, e se locomove em busca de seu alimento, que inclui esporos de fungos, bactérias e micróbios. Sua aparência se assemelha a uma esponja escorregadia e geralmente tem coloração amarela, mas também existem variedades em rosa, branco e vermelho, e é frequentemente encontrada em locais onde há decomposição de folhas e em troncos de árvores, locais frescos e úmidos.
Raciocínio e aprendizagem
Uma das características mais fascinantes de Blog, que não possui sistema nervoso central, é sua capacidade de raciocinar. “Ele é capaz de memorizar, de adaptar seu comportamento, de resolver problemas, de se movimentar por um labirinto, procurar soluções de otimização, de se comportar um pouco como um animal”, explica David. A análise desse organismo chegou, inclusive, a redefinir o entendimento de como a inteligência — de qualquer tipo — funciona, após a publicação de um estudo em 2016.
O ser é capaz de aprender com suas experiências e mudar seu comportamento de acordo com elas. Em experimentos de laboratório, os cientistas observaram como o bolor se adaptava ao longo do caminho até uma fonte de alimentação. E, quando se funde com outro Blop, pode transmitir conhecimento.
Quase imortal
Sua sobrevivência é impulsionada pela diversidade genética, que no caso de Blob acontece quando dois organismos geneticamente diferentes se encontram e se fundem em um novo Blob.
Por último, quando se vê ameaçado, ele entra em estado de hibernação e “seca”. Esse modo vegetativo está “próximo da imortalidade”, disse Audrey Dussutour, especialista em Blob, do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França. “Você pode, inclusive, colocá-lo no micro-ondas por alguns minutos e com algumas gotas de água, ele volta à vida, disposto a se alimentar e procriar”.
Fonte: BBC
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