
Embora diversos locais no mundo tenham conexões com a presença alienígena, nenhum é mais mágico e encantador do que os campos de plantações de cereais no Reino Unido e seus incríveis agroglifos. Imensamente conhecidos na Inglaterra, estes desenhos geométricos gigantes que surgem da noite para o dia nas plantações inglesas, desde os anos 60, continuam cheios de complexidade e vazios de explicações. É na localidade de Wiltshire, a cerca de 100 km a oeste de Londres, onde estão os mais impressionantes monumentos megalíticos ancestrais da Inglaterra, como Stonehenge e Stone Circle, e é ali onde ocorrem as mais belas figuras de círculos de colheitas em todo o planeta a cada ano, concentrando a maior parte das formações justamente na estação do verão, o que proporcionou ao grupo de viagens da Revista UFO conhecê-las e pesquisá-las.
Durante esses três curtos meses de verão no Reino Unido, dez belíssimas formações surgiram na sua localidade favorita, sempre Wiltshire. Porém, algo intrigante vem ocorrendo com o fenômeno: nos ultimamente ele vem ultrapassando fronteiras e fazendo marcações belíssimas em diversos países. Neste ano, a França disparou na frente, com 14 agroglifos registrados apenas em uma temporada. Outros países receberam as artísticas formações nesses últimos dois meses, porém em menor número, como a Suíça, Polônia, República Tcheca e a Rússia.
Escassez de interesse
O fenômeno dos agroglifos na Inglaterra já atraiu milhares de pesquisadores do mundo inteiro, que geralmente escolhiam a localidade para suas pesquisas — já que a região concentrava 90% das ocorrências da Europa —, mas infelizmente os pesquisadores estão em maior escassez do que o fenômeno. Hoje, entre os ingleses, apenas algumas dezenas de pessoas se dedicam à pesquisa e estudo dos agroglifos. O maior interesse dos locais é em fotos e vídeos aéreos da mais bela imagem do dia e menor interesse — quase nulo — na pesquisa. Ademais, a população se acostumou com a presença do fenômeno sem que isso lhe causasse qualquer espanto ou ímpeto de conhecê-lo a fundo. Há muitos anos, na Inglaterra, a maioria da população se convenceu de que esses círculos nas colheitas não passavam de brincadeiras feitas por pessoas que invadiam plantações à noite e amassavam os cereais com tábuas e cordas.
Independente da impossibilidade já comprovada de se confeccionar tais formações sem deixar vestígios da ação humana e em um instante de tempo imperceptível aos olhos humanos, e ainda com diversas modificações eletromagnéticas no solo e nas plantas, a maioria da população inglesa não tem interesse nem cuidado com o fenômeno — diversos fazendeiros contemplados com agroglifos em seus campos os destroem antes mesmo de serem analisados, a fim de impedir invasões de curiosos ou pesquisadores. O que mais se nota, hoje, são turistas que visitam as formações a fim de sentirem a energia da figura, de fazer uma boa foto turística e renovarem suas forças em um belo lugar para meditações.
Gary King, consultor da Revista UFO e grande especialista no assunto, diz: “Já se pesquisou muito e não há mais algo expressivo a se fazer. Agora é aproveitar que inteligências superiores nos presenteiem estas formações e desfrutá-las”. De fato, na Inglaterra, a pesquisa perdeu força — italianos, alemães e russos anda se dedicam a ela. “É que os agroglifos simplesmente são e não têm explicação”, diz Gevaerd. “Não é necessário a alguém que esteja em Wiltshire no verão europeu percorrer centenas de quilômetros atrás de uma figura, pois elas aparecem o tempo todo em todos os lugares, muitas vezes a poucos metros de rodovias movimentadas ou de centros urbanos”, explica o editor, que conhece bem a área e o fenômeno, e que sempre que ia A Wiltshire investigá-lo levava consigo alguns amigos dele e da Revista UFO. Foi isso que o levou a organizar melhor as viagens para que mais gente possa acompanhá-lo.
Um dos maiores especialistas em agroglifos é o arquiteto inglês Michael Glickman, entrevistado para a edição 253 da UFO por seu amigo e admirador Gary King, a pedido de nosso editor. Veterano investigador do tema, Glickman analisou pessoalmente milhares de formações e construiu sólida reputação sobre o tema. Hoje, com seu corpo acometido de uma implacável esclerose múltipla, ele só consegue seguir seu trabalho de maneira teórica, analisando imagens de novos casos e tentando identificar o que podem significar. “São portais de hospitalidade”, diz Glickman.
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