Colares, município do Pará situado no litoral da baia de Marajó, tornou-se mundialmente conhecida como palco das estarrecedoras ocorrências que ficaram conhecidas como Fenômeno Chupa-Chupa. E, posteriormente, por ter abrigado a mais complexa e bem organizada pesquisa ufológica militar de que se tem notícia no mundo, a Operação Prato da Força Aérea Brasileira (FAB). Em meados de 1977 as descrições de luzes estranhas que surgiam repentinamente, assustando a população e por vezes lançando raios na direção das testemunhas surgiram primeiro no Maranhão, seguindo depois para o Pará. Os municípios de Viseu, Vigia e Santo Antônio do Tauá estão entre os que tiveram aparições documentadas, mas em nenhum outro lugar as ocorrências foram tão espantosas e causaram tanto medo quanto em Colares.
Os ataques, que deixavam nas vítimas sensação de sonolência e marcas na pele constatadas por médicos locais, espalharam pânico entre a população. Parte das pessoas fugiu do lugar, e as que ficaram começaram a se organizar em vigílias, de armas em punho, acendiam fogueiras, batiam panelas e até lançavam rojões nas luzes desconhecidas. A situação ficou insustentável, e a Prefeitura de Colares entrou em contato com a FAB, cuja unidade mais próxima, I Comando Aéreo Regional (I Comar) em Belém. Em setembro daquele ano chegava a Colares a equipe liderada pelo capitão Uyrangê Hollanda, munida de câmeras, filmadoras e outros instrumentos, a fim de averiguar a veracidade dos fantásticos relatos. Os militares testemunharam e registraram impressionantes aparições de UFOs, e chegaram mesmo a estar diante de uma imensa nave de mais de 100 m, quando um de seus tripulantes pôde ser visto. Em dezembro, após o relato dessa extraordinária ocorrência, os superiores de Hollanda ordenaram o fim da Operação Prato.
Por décadas a Ufologia Brasileira discutiu a operação militar, mas somente quando a Revista UFO, em suas edições 54 e 55, publicou a histórica entrevista concedida pelo então coronel da reserva Uyrangê Hollanda os fatos de 1977 começaram a ser conhecidos. A entrevista foi republicada na edição 101, e a campanha UFOs: Liberdade de Informação Já da Revista UFO conseguiu a liberação de cerca de 400 páginas de documentos antes classificados somente da Operação Prato, além de milhares de outros papéis. Estima-se que, somente com relação à missão militar comandada por Hollanda, ainda existam 2.000 páginas para serem liberadas, e a cidade de Colares, nos últimos anos, tem realizado ações para celebrar os fatos que a tornaram famosa. Foi um grande sucesso o I Congresso Ufológico de Colares – 40 Anos da Operação Prato, e em vários locais da cidade têm sido inauguradas obras públicas com imagens de discos voadores e alienígenas. A mais recente é uma justa homenagem ao comandante da Operação Prato, por meio de um decreto assinado pelo prefeito Francisco Pedro Aranha de Oliveira, batizando uma via situada nas proximidades da Praia do Machadinho, onde os militares realizavam suas vigílias em 1977, com o nome Travessa Capitão Uyrangê Hollanda. Uma merecida homenagem a um personagem e militar exemplar, cujos feitos jamais serão esquecidos.
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Livro: UFOs: Arquivo Confidencial
Saiba o que há por trás da política de acobertamento do Fenômeno UFO mantida por nossas autoridades. Esta obra expõe casos ufológicos de gravidade ocorridos no Brasil, que permanecem até hoje sob sigilo. UFOs: Arquivo Confidencial – Um Mergulho na Ufologia Militar Brasileira também mostra os bastidores do Caso Varginha e apresenta as linhas de ação militar para a captura e transporte dos seres extraterrestres, além da intervenção de autoridades norte-americanas no processo. O autor, Marco Antonio Petit, é um dos mais conhecidos e respeitados ufólogos brasileiros, coeditor da Revista UFO há 20 anos e autor de várias obras sobre a presença alienígena na Terra.