Na história dos avistamentos ufológicos a maioria dos relatos fala sobre objetos voadores não identificados que são observados a olho nu ou captados por radares em nossa atmosfera e no espaço. Contudo, há casos que se referem a UFOs não apenas como artefatos aéreos, mas também como aparelhos capazes de entrar e sair de lagos, rios, mares e oceanos. Em alguns casos, eles foram vistos voando pela água e passando sob grandes embarcações comerciais e militares.
Casos envolvendo objetos submarinos não identificados (OSNIs), como são chamados, são relatados em todo o mundo desde há muito tempo. Encontros com naves subaquáticas muitas vezes envolvem fenômenos luminosos, interferências nos meios de comunicação das embarcações e até mal-estar da tripulação, que passa a sentir dores de cabeça, náuseas e até desmaios. Normalmente os sintomas desaparecem após o afastamento do objeto.
A literatura a esse respeito não é tão restrita quanto podem imaginar alguns e há muitos pesquisadores que se dedicam a levantar e registrar acontecimentos de OSNIs. Há muitos livros bons e sérios sobre o assunto, mostrando, inclusive, a ação desses veículos em cenários de guerra, em pesquisas locais ligadas à preservação ambiental e em lendas e histórias de povos antigos da Europa e da Ásia.
OSNIs e a lei do silêncio
Em um artigo anterior falamos sobre a tripulação de um grande cargueiro comercial polonês que teve um encontro com um UFO invisível, que aparentemente teria pousado na área de helicópteros da embarcação, em 13 de junho de 1967. O navio na ocasião, transitava em águas remotas e profundas entre Madagascar e Moçambique. O UFO teria chegado, inclusive, a pressionar a embarcação, afundando-a cerca de quatro metros e meio na água, o que permitiu mensurar seu peso — ou a força aplicada pelo objeto — em aproximadamente 30 mil toneladas.
Depois do ocorrido, já de volta à Polônia, o capitão contatou via rádio o centro de operações da empresa para relatar o acontecimento. Quando os marinheiros finalmente retornaram ao porto de origem, em Gdynia, próximo a Gdansk, foram recepcionados pela Polícia Especial Polonesa, leia-se polícia secreta. Os agentes entraram no navio, interrogaram a tripulação e ordenaram que os tripulantes não comentassem mais sobre o assunto. Tempos depois fomos informados sobre um caso similar. A testemunha desta vez era o capitão britânico de um navio comercial que estava navegando a oeste do Reino Unido em direção aos Estados Unidos, aproximadamente há 25 anos. Quando ele e seus comandados estavam no meio do Oceano Atlântico, foram surpreendidos por um UFO luminoso que pairou sobre a proa do navio, movendo-se em seguida para frente da embarcação.
A nave seguiu acompanhando o navio na mesma velocidade da embarcação durante algum tempo — a tripulação teve a impressão de que o objeto aparecera repentinamente, vindo do oceano. Assim como no caso polonês mencionado, o capitão relatou o caso à sua empresa via rádio. Sua empregadora o mandou mudar de rota imediatamente e manter segredo sobre o evento. Quando chegou ao porto norte-americano de Nova York, os navegadores foram procurados por dois oficiais que os proibiram de falar sobre o que haviam visto. Nos dois episódios, os navios estavam em mar aberto, a muitas centenas de quilômetros de distância da terra mais próxima, o que levanta a possibilidade de que o UFO possa ter emergido do oceano. Além disso, ambas os tripulantes das embarcações usaram o rádio para relatar os objetos aos seus superiores e foram recebidos por autoridades quando aportaram.
Esses casos mostram que as comunicações via rádio vêm sendo continuamente monitoradas por alguma entidade anônima já há muitas décadas. Além disso, sabemos que mais recentemente as autoridades começaram a usar tecnologia de reconhecimento de voz e de escrita para auxiliar processos de monitoramento. De forma surpreendente, muitos relatórios sobre UFOs liberados pela Lei de Liberdade de Informação (FOIA) dos Estados Unidos foram elaborados pela Marinha e não pela Força Aérea, o que indica o conhecimento da existência de objetos submarinos não identificados e a necessidade de um departamento para lidar com a questão.
Bases alienígenas
Alguns pesquisadores também afirmam, com base em informações de militares, que a razão pela qual os UFOs submergem de oceanos, mares e rios é a existência de bases alienígenas submarinas ao redor do planeta. Além disso, viajar por baixo da água pode ser uma maneira mais eficaz de os discos voadores não serem detectados. No livro Alien Investigator [Investigador de Alienígenas. Trafalgar Square Editors, 1999], do pesquisador Tony Dodd, que foi um dos mais reconhecidos ufólogos ingleses antes de falecer, há várias evidências que sugerem a existência de tais bases alienígenas, sendo a maior dela situada no Atlântico Norte, perto da Islândia. O autor se refere a uma série de incidentes ocorridos entre dezembro de 1992 e abril de 1993 envolvendo a Guarda Costeira da Islândia, navios militares e de pesca, embarcações e submarinos de guerra pertencentes à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), além de navios da Marinha russa.
Durante esse período, grandes naves foram vistas submergindo na costa oeste da Islândia. Marinheiros e pescadores relataram movimentos rápidos de veículos não identificados como artefatos submarinos luminosos e grandes triângulos negros do tamanho de campos de futebol, também iluminados e correndo sob a água. Em outro incidente, um navio norte-americano desapareceu de forma misteriosa, fazendo com que toda a frota da OTAN se engajasse na sua busca. Além disso, em 1952, durante o exercício militar denominado de Operação Mainbrace, navios e aeronaves avistaram vários OSNIs no Mar do Norte, em águas escandinavas e bálticas.
Há muitos anos, pesquisadores de Porto Rico têm mostrado que o país é o epicentro de uma vasta atividade extraterrestre, incluindo muitos avistamentos de OSNIs por civis e militares no mar em volta do país, a leste da Ilha Vieques e a oeste da Ilha Mona. Em seu livro Unearthly Disclosure [Revelação Extraterrestre. Arrow Publishers, 2001], Timothy Good diz que o ufólogo porto-riquenho Jorge Martín foi informado por um alto oficial da Marinha dos Estados Unidos, na presença de testemunha, sobre a existência de uma gigantesca base alienígena na região de Mona.
Caso da Ponte do Brooklin
Também há um evento relacionado a OSNIs que provavelmente deve ser uma das mais importantes e bem documentadas ocorrências de abdução alienígena. O caso foi descrito por Budd Hopkins em Witnessed: The True Story of the Brooklin Bridge UFO Abductions [Testemunhado: A Verdadeira História das Abduções da Ponte do Brooklin. Pocket Books, 1996] e envolveu a abdução de uma mulher identificada pelo pseudônimo de Linda Cortile, de seu apartamento próximo à Ponte do Brooklyn, em Nova York, na noite de 30 de novembro de 1989.
O caso começou com a falta de energia naquela área da cidade, o que ocasionou um apagão nas luzes e coincidiu com a ocorrência de falhas nos motores dos carros. O avistamento de um UFO se deu então em volta do edifício de Linda com ela e três alienígenas greys [Cinzas] sendo retirados do apartamento e transportados pelo ar por uma espécie de raio luminoso para uma nave que pairava no lado do prédio. O que torna o caso ainda mais importante é o fato de ele ter sido testemunhado por alguns líderes mundiais e figuras políticas que passavam pelo local em limusines pretas seguindo da sede da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Ilha dos Governadores, um local turístico próximo à Nova York, quando os motores dos seus veículos pararam de funcionar.
Essas ocorrências reforçam o mistério sobre a interação dos sistemas de propulsão dos UFOs com a gravidade e a densidade do a
r. Talvez isso também se aplique também à água, ou seja, UFOs e OSNIs podem não afetar a água ao seu redor
O que nos parece revelador, para efeito deste artigo, é que quando o UFO partiu ele voou baixo sobre a Ponte do Brooklyn e então submergiu nas águas do Rio East, o que também foi visto por pessoas que passavam pelo local. Depois disso, o aparelho começou imediatamente a correr em direção ao mar. Aparentemente, Linda, um importante membro da caravana política e um agente da Agência de Segurança Nacional (NSA) — os dois últimos abduzidos diretamente das limusines —, foram levados para uma praia em outra parte do mundo. Lá, Linda foi encarregada de recolher amostras de areia.
Eles sabiam que não estavam em Nova York porque era inverno naquela época na cidade e a praia onde estavam tinha uma temperatura de aproximadamente 21°C. Esse caso de aparição e abdução foi assistido por dezenas de testemunhas, incluindo pessoas que viram o UFO entrar no rio e seguir em direção ao mar. Igualmente, há muitos relatos de abduzidos que acreditam terem sido levados para bases subterrâneas. Seria o caso de perguntarmos quantas dessas bases eram, na verdade, submarinas e não terrestres como as pessoas pensam.
OSNIs e efeitos físicos
Existem muitos depoimentos de pilotos que descrevem encontros aéreos bastante próximos com UFOs — muitas vezes a distância entre eles é tão pequena que os aviadores esperam que os aviões sejam atingidos por alguma turbulência quando voam na área anteriormente ocupada pelo objeto voador não identificado, mas nunca se registrou qualquer perturbação do ar, o que sempre surpreendeu os pilotos.
Essas ocorrências reforçam o mistério sobre a interação dos sistemas de propulsão dos UFOs com a gravidade e a densidade do ar. Talvez isso também se aplique também à água, ou seja, UFOs e OSNIs podem não afetar a água ao seu redor, com um uso ainda desconhecido das leis da física que nos regem — e se podem se movimentar sem gerar nenhum rastro ou perturbação na água, podem também ser capazes de viajar submersos sem serem detectados, tão facilmente como fazem pelo ar ou pelo espaço.
Outro estranho fenômeno relacionado aos OSNIs diz respeito às rodas marinhas que têm sido testemunhadas por marinheiros e tripulantes há décadas. Esses fenômenos de luz giratórios são vistos no mar perto da superfície ou submersos bem abaixo do nível dos navios em águas tropicais claras. Às vezes se estendem por várias milhas pelo oceano. Alguns pesquisadores sugerem que o efeito é criado por vórtices de energia que estimulam a fosforescência do plâncton em águas quentes.
Mesmo assim, permanece a questão: qual é a fonte desses movimentos espirais? Além disso, há também o relato de uma testemunha que presenciou uma grande nave se movendo lentamente sob a superfície da água. Isso pode ser a fonte de estímulo da bioluminescência do plâncton ou pode, de fato, a própria nave ser dotada de luzes giratórias multicoloridas visíveis sob a água.
Há muito tempo a astronomia defende que para a existência de vida em outros planetas é preciso a presença de água. Atualmente estamos em um estágio de investigações no qual temos notícias regulares sobre a descoberta do líquido no Sistema Solar, em planetas, luas, cometas e até asteroides. Isso valida o trabalho do professor Chandra Wickramasinghe, diretor do Centro de Astrobiologia de Buckingham, no Reino Unido, a respeito da Teoria da Panspermia e da origem da vida na Terra estar ligada à queda de cometas em passados distantes.
Mas se a vida na Terra foi semeada pela colisão de um corpo celeste que carregava água contendo os blocos de construção da vida, então parece razoável supor que o mesmo tenha acontecido em outros planetas e a vida tenha surgido em todos os locais onde houvesse condições favoráveis para a transformação daqueles blocos de vida em organismos mais complexos.
Em 28 de setembro de 2015, a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) anunciou, com bastante euforia, a descoberta de água líquida em Marte. Contudo, há décadas seus técnicos já tinham conhecimento da existência de vastas áreas daquele planeta que continham gelo abaixo da superfície — e o programa espacial Viking, já em 1979, havia registrado vida em Marte, o que foi rapidamente desmentido pela agência como sendo o resultado da contaminação terrestre nos instrumentos.
Acredita-se que em Titan, lua de Saturno, haja um oceano de água salgada com nível de sal similar ao encontrado no Mar Morto. Já em Encélado, sexta maior lua de Saturno, há gêiseres de água que explodem no espaço, possivelmente vindos de um oceano líquido. Também se acredita que em Europa, lua de Júpiter, haja mares líquidos abaixo da superfície congelada, possivelmente aquecidos por ventos vulcânicos e pelas forças gravitacionais de Júpiter, o que aumenta as chances de existência de vida.
A NASA agora planeja enviar sondas para Europa com equipamentos capazes de procurar por sinais vegetais. Será que existe potencial para existência de vida além do nível microbiológico, talvez até de vida complexa, no Planeta Vermelho? Se os UFOs e objetos submarinos não identificados podem voar em nossos oceanos e ter bases submarinas na Terra, não há razão para desacreditar que eles fariam isso também em outros mundos.