A grande dificuldade numa pesquisa fria e racional sobre o Fenômeno UFO é separar a realidade da fantasia, que andam de braços dados neste campo. Estabelecer a fronteira onde a primeira termina e a segunda se inicia constitui, sem dúvidas, o mais complexo trabalho do ufólogo, que não deve ficar demasiadamente preso a realidade convencional, mas também não pode perdê-la de vista. Não se deve conter demais a imaginação, muito menos deixar que ela voe sem freios: o que rotulamos de real e o que denominamos de fantástico estão intimamente entrelaçados em tudo o que se refere a esses enigmáticos Objetos Voadores Não Identificados.
Aqueles que acompanham o trabalho que desenvolvemos no Vale do Bethary, próximo à Iporanga e local de elevadíssima incidência ufológica, sabem que não podemos desprezar qualquer hipótese. Nunca subestimar um depoimento sequer de observação de UFO, por mais fantástico que seja, em busca de uni caminho mais seguro para se entender o comportamento dessas naves e seus tripulantes. No entanto, ao adentrarmos nas questões metafísicas que envolvem o Fenômeno UFO, bem mais subjetivas que a casuística ufológica em si, por exemplo, as coisas podem se complicar, pois passamos a esbarrar em crenças, religiões, conceitos filosóficos e fés diversas. Esses são temas que não se discute, são individuais. Mas, por outro lado, temos que levar em consideração todas as possibilidades sobre os UFOs, e para tanto temos aprofundado nosso trabalho, apesar das óbvias limitações a que estamos restritos, nos chamados assuntos transcendentais. De forma particular, temos nos dedicado a registrar tudo o que possa ser confirmado nesse campo. Temos que “jogar” com o que dispomos: fatos.
O cunho místico que inevitavelmente envolve tudo o que é inexplicável e/ou inusitado, principalmente na questão ufológica, criou uma atmosfera de crença por vezes muito perigosa em torno do assunto. Para muitos, os UFOs e seus Tripulantes são idolatrados quase que como mima religião. Não podemos nem devemos concordai com isso. Coisas materiais, que voam e podem sei fotografadas, que perseguem e até derrubam aviões, que seqüestram pessoas e mutilam animais, têm que ser analisadas sob um ponto de vista objetivo.
A Ufologia está em processo de deterioração por estacionar enquanto o Fenômeno UFO evolui
Mesmo assim, por outro lado, não podemos de forma alguma nos omitir em face aos inúmeros relatos de contatos que pessoas afirmam terem tido e que, em seu contexto, trazem mensagens de extraplanetários. Essas mensagens muitas vezes são de paz, de transformação etc, e são passadas aos contatados de forma paranormal. Se excluirmos esse tipo particular de casuística ufológica, certamente estaríamos subtraindo elementos importantes para a interpretação de todo o Fenômeno UFO.
Testemunhamos no momento uma espécie de deterioração no contexto ufológico mundial, talvez explicável pelo exibicionismo tolo de toda uma cultura. Qualquer que seja a causa (ou causas) desta deterioração, entretanto, a verdade e que estamos bem longe de sabermos o suficiente acerca do que nós próprios, os ufólogos, falamos sobre os UFOs, ainda que tal fenômeno, seja ele o que for, continue a se manifestar e a evoluir de forma contínua e espantosa. Na verdade, parece que os UFOs existem desde sempre… Basta pesquisar a mais remota antigüidade para constatarmos tal realidade: desde os tempos pré-diluvianos os homens se preocupam em anotar o que observam no céu, e desde esta época os homens têm registrado UFOs e ETs em nosso meio ambiente, quase exatamente como competentes ufólogos ou brilhantes cientistas o fariam em nossos dias. Mesmo assim, muitos séculos se passaram e nada existe de realmente novo para nós. O fato é que nosso mundo está num processo de transição rumo ao Terceiro Milênio, o qual, esperamos, nos trará mais entendimento sobre os UFOs e outras matérias vitais para nós, além de mais sensatez e, quem sabe, mais humanidade.
A realidade nos obriga a buscar saídas em todos os sentidos. O caos predomina, e, flexíveis como nos encontramos hoje, vivendo neste mar tempestuoso que é o planeta Terra de agora (e de sempre), agarramo nos à primeira tábua que nos ofereça salvação. Talvez sejam os UFOs essa salvação, como querem muitos dos que militam na área [Editor: podemos ver isso claramente ao analisarmos o comportamento das pessoas que integram os movimentos ditos “contatativos”: a crença em suas realidades próprias e individuais sobrepõe-se à uma realidade coletiva e esmagadora]. Os fatos que ocorrem num paraíso chamado Vale do Bethary, próximo de nossa base de operações, é um conjunto de informações e material humano para fartas pesquisas, que é a razão deste artigo e justifica seu início.
Iporanga é uma cidadezinha bucólica, quase irreal, cercada por bela paisagem, rios límpidos com fundo de pedras, vegetação selvagem, cascatas, serras e muitas cavernas, dentre as quais as mais importantes e concorridas pelos espeleólogos brasileiros. Segundo o Sr. Nadier Jorge da Mota, personagem central de nossas pesquisas no Bethary e pessoa sobre quem o ufólogo Edison Boaventura Júnior já abordou em sou artigo, nesta edição, há seres extraterrestres que “trabalham” por toda esta fantástica região, ora subindo pelos abismos e cavernas íngremes da serra para aparecerem na superfície, quase sempre à noite. Algumas cavernas, principalmente a chamada Água Suja, com um rio interior com cachoeiras e abismos, segundo o Sr. Nadier teriam uma estranha energia. “Ela é milito mais extensa do que se calcula, havendo em seu interior uma vasta rede de túneis que conduzem a um mundo subterrâneo”, garante o contatado.
Cavernas que guardam mistérios e escondem sondas ufológicas no Alto do Ribeira
Existe até uma lenda cuja origem é desconhecida, mas muito curiosa e contada e acreditada pelo povo da região, sobre um matuto que viu uma enorme bola de luz penetrar vagarosamente no interior da caverna Água Suja. O matuto seguiu a tal luz caverna adentro, enquanto a mesma iluminava seu caminho. Aí entrou por um conduto lateral e de repente viu-se diante de uma paisagem campestre com vacas, sol e campos belíssimos. Apavorado, retornou correndo e narrou sua estranha descoberta… Uma coisa sem precedentes fica no ar: que caverna misteriosa é essa, uma “caverna laboratório”, telúrica, feia até, cuja energia provoca dores de cabeça ou outros sintomas em muitas pessoas – até mesmo nas mais céticas? A caverna é cheia ainda de abismos que beiram os 8 metros de altura, indo terminar num rio subterrâneo onde já houve várias mortes. Conta o Sr. Nadier que, nos tempos de escravidão, os escravos eram atirados em um buraco que fica no topo do morro, despencando de uma altura de 150 metros e caindo no interior da caverna. Pesquisadores espeleólogos desceram e vasculharam esse buraco e encontraram, de fato, muitas ossada
s humanas.
Enfim, a melhor forma de definir o Vale do Bethary é usando as palavras do pesquisador Jorge Facury: “o lugar fornece campo para todos os gostos e objetivos, ou seja, pode satisfazer desde o espírito mais místico até o mais positivista; agrada aos esotéricos pela magia ambiental e irradiações sutis, e aos pragmáticos por sua riqueza mineral e ecológica, sem contar a simplicidade do povo e o ritmo lento e saudável que lá encontramos e que não temos em nossas agitadas cidades”. Assim, num lugar como esse, é que encontramos fenômenos ufológicos quase diários, fazendo parte da paisagem e da vida cotidiana de seus moradores. No entanto, e talvez positivamente, o local ainda não possui infra-estrutura para o turismo em massa, o que garante sua preservação. Se isso pode constituir um obstáculo para a pesquisa ufológica, por outro lado garante também que “ufófitos” mais entusiastas e afoitos não depredem o lugar, uma insensatez que muitos espeleólogos que afluem para a região cometem, de forma indiscriminada, chegando ao cúmulo de retirar souvenires das cavernas.
Essa descrição do local é necessária para que o leitor possa acompanhar de forma mais objetiva a narrativa do trabalho de pesquisa ufológica que desenvolvemos em grupo na região. O já bem conhecido do leitor Sr. Nadier tem sido, desde o princípio, nosso guia e anfitrião na serra. Profundo conhecedor da região e de todos os seus mistérios, é descendente direto da índia Bethary, personagem que deu nome ao vale. Vivendo modestamente numa singular casa de madeira construída por ele mesmo, ao lado da esposa e três filhas, sempre recebe a todos que o visitam com caloroso abraço e alegria. Bastante conhecido na região, o Sr. Nadier é lima pessoa muito simples, um personagem que parece recém saído do Antigo Testamento, devido à barba, cabelos longos e grisalhos e sua forma de falar. Mas é a história de seus contatos com extraterrestres que mais impressiona os pesquisadores que lá estiveram. O Sr. Nadier tem um histórico extraordinário de contatos com ETs, seguindo quase que a mesma linha do conhecido suíço Eduard Meier. Depois de seu primeiro contato, com 4 anos de idade, passou a viver uma sucessão de experiências surpreendentes e riquíssimas, mas cine ele próprio trata de forma extremamente simplista, Curado de leucemia por “dois homens igualzinhos, claros, meio acinzentados e muito estranhos, que se vestiam com uma espécie de macacão prateado colado no corpo”, segundo ele, o Sr. Nadier acumula material em sua mente para preencher vários livros de Ufologia.
O “Eduard Meier do interior de SP” é um homem simples que fala de ETs como fala de gente
“Quando tentei contar aos meus pais o que havia acontecido comigo, eles me levaram a benzedores para que tirassem o que estava me perturbando”, repete o contatado quando conta seu primeiro “causo”, “E também comecei a ler e escrever sem nunca ter aprendido, depois de ver aqueles homenzinhos”, conclui. Depois disso, os contatos do Sr. Nadier com extraterrestres foram freqüentes e duram até hoje.
O contatado já foi inclusive levado para dentro das espaçonaves que os ETs pilotavam e chegou a viajar com seus tripulantes. Tais viagens são narradas pelo homem com uma clareza impressionante, e estão exatamente inseridas no padrão de relatos que a Ufologia coletou aos milhares em todo o mundo, nos últimos quarenta anos. O contatado e um homem sem acesso à tal literatura e, embora inteligente e lúcido, dificilmente – segundo nossas várias e insistentes avaliações – poderia ter criado seus relatos. Ufólogos treinados e de diversas correntes de pensamento dentro da Ufologia, que estiveram com o homem por várias vezes, fizeram avaliações semelhantes, sempre com os mesmos resultados, O material coletado com o Sr. Nadier é farto e as experiências vividas por nosso grupo em sua companhia são simplesmente inacreditáveis, como uma que relataremos aqui.
Um dos primeiros episódios que vivemos junto ao contatado ocorreu aproximadamente às 16h00 do dia 7 de agosto de 1990. O Sr. Nadier, eu e nove outras pessoas, entre elas os pesquisadores Mário Jorge Yoppe, Ana Vera e Jorge Facury, estávamos divididos cm dois automóveis dirigindo-nos a um local conhecido por Mirante ou Morro do Castiçal, nome dado pelo próprio contatado, que construiu em seu topo um castiçal de sete hastes em madeira, correspondente ao citado nas Antigas Escrituras [Editor: já descrito no artigo de Edison Boaventura Júnior]. Fomos preparados para uma noite de vigília, mas levamos apenas equipamento fotográfico simples, uma câmara Kodak, embora para fotografar à noite e a grande distância seja necessário um equipamento mais sofisticado. Alguns de nós ficaram na beira da estrada, em seu posto de vigília, enquanto outra turma, incluindo a mim e o Sr. Nadier, entramos numa mata cerrada para estruturarmos nosso posto.
Após uma cansativa subida pelo morro, chegamos a um local que, segundo o contatado, havia sido visitado pelos seres extraterrestres que bem conhece alguns poucos dias antes. Ficamos impressionados com tudo o que víamos e fotografamos o máximo possível, de todos os ângulos desde as encostas íngremes que beiravam um precipício, até a vegetação.
Extraterrestres que coletam vegetação específica na região aparecem com freqüência
No local em que chegamos, havia uma vegetação espessa que parecia queimada, numa cor acidentada e estranha. Coletamos uns gravetos e vimos que os mesmos não foram queimados por fogo: pareciam desvitalizados, como se suas tolhas tivessem sido sugadas. Curiosamente, em meio à esta vegetação morta e cinza havia arbustos viçosos, grandes, assim como pequenas árvores. Nossa primeira pergunta ao Sr Nadier era como aquilo era possível? Por que toda a vegetação não foi atingida? Aquilo era ação dos ETs que ele havia encontrado ali recentemente? Sua resposta foi de que os seres só se interessavam por samambaias e avencas, deixando o resto intacto.
A seguir, subindo um pouco mais, chegamos ao Castiçal, diante do qual o contatado fez uma prece em louvor àqueles que chama de anjos de Javé – um “prato cheio” para o pesquisador J. J. Benítez, que editou um livro a respeito [Editor: Os Astronautas de Javé, editado pela Mercuryo]. Após alguns minutos, tomamos o caminho de volta e, todos muito cansados, inevitavelmente sentimos o retorno ser mais difícil que a ida, sendo que os integrantes do grupo se distanciaram uns dos outros. A noite veio rápida e a escuridão foi total. De um lado e de outro tínhamos a estrada de terra e, na retaguarda, beirando a estrada, um morro. A nossa frente estava o Bethary, e de onde estávamos víamos uma rocha de formato pontiagudo e com uma marca clara que, segundo o Sr. Nadier, fora produzida pelos seres. Após alguns minutos e retomando o fôlego pelas caminhadas, começou então um verdadeiro espetáculo ufológico. Todos nós presenciamos o fenômeno das bolas de luz que, vez ou outra, iluminavam as encostas das montanhas numa trajet&oac
ute;ria irregular, projetando uma espécie de feixe luminoso direcionado para baixo, como faróis de avião. Ora se aproximavam, ora se afastavam de nós. Mas o que mais nos surpreendeu foi uma forte luminosidade que surgiu por detrás das montanhas e que tornou-se visível bem na direção das bolas, só que muito acima delas, alta no céu. Tinha a forma de uma nuvem densa, branca, e a cada 3 ou 4 minutos se iluminava por completo, emitindo raios e mostrando, durante tais explosões de luz, a forma geométrica bem definida de um triângulo.
Vimos um fantástico show de sondas e objetos maiores, direcionando raios luminosos para o chão. Foi um espetáculo que tivemos a sorte de presenciar e que jamais esqueceremos
Seres extraterrestres ora trabalham, ora apenas vigiam o que ocorre nas montanhas
Segundo nosso guia, “naquela noite, os seres não estavam trabalhando, mas apenas vigiando o local. Nos dias em que trabalham, eles costumam sobrevoar a estrada ou surgir por detrás do morro, assustando aqueles que não são da região e não estão acostumados com tais fenômenos”, disse-nos, comprovando ali, naquele exato momento, muito do que ele já nos havia declarado tantas vezes: os UFOs, em forma de sondas e as vezes até naves maiores, estão constantemente em operação pelo Vale do Bethary e todo o Alto do Ribeira. E não é só isso: vários moradores da região testemunham vividamente que já se depararam por diversas vezes, na estrada, à noite, com criaturas estranhas. As declarações invariavelmente dão conta de dois seres exatamente iguais entre si, que caminham pelas estradas e picadas da região e que simplesmente continuam seu caminho sem sequer olhar para os lados ou para as pessoas que os observam. Em muitos poucos lugares do mundo poderemos encontrar uma riqueza de fenômenos ufológicos como aqui – e em menos lugares ainda teremos a chance de confirmá-los como o fizemos nessa primeira vigília, seguida por várias outras igualmente bem sucedidas. Há muito mais o que contar sobre os fatos do Alto do Ribeira, seja sobre os depoimentos do Sr, Nadier, seja sobre experiências estranhas e observações inexplicáveis vividas por nosso grupo (entre outros que lá estiveram). Dariam para preencher muitas edições de UFO, mas o que descrevemos neste artigo já é o bastante para que se tenha lima idéia do que está ocorrendo aqui. Quanto as fotos tiradas em nossa vigília, tivemos uma surpresa ainda maior que com as sondas que presenciamos. Enviamos o filme para revelação na fábrica da Kodak do Brasil, em São José dos Campos, mas nos enviaram uma carta dizendo que. “talvez por engano, havíamos mandado um filmagem para ser revelado… Nada havia nele.” Quando contamos isso ao contatado, ele riu, dizendo que já esperava por isso, visto que até filmadoras falham completamente quando diante de tais fenômenos. Pelo que sabemos, no entanto, o Grupo Ufológico de Guarujá (GUG) e o ufólogo Claudeir Covo tiveram mais sorte do que nós.