Em dezembro de 2017, o jornal The New York Times publicou uma impressionante matéria de primeira página sobre a existência de uma misteriosa atividade ufológica do Pentágono, o Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP). Junto à revelação foram também divulgados ao público três vídeos oficiais de encontros com UFOs reportados por pilotos da Marinha norte-americana. O ex-oficial de Inteligência militar e agente especial que comandou o AATIP, Luis Elizondo, confirmou a existência do programa secreto do governo criado para pesquisar e investigar o que os militares chamam de “fenômenos aéreos não identificados (FANIs)” e a matéria controversa começou a chamar a atenção do mundo [Veja edições UFO 255 e 257, agora disponíveis na íntegra em www.ufo.com.br].
Elizondo renunciou ao seu cargo no Pentágono após expressar ao governo que esses FANIs poderiam representar grande ameaça à segurança nacional e que não estava sendo feito o suficiente para lidar com eles ou com possíveis vulnerabilidades. Agora, como parte da inovadora produção da To The Stars Academy of Arts & Science (TTSA), a série televisiva de seis partes Unidentified: Inside America’s UFO Investigation [Não Identificado: Por Dentro das Investigações Ufológicas dos Estados Unidos], que está sendo exibido pelo canal History, Elizondo vem diante das câmeras, junto do ex-roqueiro da banda Blink-182 Tom DeLonge, cofundador e presidente da TTSA, e Chris Mellon, ex-subsecretário adjunto de Defesa e Inteligência dos Estados Unidos, expor uma série de contatos ufológicos surpreendentes e realizar novas investigações fascinantes que incitarão o público a fazer perguntas e exigir as respostas.
Unidentified revelará evidências e gravações em vídeo recém autenticadas, entrevistas inéditas com testemunhas e ex-militares que nunca falaram antes, além de grandes avanços na compreensão da tecnologia por trás da fenomenologia ufológica. A série tem pretensões de expor o que, por tantos anos, o governo norte-americano escondeu do público — porém, há uma grande chance de esse movimento servir como força motriz incentivadora da abertura ufológica também em outros países, não somente nos Estados Unidos.
O programa secreto
Como é de costume nos Estados Unidos, toda verdade começa a aparecer após algum escândalo midiático. Este começou, como se disse, quando o jornal The New York Times mostrou, em 2017, que um valor de 22 milhões de dólares era destinado ao enigmático e secreto Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP), por meio do orçamento do Departamento de Defesa norte-americano (DoD). Programa esse que, pelas declarações oficiais, teria sido encerrado em 2012. Era assim que o Pentágono queria que parecesse…
Durante anos, o AATIP investigou UFOs, segundo funcionários do DoD, em entrevistas com participantes do programa e registros obtidos pelo The Times. O programa foi dirigido até 2017 por um oficial da inteligência militar, o citado Luis Elizondo, quando então este renunciou por acreditar que o programa não estava dando atenção ao que poderia representar uma grande ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos.
O AATIP começou em 2007 e foi inicialmente financiado em grande parte a pedido do senador Harry Reid, o democrata do estado de Nevada e líder da Maioria no Senado na época — ele há muito tempo tem interesse em fenômenos aeroespaciais não identificados. A maior parte do dinheiro foi direcionado para uma empresa de pesquisa espacial dirigida por um empresário bilionário e amigo de longa data de Reid, Robert Bigelow, que atualmente trabalha com a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) para produzir aeronaves que cheguem à Lua e além. Bigelow é dono, entre outras coisas, de uma rede de hotéis nos Estados Unidos — e é a pessoa que mais investiu recursos para se pesquisar o Fenômeno UFO no mundo.
O ex-roqueiro e hoje “empresário dos UFOs” Tom DeLonge.
FONTE: THE TIMES, LAS VEGAS NOW E SCIENTIFIC AMERICAN
Trabalhando com a empresa de Bigelow, sediada em Las Vegas, o Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP) produziu documentos que descrevem avistamentos de UFOs que parecem se mover a velocidades absurdas, sem sinais visíveis de propulsão e que pairam sem nenhum meio aparente de sustentação. Sob a direção de Bigelow, a empresa modificou seus prédios em Las Vegas para o armazenamento de ligas metálicas e outros materiais que, segundo Elizondo e empreiteiros do programa, haviam sido recuperados de UFOs acidentados — os pesquisadores também estudam pessoas que dizem ter experimentado efeitos físicos nos encontros com UFOs e as examinam em busca de alterações fisiológicas.
“Estamos na posição do que aconteceria se você desse a Leonardo da Vinci um sistema de abertura para a porta da garagem”, disse Harold E. Puthoff, engenheiro que conduziu pesquisas sobre percepção extrassensorial para a Agência Central de Inteligência (CIA) e posteriormente como contratado do AATIP. “Primeiro, ele tentaria descobrir o que é aquela coisa de plástico. Mas ele não sabe nada sobre os sinais eletromagnéticos envolvidos ou sua função”, disse Puthoff.
O programa também estudou vídeos de encontros entre UFOs e aviões militares norte-americanos — incluindo um divulgado em agosto de 2017 de um UFO oval esbranquiçado, mais ou menos do tamanho de um avião comercial, perseguido por dois caças FA-18F da Marinha, a partir do porta-aviões USS Nimitz, na Península de Baja, sobre o mar e nas proximidades de San Diego, em 2004. Por suas incríveis características e mobilidade, este UFO foi apelidado pelos norte-americanos de “Tic Tac”. Experimente o leitor pesquisar no Google as palavras “UFO Tic Tac”.
Durante anos o AATIP investigou UFOs e fez entrevistas com testemunhas. Foi dirigido até 2017 pelo oficial da Inteligência Luis Elizondo, quando então este renunciou por acreditar que o programa não estava tendo a atenção a que deveria
Na ocasião, o The Times conseguiu declarações de funcionários do Pentágono reconhecendo mais uma vez a existência do programa, que começou como parte de uma atividade DoD. Mas as autoridades insistiram que o programa havia sido encerrado depois de cinco anos, em 2012. “Foi determinado que havia outras questões prioritárias que mereciam financiamento, e era do interesse do DoD fazer uma mudança”, disse Thomas Crosson, porta-voz do Pentágono, em um e-mail ao The Times. Não era verdade — Elizondo disse que a única coisa que havia terminado era o financiamento do governo ao AATIP, que secou em 2012.
A partir de então, ele disse em entrevista que trabalhou com funcionários da Marinha e da CIA. Elizondo continuou a operar em seu escritório no Pentágono até outubro de 2017, quando renunciou para protestar contra o que caracterizou como “sigilo excessivo” e “oposição interna” ao programa. “Por que não estamos gastando mais tempo e esforço nessa questão?”, escreveu em uma carta de renúncia ao secretário da Defesa, Jim Mattis. Ele afirmou ainda que o programa — ao qual ele se refere também com o termo “esforço” — continuou e que ele tinha um sucessor, cujo nome se recusou a declinar.
Altíssima credibilidade
O programa coletou gravações em vídeo e áudio de incidentes com UFOs relatados por militares norte-americanos, testemunhas de altíssima credibilidade, incluindo imagens de uma aeronave Super Hornet da Marinha mostrando um objeto voador não identificado cercado por algum tipo de aura brilhante viajando em alta velocidade e girando enquanto se movia. Os pilotos da Marinha podem ser ouvidos tentando entender o que estão vendo. “Há uma frota deles!”, exclama um. Eles apelidaram
este UFO de “Gimbal” por suas características.
Luiz Elizondo, em sua carta de demissão de 04 de outubro de 2017, disse que havia uma necessidade de atenção mais séria para “as muitas ações da Marinha e outros serviços de sistemas aéreos incomuns interferindo em plataformas de armas militares e exibindo capacidades tecnológicas além da nossa próxima geração”. Ele expressou sua frustração com as limitações impostas ao programa, dizendo a Mattis que “ainda havia uma necessidade vital de determinar a capacidade e a intenção desses fenômenos para o benefício das Forças Armadas e da Nação”.
O agente de Inteligência Elizondo, então, juntou-se a Puthoff e a outro ex-funcionário do DoD, Mellon, em um novo empreendimento, o citado To The Stars Academy of Arts & Science [Para as Estrelas Academia de Artes e Ciências, TTSA]. Elizondo disse que esses fenômenos estudados não parecem ter origem em nenhum país, mas que são exógenos à Terra. “Esse fato não é algo que qualquer governo ou instituição deva classificar como secreto para as pessoas”, disse. Então, junto a DeLonge, CEO da TTSA, Elizondo e seus colegas se empenharam em expor esses segredos ao público através de documentários e séries, divulgados pela internet e pelo canal History ao mundo inteiro.
A série da TTSA Unidentified estreou nos Estados Unidos em 31 de maio, logo de cara mostrando em detalhes os três vídeos dos UFOs divulgados pelo Pentágono com diversos depoimentos de pilotos e ex-funcionários do governo norte-americano. Foi sucesso absoluto de audiência — o público esperava com ansiedade a exibição do episódio [Até o fechamento desta edição, a segunda parte da série já havia sido exibida. Assista ambas no Portal da Ufologia Brasileira: www.ufo.com.br].
Empresário dos UFOs
Digite também Tom DeLonge na busca do Google e veja quem é. O ex-roqueiro vocalista da banda Blink 182 é o hoje o “empresário de UFOs”, que você verá como a figura central que deu vida à To The Stars Academy, apesar de seu papel na corporação de pesquisa e entretenimento ter sido subjugado publicamente nos meses que antecederam a estreia de Unidentified — isso incluiu a remoção de alguns vídeos apresentando DeLonge falando sobre a estranha jornada que levou ao estabelecimento da empresa e sua impressionante lista de consultores, bem como impulsionando suas várias iniciativas altamente ambiciosas.
DeLonge definitivamente tem uma das histórias mais fantásticas que já se ouviu sobre como tudo isso aconteceu. Isso envolve sua afirmação de que foi em uma festa que descobriu a Skunk Works, um grupo de pesquisas secretas da empresa aeronáutica Lockheed, onde tudo começou. Essa oportunidade evoluiu para reuniões de alto nível com funcionários da principal empresa de design aeroespacial do mundo e o lançou para um universo supostamente clandestino que faria qualquer escritor de suspense de espionagem corar.
Esta confirmação não vem de fontes não reveladas, mas diretamente da própria Skunk Works. “Tom DeLonge procurou a Skunk Works com interesse em colaborarmos em um documentário focado em máquinas secretas e projetos de desenvolvimento avançado. Vários membros da equipe da Skunk Works se reuniram com DeLonge para explorar sua visão do documentário, como faríamos com qualquer indivíduo ou organização. Mas ele estava interessado em contar a história da Skunk Works e as tecnologias que desenvolvemos, por isso decidimos não avançar com a nossa participação no documentário”.
Chris Mellon, que trabalhou no Comitê de Inteligência do Senado e hoje está na To The Stars Academy
FONTE: US SENATE
Após as reuniões na Skunk Works, DeLonge alega ter se encontrado também com altos funcionários da NASA, da Força Aérea Norte-Americana (USAF), do aparato de inteligência dos Estados Unidos e com alguns dos mais altos escalões da política norte-americana, todos trabalhando em cooperação para fornecer a ele uma equipe altamente qualificada. Ele mostra em seu discurso que observa que o complexo industrial militar foi pintado com cores muito ruins ao longo dos anos, com sua imagem sendo desgastada pela opinião pública — e prossegue explicando como ele e a TTSA poderiam mudar essas percepções e também ajudar com a negação aos UFOs, à medida que as informações que ele recebia avançavam lentamente. Surpreendentemente, diz que os oficiais que concordaram em ajudá-lo pensaram que o momento era o ideal para esse tipo de ação.
Ao todo, pode-se facilmente, se não inegavelmente, ler sua própria história como o governo se reunindo com uma nova plataforma não-governamental de informação que se situa entre crível e questionavelmente confiável e que pode moldar diretamente a percepção do público sobre os fenômenos ufológicos e de defesa nacional. A única maneira de você entender o quão explosiva é a história de Tom DeLonge e da To The Stars Academy é consumindo todo o seu conteúdo. Comece pela série Unidentified.
Elizondo explica Unidentified
Existem UFOs com capacidades extraordinárias em nossos céus, de acordo com Luis Elizondo. No primeiro episódio de Unidentified, ele apresenta testemunhas militares descrevendo naves alienígenas pela primeira vez. Revela como, em 2017, a referida manchete do New York Times chocou o mundo — um programa secreto do governo dos Estados Unidos investigava UFOs oficialmente e o Pentágono confirmou sua existência. Por oito anos o programa foi comandado por Elizondo. “De tempos em tempos, captávamos esses objetos misteriosos operando de uma maneira que desafiava a lógica”, diz em um trecho do primeiro episódio de Unidentified.
Frustrado pelo que ele diz ser um “acobertamento disfarçado” do Fenômeno UFO, Elizondo desabafou: “O espaço aéreo dos Estados Unidos está sendo violado por veículos de origem desconhecida com recursos avançados. Estava ‘chovendo’ UFOs. Coloquei toda a minha carreira e futuro em jogo porque passei a acreditar nisso. Carl Sagan certa vez disse que alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias. Ele estava absolutamente certo, e agora temos provas”, explica Elizondo no episódio.
Unidentified pretende mostrar encontros de pilotos da Marinha norte-americana em 2004 com o objeto apelidado de UFO “Tic Tac”, a incursão de 2015 por múltiplos objetos desconhecidos voando na costa da Flórida, apelidados de “Gimbal”, e um terceiro relato apropriadamente conhecido como “Go Fast”. Dois dos três vídeos foram divulgados em dezembro de 2017, lançados simultaneamente pelo The Times e pela To The Stars Academy. A proveniência dos vídeos tem sido disputada desde então.
O objeto não identificado Tic Tac
“Os vídeos foram divulgados pelo Departamento de Defesa (DoD), que tomou a decisão de liberá-los”, assumiu Elizondo ao repórter George Knapp, âncora do telejornal Las Vegas Now. Knapp lhe perguntou: “Então, alguém deu essa luz verde?” e Elizondo lhe respondeu: “Absolutamente, e não fui eu”. Além dos vídeos citados, a série ainda mostrará outros casos recentes — assim como análises de metamateriais em posse da TTSA e que o público aguarda desde o ano passado pelos resultados prometidos [Veja edição 267. Agora disponível na íntegra em www.ufo.com.br].
No primeiro episódio de Unidentified, Elizondo também mostra sua entrevista com uma piloto de caça da Marinha norte-americana que nunca falou publicamente antes sobre o incidente que viveu. Em 2004, a piloto estava treinando para missões a partir do porta-aviões USS Nimitz, na Península de Baja, na Califórnia. Agora, como oficial de alta patente, mantém sua identidade anônima devido à sensibilidade do que está prestes a dizer. Com o codinome de Wingman, a piloto avisa que ainda tem autorização de segurança e, port
anto, não pode falar sobre nada confidencial durante suas entrevistas. Elizondo também ainda está sob juramento de sigilo, então espera que um testemunho como este force o governo a reconhecer que os UFOs são uma ameaça à segurança nacional e que medidas sejam tomadas.
O programa coletou gravações de incidentes com UFOs relatados por militares norte-americanos, testemunhas de altíssima credibilidade, incluindo imagens de uma aeronave Super Hornet da Marinha mostrando um objeto voador não identificado
A piloto também relata que operava em uma área da Califórnia designada para ações militares com o seu grupo de ataque do porta-aviões. “Tínhamos decolado para realizar um combate prático um contra o outro para ensaiar nossas manobras”. Em 14 de novembro de 2004, ela decolou do USS Nimitz tendo como ala de um segundo jato, pilotado por seu comandante de esquadrão — e logo se viu no meio de um dos encontros com UFOs mais significativos já registrados. “Foi no meio do dia. Normalmente, pilotos de caça são orientados por um avião-radar, conhecido como Hawkeye. Mas os dois FA-18 Super Hornets são repentinamente redirecionados pelos controladores no cruzador USS Princeton”.
E continua seu impressionante relato: “Fomos interrompidos por um controlador do porta-aviões — seu tom era urgente e seus pedidos eram incomuns. ‘Não é mais um exercício, mas uma interceptação de mundo real’, disse. Eu não tinha muita experiência e pensei que talvez fosse tráfego de drogas ou algo assim, vindo da costa do México. Estimei: ‘Nossa, perseguir isso seria legal’. Sem informações sobre o alvo, quando os dois jatos chegaram ao local designado, ficamos confusos. Eu fiquei temerosa. Havia algo na água, uma grande agitação — todos estávamos congestionando o rádio. ‘Você vê aquilo na água.
Que diabos é aquilo?’ Então, uma estranha nave pairou sobre o mar agitado. Não tinha janelas e nenhuma superfície de voo. Era lisa, branca, sem entradas de ar e nenhuma trilha de fumaça. Parecia um Tic Tac gigante.
“Para me deixar apavorada”
Prossegue a hoje militar de alto escalão, ainda sem se identificar: “Talvez tenha uns 12 m de diâmetro, sendo grande o bastante para me deixar apavorada. Foi muito enervante porque era imprevisível demais. Intensas forças gravitacionais, alta velocidade, rápida aceleração e então você só se pergunta: ‘como eu poderia lutar contra isso?’ Não tínhamos nenhuma munição a bordo, a menos que um de nós se choque contra essa coisa, que, do jeito que manobrava, teria sido impossível. Então eu mantive distância”. Wingman deu exatamente estas declarações em entrevista a Elizondo no primeiro episódio de Unidentified. Isso é inédito na história.
Após isso, Elizondo busca o depoimento do comandante de Wingman, o outro piloto no ar naquele dia. O comandante reformado da Marinha dos Estados Unidos David Fravor comandou o esquadrão Black Aces fazendo missões de combate nos céus do Oriente Médio e da África. Portanto, era um veterano de guerra. Ele agora trabalha no setor privado como consultor de aeronáutica. Fravor é de uma estirpe rara, uma das poucas pessoas que corre em direção ao perigo, não para longe dele. Fravor era o oficial comandante de Wingman naquele dia sobre o Oceano Pacífico. “Ele tinha um instinto de combatente, então suas ações não foram uma surpresa naquele dia”, explica Elizondo.
“Devido à aceleração súbita e instantânea, eu queria muito ver o que era aquilo. Se eu pudesse ficar bem acima dele, quase colado, eu o faria. Aquele objeto pareceu reconhecer que estávamos lá e passou de uma altitude muito baixa para manobrar de uma maneira errática, muito rápida para cima”, declarou Fravor na série. E complementou dizendo que ficou pensando que assistiria a um desastre. Pilotar um caça da Marinha é provavelmente um dos trabalhos mais espetaculares que pode haver em todo o mundo — como uma montanha-russa de velocidade extrema. “Eu pilotei aeronaves táticas por 18 anos. Neste caso, voávamos com Super Hornets novinhos em folha. O USS Nimitz, de propulsão nuclear, era o navio principal de um grupo de ataque que incluía os contratorpedeiros USS Higgins e USS Chafee, e ainda o submarino de ataque USS Louisville e o cruzador de mísseis equipado com radar USS Princeton”, declarou no episódio um da série.
O mega porta-aviões USS Nimitz, palco dos cenários com UFOs no Oceano Pacífico
FONTE: US NAVY
Se alguém perguntar a algum oficial militar sênior qual é a joia da coroa do arsenal militar norte-americano, ele diria que era o grupo de batalha de porta-aviões que estava montado naquele dia na costa do Pacífico. “Se tivermos que entrar em combate rapidamente, é provável que seja um grupo de batalha de porta-aviões como aquele, que chegará lá e entrará em ação primeiro. Era um exercício de defesa aérea e estávamos a aproximadamente 100 km da costa, na lacuna entre San Diego e Ensenada. De repente, os pilotos são contatados por operadores de radar do USS Princeton — o controle disse que iriam suspender o treinamento e que teríamos tarefas de ‘mundo real’”, afirmou Fravor.
Os pilotos foram então redirecionados a um novo destino, mas não é dito por quê. Então começaram a ir para o oeste e outro avião do lado esquerdo do de Fravor se apresentou. “Estávamos procurando, mas não víamos nada nos radares. Conversávamos um com o outro tentando entender tudo. O sistema de radar Aegis Spy-1 do USS Princeton é poderoso o bastante para rastrear um objeto tão pequeno quanto uma bola de beisebol a uma altitude de 25.000 m, mas os jatos voavam às cegas. Tentávamos ver o que havia lá, o que já é difícil quando você sabe o que está procurando — e ainda mais difícil quando você não sabe o que está procurando. Então começou a despencar 60, 50, 40, 30, 20… até embaixo. Chegou a um ponto em que não conseguiam nos separar do sinal que o UFO emitia. Eles chamam isso de ‘ponto de mesclagem’, o que significa que você está no mesmo espaço daquilo que está procurando e tem que começar a olhar para fora, porque o radar não pode mais te ajudar”.
Tom DeLonge tem uma das histórias mais fantásticas que já se ouviu sobre como tudo isso aconteceu. Isso envolve sua afirmação de que foi em uma festa que descobriu a Skunk Works, um grupo de pesquisas secretas da empresa Lockheed, onde tudo começou
Em sua poderosíssima entrevista a Elizondo em Unidentified, David Fravor completou sua impressionante declaração: “Então, bem abaixo, no mar, vimos o que parecia um acidente de avião ou um submarino submergindo. Mas o oficial de armas no assento traseiro do meu jato avistou outra coisa. Eu escuto: ‘Ei capitão, você vê?’ E enquanto ele dizia isso, eu notei o Tic Tac. Era branco, não tinha asas, não tinha turbinas. Eu disse: ‘Minha nossa, o que é isso?’ Ele disse: ‘Eu não sei’”. Fravor falou ainda que aquela coisa passava de uma posição a outra instantaneamente, semelhante como se jogasse uma bola de pingue-pongue contra uma parede. E começou a circundá-la. Então o UFO passou a virar à direita e Fravor seguia um padrão de relógio, com o objeto no meio dele — o artefato ainda fazia movimentos erráticos, movendo-se em torno da perturbação na água.
“E eu disse: ‘Ei, eu vou dar uma olhada. Vou lá embaixo’. Conforme descíamos com calma, chegamos perto do objeto, que de repente virou, passou a nos espelhar e começou a subir. Eu disse: ‘Agora ele sabe que estamos aqui’”. O UFO Tic Tac então deixou de planar e subiu agressivamente até a altitude de Fravor, quando houve um pouco de receio. “Ele reagia ao que fazíamos. Eu apontei o nariz do meu caça para onde ele estava e ele subia, então acelerou a uma velo
cidade superior a tudo que eu já vi, cruzando o meu nariz e desapareceu. Fiquei espantado e o controlador de radar do USS Princeton surgiu enquanto fazíamos tudo isso e disse: ‘Senhor, não vai acreditar nisso, mas aquela coisa está no seu ponto de encontro’. O objeto acelerou de uma posição estática e voou quase 100 km em menos de um minuto”.
Mais casos a revelar
Cálculos realizados dão conta de que o UFO Tic Tac voou a pelo menos 8.000 km/h. Era algo que podia acelerar e desaparecer e, em seguida, reaparecer a 100 km de distância. “É de se ficar impressionado e dizer: ‘Nossa, nós não temos isso, e estamos voando em um dos melhores aviões do planeta’ Era um recurso avançado. Não sei de onde vem. Não estou dizendo que é do espaço sideral, mas também não estou dizendo que é daqui”, finalizou Fravor em entrevista para Elizondo no primeiro episódio de Unidentified.
“O Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP) encontrou muitas coisas”, disse o ex-senador Reid. “Isso não foi apenas um caso único do incidente do USS Nimitz. Houve muitos outros que observamos e nós os observamos continuamente”. Os porta-vozes do Pentágono foram confusos sobre a legitimidade dos vídeos e os críticos atacaram a ambiguidade. Mas George Knapp obteve parte da documentação chamada DD 1910 — etapa final em um processo emitido pelo departamento de pré-publicação e revisão de segurança do Departamento de Defesa (DoD).
Houve por parte de Reid a solicitação oficial e específica dos três vídeos do DoD, denominados Go Fast, Gimbal e Flir, que era o nome original do UFO Tic Tac. Algumas informações pessoais nas gravações foram editadas, mas o documento mostra que a autorização para liberação foi concedida em 24 de agosto de 2017. Knapp também adquiriu a diretiva do DoD que explicita como funciona o procedimento de liberação — o formulário mostra que os vídeos foram liberados segundo as regras.
Reuniões a portas fechadas
O senador Reid, que ajudou a iniciar o AATIP, confirmou que há muito mais de onde estes vídeos vieram. “Você não pode simplesmente esconder a cabeça e dizer que essas coisas não estão acontecendo. Temos instalações militares onde centenas e centenas de pessoas estão lá e veem essas coisas”, disse o senador Reid. Sabe-se que os três vídeos — e os pilotos envolvidos nos encontros que as gravações revelam — fizeram parte de várias reuniões a portas fechadas no Congresso norte-americano desde o ano passado. Essa ação contínua é o que levou aos depoimentos impressionantes de tantos oficiais navais que vimos neste último trimestre.
O ex-senador Harry Reid, quem deu as ordens para a criação do AATIP
FONTE: NEW YORK POST
As reuniões no Congresso em curso desde o ano passado foram organizadas por Christopher Mellon, que trabalhou anteriormente para o Comitê de Inteligência do Senado e, como já dito, foi subsecretário adjunto de Defesa para a Inteligência e hoje está com a To The Stars Academy, ao lado de Luis Elizondo e Tom DeLonge. Em recente entrevista para a Fox News, Mellon falou sobre a importância de se evidenciar tudo que está acontecendo acima dos nossos olhos. Veja a transcrição no box da página anterior.
A declaração de Chris Mellon
Nós sabemos que os UFOs existem. Isso não é mais um problema. A Marinha reconheceu oficialmente a existência deles. Pilotos navais na ativa reconheceram publicamente o fato de que eles existem. A questão agora é: por que estão aqui? De onde vêm? E qual a tecnologia por trás desses dispositivos que observamos? Há indicativos de que esses UFOs estão fazendo coisas que este mundo é incapaz de fazer. O incidente do USS Nimitz é um exemplo disso — foi bem documentado por vários radares e pilotos, em plena luz do dia.
Aquele veículo não identificado demonstrou velocidades superiores a 8.000 km/h. Era capaz de pairar 15 m acima do oceano depois de descer quase 25.000 m. Os pilotos que observaram essas naves ficaram perplexos, e isso fica claro em seus depoimentos. Eles estão frustrados e sentem que algo deveria ser feito. Estão muito tristes e esse é o foco da série Unidentified. Estamos dando uma voz aos militares na linha de frente, ajudando-os a espalharem a mensagem. E o nosso país não é o único a ter esses encontros. Conforme as investigações decorrerem ao longo dos seis episódios de Unidentified, apresentaremos informações de um aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que tem tido experiências semelhantes.
São interações entre veículos sob controle inteligente, que são muito sofisticados e operam dentro e nos arredores de instalações militares, daí as preocupações. Os pilotos estão aflitos com possíveis colisões em pleno ar. É uma questão de segurança nacional, pois nossa soberania está sendo violada por veículos de origem desconhecida. Precisamos divulgar e dizer que é um problema, e a única forma de avançar a questão seria pelo lado de fora, levar as informações ao público e ao Congresso. É disso que a Unidentified trata. É com isso que esses pilotos militares estão nos ajudando.