Foi no dia 12 de janeiro de 2008, que a União de Pesquisa Ufológica do Piauí (UPUPI) lançou o projeto Visualize Enquadre e Registre (VER). Como ponto de partida o local escolhido foi o município de Miguel Leão, a 89 km da capital do Piauí, Teresina. Por ser uma região de uma onda ufológica sem precedentes, o grupo articulou-se para dar início a um projeto dentro da Ufologia Nacional. Pelo menos ainda não se tem noticias de que ocorra um projeto como esse em outras regiões. Sessenta anos se passaram desde que a Ufologia passou a ser estudada oficialmente. Muitas entidades, milhares de grupos foram formados ao redor do mundo na tentativa de encontrar respostas concretas e definitivas. Centenas de livros lançados, projetos abertos e secretos foram articulados com objetivos claros e também obscuros. Mas será que se tem feito muito pela Ufologia de nosso País? Surgem constantemente movimentos pedindo a abertura dos registros militares sobre a fenomenologia ufológica. Será que irão conseguir mostrar o “mapa da mina” quando o assunto é considerado altamente secreto e de segurança nacional? Com certeza o que virá ao público é apenas paliativo.
Pensando nisso e com um olhar muito além do que os grupos normalmente costumam fazer numa pesquisa de campo com entrevistas, coleta de materiais e vigílias, a UPUPI articulou-se para habilitar moradores e testemunhas de contatos a fazerem registros ufológicos, pois entendem que estes estão mais próximos dos acontecimentos. Normalmente pesquisadores permanecem pouco tempo no local, e o possível registro torna-se como premio lotérico. O projeto é gradual, ou seja, existe todo um processo construtivo entre o grupo e o escolhido. As etapas foram consolidadas com experiências locais para descartar fenômenos naturais e outros que tem explicação. Outro fator condicionante foi o vínculo de amizade e confiança, o que assegura um resultado positivo e livre de interferências externas.
O material cedido pela UPUPI consta de uma máquina fotográfica automática, uma bússola, lanterna e caderno para anotações com um esboço preliminar de registro. Orientações foram dadas para melhor aproveitamento da possível prova material dos avistamentos, entre elas o reconhecimento geográfico da área de observação para traçar rotas do UFO. Seguindo as fases que foram dadas pela equipe envolvida, a UPUPI espera romper esse círculo vicioso do pós-contato, onde sempre os entrevistados narram suas experiências com o fenômeno. Com um representante habilitado numa região com possibilidades de registros, todos os envolvidos no município ou localidade serão alvos de investigação. O material que for coletado seja na forma escrita ou película fotográfica, vai facilitar como provas reais do que de fato vem acontecendo no lugar.
Essas informações prevêem alimentar dados estatísticos e estudos mais aprofundados sobre os acontecimentos ufológicos que vem se manifestando no Estado. O esforço por parte da UPUPI tem sido enorme, principalmente por trabalhar com os escassos recursos, a ausência de patrocínio para a união é ainda um grande obstáculo na realização dos projetos.