Há quase 70 anos, desde que os discos voadores ganharam as manchetes do mundo e passaram a ser vistos como algo tecnológico e não mais como um fenômeno celeste inexplicado, milhões de pessoas ao redor do planeta se dedicam a pesquisá-los e a buscar provas contundentes de sua existência. E quem acompanha o desenvolvimento da Ufologia Mundial sabe que de tempos em tempos surgem pessoas que parecem ter nascido para tirar o assunto da categoria de lenda urbana e não deixá-lo morrer ou ser engolido pelas manipulações governamentais.
Em todos os ramos do conhecimento e em todas as atividades humanas, vez ou outra nos deparamos com pessoas que desde muito jovens sabem exatamente o que querem fazer na vida, que profissão seguir e a que assuntos se dedicar. Não é diferente com a Ufologia — também nesta área sempre houve grandes pesquisadores cujos espíritos e mentes parecem ter sido moldados, desde o berço, para mergulharem no mistério dos discos voadores. Nosso entrevistado desta edição, um dos maiores ufólogos do planeta, é uma dessas pessoas, cujo fascínio pelos mistérios fez com que, aos 12 anos, já se correspondesse com vários pesquisadores famosos e atuasse no meio ufológico como adulto.
Roberto Pinotti nasceu em Veneza em 1944, quando seu pai se encontrava na Marinha italiana. Era o fim da Segunda Guerra Mundial, época difícil para toda a Europa, destruída e assustada pelo violento confronto. Como parece ser comum nos casos das pessoas que nascem com um papel determinado a cumprir, um guia, guru ou mestre —chame-o como quiser — sempre está presente para orientar os primeiros passos do caminho. No caso de Pinotti foi sua avó paterna, Emma, quem desempenhou esse papel, esclarecendo-o sobre os mistérios do mundo.
Pioneiro da Ufologia na Europa
Considerado o maior pioneiro da Ufologia na Europa e um dos poucos em todo o mundo que persegue o assunto desde o início da Era Moderna dos Discos Voadores, em 1947, Pinotti graduou-se em ciências políticas e sociologia pela Universidade de Firenze e em administração de empresas no Instituto Superior de Economia e Gestão Empresarial de Lugano, na Suíça. Ele trabalhou como sociólogo e técnico na Agência Espacial Italiana (ASI) e na Agência Espacial Europeia (ESA). Durante todo esse tempo, nunca parou de pesquisar e escrever sobre Ufologia — hoje ele tem mais de 50 títulos publicados em vários idiomas e é reconhecido até nas ruas por onde anda, em qualquer lugar de seu país.
Correspondente internacional da Revista UFO desde os anos 90, Roberto Pinotti é dirigente do Centro Ufologico Nazionale (CUN), a maior entidade de pesquisa ufológica da Itália, e editor das revistas UFO Notiziario e Archeomisteri. Ele ainda teve reconhecida participação nas atividades do Projeto SETI, o programa de busca por vida extraterrestre inteligente. Pinotti coordena, há quase 20 anos, importantes simpósios científicos em seu país e na República de San Marino, entre eles a série Congresso Internacional sobre Objetos Voadores Não Identificados, ocorrida anualmente em San Marino. Ele também coordenou o I Simpósio Internacional de Exobiologia, Ufologia e Exopolítica, realizado na Universidade da Calábria, em outubro de 2006, contando com a presença de mais de 40 conferencistas de vários países, entre eles o editor de Revista UFO A. J. Gevaerd.
Grande multiplicidade
O pesquisador é um dos mais requisitados conferencistas internacionais na área ufológica, viajou por todo o mundo participando de eventos e já esteve várias vezes no Brasil, como no IV Fórum Mundial de Ufologia, em 2012. Ele escreveu dezenas de textos explicativos e enciclopédicos sobre Ufologia, publicados na Espanha, Romênia, Alemanha e Estados Unidos. Pinotti escreveu artigos para a UFO abordando temas como religião, casuística e folclore, nos quais fez uma análise da multiplicidade da manifestação alienígena no planeta desde os tempos bíblicos. É dele, também, o livro OSNI: Objetos Submarinos Não Identificados, lançado pela Biblioteca UFO em 2008 [Código LIV-022. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br].
Defensor ferrenho da Teoria dos Antigos Astronautas, Pinotti precedeu o próprio escritor suíço Erich Von Däniken em alguns anos, afirmando que os deuses da Antiguidade não passavam de astronautas mal interpretados pelos povos de então. Não por acaso, ele é considerado o mais sério, dedicado e representativo ufólogo italiano, tendo, inclusive, sido citado em questões parlamentares do Governo de seu país — o Estado Maior da Defesa italiano lhe cedeu dossiês ufológicos militares, abrindo diálogo com o pesquisador em 1978. Acumulando viagens a mais de 30 países dos cinco continentes, sempre tratando de Ufologia, ele agora fala aos leitores da Revista UFO.
O senhor foi um ufólogo muito precoce, autodidata ainda em tenra idade, aos 12 anos. Poderia nos falar um pouco sobre sua infância e sobre como nasceu seu interesse pelos mistérios do universo?
Bem, eu nasci em Veneza, em 1944, mas sou florentino por adoção. Existe muita diferença de idade entre mim e meus irmãos, o que me transformou quase em filho único e eu tive como indiscutível mentora minha avó paterna, Emma. Uma mulher frágil e doente, mas longeva, autodidata, culta, poliglota e grande apaixonada pelo desconhecido. Zoófila, ecologista, espiritualista convicta e forte radiestesista com alguma capacidade mediúnica, ela escrevia poesias e se ocupava muito com o estudo do espiritismo e da parapsicologia, yoga, história das religiões, mistérios arqueológicos do passado Atlante e, também, discos voadores. Ela colecionava os artigos de jornais que falavam a respeito e eu devorava tudo aqui. Os temas que ela tratava, em especial Ufologia, me fascinaram desde criança.
Assimilação e memória
São todos assuntos encantadores para uma criança com a idade que tinha.
Ah, sim! Eu era, naturalmente, fascinado por tudo aquilo e me tornei uma esponja para tais assuntos, cativado pelo fascínio do insólito e desenvolvendo uma inusitada capacidade de assimilação e memória. Tanto é que, na escola, sempre me bastou ouvir — eu quase não estudava em casa, mas sempre me saía bem no colégio. Desde pequeno estudei em um convento de freiras inglesas, onde me ensinaram as primeiras palavras daquele idioma. Eu sabia ler e escrever antes de entrar na escola. Lia quadrinhos um depois do outro, de Topolino a Flash Gordon, mesmo em inglês, e livros em grande quantidade. Lia romances de aventura de Dumas e Walter Scott aos de Júlio Verne e H. G. Wells, além de textos de divulgação de ciências, história e geografia. Minha avó me fez iniciar, e eu consegui terminar, uma instrutiva coleção de 600 figurinhas ilustradas de animais. A zoologia não teve mais segredos para mim, a começar pelos dinossauros. Eu entendi que o homem não é, com certeza, superior aos animais. Foram eles os meus primeiros alienígenas.
Compreendi imediatamente que a religião é feita pelo homem e foi assim que logo me libertei de qualquer forma de integralismo. Quando eu fiz a primeira comunhão já havia lido o Antigo e o Novo Testamento e alguma coisa do Budismo.
Isso reforça a importância de bons estímulos na infância, algo que todos os educadores pedem aos pais que façam.
Sem dúvida. Devo acrescentar que, aos quatro anos, estive à beira da morte em decorrência de uma peritonite perfurada e, com isso, tive maior acompanhamento em relação às outras crianças da minha idade. Fiquei com a saúde fragilizada por um bom tempo e, ainda que meus pais, infelizmente já falecidos, nunca tenham me deixado faltar livros e carinho, minha avó fez de tudo para estar sempre presente, até mais do que minha própria mãe Lia, cuidando muito bem de mim. Meu pai, Riccardo, era funcionário do Ministério do Interior e trabalhava demais, logo, não estava sempre presente.
“Talvez fosse um marciano”
Sua primeira lembrança do interesse por Ufologia vem de quando?
É uma recordação nítida, ligada à figura de meu pai. Era 1952 e eu tinha oito anos. O Radiosera, um jornal radiofônico popular da Rádio Audiziones Itália (RAI), estava dando naquela época a notícia de que um homem chamado Giampiero Monguzzi havia visto e fotografado um disco voador e seu tripulante sobre os Alpes de Bernina. O caso mais tarde provou-se uma falsificação, mas rendeu muito noticiário na época. “Talvez fosse um marciano”, disse o comentarista da RAI. Pedi orientação ao meu pai, que me levou até a sacada e me mostrou as estrelas, indicando-as: “Se os marcianos existem, são habitantes de um daqueles pontos de luz suspensos no céu, que você pode ver. Alguns são como o Sol, outros como a Terra, se bem que diferentes”.
E qual foi sua reação à explicação de seu pai?
Aquilo me iluminou. Em um segundo, entendi a Revolução Copernicana e o pensamento de Giordano Bruno, autor de De l’Infinito Universo et Mondi [Do Universo Infinito e Mundos, 1594] e que foi queimado vivo na fogueira da Inquisição por volta de 1600. Dois anos depois, em 1954, Florença foi visitada pelos discos voadores durante uma partida de futebol entre Fiorentina e Pistoiese, que acabou interrompida — isso se deu justamente durante grande onda ufológica italiana de 1954. Os UFOs lançaram sobre a cidade uma espécie de algodão, que depois foi analisado na universidade local. Aquilo ficou chamado em Ufologia, mais tarde, como “cabelo de anjo”. Os jornais não falavam de outra coisa e, naturalmente, aquilo me impactou muito.
Perceber o universo como infinito com tão pouca idade é algo extraordinário. Isso de alguma forma afetou sua criação ou formação religiosa?
Sim. Antes da última guerra, minha avó materna, Rosa, viúva e desiludida por ter sido molestada por um padre, filiou-se à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Deixando de lado a patética e sectária intransigência de certas denominações protestantes, compreendi imediatamente que a religião é feita pelo homem e foi assim que logo me libertei de qualquer forma de integralismo. Quando eu fiz a primeira comunhão já havia lido o Antigo e o Novo Testamento e alguma coisa do cânone budista, do Bhagavad Gità hindu e dos versos do Alcorão. Eu era, e ainda sou, alguém que crê em Deus. Estou convencido de que a reencarnação é cientificamente certa e respeito a religião em que nasci. Mas considero a Igreja uma simples estrutura de poder secular e sujeita a erro. Com os cabrestos impostos aos meus amigos de catecismo, para mim eles eram como micos amestrados.
E o senhor continuou acompanhando o tema dos discos voadores?
Sim, de todas as formas que podia. A TV era algo para poucos em 1954, mas minha avó me fazia ouvir o rádio e me levava ao cinema todas as tardes, por que meu pai, que na época trabalhava na Prefeitura de Florença, tinha a carteirinha de cinema gratuito para duas pessoas. Apaixonei-me por filmes de todos os tipos, inclusive pelos de ficção científica, como Rocketship X-M [1950], The Thing From Outer Space [1951], Guerra dos Mundos [1953], O Planeta Proibido [1956] e muitos outros. Com pouco mais de 10 anos de vida, eu já tinha conhecimentos culturais e científicos bem superiores aos garotos da minha idade, tanto que o médico da nossa família ficava assustado e queria que eu fizesse um encefalograma para saber se estava tudo bem comigo. Obviamente estava. Um dia meu pai me levou a uma livraria no centro de Florença, chamada Marzocco, e me disse para escolher um livro em inglês. Eu escolhi The Case For The UFO [O Caso dos UFOs, Bantam Books, 1955] de Morris K. Jessup. Eu tinha 12 anos nessa época. O livro continha também indicações e dados úteis sobre o tema ufológico em vários países.
Onda ufológica de 1954
E depois do livro, o que houve?
Eu comecei a escrever a ufólogos do exterior, para dar e pedir informações a respeito de casos ufológicos em seus países. Todos me respondiam, sem, naturalmente, perguntar minha idade. E comecei a reunir dados, livros, jornais, revistas… Um dia, em Florença, na casa de Zoe Alacevich Borelli, uma excepcional sensitiva, conheci o cônsul Alberto Perego, o diplomata que havia formado o Centro Italiano de Estudos de Aviação Eletromagnética de Roma, logo após a onda ufológica de 1954. Ele próprio tinha testemunhado um grande avistamento naquela cidade.
Em que ano o senhor o conheceu Perego?
Foi em 1958. Imagine, ele conversando comigo, apenas um garotinho de 14 anos. Perego não acreditava no que seus olhos viam. Mostrei-lhe que me correspondia em inglês com grupos ufológicos e aficionados de vários países, incluindo aqueles além da Cortina de Ferro. Eu usava o inglês e o esperanto, língua artificial então em voga no Leste Europeu e que eu havia aprendido em um mês, e, assim, o cônsul me envolveu no seu Centro de Estudos para ter certos contatos por carta.
Que tipo de contatos?
Com várias pessoas e associações dedicadas à Ufologia. Escrevi meu primeiro artigo em inglês sobre UFOs na Itália como correspondente para o Luforo Bulletin, uma publicação mensal do grupo London UFO Research Organization [Organização de Pesquisas Ufológicas de Londres. Hoje o grupo chama-se British UFO Research Association, ou Associação de Pesquisas Ufológicas Britânica (Bufora)], em 1962. Logo depois escrevi outros artigos para revistas ufológicas internacionais, da britânica pioneira Flying Saucer Review, de Gordon Creighton, à norte-americana Flying Saucers, de Ray Palmer. Graças ao cônsul Perego, iniciei contato por carta com George Adamski, nos Estados Unidos, e nos tornamos correspondentes. Depois, em 1963, Perego foi para o Brasil dirigir o consulado italiano em Belo Horizonte. E por isso, na Itália, sua função vital de agregador de apaixonados por discos voadores se tornou menor.
O que pode nos falar sobre o Centro Ufológico Nacional (CUN), do qual o senhor foi fundador?
Bem, nós decidimos criá-lo em 1965. Acertamos tudo em um congresso organizado pela revista Clypeus, de Gianni Settimo, da qual eu era colaborador. Em 1967, o CUN foi constituído legalmente. Com o secretário-geral, Giancarlo Barattini e o grande amigo de Perego e nosso primeiro presidente Mário Maioli, realizamos nosso primeiro Congresso Ufológico Nacional, na cidade de Riccione, onde atuei como porta-voz da entidade. Isso me abriu as portas do conselho diretivo e me foi confiada a revista interna do CUN, Notiziario UFO, que dirijo até hoje. Naquele mesmo ano, com Maioli, representei a entidade no Congresso Mundial de Ufologia da cidade de Mainz, na Alemanha. Lá conhecemos o cientista alemão e “papa” da astronáutica, Hermann Oberth e nos aproximamos de Lynn Catoe, uma fascinante funcionária da Divisão de Ciência e Tecnologia da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, encarregada de preparar um relatório sobre Ufologia para a Força Aérea Norte-Americana (USAF), no qual deveria incluir dados de outros países — nós lhe fornecemos dados e informações de extrema importância.
Moralização
E depois disso, como as coisas foram se desenvolvendo no CUN, que, se não me engano, é o maior centro de pesquisas ufológicas da Europa, não é?
Sim, é. Bem, desde então, o CUN, por ser uma entidade apartidária de estudo, informação e sem fins lucrativos, se transformou em referência para a Ufologia Italiana. Tivemos quatro congressos nacionais memoráveis, em 1967, 1977, 1984 e 1991, com uma gratificante apresentação do professor Joseph Allen Hynek, do Center for UFO Studies (CUFOS). No CUN nós tivemos, e ainda mantemos, proveitosas relações com instituições, políticos e cientistas de todo o mundo, além de sustentarmos uma sistemática moralização do setor. Também desmistificamos todo o tipo de fraude de origem mítica, mística ou sensacionalista. Enfim, são quase cinco décadas de imagem positiva.
Tudo foi assim tão simples no desenvolvimento e trajetória da entidade?
Sim. Nós trabalhamos muito e também contribuímos mais para a divulgação do assunto do que muitas outras entidades, além de atuarmos em inúmeros segmentos, a começar por determinadas áreas da Inteligência italiana, a quem nossos serviços e informações sempre foram úteis. Eles, por sua vez, com frequência nos têm dado muitos aborrecimentos direta ou indiretamente — são infiltrações em nossa entidade, imposição de obstáculos, ataques e até mesmo sabotagens eletrônicas. Mas ainda estamos aqui…
Vamos explorar um pouco mais este assunto. O senhor é um homem muito conhecido, respeitado e, além de ser porta-voz de todos os ufólogos italianos, sempre combateu o silêncio e a desinformação na área ufológica. Que preço pagou por isso?
Um preço muito elevado. Imagine que nos anos 90, aos 45 anos de idade e após 20 anos de trabalho em uma empresa, uma situação me fez perder o emprego. Meu empregador queria que eu me calasse sobre os UFOs. Como não o fiz, fui demitido. Mas ele não só não conseguiu me calar como, em alguns aspectos, me libertou. Além disso, certas outras forças não conseguiram me atingir, mesmo depois, quando em um contexto bem diferente, se valeram de traição, mentiras, patifaria e sensacionalismo para combaterem a mim e ao CUN. Elas queriam, sobretudo, tirar minha legitimidade, chegando a fantasiar histórias que envolviam entes ocultos e serviços secretos que, como nós, também sempre combateram. A essas forças, eu e o CUN damos mais do que simples aborrecimentos, e isso já nos foi dito na cara de seus representantes, sem meias palavras. Apesar de tudo, minha vida é empenhada no trabalho e divulgação da Ufologia, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Tudo isso é, realmente, muito trabalhoso.
O senhor recebe ameaças?
Com certeza, e tenho prova de todas. São grampos em meus telefones, ligações e cartas ameaçadoras e caluniosas, sabotagens eletrônicas etc. Mas nem eu e nem minha esposa, Lídia, nos importamos mais com isso. Recentemente clonaram meu perfil no Facebook para adquirir informações das mais de 1.700 pessoas que estavam em minha página. Temos visto pessoas, maduras ou mais jovens, a quem demos nossa confiança e amizade se transformarem em grandes traidores. Com certos sujeitos, não é difícil estabelecer o preço da traição. Mas está bem assim. O problema, no fundo, é dos outros, não meu.
O senhor diria que estas atitudes que descreve têm algo a ver com sua posição firme quanto à questão ufológica?
Sim. Quem tem ética e persegue resultados justos e corretos, mesmo em confronto com outros interesses, não pode temer nada e se sente, de qualquer maneira, sempre combatido. Além disso, os UFOs têm um profundo significado, todo próprio, bem além das aparências. É necessário ter firmeza para perseguir este tema.
Sempre fomos visitados
Que significados seriam esses?
Cultural, espiritual e eticamente, o tema UFO se mescla de forma interdisciplinar aos mistérios da história, aos anacronismos arqueológicos e à parapsicologia. Indiscutivelmente, a aceitação de que não estamos sós no universo e de que sempre fomos visitados por outras inteligências abre horizontes infinitos. A história passa a ser vista, então, com uma ótica diferente. Eu deixo isso bem claro em meus livros Angeli, Dèi, Astronavi [Anjos, Deuses e Espaçonaves, Edições Oscar Mondadori, 1991] e Dei Dallo Spazio [Deuses do Espaço, Edições Oscar Mondadori, 2004]. Nós sempre fomos visitados por seres espaciais superiores que nos orientaram no sentido do bem, desde o povo sumério ao hebraico, passando pelos egípcios, os hindus e povos pré-colombianos. Certas comparações angelicais, desde a teofania no Sinai até as visões de Ezequiel e Elias, e também as recentes aparições marianas — como, por exemplo, a aparição de Fátima, com mais de 70 mil testemunhas —, se fossem desmistificadas, ressurgiriam como fenômenos ufológicos autênticos. Portanto, a história do planeta, em especial a religiosa, tem que ser reescrita.
Realmente, os registros ufológicos interpretados até hoje como fatos religiosos são muitos e estão por toda parte…
E não é só isso. Como tive que me aprofundar em trabalhos de campo pela Índia e Paquistão, vi que as tradições indo-arianas ancestrais e vários textos da Índia antiga comprovam a existência histórica dos vimanas, o carros voadores dos deuses, os antigos reis da Índia proto-histórica. Eram aparelhos tecnológicos análogos aos atuais UFOs. É certo que os antigos deuses eram, de fato, extraterrestres. Seres que estão aqui hoje, como estiveram ontem. Além disso, pessoas de pensamento livre no curso da história, inclusive de escolas iniciáticas, sempre apontaram para esse caminho. Há um texto maçônico de 1823, o A Antiguidade da Maçonaria, escrito pelo inglês Thomas Olivier, que diz que os conceitos de liberdade, igualdade, fraternidade e tolerância “já estavam presentes em outros sistemas estelares antes da criação do globo terrestre”. É uma velha declaração com mais de 190 anos que nos faz pensar, considerando as atuais perspectivas de um universo habitado.
Com tantos anos de presença alienígena na Terra, a que o senhor atribui o fato de ainda não ter havido um contato em massa conosco?
Por que, como já foi destacado por Carl Gustav Jung, se nos pegassem despreparados, isso nos desestruturaria. E, depois, nós não somos muito confiáveis — nossos telejornais são nossos piores cartões de visita. Além de não sermos confiáveis, somos violentos e perigosos, e ainda por cima não conseguimos resolver os problemas decorrentes da exploração do homem pelo homem. Estamos divididos em tribos, clãs e bandeiras que não nos representam muito bem. Temos bem pouco a oferecer a seres avançados e superiores com milhares, ou talvez milhões, de anos de civilização à nossa frente. O contato ocorrerá quando, e se, estivermos maduros e prontos. E ainda não estamos.
Muito se fala que as superpotências, principalmente os Estados Unidos, temem um contato aberto com outras espécies cósmicas. O senhor acredita nisso?
Sem dúvida. Principalmente os Estados Unidos, e sua tão falada Nova Ordem Mundial, temem perder sua liderança global. Um contato com seres superiores os reduziria a apenas mais uma nação entre as outras. Após o pacto de silêncio e do acobertamento que foi feito por meio dos serviços de Inteligência, os norte-americanos estão difundindo uma mitologia infundada de que os alienígenas são maus, hostis, monstruosos, que sequestrariam como predadores os seres humanos para detestáveis experimentos biogenéticos. Tudo isso com o objetivo de reunir a raça humana sob as asas de Washington, entendida como a polícia e a autoridade mundial capaz de nos proteger de intrusos indesejáveis. De fato, é uma causa infundada, mas uma política eficaz, fundamentada sobre nosso medo do desconhecido.
Falsas memórias nas mentes
Então, em sua opinião, as abduções alienígenas não são reais?
Não como são mostradas. Há um programa de abduções feito por militares nos Estados Unidos que inclui testes voltados para técnicas de controle mental, ligado ao clandestino projeto MK Ultra, da Agência Central de Inteligência (CIA). Esse programa se dedica a imprimir falsas memórias nas mentes de alguns indivíduos, supostamente raptados, como se o sequestro tivesse sido feito pelos grays [Cinzas], o que torna a mitologia viva. Por sua vez, um saudoso amigo e autoridade no assunto, como o psiquiatra da Universidade de Harvard, John Mack, falecido há alguns anos, via nos intrusos alienígenas e nas limitadas experiências de abdução indícios de que a intenção seria a de elevar-nos interiormente como espécie, transformando o bruto ser humano terrestre em um homem cósmico.
O senhor poderia nos falar mais sobre o assunto? Isso parece bem interessante.
Veja, os grays sequestradores, os reptilianos monstruosos e hostis e os míticos e inumanos insetoides fazem parte de uma mitologia falsa, inventada, sem qualquer documentação que a comprove, criada certamente pela Inteligência norte-americana para fazer terrorismo psicológico. Isso garante sua posição e o estado atual das coisas, mexendo com nossos medos. A criação de um inimigo externo, um fato clássico em todos os governos autoritários, é um expediente necessário para quem tem, até agora, desenvolvido um acobertamento sobre os UFOs. Tal acobertamento foi fundamentado primeiramente sobre a lógica do supersecreto e pelo descrédito, e agora está baseado na desinformação. Mas tudo isso está sendo derrubado. As pessoas não podem ser enganadas para sempre.
O que o senhor pensa sobre os aliens?
Eu acredito que não temos que temer os alienígenas mais do que a nós mesmos. Aliás, talvez tenhamos a ganhar com eles. O cenário fornecido pelos contatados genuínos é, no fundo, mais positivo e plausível do que se pode acreditar. Entre 1963 e 1965 eu me correspondi com George Adamski em seus dois últimos anos de vida. Adamski era um sensitivo não declarado e havia profetizado que eu iria “tomar o lugar de Perego na Itália”. Com o tempo, de fato, as coisas ocorreram assim. Seria mesmo uma coincidência? A visão positiva e espiritualista de um determinado tipo de contatismo é, de qualquer maneira, coerente com o fato de que vários governos abram hoje seus arquivos oficiais sobre UFOs — a exemplo de como fez o Brasil. E também com o significativo e positivo posicionamento do Vaticano a respeito de ETs, expresso primeiramente pelos padres Francis Connell e Domenico Grasso e, mais recentemente, pelo monsenhor Corrado Balducci e pelo jesuíta José Gabriel Funes, diretor da Specola Vaticana [Observatório do Vaticano].
Mantemos proveitosas relações com instituições, políticos e cientistas de todo o mundo, além de sustentarmos uma sistemática moralização do setor. Também desmistificamos todo o tipo de fraude de origem mítica, mística ou sensacionalista.
E o que dizem estes religiosos?
Conforme afirmou San Pio de Pietralcina, “os alienígenas estão sobre nós e olham por nós”. A teologia católica diz que eles devem existir, por que o fato de não existirem seria contrário ao conceito da onipotência criadora de Deus e da criação contínua. Funes concluiu que o universo fervilha de vida e que encontraremos os extraterrestres mais cedo ou mais tarde — e eles serão considerados nossos irmãos. Isso não se coaduna, certamente, à temorosa, mas eloquente, posição do agnóstico professor Stephen Hawking, que contesta tal cenário.
O senhor já teve algum avistamento de disco voador ou contato com ETs?
Sim, tive avistamentos em quatro diferentes ocasiões. O primeiro em 1963, sozinho, em Florença. Depois em duas ocasiões em 1978, no ano da maior onda italiana, enquanto estava nas imediações de Perúgia com outras 10 pessoas, entre as quais, um professor universitário. E em 1997, no México, com um repórter da televisão suíça, quando estávamos na casa de um importante contatado local. Foram avistamentos prolongados e em um caso também documentado por uma foto noturna, cuja aparição foi verificada por várias testemunhas. Vivi também uma memorável situação em Hessdalen, na Noruega. Aliás, uma das mais belas experiências pessoais, além de uma quinta experiência, que não se refere exatamente ao avistamento de um UFO, mas que eu definiria como a mais importante, ainda que fosse no âmbito de um contato.
O senhor denunciou na Itália, por mais de uma vez, movimentos de falso contatismo, mas o senhor mesmo foi protagonista de experiências do gênero?
Sim, sem contar meu envolvimento indireto no Caso Amizicia [Veja edição UFO 171, texto Uma Extraordinária História de Relacionamento e Amizade com Alienígenas. Agora disponível na íntegra em ufo.com.br]. Coube a mim, naquele tempo, dialogar com um piloto alienígena adolescente canalizado por um grupo de contato ao sul de Senese. Na ocasião, recebemos a informação antecipada de que na então União Soviética haveria a mais inesperada das confirmações da presença alienígena entre nós. Logo depois assistimos a uma incrível onda ufológica naquele país, que contou com a maciça presença dos UFOs em vários países da União Soviética. Isso não é pouca coisa. Mas houve mais coisas depois: em 1976, eu e minha esposa tivemos uma fugaz, mas envolvente, visita de uma misteriosa garota que, segundo ela, tinha contato com pilotos de um UFO.
Ótica inquietante
O que esta testemunha contou? O que ocorreu neste episódio tão envolvente?
O ser com quem ela tinha contato se manifestou e demonstrou coisas inacreditáveis, para dizer o mínimo. Ele tinha um conhecimento minucioso e praticamente impossível de nossas vidas familiares, privadas e interiores, dados muito particulares. Ele tinha informações precisas e visões específicas sobre meu futuro ufológico e de vida, assim como de circunstâncias perfeitamente exatas e previsões posteriormente confirmadas com exatidão. Coisa absolutamente inacreditável e tudo sob a ótica inquietante de uma declarada estratégia de longo prazo, levada a cabo por inteligências extraterrestres que influenciam os ufólogos, sempre de maneira inconcebível — tudo isso visando criar certos pressupostos para um futuro, e necessário, contato oficial com a humanidade. Na verdade, o esforço seria levado adiante com espírito absolutamente desinteressado e no qual se pode acreditar. Só que, quem não segue esse jogo, fica de fora.
É o que o senhor sugestivamente definiu como “O Grande Jogo” em um evento ufológico, anos atrás? E quem faria parte dele? Poderia nos dizer?
Exatamente. Além de mim, muitos outros desconhecidos. Todos os operadores que estão atuando na Ufologia, mesmo com um mínimo de relevância e mesmo que indiretamente, mas que de uma forma ou de outra entendem o Fenômeno UFO — é um jogo de xadrez com muitas peças, objetivos e funções diferentes. O que importa é que se vença a partida.
Mas de onde viriam esses seres que estão jogando xadrez cósmico conosco?
De outros sistemas estelares. E muito provavelmente não estamos falando de apenas uma única civilização. Entre 10% e 20% dos avistamentos só podem ser explicados com a hipótese extraterrestre, que comporta em si a tese dos deslocamentos extradimensionais ou hiperespaciais. Podemos também considerar que venham de um espaço-tempo diferente do nosso, onde seja possível uma velocidade maior do que a da luz. É preciso ter em mente que a intervenção em nosso meio de veículos de tamanhos, funções e naturezas diversas indica origens diferentes. E a morfologia relatada de seus tripulantes varia muito, embora todos tenham aparência humanoide — o que pode indicar que o nosso DNA e o deles tenham alguns pontos de contato. Está claro que as visitas se intensificaram após a Segunda Guerra Mundial, logo após nossas primeiras explosões atômicas, e não por acaso. De forma evidente, os UFOs atuam para arruinar os ambientes onde se operam tecnologias nucleares.
Eles nunca forçaram o contato
Em sua opinião, então, a existência dos UFOs seria boa pra nós?
Os princípios do bem e do mal são universais, certamente. Por isso, falarmos de bem e mal em um sentido absoluto e em escala cósmica, parece banal. E o que é bom pra uns poderia não ser para outros. Mesmo que estejamos diante de uma gama de diferentes povos, eles não nos invadiram nem nunca forçaram um contato em massa. Quando estivermos prontos para acolhê-los e aprender como se deve viver, isto é, sem guerras, violência, desperdícios, dinheiro, poluição, pestes nucleares e fontes de energias danosas, enfim “os mansos herdarão a Terra”, como está nas Escrituras Sagradas. E se eles não estiverem aqui para nos conquistar, poderiam nos ajudar.
Espiritualmente, o que isso tudo nos diz?
Que estamos em uma vigília, em uma profunda e radical revolução global de consciências que se desenvolve em ritmo exponencial. Hoje, três quartos da população fala sobre o assunto e aceita na prática a ideia de alienígenas nos visitando. O atraso cultural é destinado a ser relegado ao passado, enquanto a velha ordem se abala, minada em seu interior.
Refere-se aos ufólogos e à sua luta pela verdade da temática que difundem?
Sim, mas não apenas a eles. Observe que quem até bem pouco tempo negava tudo, agora é forçado pelas circunstâncias a elaborar estratégias para a abertura do assunto, para dizer, sem revelar às pessoas, que, se elas percebessem que estão sendo enganadas, tirariam seus líderes do poder. Mas me referia também a uma possível “quinta coluna” que está atuando há tempos em um plano diverso e bem mais sutil — alguns antigos médiuns diziam que estava em curso a grande mudança.
O ser se manifestou e demonstrou coisas inacreditáveis. Ele tinha um conhecimento minucioso e praticamente impossível de nossas vidas familiares, privadas e interiores. Ele tinha informações precisas e visões específicas sobre meu futuro.
Como assim? O que seria essa mudança?
Estariam nascendo na Terra homens e mulheres cujas almas seriam provenientes de vidas precedentes em outros planetas. Essas pessoas seriam caracterizadas por uma maior consciência interior, teriam o papel de elevar a situação geral em nosso planeta e criar, em médio prazo, os fundamentos de uma nova era. Antecipando esse acontecimento tivemos o movimento new age e os anos 60 viram muitas coisas serem revolucionadas pelos pacifistas ditos filhos das flores, com uma nova filosofia cosmocêntrica. Tudo isso é história. Serão apenas coincidências?
Mas o que o senhor acha que nos espera aí pela frente?
Cedo ou tarde teremos uma significativa percepção de uma nova realidade, com revelações oficiais em um mundo cada vez mais difícil e em crise, seja pelo meio ambiente, por fontes energéticas ou por políticas que não atendem mais às pessoas. Acredito que devemos enfrentar anos difíceis em breve e que nos depararemos com fortes tensões sociais, novas guerras e queda de economias e sistemas políticos. Condições de desestabilização geral que exigem uma rápida resposta, inclusive no âmbito ufológico.
Superando expectativas
O senhor parece muito seguro de que viveremos tais turbulências…
Tenho minhas razões e minhas fontes pessoais para sê-lo. Mais do que isso: eu já estive absoluta e serenamente convencido de que não viveria o bastante para ver na prática os acontecimentos com os quais me defronto há meio século. Mas hoje já não estou mais certo disso. Pelo contrário, pois os eventos superaram qualquer expectativa. Além disso, quem é capaz de entender o rumo das coisas, tem o dever moral de tomar a iniciativa e agir em favor do interesse geral.
E se amanhã houver um contato em massa, o que acontecerá à humanidade?
Teremos um novo mundo, certamente não pior do que o atual. Será uma dolorosa, mas saudável, ruptura com o velho.
Mas certamente não será algo indolor?
Naturalmente, mas apenas temos a ganhar com isso e as inevitáveis vítimas e os danos colaterais sempre existiram em todos os grandes eventos de época. Tenha como exemplo menor os devastadores efeitos humanos e sociais acarretados pela imprevisível implosão da União Soviética. E também, tudo o que está acontecendo de forma dramática atualmente, graças a um governo mundial paralelo comandado pelos bancos. Nos anos 50 e 60, Adamski havia já falado abertamente sobre o sistema financeiro internacional e sobre o presidente Dwight Eisenhower pertencer a um setor militar-industrial sustentado pelos petroleiros, que também formam este governo mundial e oculto do mundo.
Tudo isso é profundamente revolucionário. Como nos preparar para estes novos cenários que descreve?
Sem dúvida. E não temos a necessidade de se levantar barricadas ou usar de violência. Isso tudo a que me refiro é perfeitamente crível, como se pode ler nos relatórios do famigerado Comitê Robertson, criado em 1953 para identificar a linha mestra do futuro modus operandi do governo americano-norte sobre o tema ufológico. Em seu texto final está escrito explicitamente que “os grupos privados de interesse ufológico devem ser constantemente observados”. Por quem e por quê?
E aos céticos do Fenômeno UFO, que são tantos em todo o mundo, o que dizer?
Na Toscana se diz, sem papas na língua, que “para os idiotas não há paraíso”. Pobre deles, pois no fim cairão no ridículo e no esquecimento total. E no fim das contas, isso será bom pra todos.
O senhor tem uma longa e produtiva carreira e trajetória ufológica. Para encerrarmos, gostaria que nos apontasse alguns de seus momentos inesquecíveis ao longo de todos esses anos de dedicação ao tema.
Foram muitos, por que lá se vão quase 60 anos de estrada, embora eu não os tenha visto passar. Por exemplo, tive muita inspiração na primeira metade dos anos 70, quando escrevi meus primeiros livros, que acabaram se tornando best sellers, Visitatori dallo Spazio [Visitantes do Espaço, Armênia, 1973] e UFO, La Congiura del Silenzio [UFOs, O Pacto de Silêncio, Armênia, 1974]. Idem quando revelei ao mundo fragmentos inéditos dos documentos do Projeto Majestic 12, em 1987. Também tive muita alegria quando divulguei o dossiê ufológico oculto da KGB, o serviço secreto da então União Soviética, em 1994, e os documentos secretos sobre UFOs dos governos fascistas europeus, em 2000. Também foi muito proveitoso colaborar ativamente com o Projeto SETI, entre 1987 e 1988, na qualidade de pesquisador aeroespacial para uma sociedade de pesquisa da Universidade de Florença. Ou quando redigi a primeira enciclopédia multimídia sobre UFOs do mundo, a UFO Dossier X, em 1997, na mesma época traduzida para o espanhol. Enfim, há muitos outros grandes momentos, mas creio que esses são bons exemplos.
Simpatia pelos brasileiros
É realmente muita coisa. Obrigado. Agora, por favor, deixe uma mensagem aos ufólogos brasileiros e aos leitores da Revista UFO, que o conhecem dos eventos que a publicação realiza e de seus artigos que veicula.
Gostaria de dizer que tenho enorme simpatia pelos ufólogos brasileiros, que os vejo como esforçados pesquisadores em busca da verdade. Também parabenizo os membros da Revista UFO e da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) por terem logrado êxito em sua campanha UFOs: Liberdade de Informação Já e obtido a tão desejada abertura ufológica governamental para a questão. São poucos os países do mundo que alcançaram isso, e o Brasil, graças a estes ufólogos, está entre eles.
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