De tempos em tempos, a Ufologia recebe um choque, quase sempre vindo de novas descobertas sobre a atuação de seres de outros mundos aqui, na Terra. Foi um choque, por exemplo, a descoberta de que os Estados Unidos capitaniam, junto a outras potências de Primeiro Mundo, um grupo de elite de militares e cientistas que, em diversas ocasiões desde 1.942, já mantém contato regular com extraterrestres. Choque maior, evidentemente, foi o fato de que autoridades internacionais são capazes de fazer isso, não informam absolutamente nada ao público e, ainda por cima, e duvidoso que estejam agindo dessa forma para promover ou garantir o bem-estar coletivo da humanidade planetária terrestre.
Mas, na área da casuística ufológica, os choques vieram ao longo dos anos e durante a história da Ufologia. O primeiro deles (ou um dos primeiros, pelo menos) foi a descoberta de que os discos voadores que passaram a chamar atenção do mundo nos anos 40 tinham, em seu interior, pilotos e tripulantes de carne e osso, por assim dizer. E óbvio que se suspeitava disso, mas quando estes seres desciam de suas naves e raptavam pessoas, que geralmente voltavam destas experiências traumatizadas, todos tiveram um choque colossal. Como lidar com a questão daqui para frente?, pensou-se. O que os ETs podem ser capazes de fazer?, especulou-se. Que risco corremos?, ponderou-se. Quem, da comunidade ufológica, se aventurasse a dar uma resposta realista para essas perguntas acabava por gerar, até sem querer, novos choques.
Mesmo assim, os raptos viraram rotina e, exceto por algumas centenas de casos mais complexos (do tipo de abduções freqüentes e repetitivas de vários integrantes de mesma família, por exemplo – quase sempre para experiências genéticas), estão totalmente incorporados à Ufologia. Pode-se até dizer que a Ufologia não teria tanta emoção se não fossem os raptos – ou melhor, o estudo dessas traumáticas e fantásticas experiências. Poucos deles, de uns 20 anos para cá, no entanto, ainda causam choque. Igualmente, nestes últimos vinte anos, tivemos outros choques que viriam com a ação de seres extraterrestres em nosso meio ambiente, atacando animais para extrair seu sangue, vísceras, órgãos etc – e com finalidades absolutamente impensadas por nós. Chegou-se, com essa absurda situação, à uma espécie de paranóia ufológica.
Estes casos passaram a se multiplicar e ganharam o nome de mutilações de animais no jargão ufológico, sendo não só registrados mas também conhecidos em todo o mundo. Mas choque maior ainda foi descobrir que animais dos mais variados tipos, domésticos ou não, em todo o globo, estavam sendo paulatina e regularmente atacados por forças extraplanetárias sinistras. Em pastos de vários países, vacas foram encontradas mortas sem sangue em suas veias e sem órgãos genitais. Em currais de todo o planeta, cavalos passaram a ser encontrados sem cérebros ou tecidos musculares inteiros. Em quintais de casas de todos os tipos e em todos os lugares, até cachorros e gatos eram misteriosamente encontrados mutilados. E assim por diante, sempre da mesma forma: quem atacou estes animais aparentemente o fez de forma inodora e inexplicavelmente limpa, Uma charada fantástica e aterrorizante.
Os bichos, pequenos ou grandes, são sempre cortados com lâminas afiadíssimas e manipuladas com extrema precisão (aparelhos a laser?), e certamente por cirurgiões excepcionalmente bem treinados e que conhecem a fundo a anatomia de suas vítimas (pacientes ou cobaias?) – provavelmente fontes de pesquisa para eles. Com o acúmulo desses casos, a maioria deles tendo informações totalmente suprimidas a todo custo pelas autoridades, os ufólogos passaram a se preocupar. E muito. Assim, as noticias produzidas pelos casos de mutilação geravam choques atrás de choques, especialmente quando os ufólogos passaram a se indagar: se alienígenas atacam animais dessa forma fria e impassível, atacarão (ou já estariam atacando) seres humanos também?
É desnecessário dizer que esta pergunta assustou -apavorou, na realidade – ufólogos de todo o mundo, pois são eles quem sabem das coisas nessa área. Imagine-se, então, o que os governos não estariam temendo que ocorresse – coisa que talvez até justificasse seu comportamento insistentemente omisso e sempre negando informações. Mas, com certeza, essa pergunta e a que causa, hoje, o maior choque possível na comunidade ufológica mundial: os alienígenas estão fazendo conosco o que fazem com animais? Até mesmo conjecturar sobre isso traz, para os ufólogos, uma responsabilidade ímpar em toda a história da Ufologia, pois agora não se trata mais de dar explicações ao público sobre navezinhas vistas no céu, mas dar ciência de que os tripulantes dessas engenhocas ultra-tecnológicas atacam animais e poderiam, da mesma forma, atacar homens e mulheres com finalidades igualmente desconhecidas.
Por anos, desconfiamos qual seria a resposta para esta indagação. Intimamente, muitos ufólogos já a tem há longos anos, uns achando impossível que seres avançados como são estes nossos “visitantes” nos usem como fontes de proteínas, genes e qualquer outra coisa que tenhamos em nossos corpos, e outros achando isso absolutamente plausível. Mas a maioria esmagadora dos pesquisadores responsavelmente ficou no aguardo de novos fatos que comprovem ou não uma resposta positiva para a indagação. Bem, parece que o Brasil, com sua riquíssima e respeitada casuística ufológica, produziu a primeira prova que aponta na direção que tanto temíamos. Esta prova, senhores leitores, se confirmada, deverá mudar radical e totalmente a forma como vínhamos encarando a questão extraterrestre até aqui – em todos os sentidos.
O que vamos mostrar nas páginas seguintes c, talvez, o material mais forte já publicado sobre Ufologia no Brasil, muito mais contundente que as declarações de Milton Cooper (UFO 10) ou a revelação de que a FAB pesquisa UFOs e não conta a ninguém (UFOs 14 e outras). Aliás, pode-se dizer que é um dos materiais mais fortes já publicados em todo o mundo. Composto por fotos fantásticas e macabras, laudos médicos e boletins de ocorrência oficiais e por um relatório de uma investigadora do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) e colaboradora de UFO, Encarnación Zapata Garcia, o material é praticamente uma prova de que ETs atacam e mutilam seres humanos. Alguns leitores e ufólogos poderão argumentar que não, mas por pouco tempo. As evidências falam por si.
Encarnación – uma espanhola radicada em São Paulo que começou na Ufologia como tradutora voluntária para UFO e que agora e do primeiro escalão da Ufologia Nacional – tomou conhecimento das fotografias, antes do resto da história, por intermédio de um conceituado médico paulista e também colaborador de UFO, Rubens Góes, que as obteve de um parente que trabalhava para o governo de São Paulo. Toda a questão ficou em “banho-maria” por alguns meses, quando Encarnación, verdadeir
o modelo de espanhola de sangue quente, resolveu cavar fundo e contatar as pessoas certas, em vários órgãos oficiais paulistas, obtendo inexplicavelmente forte apoio ao seu trabalho. Levantou a questão e apurou as circunstâncias – inclusive com a imprescindível colaboração do Dr. José Roberto Cuenca, promotor de Justiça de São Paulo e responsável pelo processo criminal – quase conseguindo até a exumação do cadáver que teria sido mutilado por ETs, se esse já não tivesse sumido por obra de uma exumação anterior…
Não satisfeita, entrevistou dezenas de médicos legistas, policiais com dezenas de anos de experiência e uma infinidade de pessoas, até ouvir das mesmas, com alguma variação entre si, a declaração de que o que ocorreu à vítima achada na represa de Guarapiranga não é coisa desse mundo. Médicos legistas com mais de 1.000 autópsias em seu currículo declararam nunca terem visto marcas como as que o cadáver apresentava, e que os furos em seu corpo não eram de bala, facas ou quaisquer outros objetos conhecidos. Policiais com mais de 20 anos de casa disseram à Encarnación que já viram de tudo em matéria de crime, mas nada como o que o cadáver de Guarapiranga apresentava, Isso bastou para que a investigadora tivesse por certo que era muito mais que coincidência as marcas e cortes do cadáver serem exatamente idênticas às verificadas em casos de mutilações de animais registrados em todo o mundo. Até aí, Encarnación deu ao assunto a prerrogativa da dúvida, mas quando as evidências tornaram-se esmagadoras, partiu para fundamentá-las com provas, obtendo laudos e mais laudos que substanciassem suas suspeitas.
Para o leitor que já está familiarizado com os choques da Ufologia, este será mais um, mas provavelmente definitivo. Já para o leitor que iniciou há pouco nessa área, recomendamos mente aberta e muita reflexão – se possível acompanhada de uma extensiva leitura de livros e edições anteriores de UFO, onde a questão dos raptos de humanos está tão bem apresentada quanto os casos de mutilação de animais. Por fim, queremos dizer que as fotos contidas nesta edição são horrendas e fortes demais para que figurem numa publicação como UFO, já que seriam mais apropriadas para estes diários do tipo “expreme-e-sai-sangue”. Mas não tivemos escolha senão publicá-las aqui, para que o leitor tenha idéia precisa do que ocorreu ao homem de Guarapiranga. E as publicamos junto a fac-símiles de documentos oficiais que sustentam o caso, além de um relatório de Encarnación, a quem agradecemos pelo brilhante empenho.
Cabe dizer também que, ao contrário de quase todas as matérias publicadas em UFO, esta não sofreu praticamente qualquer aprimoramento para que pareça de leitura mais fácil e uniformemente apresentada ao estilo da revista. O relatório sobre o Caso Guarapiranga será mostrado nas páginas seguintes praticamente como foi recebido em nossa Redação.