O polêmico fenômeno chupacabras tornou-se um dos ícones da Ufologia. Predador fugidio e misterioso, de morfologia incomum, agente de ataques insólitos a animais de criação, caracteriza-se pelo silêncio absurdo de seus atos violentos, pela intrigante capacidade e habilidade seletivas, e pelas marcas de perfurações precisas e cirúrgicas, sem mastigação, encontradas nas vítimas, donde lhes é extraído sangue ou órgãos internos. Para situar o leitor na fenomenologia a seguir, tentaremos reproduzir os eventos ocorridos nos anos de 1997 e 1998, em diversas regiões do Brasil, e estudados pelo Centro de Investigação e Pesquisa Exobiológica (CIPEX). Essa análise iniciou-se a partir de quatro ataques de um estranho predador – o qual, neste artigo, denominaremos de Intruso Esporádico Agressivo (IEA) – ocorridos na Chácara Recanto dos Três, localizada na região de Campina Grande do Sul, a aproximadamente 30 km da cidade de Curitiba (PR).
A primeira agressão ocorreu no final de janeiro de 1997, atingindo várias ovelhas que bizarramente perderam as orelhas e sofreram inúmeras escoriações pelo corpo – algumas morreram, outras ficaram anêmicas. No mês seguinte, aconteceu mais um ataque, apesar do lugar estar completamente iluminado e com seguranças dia e noite. Estes estavam à espera do predador quando outras ovelhas foram inexplicavelmente atacadas. Em março, novas agressões ocorreram e, em junho, uma jovem ovelha teve a cabeça cortada. Segundo testemunhas e o levantamento da pesquisa, os órgãos internos haviam sido espantosamente extraídos pela traquéia e, à semelhança do fenômeno das mutilações de animais já documentadas em todo o mundo, não existia sequer uma marca de sangue no animal, nem qualquer outro vestígio de corte ou mordida externa.
Os casos foram parar na imprensa e, como já se especulavam sobre ataques parecidos no interior de São Paulo, em Porto Rico e no México (1995), na Espanha (1996) e em Portugal (1997), repórteres brasileiros relacionaram as estranhas ocorrências no Brasil ao famoso chupacabras, originado na região do Caribe. Imediatamente, a Secretaria do Meio Ambiente de Campina Grande do Sul, a Polícia Florestal, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Emater entraram no caso com a intenção de tentar esclarecer o ocorrido. Passados alguns dias, o CIPEX, em suas investigações, encontrou pêlos de algum animal – os quais possivelmente poderiam ser do predador – num dos sítios que foram atacados.
Técnicos do Zoológico de Curitiba também acharam numa das chácaras o que parecia ser um bolo alimentar contendo dezoito orelhas de ovelhas. Elas estavam envoltas em um muco gelatinoso, levando-os a diagnosticar, a princípio, provável má ingestão por parte do animal predador. Análises posteriores foram prometidas pelas autoridades, mas nunca publicadas. Alguns veterinários chegaram a mencionar que as orelhas eram arrancadas por mordidas provocadas por algum tipo de cão. Tivemos a felicidade de encontrar um desses órgãos em um dos locais de ataque. Nele, percebia-se que não existiam marcas de mordida e sim de incomum corte. Rastros de patas apresentando três garras ou dedos foram encontrados pelos técnicos locais, bem como por nossa equipe de pesquisadores.
Devido à repercussão que o caso vinha alcançando, foi prometido um laudo oficial por parte do governo municipal, no prazo de uma semana. Porém, já se havia adiantado que as únicas hipóteses plausíveis seriam os de ataques de felinos suçuaranas [Leopardus pardalis] ou ainda de cães selvagens [Cerdocyon thous]. Ficou claro que qualquer outra hipótese, a princípio, estaria condenada a ser descartada pelas autoridades, e a simples referência ao IEA era sumariamente repudiada pelo órgão da prefeitura perante a imprensa.
Necrópsia negada — Os ataques nos meses de abril e maio daquele ano aumentaram em toda a região, e a equipe do CIPEX encontrou várias chácaras que perderam ovelhas nas mesmas circunstâncias das anteriores, sem orelhas e sem sangue. Nesta ocasião, o grupo entrevistou o mecânico Carlos Freitas, morador de Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Ele dirigia, por volta de 01h30 da madrugada, seu carro-guincho próximo ao Trevo do Atuba, a sete quilômetros da capital paranaense. Foi quando avistou uma criatura estranha alimentando-se de um cachorro no acostamento da BR 116, que liga Curitiba a São Paulo. “Era um ser de um metro e vinte, tinha pêlos pretos, cabeça grande e olhos vermelhos, com braços longos e três garras”, declarou Freitas. Quando o enigmático animal avistou as luzes de seu veículo, fugiu rapidamente em direção à mata próxima ao acostamento.
Um morador de Campina Grande do Sul (PR) também relatou que, no início de maio de 1997, quando colhia caquis em sua plantação, localizada na região de Olhos D’Água, por volta das 15h00, avistou uma inusitada criatura peluda saindo em disparada, em meio a pequenas árvores. A testemunha, com o susto, conseguiu apenas visualizar seu deslocamento incomum, “como se o animal estivesse pulando muito rápido, semelhante a um canguru”, comparou o sitiante, que ainda correu em sua direção para tentar visualizá-lo melhor, mas nada encontrou. Dois dias após esse incidente, começaram a ocorrer ataques a ovelhas em um sítio nas imediações. Não menos intrigante que o predador misterioso foram as suspeitas movimentações paralelas das autoridades envolvidas.
Em 13 de maio daquele mesmo ano, na Chácara Vó Laís, de propriedade de Carlos Meissner, a súbita visita de dois repórteres interessados nos corpos de duas ovelhas atacadas – cujo singular ferimento na cabeça de uma delas conformava um simétrico e cirúrgico quadrado de lesão exposta – foi reveladora. Após adentrarem o local, inesperadamente acabaram declarando suas verdadeiras identidades, como sendo funcionários da Secretaria do Meio Ambiente – Tosca Zamboni e o médico veterinário doutor Luiz Cintra. Curiosamente, negaram os apelos do proprietário para a realização de uma necrópsia imediata [Procedimento normal, mais do que necessário diante daquelas circunstâncias anômalas], ambos insistiram em adiá-la para o dia seguinte. Entretanto, durante a madrugada, o caseiro do sítio vizinho, chamado Reinaldo, avistara o carro de Zamboni – um fusca amarelo – estacionado em frente à chácara de Meissner e, ingenuamente, acreditara que ali estava sob o consentimento do proprietário.
Animais dilacerados — Na manhã seguinte os
animais foram encontrados dilacerados, sendo impossível reconhecer sequer o ferimento existente na cabeça de um deles. Ou nos enganamos, ou as pobres ovelhas foram vítimas do que se chama, em criminologia, de “queima de arquivo”. Para piorar, naquele dia Zamboni promoveu uma reunião fechada, não sendo permitida a entrada da imprensa e nem de pesquisadores locais. A única exceção foi a presença da Rede Globo, que teve acesso apenas a algumas fotografias selecionadas que não comprometiam a versão oficial do caso. As mesmas foram exibidas no dia seguinte, no jornal do meio-dia. Segundo foi noticiado, a reunião teria sido feita com os moradores locais que haviam perdido animais em seus sítios, o que não era verdade, porque a reunião fora seletiva. Alguns populares convidados afirmam que o intuito da mesma era, claramente, as autoridades tentarem convencer os proprietários das chácaras Recanto dos Três e Vó Laís de que os ataques foram realizados por cães e encerrar o assunto por ali mesmo. Mas os fatos continuaram sem controle.
Os meninos olharam para trás e observaram que no interior da nuvem havia um vulto marrom, como o de um homem. Não conseguiram ver detalhes, pois seus olhos ardiam. Em seguida, ouviram um som de grito desesperado, como o de um homem, e o medo tomou-lhes conta, fazendo-os dispararem em direção às suas casas
Em 24 de junho de 1997 ocorreu um blecaute em Campina Grande do Sul e regiões vizinhas, exatamente quando iria ao ar uma matéria televisiva sobre o fenômeno chupacabras. A maioria dos moradores da região estranhou esse fato e relacionou o apagão a uma possível censura, tentando impedir a população de assistir tais matérias. No dia seguinte, a emissora responsável pela transmissão reprovou publicamente o ato de repreensão das autoridades. Vendo a situação, o CIPEX entrou em contato com o repórter Ney Inácio, da Central Nacional de Televisão (CNT), que nos informou que a imprensa foi realmente censurada, instada a não tocar mais no assunto e obrigada a encerrá-lo com a hipótese de ataques de cães. Por não concordar com a arbitrariedade da imposição, Ney quase perdeu seu emprego na empresa em que trabalhava. Vejam os leitores a que ponto chegou a movimentação causada por um fenômeno que as autoridades tentaram rotular de “comuns”.
Devido a relatos de freqüentes avistamentos de UFOs naquela região, nossa equipe de pesquisadores resolveu realizar vigílias para tentar registrar o chupacabras, e nas noites de 10 e 11 de junho daquele ano o grupo filmou um objeto aéreo não identificado em evolução sobre zonas de ataque. Não foram encontradas possíveis testemunhas que pudessem ter observado o IEA saindo dessas naves, mas era relevante a coincidente presença desses artefatos em áreas de ocorrência do fenômeno. Uma família que estava sendo visitada inúmeras vezes por UFOs procurou os pesquisadores assustada, na intenção de tentar elucidar mais esse mistério. Um galo que lhes pertencia surgira também gravemente machucado, com as lesões típicas do predador, incompatíveis com qualquer diagnose convencional. Outra chácara nas imediações perdera 12 galinhas. Algumas, ainda vivas, encontravam-se igualmente feridas na região frontal.
No dia 27 de julho, o CIPEX entrevistou três meninos que teriam presenciado um estranho fenômeno no dia 4 de maio, em um campo de futebol da região, enquanto empinavam pipa no meio da tarde. De acordo com o depoimento, eles avistaram uma enigmática névoa escura em forma de árvore, que subia às alturas. Assustados, começaram a correr em direção oposta, dirigindo-se para suas casas. Dois dos meninos, mais curiosos, pararam um instante e olharam para trás, observando que no interior da nuvem – mais especificamente na parte que lembrava um tronco de árvore – havia um vulto marrom, como o de um homem. Não conseguiram ver detalhes, pois seus olhos ardiam. Notaram ainda que a névoa baixou de altitude e voltou a um barranco. Em seguida, ouviram um som de grito desesperado de um homem e o medo tomou-lhes conta, fazendo-os dispararem em direção às suas casas, a 50 m do local. Ao checarem o caso, os pesquisadores acharam no terreno somente algumas penas de galinha que, segundo os garotos, havia sido morta em algum tipo de ritual. No entanto, não foi encontrado qualquer indício de velas ou outro artefato utilizado em ritos desse tipo. É possível deduzir que a ave tenha sido mais uma vítima do predador desconhecido, o IEA.
Outro fato curioso ocorrera no dia 2 de janeiro, meses antes do fato acima, por volta do meio-dia, com Maria, avó de um dos meninos. Em entrevista ao CIPEX, ela afirmou que, ao esperar pelo ônibus, ouviu rosnados que lembravam um rugido de leão, o que a deixou bastante assustada. Imaginou que felino havia escapado de uma jaula, apesar de naquela região não existir nenhum criador de bichos selvagens ou algum circo. Em seguida, ouviu um som que descreveu como “pisadas na água” e vislumbrou um vulto sobrevoando velozmente a região, não podendo identificá-lo. Como estava no ponto aguardando o ônibus que se dirigia a Curitiba, achou melhor pegar qualquer outra condução que saísse de perto do local.
Confirmando incidências recorrentes na pesquisa, mais um caso aponta para uma estreita relação entre o Fenômeno UFO e o IEA. Na matéria Seres alienígenas são comuns aos moradores da Paraíba, publicada na edição UFO 63, vemos alguns casos que nos chamam a atenção. O primeiro envolveu os jovens estudantes Ramilson Siqueira e Arthur Vasconcelos, que em 20 de junho de 1979 avistaram uma criatura similar ao IEA. O segundo, ocorrido em 24 de junho de 1997, aconteceu com Maria do Carmo, que presenciou um objeto que lembrava um casco de tartaruga. Em outra oportunidade ela confessou à equipe do Centro Paraibano de Ufologia (CPB) que avistara algo que “possuía a forma de uma geladeira, do qual saía uma fumaça branca de dentro. Um animal parecido com um cachorro surgiu do interior do objeto, correndo em direção ao mato”.
Investigação detalhada — No dia 07 de junho, chegando a Campina Grande do Sul por volta das 17h00, nossa equipe de investigadores deparou-se com um caminhão do Exército vazio, retornando à Curitiba. Na cidade observava-se estranho movimento de veículos que, de faróis apagados, investigavam a região com pessoas portando lanternas de mão. Às vezes alguns homens saiam dos carros e embrenhavam mato adentro, procurando alguma coisa. O CIPEX seguiu um dos veículos e encontrou o motorista em estranha reunião no meio da rua com outras duas pessoas – todos apresentando corte de cabelo curto, ao estilo de policiais militares. Devido ao avistamento de uma viatura da Polícia Civil local nesta operação, decidimos mais tarde procurar e entrevistar o delegado da região.
Nos dias que se seguiram, o centro de estudos recebeu vários telefonemas de moradores locais, informando que estava ocorrendo uma estranha operação em Campina Grande do Sul, envolvendo cientistas norte-americanos, o Exército e helicópteros. Prosseguindo a in
vestigação, realizamos várias entrevistas com a população, que confirmava a movimentação fora do comum de viaturas militares – inclusive estacionadas em frente à delegacia local. Chegou-nos também a informação de que havia ocorrido uma caçada a um estranho animal, e que este teria sido levado para àquele posto policial. Alguns moradores que trabalhavam no campo avistaram, em plena luz do dia, a enigmática criatura. Munidos de foices e de uma rede de pesca conseguiram capturar o animal vivo. Como não sabiam o que fazer, decidiram levá-lo para a delegacia, onde presumiram ser o lugar mais seguro para deixá-lo.
O delegado teria mesmo convidado várias pessoas para irem até lá contemplar a criatura, a qual esvoaçava encarcerada dentro da cela. Em seguida, ele teria avisado o Exército, que imediatamente se locomoveu até o local, levando dali o estranho ser. Os oficiais advertiram a população e o pessoal da delegacia para que não mencionassem o incidente a ninguém. Mesmo assim, o CIPEX entrevistou o ex-delegado, hoje aposentado, o qual negou tudo o que havia ocorrido, somente confirmando que uma viatura da Polícia Civil teria sido emprestada para a Militar. Seria o mesmo veículo policial que se encontrava com os faróis apagados e que conduzia homens com lanternas direcionadas para o mato, evidenciando que procuravam alguma coisa, como havíamos presenciado na noite da vigília?
Em nossa pesquisa também foi observado que todos os animais atacados e mortos não apresentam odor característico de decomposição, como normalmente acontece com animais recém falecidos. Marcas de agressão caracterizadas por três garras profundas foram encontradas em quase todas as ocorrências analisadas. Os pesquisadores realizaram os exames de hemograma e bioquímica do sangue em uma clínica veterinária particular, como garantia. A análise constatou anemia aguda e crônica nos três casos. Os ataques estenderam-se ainda pelo interior do Estado, levando-nos a viajar em direção a Apucarana, Maringá e regiões vizinhas para verificar outros casos. Em Cambira foram pesquisados vários bezerros atacados, os quais se encontravam também sem as orelhas. Em Mandaguari, três ovelhas haviam sido agredidas – todas estavam sem o pavilhão auditivo e uma não sobrevivera.
Para Curitiba os pesquisadores levaram um dos 4 gansos que sofrera ataques em Apucarana, a fim de realizar uma necrópsia. Novamente foi verificada a existência de pouco sangue e as características marcas de três garras no corpo da ave. Mais uma vez não havia odor de decomposição, levando-nos à hipótese de o predador injetar, no momento da agressão, alguma espécie de anticoagulante ou outro agente químico que suspenda temporariamente a deterioração natural do corpo da presa.
No dia 18 de julho, no bairro do Boqueirão, na cidade de Curitiba, mais de 30 galinhas apareceram mortas. A proprietária pensou tratar-se de ataques de cães, mas não conseguiu explicar o silêncio na hora do ocorrido. Um dos veterinários que estava nos auxiliando realizou necrópsia em várias aves, no entanto, sem conseguir concluir com exatidão o que ou quem as atacou. Afirmou, porém, que as marcas existentes eram similares às encontradas nos gansos e ovelhas observados nas agressões de Campina e Bocaiúva, também no Paraná. Em Adrianópolis, cidade localizada ao norte do Estado, outro veterinário informou com maiores detalhes as ocorrências naquela região. Segundo ele, uma cabra, sete gansos e dois cães teriam sido atacados em 17 de julho. Na cabra, além da falta de sangue coagulado, o especialista constatou que, apesar da existência de um orifício na barriga do animal, o único órgão que faltava era o coração.
O CIPEX conheceu os cachorros que possivelmente foram atacados pelo IEA no dia seguinte. O macho apresentava cortes profundos e, a fêmea, sinais como a de três garras, idênticas às das ovelhas, éguas, galinhas, gansos e cabras de Porto Rico. Os dois foram encontrados machucados em uma região de milharal próxima àquela cidade. Observando o corte verifica-se que o ser atacante possuía garras muito afiadas. Depois de ter realizado as necrópsias nos animais, o veterinário de Adrianópolis foi advertido pelo delegado local de que não deveria tê-lo feito, e sim orientado o proprietário dos cães para que os enterrasse e encerrasse o assunto. O policial não achava aconselhável vir à tona o assunto chupacabras naquela região.
O proprietário da chácara que perdera os gansos e a cabra chamou-nos a atenção para o fato de que o quadrúpede estava no curral, mas fora encontrado morto em um pequeno lago dentro do sítio. Para chegar àquele local seria necessário que o ser atacante arrastasse a cabra, passando por três cercas. O que intrigava era como o animal agredido teria ido parar naquele lago distante do curral, sem deixar rastros. Outra observação do dono foi a de que seu cão, que sempre o acompanha a qualquer lugar da propriedade, desde o dia do ataque não ia mais a certos lugares. Em um teste, pôde-se comprovar que o cachorro realmente não se aproximava do local da agressão, aparentando visível receio. É importante salientar também que vários cães de outras propriedades nas cidades pesquisadas apresentavam o mesmo comportamento.
Em 24 de julho, o CIPEX dirigiu-se a Bocaiúva do Sul, para verificar um segundo ataque do IEA na chácara de M., que desta vez perdera 18 gansos. O proprietário – que pediu para não ser identificado – guardou em seu freezer o corpo de uma das aves atacadas, para que pudesse levá-la ao veterinário a fim de realizar uma necrópsia. O ganso apresentava um pequeno orifício de 10 cm em seu peito, e na parte de trás notavam-se as marcas de garras do animal atacante, além da ausência de sangue no corpo ou nas regiões afetadas. Segundo o proprietário, todas as 38 aves anteriormente agredidas em sua chácara apresentavam os mesmos sinais. Ele cria ovelhas, gados e galinhas, mas nenhum deles foi tocado, apenas os gansos. Dos quarenta antes existentes, somente três sobreviveram!
Buraco profundo no animal — Na necrópsia pôde-se
perceber de novo que a ave, do sexo feminino, não apresentava o odor característico de animal em decomposição – apesar de estar morta há quatro dias. Observou-se inicialmente que ela teria sido atacada por garras em três regiões diferentes do corpo, duas na parte de trás e uma próxima ao pescoço. Existia um orifício de aproximadamente 10 cm de diâmetro em seu peito e parte da pele que recobria o corte não fora extraída totalmente. Era como se formasse uma tampa no local da pequena abertura. Com uma pinça o veterinário observou que o buraco era profundo, demonstrando não ter sido produzido por uma mordida comum. Abrindo o animal, não notou qualquer falta de órgãos internos, encontrando apenas duas bolinhas de sangue coagulado. Extraiu o fígado e o coração, sendo que neste não havia qualquer vestígio de sangue. O fígado apresentava-se ligeiramente amarelado, como o das galinhas encontradas no bairro Boqueirão, em Curitiba, demonstrando que, ou a ave consumia muito milho, ou era indício de alguma complicação mais séria.
Em meio às ocorrências de chupacabras sucediam-se avistamentos de UFOs, sendo que um destes merece especial menção. Em 3 de agosto de 1997 foi noticiado por rádio o fato curioso de que estavam sendo organizadas carreatas para a cidade de Adrianópolis, para observação pública de UFOs. No programa, entrevistou-se inclusive o prefeito da cidade que, ao contrário do delegado, convidava as pessoas para irem observar os artefatos na região de Ribeira (SP), localidade vizinha e acessível somente através de balsa. Ele também afirmava que um policial rodoviário teria visto um objeto voador não identificado em uma estrada próxima àquela cidade, filmados e fotografados por várias pessoas. Curiosamente, o prefeito é bastante conhecido do delegado, o mesmo que havia advertido um veterinário para encerrar o assunto chupacabras, conforme já relatado. Se ele não tinha interesse em que a mídia ou a população tivessem acesso ao caso, por que agora convidava as pessoas a irem ver UFOs na região? Pode-se supor que seu interesse em uma movimentação de veículos de fora poderia servir para encobrir uma operação secreta de caça ao IEA, pois ele, como autoridade local, teria obrigação de realizar tal tarefa.
Adrianópolis é uma pequena cidade com apenas uma rua principal e, numa operação secreta, um número razoável de automóveis desconhecidos levantaria muitas suspeitas da população. Então, seria de grande conveniência atrair pessoas para irem àquela localidade. Ou melhor, atravessarem-na e dirigirem-se à Ribeira, do outro lado do rio, para verem os UFOs. Assim, os moradores não suspeitariam da movimentação de outros veículos que estariam realizando tal operação secreta – um projeto idêntico ao que ocorreu em Campina Grande do Sul.
Perfurações de broca — Como se não bastassem tantos ataques, em 5 de agosto daquele ano, 66 ovelhas foram mortas e 17 feridas na cidade de Ortigueira, no interior do Paraná. Todas encontradas sem sangue, com orifícios no pescoço e estranhamente empilhadas no canto do curral. Não havia vestígio sangüíneo nem na madeira do chão. O médico veterinário José Francisco Roncaretti, que esteve na Fazenda Vale do Sol examinando os animais, percebeu que os buracos assemelhavam-se a uma perfuração de broca. Também notou que em suas mãos ficou uma substância pegajosa que não soube identificar. Estarrecido, afirmou que em seus 23 anos de profissão nunca tinha visto coisa parecida. Ora, para se amontoar os animais naquela disposição seria necessário que o predador possuísse braços, e como cachorros não possuem tais membros, fica descartada essa hipótese.
Ainda assim, alguns veterinários da Universidade de Londrina insistiram em que se tratava de ataque de cães. Outro fato curioso é o de que os animais mortos foram todos queimados mais tarde, e não consumidos. Quem é que se arriscaria a comer carne de ovelhas atacadas por sabe-se lá o quê? Posteriormente, na noite de 7 de agosto, foram avistados inúmeros UFOs na região de Bocaiúva do Sul, por moradores que saíam de uma igreja. Na mesma noite, M. – novamente ele! – perdeu os gansos restantes de sua propriedade, além de outro morador local, que também perdera várias aves. Igualmente, surgiram nos sítios que sofreram ataques, pegadas idênticas às encontradas em um caso paulista.
Dezenas de vítimas — Em 25 de agosto, mais 23 ovelhas foram mortas em circunstâncias similares dentro de um curral na Fazenda Roseira, na cidade de Sertanópolis (PR), perfazendo um total de 89 ovelhas em um período de apenas 20 dias. Com a ajuda de Meissner, morador da região que já tinha sido vítima do predador, foi construída uma armadilha confeccionada com ferro e, de isca, servira dois patos. Utilizou-se também uma minicâmera infravermelha que poderia proporcionar imagens do IEA atacando suas vítimas. Após alguns dias aguardando, o CIPEX recebeu o telefonema do proprietário da chácara onde havia sido instalada a armadilha, informando que esta tinha sido disparada, mas, infelizmente, seja lá o que for que teria entrado, saíra com certa facilidade, arrebentando os ferros e fugindo com uma das presas. Só foi possível coletar mais uma amostra de pêlos. Quanto à câmera, que ficava constantemente filmando algumas galinhas, nada conseguimos de conclusivo, a não ser a inquietante desconfiança de que o predador desviara-se convenientemente do foco da filmadora.
Quatro dias antes, de novo em Bocaiúva do Sul, o caseiro de uma chácara escutou vários disparos de arma de fogo e tentou verificar o que acontecia. Edson escondeu-se por detrás de uma árvore para não levar um tiro e, com uma lanterna, apontou seu rifle em direção a um vulto na escuridão. Deparou-se com uma estranha criatura que possuía dois enormes olhos vermelhos e uma estranha crista nas costas. “Arrepiei-me todo, vacilei e deixei o animal escapar”, declarou frustrado. Independente do que as autoridades estavam afirmando, os moradores das regiões atacadas, assustados, realizaram perseguições e verdadeiras caçadas a um animal que sabiam não ser qualquer cachorro e que andava em duas patas com três garras – às vezes utilizando-se das dianteiras para se apoiar. Sabiam que possuía dois olhos vermelhos, que tinham capacidade de atrair suas vítimas e dentes caninos nada convidativos
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Em Campina Grande do Sul, Viviane Cintra teve uma de suas galinhas atacadas. Segundo conta, a ave apresentava toda a cabeça esmigalhada, e o mais estranho era que sua cloaca parecia perfurada artificialmente, conformando um orifício cirúrgico perfeito e anormal. Ela declarou que resolveu por conta própria fazer uma verificação interna e, ao abrir a galinha, assustou-se quando viu que não havia nada dentro. Todos os órgãos haviam desaparecido misteriosamente!
Outra agressão inexplicada ocorreu ainda em 1997, com Gentil Silvestre, que estava acompanhado de mais 7 pessoas na fazenda Os Coqueiros, próximo a Gerivá, região de São João da Boa Vista (SP). As testemunhas avistaram uma vaca que surgiu do mato próximo à estrada e, atrás dela, um ser descrito como o IEA “vindo como que pulando feito um canguru”, conforme declararam. O predador derrubou sua vítima e mordeu seu pescoço quando, atônitos, todos começaram a jogar pedras na intenção de afastá-lo do quadrúpede. Dois cães da raça dobermann atacaram-no, mas ele os afastava com um de seus braços. Um dos cachorros conseguiu dar-lhe uma mordida, o que aparentemente o espantou e o fez desaparecer mato adentro. Posteriormente, as testemunhas verificaram que a vaca caiu por várias vezes e encontraram um orifício em seu pescoço. Aparentemente, muito sangue havia sido drenado e, como se viu, tal ataque não pertence a nenhum predador comum.
O silêncio que se apresenta nas agressões e a aparente facilidade com a qual o IEA ataca suas vítimas é atribuído ao seu olhar hipnótico, descrito por algumas testemunhas. Seus olhos vermelhos, por alguma razão, exercem uma forte influência sobre quem os observa, forçando-lhes uma atração desconhecida. Sabe-se que para se hipnotizar um ser humano existe certa dificuldade, pois temos vontade própria, cuja resistência impõe obstáculos a uma indução hipnótica. Mas não sobre os animais, porque eles não a possuem. Em depoimento ao jornal curitibano Tribuna do Paraná, de 4 de julho de 1997, os motoristas Jaime Flores e Lauri Alves de Oliveira, da empresa de ônibus Pluma, afirmaram que, ao consertarem o veículo que apresentara problemas na estrada, próximo ao trevo de Irati, aproximadamente 178 km de Curitiba, avistaram um animal bípede [Similar às descrições anteriores] atravessando a pista. Ao olharem para ele, sentiram-se atraídos e só não foram em sua direção porque ficaram assustados. A força de vontade deles se sobrepôs a do predador. Não se pode esquecer também que os alienígenas já demonstraram inúmeras vezes que hipnose e mesmerismo são o seu forte, quando se tratando de abduções.
O Intruso Esporádico Agressivo (IEA) já ganhou vários nomes pelo Brasil afora, tais como chupacabras, arranca-línguas ou come-línguas, e ainda chupa-sangue – sempre devido ao tipo de animais que ataca e o modo como estes são mutilados. No país, poderia muito bem ser chamado de chupa-ovelhas, já que a maioria das agressões ocorreram com ovinos – 335 no total. Isso sem deixar de lado as cabras, mais de 200, e os gansos, perto de 140. Possivelmente, o CIPEX pesquisou uma pequena porcentagem do número de ataques ocorridos no Território Nacional, visto que dependia de informações publicadas ou de terceiros para chegar aos sítios das ocorrências. Ainda assim, tal estatística considera os casos da América Central, pois o que importou em nosso trabalho foram os acontecimentos em nosso país e, especificamente no Paraná e em São Paulo. Em todo o Brasil foi possível levantar um total de 836 animais agredidos em 72 casos, entre os meses de janeiro e agosto de 1997. Desses, a maioria eram espécimes do sexo feminino, enquanto representantes masculinos nem sequer eram tocados. Muitos machos, inclusive, continuaram soltos, pastando normalmente nos campos, sem serem molestados em nenhum momento.
De um modo geral, a maioria dos ataques até agora conhecidos ocorreu no mês de julho, à noite, com a Lua nas fases minguante e crescente. Quase todos perto de lagos, riachos ou rios. Segundo o boletim Espacio Compartido, da Espanha, também foi verificado que o chupacabras “aumentava seus ataques no período de inverno”. Nos meses de setembro a novembro, continuavam a ocorrer as agressões desse fenômeno, mas em proporção menor, finalizando-se em dezembro, sendo que no sul do país os casos aparentemente cessaram. Sincronizadamente com os ataques ocorreram aparições de UFOs nos mesmos locais.
O CIPEX averiguou que as testemunhas do IEA perfaziam um total de 50, até o mês de setembro de 1997, sendo que no Estado do Rio de Janeiro foram avistados, por 3 pessoas, 2 animais que conferem com a descrição do chupacabras. Além do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, outros casos de ataque ocorreram também no Espírito Santo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O cálculo estatístico das agressões aqui apresentadas é baseado nos casos de que se têm notícia. Acreditamos, no entanto, que os números sejam bem maiores, porque provavelmente ocorreram muitos outros que não foram divulgados.
A falta de sangue nos animais indica que o líquido fora extraído. Procuramos em fontes especializadas casos de animais que sugam o sangue de outros, encontrando somente pulgas, carrapatos, piolhos, mosquitos e sanguessugas. Suçuaranas, cães selvagens, furões, jaguatiricas ou qualquer outra espécie de caninos ou felinos não têm capacidade de tal proeza – no máximo conseguem lamber a presa, como o fazem os morcegos-vampiros, hematófagos por excelência. Estes, por sua vez, quando atacam suas vítimas, perfuram o couro com suas presas e esperam que o líquido escorra para lambê-lo. Ou seja, todos esses animais conhecidos da Biologia nunca foram dotados da capacidade de sugar sangue, como alguns veterinários e autoridades querem fazer crer.
Opiniões distintas — Nossa equipe de pesquisadores conclui que o fenômeno, pelo menos em tese, era fruto de experiências genéticas alienígenas ou ainda, algum tipo de animal solto por seres extraterrestres, superiores a nós em tecnologia. Seu intuito, talvez, era realizar algum tipo de experimento, ainda inexplicável à luz do nosso raciocínio. Devido ao seu comportamento agressivo e à sua provável limitada inteligência técnico-operacional, a qual a experiência ensinou-nos a não menosprezar, provavelmente não teria capacidade de pilotar os UFOs, mas possivelmente poderia ser transportado em seu interior, acompanhado por alienígenas “superiores”. Em literatura especializada encontramos referências a extraterrestres ocupando-se das mutilações, enquanto que outras criaturas, muito assemelhadas ao IEA, guardam a região – possivelmente espantando curiosos indesejados.
O pesquisador Luiz Ribas acredita que o IEA trata-se de algum tipo de ser intraterrestre – ou algum réptil pré-histórico remanescente –, que estaria vivendo nos subterrâneos do planeta Terra. Ribas sustenta sua tese no fato de que em várias regiões do país, onde
ocorreram esses ataques, existem várias cavernas ainda não totalmente conhecidas e exploradas pelo homem. Outra hipótese curiosa é a do estudioso Fernando Grossmann, que elaborou uma teoria demonstrando que o IEA pode ser um inseto gigante, mutante mimético, conseqüência de experiências atômicas realizadas na década de 70, próximo à região de Porto Rico. Cabe ressaltar que pesquisadores conspiracionistas suspeitam que o IEA possa ser algo do tipo descrito por Grossmann, mas perfeitamente controlado por algum governo oculto. Curiosamente nota-se que esse predador tem aparecido constantemente em países de língua latina, o que nos deixa a pensar se não poderia mesmo ser o que Grossmann defende.
Já a estudiosa Márcia Filpo levanta a hipótese de o atacante ser um produto híbrido dos infames intercâmbios tecnológicos e genéticos entre sociedades alienígenas e um governo secreto da Terra. Nada improvável também, diante das inúmeras experiências obscuras nesse campo, realizadas desde as atividades do III Reich até as inescrupulosas incursões científico-militares de projetos confidenciais ocorridos na época. Vale citar também as inúmeras denúncias comprometendo ilustre figura na área científica nacional, envolvida com experiências genéticas paralelas nesse campo obscuro da ciência. Estes três pesquisadores, bem como Eliana Palma, participam com suas teorias do livro Olhos de Dragão – Relatório Chupacabras, escrito por este autor.
O IEA pode estar coletando sangue e cartilagem dos animais atacados – talvez a serviço de seres alienígenas –, como também estar alimentando-se para garantir sua própria subsistência. Sua curiosa preferência por fêmeas leva a crer que esse animal desconhecido possui um faro apurado, que lhe permite localizar sua presa por seu odor característico [Hormônio estrógeno]. Depois de minuciosas análises realizadas pelos veterinários auxiliares na pesquisa do CIPEX, de consultas a imagens e dados recolhidos, além do resultado de hemogramas, concluiu-se que os ataques não são oriundos de animais caninos ou felinos, sendo que as presas são de vários tipos. Os predadores em questão são dotados de comportamento e habilidade inteligentes e sobrecomuns, e os mutilados, mortos ou vivos, apresentam sempre três arranhões, demonstrando que os animais atacantes possuem três garras. As perfurações simétricas e limpas não apresentam sinais naturais de mastigação, característica de qualquer mordida de predador comum. Pode-se deduzir também que, pela profundidade das pegadas com três dedos, os predadores sejam criaturas de médio porte, com força descomunal. E, de acordo com as imagens observadas dos animais que sobreviveram, conclui-se que, enquanto uma garra segura o focinho, outra corta as orelhas como uma espécie de tesoura, formando, em alguns casos, um corte reto. Em algumas ovelhas, entretanto, percebe-se a falta de apenas um pedaço do aparelho auditivo, cirurgicamente extirpado. Já o exame de hemograma confirmou a suspeita de anemia, pois o número de hemáceas apresenta-se abaixo do normal, atestando-a como aguda e crônica.
Fatos camuflados — Quanto às apreciações finais a respeito do trabalho desenvolvido pelas autoridades oficiais, registram-se lacunas e imprecisões, ignorando alguns aspectos importantes do fenômeno, como o bolo alimentar encontrado pelos técnicos do Zoológico de Curitiba – mencionado no início desta matéria – não sendo, oficialmente, considerado como tal. No laudo oficial este assunto não foi nem abordado, inúmeras facetas do chupacabras sequer foram explicadas satisfatoriamente. Por exemplo, as autoridades não esclareceram como os cães arrancavam as orelhas inteiras das ovelhas de maneira tão precisa, sem mastigação, deixando-as com marcas de três garras. Um dos fatores mais intrigantes, e ignorado oficialmente, é o fato de vários animais terem sido encontrados sem sangue no corpo e não apresentarem o odor específico de apodrecimento, mesmo depois de vários dias ao relento. Com relação aos animais que sobreviviam, as autoridades não explicaram a anemia diagnosticada neles. Os laudos oficiais ignoraram a hipótese de o fenômeno indicar a presença de um animal desconhecido aos padrões biológicos da ciência, sendo que sequer a população local foi prevenida quanto ao perigo do consumo da carne de bichos atacados ou sobreviventes destes ataques. Ainda omitiram informações referentes às necrópsias realizadas nos animais mortos. No caso de Campina Grande do Sul, as autoridades competentes não explicaram satisfatoriamente nenhuma das circunstâncias bizarras que envolveram os ataques – como por exemplo o feto desaparecido de uma ovelha prenha. A opinião de pesquisadores e profissionais que estudaram o tema foi desrespeitada, e a imprensa incitada a parar de divulgar o assunto. Nem a inusitada presença do Exército ou da Polícia Militar nas regiões de Campina Grande do Sul e Quatro Barras – fora dos locais onde costumam realizar exercícios militares –, indicando atividades paralelas das autoridades, puderam ser questionadas.
Além disso, as autoridades negaram – e até desviaram a atenção – à população as atividades de um predador violento e possivelmente perigoso, expondo assim cidadãos a situações de risco de vida, pois emitiram laudos falsos e obliteraram provas fotográficas, testemunhais e periciais. Observando a ação do governo, em resumo, presume-se que os responsáveis pelo caso aparentemente não tiveram alternativa, a partir do momento em que se apoderaram do tema. Se abandonassem o fato em aberto ou sem uma solução, deixariam a população em polvorosa, pois um misterioso predador cercava várias cidades do país. Depois que foi emitido o laudo oficial dos representantes do governo, de forma apenas oral, o povo acalmou-se, mas não ficou plenamente convencido.
Nenhum parecer assinado foi publicado. Muitos suspeitam de que exista mais do que o mostrado. Alguns o aceitam, na f
alta de uma hipótese mais adequada, e outros teimam em aceitá-lo. É certo que nossos governantes não explicaram satisfatoriamente todas as implicações referentes a esses ataques, como já foi demonstrado. A verdade, como a conhecemos e buscamos, nos foi omitida e inadvertidamente encoberta, não satisfazendo a real pesquisa científica como deveria ser. Esperamos que nosso trabalho, realizado a duras penas, tenha surtido algum efeito e deixado mais luz à verdadeira pesquisa científica da qual a humanidade tanto se orgulha. Se desistirmos de buscar evidências sólidas quanto a fenômenos como este, jamais saberemos a verdade, seja no caso chupacabras ou em outro qualquer.
Quem não se lembra da famosa criatura alada, com dentes afiados, corpo peludo e chifres, que por muito tempo andou assustando as populações de vários países? Centenas de pessoas garantiram ter visto tal figura e milhares de animais foram mutilados inexplicavelmente em locais onde o ser era observado. Simultaneamente, passou a ser comum o registro de sondas ufológicas e até de discos voadores nas regiões em que o fenômeno se manifestava. A imprensa fez enorme estardalhaço com os poucos fatos disponíveis, atribuindo o mistério a uma eminente invasão da Terra por alienígenas vorazes. Os ufólogos, entretanto, ficaram divididos. Alguns defenderam a hipótese de que se tratava de um predador interplanetário, outros explicaram o enigma como mera invenção da mídia. Agora, passados vários anos sem novos ataques significativos do tal chupacabras, cujo mistério começou em 1993, a Revista UFO traz o assunto à tona, fazendo uma verdadeira retrospectiva do tema. Nesta edição especial será apresentado o resultado das investigações dos principais especialistas no assunto, no Brasil e exterior, com posições pró e contra a existência e origem extraterrestre do fenômeno.
Testemunho de um militar
por Equipe CIPEX
No dia 15 de julho de 1997, os pesquisadores da equipe CIPEX conheceram um militar que confirmou a ocorrência de uma grande operação secreta no mês de maio anterior, envolvendo cientistas norte-americanos e brasileiros, Exército, Polícia Militar e Florestal, Aeronáutica, Emater, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Secretaria do Meio Ambiente. A ação tinha como objetivo caçar a controversa criatura, já chamada de chupacabras pela população. De acordo com seu depoimento, depois de várias observações em uma chácara de Campina Grande do Sul, os oficiais montaram uma armadilha com uma jaula de ferro suspensa em uma árvore (do tipo que prendem urso), e como isca sangraram uma ovelha ainda viva. Atiradores de elite posicionados estrategicamente acertaram o animal por três vezes com dardos tranqüilizantes, os quais não surtiram efeito. Em seguida, um atirador disparou um projétil com a intenção de matar a criatura, que caiu desfalecida.
Os militares então a colocaram em uma caixa especialmente confeccionada, a qual se fechava hermeticamente, e em um caminhão frigorífico conduziram-na a Londrina (PR), onde pôde ser observada por peritos da Universidade Estadual local. Dias depois, um avião civil norte-americano desceu no aeroporto da cidade e levou o polêmico ser para os Estados Unidos. O militar descreveu o animal como sendo bípede, com um metro e setenta de altura, olhos vermelhos saltados, orelhas protuberantes e voltadas para cima, nariz chato, boca pequena e apresentando os caninos estendidos para fora. Tinha também pêlos curtos e escuros, lembrando o de uma foca. As costas eram revestidas de uma espécie de escama, com várias barbatanas de cor verde-musgo que iam da parte de trás da cabeça até o cóccix. Três garras nos pés estavam direcionadas para frente e uma pequena para trás. Em sua mão notavam-se outras três garras que lembravam lâminas muito afiadas, nada semelhantes a unhas. Com o passar do tempo, outras testemunhas confirmaram a história do policial.