
Muitas pessoas dizem que os extraterrestres estão jogando conosco, o que pode ser plausível, e quem detêm as cartas neste jogo são eles. No entanto, sem nós, o jogo sequer existiria. Mas é bom que fique claro que estes jogos não são acontecimentos transparentes, mas sim de cartas marcadas. Quem ler o trabalho do psicólogo Eric Berne, que inventou a análise transacional, entenderá melhor essa afirmação. Uma de suas obras que trata do assunto é Games People Play [Jogos que as Pessoas Jogam], que está ligada ao trabalho do pesquisador John Keel, autor de UFOs, Operation Trojan Horse [UFOs, Operação Cavalo de Tróia]. Keel escreveu também o livro The Mothman Prophecies, que deu origem ao filme A Última Profecia, sobre o fenômeno conhecido como homem-mariposa [Ver Ufo 85].
No capítulo Games Non-People Play do livro de Berne, o termo non-people seria uma referência a extraterrestres e significa que os seres humanos foram lançados no tabuleiro de um grande jogo de roleta, onde quem dá as cartas não é necessariamente humano, e onde a roleta pode estar viciada. Ocorre na subcultura dos contatados por ETs uma espécie de conceito sociológico do termo massificação, que não tem nada a ver com produção ou transmissão de algo em massa, e sim seria com a perda de proteção dos meios sociais intermediários, tornando o indivíduo vulnerável a comandos vindos de fontes desconhecidas. Isto é algo muito sutil e de difícil detecção, mas é comum que nestes movimentos sempre exista a presença de entidades alienígenas.
É devido a isso que pesquisadores se assustam com o comportamento apresentado por alguns contatados e abduzidos, e sobre o que falam em palestras e congressos, as vezes grandes absurdos. Mas estas são típicas táticas de propagação de pensamentos alienígenas, que podem ser altamente perigosos. Não existe nenhuma contestação e/ou questionamento sobre a origem da mensagem recebida pelos alegados contactados, que sempre é de natureza telepática. Recentemente, numa palestra, o peruano Sixto Paz Wells mostrou uma série de fotografias dizendo serem de uma das colônias de extraterrestres. O problema é que ele alegava que as fotos eram de Ganímedes, uma das luas de Júpiter. Entretanto, as fotos eram de outra lua de Júpiter, Europa. Por várias vezes, ele repetiu a informação e ninguém o contestou.
Estrela Solitária — Grande parte dos contatos é realizada com pessoas pouco instruídas ou despreparadas e a provável razão disso é que, dessa forma, não há possibilidade de se criticar ou questionar qualquer tipo de informação passada por supostos extraterrestres. Existem vários exemplos: Howard Menger, Hermínio Reis e Bianca de Oliveira, George Adamski, Claude Vorilhon (Rael), Barney e Betty Hill, muitos do Comando Ashtar etc. Como escreveu Keel, se um aparelho estranho, do qual saísse uma pessoa também estranha, pousasse no quintal de uma dona de casa de classe média e dissesse a esta que é de Vênus, quem seria ela para contestar isto? Ela iria crer, sim, que os extraterrestres vieram de Vênus, de algum planeta em torno de estrelas inadequadas para se ter planetas ao redor, como as Plêiades. Ou acreditaria que o visitante seria originário não de uma estrela solitária, mas sim de duas estrelas fraquíssimas que comporiam um conjunto binário, exatamente como é o sistema Wolf 424. Pois esta origem é apontada como local de procedência dos seres envolvidos no famoso e polêmico Caso Ummo, ocorrido na Espanha, na década de 70. Este caso é muito interessante, pois nem pesquisadores gabaritados e experientes se deram ao trabalho, na época em que ocorreu, de examinarem se sua base estava sustentada numa mentira dita pelos extraterrestres ou por quem o inventou. Para tanto, bastaria terem verificado as informações sobre as estrelas do sistema Wolf, e descobririam a engenhosa armação. Quem descortinou isto foi o físico e ufólogo brasileiro Alberto Francisco do Carmo.
Enfim, poucos são os supostos contactados que estão transmitindo mensagens positivas e com certa coerência. Determinados pesquisadores de renome dizem que eles e os abduzidos são a linha de frente da propagação de idéias e totemismos de procedência incerta. Se forem extraterrestres, militares terrestres, entidades dimensionais ou outra manifestação qualquer, ou se usam jogos e táticas de guerra psicológica, ainda não se sabe. O que se sabe – e bem – é que muitas das pessoas que se dizem contatadas por ETs, ou Ashtar Sheran, não adquirem nenhum ganho ou benefício direto com isto. Muito pelo contrário! Passam por exposição ao ridículo, crises em suas relações interpessoais, fenômenos do tipo poltergeist, interferências em suas vidas, sensação de estarem sendo monitoradas etc.
Quando os eruditos acadêmicos afirmam que alguma coisa é possível, eles provavelmente estão certos. Quando afirmam que alguma coisa é impossível, eles provavelmente estão errados
– Arthur Clarke
Noutras ocasiões, têm estímulo para criarem comunidades alternativas ou epistêmicas, que funcionariam apenas por algum tempo, ou recebem instruções para construir aparelhos estranhos. Em situações extremas, tornam-se capazes de fazer previsões de guerras e catástrofes. Mas todos, com exceção de alguns poucos espertos, não ficam ricos com tudo isso. Sabe-se que quem manipula as situações de contato – e no caso de Ashtar Sheran pode-se constatar isso – conhece muito bem técnicas de neurolingüística, que é o estudo da interpretação dos códigos mentais. A neurolingüística opera um conjunto de mensagens passadas através de códigos e sinais do corpo e do cérebro. Sua função é quebrar padrões e barreiras que nos aprisionam e descobrir a forma como nosso cérebro se comunica.
Civilização Intergaláctica — E a outra face do fenômeno Ashtar? Será que no caso da existência de extraterrestres e da possibilidade de que já estejam de fato contatando alguns seres humanos, eles operariam desta maneira? Sem respeito à vida humana? Será que a evolução de uma civilização galáctica do tipo 2, 3 ou remotamente 4 [Veja Box publicado na edição anterior, na primeira parte deste texto] é ainda de disputas sociais, egos, competições e guerras, como a epopéia fictícia de Guerra nas Estrelas? Se o futuro de civilizações hiper avançadas e com uma tecnologia inimaginável para nós é desta forma, então o que esperar de simples seres humanos? Como seria então o outro lado de Ashtar? Isto tudo indica apossibilidade de que algo realmente de anormal e externo à Terra esteja mesmo ocorrendo. Como explicar que 99% do universo são formados por algo que tem massa, é matéria, mas invisível para nós e ninguém tem a m&iac
ute;nima idéia do que seja?
Respaldo das Evidências — Diante de todas as pesquisas e informações a respeito do tema, é totalmente cabível e prudente declarar que o Fenômeno UFO é real. A chamada hipótese extraterrestre, como responsável pelo mesmo, não invalida as demais – e tão pouco explica todos os casos. Porém, além de ser a mais simples e aceitável, é a que tem recebido mais respaldo por parte das evidências apresentadas. Reais são as aeroformas observadas, os seres contactados, os efeitos físicos advindos da interação entre UFOs e seres humanos. Além dos registros em radar, dos milhares de filmes e fotos etc. As abduções também são inquestionavelmente reais. Mas se são causadas por seres extraterrestres ou entidades de outras dimensões, ou se são produto de somatizações, delírios mentais, estados alterados de consciência etc, ainda não se sabe.
O fato é que reais são as cicatrizes dos abduzidos, seus temores, as confirmações de seus raptos por testemunhas independentes, as marcas deixadas pelas naves dos raptores etc. A contaminação de informação feita através de pessoas inescrupulosas, ignorantes ou mesmo mal (in)formadas não justifica o ceticismo doentio que, por vezes, atinge a simples menção do tema. E igualmente condenável é o chamado comportamento ufolátrico de muita gente. Sendo assim, o quarteto conhecimento-percepção-discernimento-paciência parece ser a chave para que, algum dia, possamos abrir as portas que encerram os mistérios deste autêntico enigma.
Quando se estuda assuntos como Ashtar Sheran e contatos com extraterrestres, é necessário entender que o importante não é não errar, e sim cometer erros diferentes. O pouco que pude aprender nestes últimos anos me deixou ainda mais consciente de que o tema representa apenas uma ínfima parte de um todo, que não pode ser conhecido numa única existência. Porém, esta mesma diminuta parte, bem compreendida, não poderia ser a melhor conclusão obtida em uma existência. Depois que se aventura neste fascinante terreno do Fenômeno UFO, que insistentemente tenta nos tirar da grande Matrix que a humanidade construiu em torno de si para justificar seus erros, não há como voltar atrás e fingir que nada aconteceu. O universo dá ao ser humano o que ele em seu coração encontra.
Alternativas Possíveis — As alternativas sobre Ashtar Sheran se resumem a dois pontos básicos, determinados para tentar se chegar a uma possível compreensão do que realmente está ocorrendo. No caso danecessidade deprovas sobre a existência ou não do suposto ser, elas não seriam obtidas da forma tradicional a que a pesquisa acadêmica está acostumada. Ou seja, o erro básico é insistir continuamente que o Fenômeno UFO e suas extensões sejam apenas um problema científico. A ciência se ocupa da observação de fenômenos naturais que se modificam aleatoriamente e sua posterior descrição, através da reprodução ou compreensão das partes que nele interagem. Se, por um momento, admitirmos que alguns dos UFOs são pilotados por extraterrestres ou entidades inteligentes, isto de imediato implica em que o fenômeno está fora e muito além do âmbito da ciência tradicional, pois não obedece a regras específicas e nem aleatórias. Ora, ele está sendo operado e controlado por “alguém”, e só este pequeno detalhe já invalida toda a parafernália de metodologias científicas vigentes.
É fácil estudar um pássaro ou um sapo em seu habitat. É fácil capturá-los e dissecá-los em laboratório e concluir como funcionam. Mas não se pode realizar os mesmos procedimentos naquilo que não responde a instintos naturais, que é controlado e manipulado. É neste ponto que temos de avançar em nosso raciocínio para compreender os UFOs e os prováveis ashtares sherans que se manifestam nesta nossa realidade tridimensional. Não basta colher casos e pesquisá-los, ou realizar vigílias e tirar conclusões. Entretanto, está se esquecendo que do outro lado do fenômeno pode existir algo ou alguém muito mais inteligente do que nós, que pode simplesmente estar nos jogando apenas aquilo que temos capacidade de processar e compreender. Quem garante que a informação adquirida, seja em modo consciente ou através de hipnoses regressivas, é fidedigna e não implantada por hábeis mãos mágicas?
Outro ponto desta intrincada questão reside no fato de que pessoas de várias etnias e credos, ao mencionarem ou fazerem alusão ao suposto ser Ashtar, também não estão dando qualquer evidência de sua existência. Sobre isto, temos as possibilidades do que denomino de campos informacionais, uma espécie de campo morfogenético e de transferência coletiva de informação, lendas e sonhos. Nada garante que alguém não tenha obtido informações sobre o suposto ser a que nos referimos, mesmo que de forma inconsciente. Todos os relatos não podem apenas se basear no caráter da testemunha. Eles têm de ser avaliados no contexto em que o fenômeno está ocorrendo. É na análise do contexto que estão os detalhes importantes, e são nestes que estão os fragmentos de explicação do Fenômeno UFO. Hoje, temos muitos detalhes deste imenso quebra-cabeças espalhados pelo planeta. Resta-nos agrupá-los e encaixá-los nos lugares corretos. A ciência já chegou à conclusão de que o todo é muito mais do que a soma das partes e, assim, montar todas as peças do quebra-cabeças dos UFOs poderá nos dar um quadro muito mais surpreendente e fascinante do que a soma delas.
Trabalho Titânico — Desta forma, estudar a existência deste e de outros supostos seres é um trabalho titânico e complicado, pois as variáveis são imensas e as possibilidades de se escorregar e enveredar por becos sem saída é grande. Para investigar este assunto, não basta conhecer apenas o lado científico da questão. O problema é muito mais de cunho sócio-cultural. Por outro lado, deixar o assunto de lado e considerá-lo simplesmente uma farsa ou coisa de lunáticos é realmente uma tentação muito forte, mas perigosa e leviana.
Uma possível conclusão a que podemos chegar é a de que, se Ashtar foi uma invenção ingênua de alguém, os rumos que tomaram são preocupantes. Se foi intencional, foi muito bem planejada, pois se tornou um excelente sistema manipulador de mentes. Se foi ou é obra de inteligências extraterrestres,
este se torna um assunto ainda mais delicado e sua pesquisa está além do estudo multidisciplinar que temos em mãos. A considerar-se esta hipótese, estaríamos entrando num estudo transdisciplinar, que envolveria a existência de atratores estranhos, bio e nanotecnologia, mecânica quântica, teorias relativísticas, psicologia, parapsicologia, teoria dos jogos etc. Todas essas variáveis poderiam estar interagindo entre si ou sendo usadas em conjunto por eventuais inteligências extraterrestres que tivessem criado o assunto Ashtar.
O tratamento das informações que temos e a chegada às conclusões devem ser feitos da forma mais imparcial e impessoal possível, sempre tendo em mente que provar que Ashtar realmente existe não demonstra automaticamente que ele seja um extraterrestre. Assim como provar que um UFO existe não determina que em seu interior existam seres extraterrestres. Aliás, neste mundo altamente manipulável em que nos encontramos, deveríamos constantemente nos perguntar a quem interessa provar a existência de vida inteligente e consciente fora da Terra?
Uma coisa é certa: o assunto Ashtar Sheran não é apenas cultuado por pessoas simples ou do povo. Artistas de renome até internacional estão envolvidos nisso. Todos, sem exceção, são pessoas altamente manipuláveis e propensas a comandos autoritários anônimos, como bem definiu Erich Fromm em seu livro Medo a Liberdade, e brilhantemente Theodor Adorno, em The Authoritarian Personality [Personalidade Autoritária]. A classificação se encaixa em vários aspectos da questão ufológica, na criação de grupos e seitas e no padrão seguido por muitos contatados – principalmente aqueles que se dizem extraterrestres em missão na Terra.
Se Ashtar foi uma invenção ingênua de alguém, os rumos que ela tomou são preocupantes. Se foi intencional, foi muito bem planejada, pois se tornou um excelente sistema manipulador de mentes
Pode-se observar em grupos regidos por um comando central – extraterrestre ou não – um verdadeiro fenômeno de transe hipnótico regressivo, onde a devoção, a cerimônia e a obediência são ditadas e utilizadas pelos membros de uma elite de pessoas extremamente fechada. O comportamento destes grupos é psicologicamente contagioso, tanto no plano cultural quanto nas crenças sociais. Dessa forma, espalham-se através da massa histérica, hipnotizada e da mídia de massa. O psicólogo Gustavo Le Bom afirmou que “num grupo, muitos sentimentos e atos são contagiosos, e contagiosos num nível em que o indivíduo prontamente sacrifica seus interesses pessoais em função do interesse coletivo”.
Regressão Artificial — Adorno ainda nos fala em sua obra da psicologia regressiva de grupos organizados e que se ajustam à característica de autoritarismo camuflado em boas intenções. Ele considera que o que acontece quando as massas são carregadas por uma propaganda messiânica não é uma expressão espontânea primária do instinto, mas uma revitalização quase científica de suas psicologias. Seria a regressão artificial descrita por Sigmund Freud em sua discussão sobre os grupos organizados. A coletivização e institucionalização do encantamento fazem a transferência maior e mais indireta. Só que a hipocrisia da identificação entusiástica e a dinâmica da psicologia do grupo são tremendamente incrementadas, por seus membros sentirem-se pessoas especiais, partícipes de uma experiência fascinante e, assim, se dispõem a fazer qualquer coisa – inclusive ir contra sua própria identidade e espécie.
A análise de todo material sobre o tema Ashtar Sheran que chegou às minhas mãos, descontados os prováveis mentalismos, filtros e paradigmas, mostra inequivocamente que algo anormal está ocorrendo e suas origens podem ser várias. Eu até apostaria em algumas delas. Mas é importante que se diga que um exemplo do erro de se tentar interpretar algo com uma visão limitada e de acordo com nossa restrita lógica, baseada apenas no conhecimento atual, está na típica comunicação atribuída ao suposto ser, que nos anos 50 e 60 alertava sobre os perigos da utilização da energia nuclear. Ora, alguns poderão dizer que isto é óbvio, pois todos sabem destes perigos. Mas nos anos 50 e até o final dos 60, alguém realmente sabia? Tudo o que se sabe veio depois de Chernobyl, em 1986, quando o terror atômico ficou realmente conhecido pelo público em geral. Outros ainda dirão que melhor do que alertar para os perigos da energia nuclear seria os extraterrestres poderem impedir o aperto do botão que geraria o lançamento de uma bomba atômica, ou ainda inutilizar todas as usinas nucleares existentes no mundo.
Será que a função de uma suposta entidade extraterrestre seria intervir naquilo que os humanos fazem? E quais são os verdadeiros limites da relação de dependência existente entre as formas de vida do universo?
Mas será que a função de uma suposta entidade extraterrestre seria ficar intervindo em tudo que os humanos fazem? Quais são os limites da relação de dependência existente entre as formas de vida do universo? E mais ainda, quais são os limites de atuação do livre-arbítrio e o que realmente significa e pode ser classificado como uma interferência? Colocando a questão de outra forma, o que interfere mais, uma ação direta e concreta ou uma mensagem telepática da qual não se sabe a real origem?
Capacidade de Sintonia — Claro que não se está tentando aqui defender a existência de Ashtar Sheran ou outras supostas entidades e mensagens de eventual origem alienígena. Mas estamos tentando, sim, ampliar os limites de nossa ignorância frente ao fascinante tema. Afinal, como diria Daniel Coleman, “nossa realidade está conformada daquilo que somos capazes de sintonizar”. Infelizmente, o cérebro humano é um simples detector de energia eletromagnética e toda informação que chega até ele é obtida pelo sistema nervoso central, que a coleta em sensores bioelétricos espalhados pelo corpo. Felizmente, existem as percepções extra-sensoriais, isto é, que acreditamos serem extra, mas que na verdade estão inclusas na genética humana. Nós apenas ainda não aprendemos a utilizar corretamente estes sensores, e sem utilizá-los da maneira adequada, nossas concepções se interpõem ante nossas percepções.
Ao longo deste trabalho, tanto em sua primeira parte [Ver Ufo 85] quanto agora, tentei traçar o início das referências a Ashtar e ao modo como um acontecimento que poderia ser real, ou não, tomou inúmeros caminhos, versões, acréscimos e cortes, de acordo com a cultura, ignorância e esperteza de quem recebeu ou viu neste assunto uma maneira de ficar famoso e rico. O público leigo que não recebe explicações da ciência fica perdido e passa então a duv
idar dela mesma, da Ufologia e até do governo. Nasce dessa forma as conspirações, as seitas, os cultos aos UFOs etc, que interpretam o que acham que estão percebendo da maneira que bem entendem. O astrofísico norte-americano J. Allen Hynek, um dos maiores ícones da Ufologia mundial, afirma que é difícil – senão impossível – entender o Fenômeno UFO com nossa ciência atual. “É preciso encontrar uma nova fórmula para encarar o problema e o primeiro passo é abandonar as idéias pré-concebidas”, garantiu.
Isso contrasta com o pensamento do físico e ufólogo Alberto Carmo, já citado, que diz que a fenomenologia ufológica é uma incógnita como outra qualquer. “Mas só se descobre se uma incógnita é válida ou não quando ela verifica a equação, e para saber isso tem-se de resolver a equação”, diz. Falar que a equação não existe ou, pior, que não tem solução é uma heresia em ciência. E ficar discutindo se UFOs e ashtares sherans são ou não dignos de estudo científico é uma questão de preconceitos interesseiros. A idéia é fácil de se entender. Quando perguntaram a Werner von Braum por que queria construir foguetes capazes de ir à Lua, uma loucura impossível em sua época, ele simples e cientificamente respondeu: “oras, porque ela está lá!”
Materialização de Ashtar Sheran na Venezuela
por Rogério Chola
Um interessante caso de materialização de Ashtar Sheran envolveu o engenheiro Enrique Castillo Rincón, que, além de ufólogo, alega ter contatado dois extraterrestres denominados de Cromacan e Krisnamerk. Eles se diziam provenientes de um grupo de estrelas localizadas nas Plêiades. Estes contatos se deram com o engenheiro na Colômbia, mas se conectam em similaridades a uma experiência prévia ocorrida com ele em 1973, nos EUA. Nesta ocasião, uma pessoa circulava por uma rodovia quando o veículo em que estava saiu da pista e colidiu violentamente contra uma árvore. Imediatamente, outros carros próximos pararam na intenção de socorrer o motorista. Mas qual não foi a surpresa de todos ao verem que não havia ninguém no interior do veículo.
A polícia identificou os restos do carro como sendo de propriedade de um jovem venezuelano radicado nos EUA. Segundo sua ficha de estudos e pelos depoimentos recolhidos, o jovem havia sido um brilhante estudante de engenharia, muito querido por seus amigos e que trabalhava numa usina nuclear local. Durante as semanas seguintes ao incidente, a polícia e autoridades do governo norte-americano foram mobilizadas na tentativa de elucidar o caso. Mas, após longas e trabalhosas investigações, não conseguiram chegar a nenhuma conclusão que esclarecesse o mistério. O corpo simplesmente havia desaparecido. As buscas continuaram durante meses sem resultado algum e órgãos diplomáticos exigiam um desfecho e uma conclusão.
Informações Contraditórias — A pressão dos parentes e amigos se avolumava e a família da vítima, que morava numa pequena e pacata cidade na periferia de Caracas, recebeu, algum tempo depois, um comunicado oficial que ratificava as estranhas condições em que o jovem engenheiro desaparecera. As informações eram contraditórias e obscuras, já que as autoridades norte-americanas consideravam o sumiço como um caso de vingança, provavelmente seguido de assassinato. Porém, como não havia um corpo a remeter, limitaram-se a enviar todos os pertences e bens pessoais da vítima à sua família, que teve de se conformar com a perda.
Sendo espíritas, os familiares do falecido decidiram realizar uma sessão mediúnica na qual convocariam a alma de seu ente querido para saber do acontecido e, despedirem-se dele. O médium receptor seria um jovem estudante de medicina e amigo da vítima. A expectativa era grande e todos aguardavam estreitar seus laços com o desafortunado rapaz. Conforme o tempo transcorria, uma curiosa e entranha névoa azulada formou-se ao lado do sensitivo, assumindo vagarosamente a forma de uma nuvem circular. Essa massa gasosa emitia uma luz tênue, lembrando fumaça de cigarro iluminada ou fosforescente, que aumentava sua intensidade. Parecia que pulsava. Rapidamente, a névoa compactou-se e formou uma semi-esfera, e uma sombra surgiu do seu interior. Lentamente, uma criatura semelhante a um ser humano apareceu, mas com ar angelical. O rosto era belo, de traços suaves e bem delineados, mas de ar severo. Os olhos eram claros e ligeiramente rasgados, o cabelo era comprido e loiro, penteado para trás. Seu corpo era proporcional, esguio e atlético. Sua altura beirava 1,80 m e seus membros eram perfeitamente normais, mostrando o contorno dos músculos. Vestia-se de forma simples, ostentando um macacão folgado, com mangas acabando em punhos apertados. Tinha botas, aparentemente, de couro, de cano longo e sem folga, e um cinto largo na cintura. A figura humanóide colocou-se à frente da luz, em pé e olhando sério para o grupo, que, totalmente atordoado, não conseguia compreender o que estava se passando.
O ser olhou atentamente para o médium, que começou a falar como se estivesse recebendo uma mensagem por telepatia. “Não temam, não lhes farei nenhum mal. Meu nome é Ashtar Sheran e sou comandante da frota de espaçonaves de Ganímedes. Seu filho não está morto e nem perdido. Ele encontra-se entre nós. Veio por livre vontade e deseja permanecer conosco. Não se preocupem, pois ele estará bem”. O ser então ofereceu um panorama de eventos que deveriam se concretizar ao longo dos anos seguintes, até que terminou com uma longa declaração, referindo-se à autodestruição da humanidade:
“Estes fatos serão concretizados como conseqüência dos seguintes aspectos: aparecerá um líder político no futuro dentro do conglomerado social dos países unidos, que dominará as massas e regerá os destinos sociais e econômicos dos demais nações. Seu poder estará auxiliado por mecanismos que ele mesmo colocará em jogo, como conhecedor das leis metafísicas e, em seguida, se produzirá a invasão dos continentes. Quero avisá-los que a paz assinada na região que chamam de Vietnã servirá de degrau imediato para o conflito bélico seguinte entre árabes e judeus. A isso, se seguirão terremotos que devastarão cidades, mas nós tentaremos alterá-los para evitar piores danos”.
Sensitivos Selecionados — Dito isto, o estranho ser retornou à luz de onde saiu e desapareceu. Este incrível acontecimento foi bem pesquisado por Rincón, que aproveitaria o acontecido na Venezuela para fazer uma experiência similar na Colômbia. Para isso, reuniu uma equipe de sensitivos selecionados, que buscariam entrar em contato telepático com alguma inteligência extraterrestre. Os resultados obtidos foram satisfatórios, sendo que novamente o ser denominado Ashtar Sheran voltou a se manifestar. Essa expe
riência está em seu livro UFOs, A Great New Dawn for Humanity [UFOs, Um Novo Grande Amanhecer para a Humanidade].