Devido à orientação recebida em minha formação astronômica, era um cético com relação à Ufologia. Mas até 1985 ou 1986, quando eu e minha esposa Iolanda Siqueira Pamplona realizamos 104 observações do Cometa Halley. Então deparei-me com fenômenos inusitados, que não consegui enquadrar na fenomenologia astronômica, astronáutica, tecnologia, geofísica ou meteorológica. A partir desses fatos comunicados ao Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), através de Reginaldo de Athayde, amigo e colega, passei a uma posição neutra: nem contra, nem a favor.
A partir de então registramos, principalmente em fotografias e vídeos, muitos eventos ufológicos. Em 20 de março de 1993, detectamos um UFO que voltou à mesma posição e altitude por 6 vezes, sendo o última em 20 de março de 1996 – exatamente 3 anos depois, com desconto do dia bissexto. O que me convenceu da existência de inteligências alienígenas visitando a Terra. Incluímos, então, como objeto de pesquisa do observatório que fundei a Ufologia, em unânime acordo de toda a equipe que a esta altura, sem exceção, já possuía uma boa bagagem de avistamentos dessa ordem.
Assim, em 1993 tornei-me também ufólogo, e a Ufologia foi oficializada pelo OAHE, como a mais nova \’ciência\’ a ser engajada, ao lado da astronomia, meteorologia, meteorítica, astronáutica, arqueoastronomia etc. Entendemos que o conhecimento humano não deve menosprezar ciência alguma, mesmo a considerada alternativa. Somente a somatória de todas elas nos proporcionará um real salto para o futuro. Freqüentemente, a resposta para um problema de uma determinada área pode estar em uma outra área da ciência. Por fim, fica o nosso apelo para que haja união e cooperação mútua, sem preconceitos, entre todas as áreas do conhecimento humano, como única alternativa para que possamos realmente ingressar no terceiro milênio, que em breve se inicia e no status verdadeiramente cósmico. Só assim poderemos decifrar os mistérios da atualidade que nos rodeiam e nos inquietam. Na fila apresentada no Fórum Mundial, há 12 avistamentos registrados, por fotografias e vídeos, que receberam tratamento e análise cientifica no observatório, recebendo aval positivo.
ANÁLISE CIENTÍFICA – Entre os mais importantes: os de 20 de março de 1993, 12 de maio e 15 de outubro de 1994 (diurno), 18 de fevereiro, 2 de março e 8 de abril de 1995, 20 de março de 1996, 11 de maio de 1997 (UFO triangular ao lado do cometa Hale-Bopp) e 30 de agosto de 1997 (sonda de cerco de 1 m de comprimento, a menos de 10 m de altura sobre o telhado do observatório). O UFO de 20 de março de 1993 e de 1996 permitiu a determinação de paralaxe – uma vez que foi visto de 2 locais diferentes em Fortaleza: Aldeota, ao lado da estrela Sirius, e Itaperí, ao lado de Marte. Isto possibilitou levantar dados sobre seu tamanho (igual ou maior que um avião comercial) e altura (nos limites da primeira camada atmosférica). A medição no Itaperí foi efetuada por Alberto S. de Castro, do observatório Madrugada, sob contato telefônico. Três dos avistamentos contaram com a presença do ufólogo Reginaldo de Athayde. O número de testemunhas para cada avistamento variou do mínimo de 3 ao máximo de 12.
Cláudio Benevides Pamplona é astrônomo, diretor e fundador do Observatório Astronômico Herchel-Einstein (OAHE), na capital do Ceará, Fortaleza. Colaborou com a NASA e outras instituições de pesquisa em diversos projetos científicos importantes. É autor do livro Os Cometas Através dos Tempos. Investiga as manifestações do fenômeno ufológico desde 1985, tendo tido várias experiências pessoais com UFOs documentadas através de vídeos e fotografias. Em sua apresentação, Pamplona fez um relato pessoal e analítico das mais importantes experiências ufológicas que teve. Este pesquisador, integrante do Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), é um dos poucos astrônomos do país na atualidade que falam abertamente de suas experiências com os discos voadores.