Pescadores do vilarejo de Prainha, localizado no município de Cascavel, à 90 km de Fortaleza, passaram por momentos críticos quando um objeto em forma de disco e outro parecido com um “poste de luz”, comprido e escuro, sobrevoaram a embarcação em que viajavam. José da Bessa e Francisco Edmar, o Mazinho, estavam no convés, Ronaldo e “Piu-Piu”, no porão descansando. José da Bessa olhou para cima e, pasmo, viu os artefatos. Mostrou-os a Edmar que, no mesmo instante, gritou para os dois colegas subirem urgente, pois algo estava acontecendo. Foi quando os pescadores viram que um dos objetos descia em direção à jangada. À medida que o UFO se aproximava o mar ficava mais revolto. Edmar acreditava que era “talvez pelo remanso provocado pelo vento do artefato. Eram quase 19h00 e o céu já escurecia, dando para se ver a luminosidade do UFO que descia cada vez mais, ficando apenas à 25 m da jangada”. O objeto seguia o barco como se estivesse observando os movimentos dos pescadores. Uma luz desceu da estranha nave e postou-se na proa da embarcação e, aos poucos, eles puderam perceber que, o que viam, tinha o aspecto de um ser humano, porém não dava para se distinguir as feições. O ser se aproximou de uma barrica com água potável, enquanto que os quatro amigos estavam totalmente paralisados. “Não sabemos se foi o medo ou a coisa que nos paralisou. Nós ficamos olhando tudo. A embarcação já estava sem comando, mas seguia o rumo normalmente. Acreditamos que tenha demorado uns cinco minutos desde a hora em que o aparelho desceu até o homem de luz desaparecer e o objeto redondo subir no espaço”, declarou o pescador José. Os quatro companheiros não sabem exatamente o tempo que durou o avistamento, porém, lembram-se de que quando saíram da baía era quase 20h00 e já era possível enxergar as luzes da colônia.
Testemunhas assustadas — Aos poucos, as testemunhas foram se recuperando do susto e, ao chegarem à vila contando a história, algumas pessoas, entre elas Maria e Betinho, declararam que também tinham avistado os dois objetos rumando em direção ao alto mar. Para o pescador Ronaldo “o mais interessante é que, quando tiramos a barrica com água doce que carregamos nas viagens, a mesma, que continha 25 litros, estava vazia e nós não havíamos usado mais do que poucas canecas. Como o ser de luz se aproximou da barrica, no convés, passamos a acreditar que ele tenha evaporado o líquido”.
O caso, um dos mais comentados pela imprensa cearense na década de 90, ficou sem comprovação, a não ser pela palavra dos envolvidos, pescadores honestos que nunca tinham observado nada no espaço durante toda sua vida de marujos. Devido aos inúmeros casos acontecidos nas regiões nordestinas de Cascavel, Iguape, Morro Branco – onde um UFO saiu do mar e foi testemunhado por nove pessoas –, Areia Branca e Mossoró, todas do interior do Ceará, e Timbaú (RN), no mesmo período e devidamente confirmados, temos que acreditar nas informações dadas somente pelos pescadores. Fatos como esse não são raros. O Brasil é um dos campeões mundiais em casuística ufológica em praias e alto-mar, sendo que os pescadores são os principais atingidos. Há inúmeros casos registrados regularmente pelos grupos ufológicos mais próximos da região litorânea. No país, os estados com maior número de fatos desse gênero são os do Nordeste – em especial o Ceará –, o Rio de Janeiro e Santa Catarina. Já quando se fala em grandes extensões de terra no interior do Brasil, as áreas com maior número de casos estão próximas do Pantanal.