Os avistamentos de UFOs na faixa litorânea paulista obedecem a certos padrões já detectados pelos pesquisadores em todo o mundo. Existe uma alta incidência de objetos não identificados entrando e saindo do mar, o que sugere que possa haver nas suas profundezas alguma base de operações submarina. O Grupo Ufológico do Guarujá (GUG) tem catalogado aproximadamente 400 casos acontecidos desde a década de 40, somente no litoral sul e norte de São Paulo, envolvendo vários graus de contatos. Os mais fascinantes, entretanto, são os casos em que aparecem os tripulantes destes UFOs.
A tipologia que periodicamente visita a região é muito variada, e as atitudes são inusitadas. Fatos relacionados ao Fenômeno UFO, que ocorreram no passado naquela região, são considerados mitos e lendas e recebem denominações variadas, como por exemplo Mãe do Ouro, assombrações, bolas de fogo, M’bai-tatá, Mulher de Branco, olho encantado, etc. É bom salientar que cerca de 90% dos casos se deve a fenômenos naturais e erros de interpretação que eventualmente confundem a população caiçara, que na sua maioria é desinformada quanto a este assunto. Um dos documentos mais antigos que menciona o Fenômeno UFO encontra-se no Museu Nacional do Rio de Janeiro e compõe-se de uma carta escrita pelo jesuíta José de Anchieta, na cidade de São Vicente (SP), datada de 31 de maio de 1560, citando pela primeira vez um fato ufológico na região. Ele escreve claramente sobre o M’bai-tatá ou Baetatá [Coisa de fogo]. “Há também outros (fantasmas) máximes nas praias, que vivem a maior parte do tempo junto ao mar e aos rios e são chamados de ‘que é todo de fogo’. Mas não se vê outra coisa senão um facho cintilante correndo por ali, que acomete rapidamente os índios e os mata como curupiras. O que seja isto não se sabe com certeza.” Pela descrição do padre fica evidente que era um fenômeno temido pelos indígenas, e a palavra “mata” pode ser apenas uma alusão a um rapto ou desaparecimento.
Contudo, um dos locais de maior incidência ufológica e envolto em lendas e histórias curiosas no litoral norte é a cidade de Ilha Bela. Os moradores mais antigos relatam vários casos de UFOs, como o ocorrido com Manuel Felipe, há 40 anos residindo no lugar. Ele conta que em uma noite escura, ao se aproximar de uma cachoeira, surpreendeu-se com a aparição de algo em forma de bastão de fogo, com 2 m de altura. Ao tentar chegar perto, o objeto deslocou-se, iluminando toda a área com sua luz azulada. Felipe, estonteado, caiu adormecido e quando acordou o local estava silencioso, como se nada tivesse acontecido. Ainda conforme depoimentos da população local, alguma coisa em forma de olho é vista constantemente emergindo das águas cristalinas das cachoeiras. Conhecido como olho encantado, este fenômeno emite uma luz de cor azul e clareia o espaço a sua volta. Quando alguém se aproxima para pegá-lo desloca-se misteriosamente, deixando atrás de si uma cauda brilhante.
Mãe do Ouro – Objetos luminosos costumam também ser vistos cortando os céus sobre a Mata Atlântica. Uns chamam de Mãe do Ouro, outros de bola de fogo, mas, no entanto, pouco se sabe a respeito deles. Atualmente, o pesquisador Fábio Avolio, do Grupo Vega, tem realizado uma monitoração mais freqüente para tentar desvendar parte do mistério existente na região [Veja box]. Um caso interessante de avistamento aconteceu no dia 16 de março de 1991, por volta das 02:00 h, com o caminhoneiro Carlos Alberto de Jesus, 38 anos. Ele trafegava pela BR-101, na Serra de Maresias, quando deparou-se com um UFO estacionado ao lado da estrada. Subitamente o motor de seu pequeno caminhão parou. E, logo em seguida, um automóvel do tipo Escort parou atrás.
Foi então que surgiram dois seres de pequena estatura – cerca de 1,20 m –, de aparência humanóide, trajando roupa inteiriça clara e uma espécie de máscara de mergulho com uns tubos que ligavam-se a um aparelho nas costas. Através daquele artefato transparente Jesus pôde observar a forma dos olhos, que assemelhavam-se aos dos gatos. As criaturas olharam para o caminhoneiro e depois voltaram flutuando em direção ao UFO, que permanecia imóvel e sem ruído. O objeto projetou um cone de luz e os seres desapareceram nele. Depois, girou duas vezes e voou velozmente, numa velocidade incrível em direção à Serra do Mar. Em seguida, os motores dos veículos voltaram a funcionar sozinhos e normalmente. As testemunhas ficaram bastante chocadas com o fato, indo embora dali imediatamente.
O litoral paulista foi contemplado com várias ocorrências ufológicas em 1996. Entre as mais intrigantes está o caso de um possível pouso, inclusive com avistamentos de alienígenas, ocorrido na Praia de Porto Novo, em Caraguatatuba, no dia 21 de junho daquele ano. O ex-projetista da Embraer, César Miglioranza, viu em companhia de sua esposa Marisa, por volta das 00:15 h, uma forte luz branca vindo de Ilha Bela em direção à praia. Um objeto discóide e luminoso, de aproximadamente 5 m de diâmetro, flutuou silenciosamente sobre o local, descendo lentamente na vertical até tocar a areia, a alguns metros de onde o casal se encontrava. Durante a aterrissagem, quando estava a cerca de 50 m de altura, o UFO acendeu quatro fracas luzes alaranjadas, desligando a anterior.
“De repente surgiram 2 seres de aproximadamente 1,20 m de altura, cabeça desproporcional ao corpo, vestindo roupa prateada folgada. Em certo instante um deles se abaixou como se pegasse algo no chão,” contou Miglioranza à equipe do GUG e do Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (INFA), que esteve no local investigando o caso. Ele disse ainda que observou o fenômeno durante 10 minutos, mas não teve qualquer reação, pois ficou bastante perturbado. Quando se deu conta, já não estava mais no mesmo local onde tinha visto o UFO e sim sentado em uma das mesas de quiosque na praia, com o lado esquerdo do corpo semi paralisado. Marisa, assustada, disse ter visto o objeto afastar-se em direção a Ilha Bela. No dia seguinte, nenhum vestígio da aterrissagem foi encontrado, até porque a água do mar deve tê-lo apagado, em virtude da subida da maré.
Outro avistamento de extraterrestres – dentre os inúmeros enigmáticos – é o acontecido no início do ano de 1998 e averiguado pelo pesquisador Osmar de Freitas, do Grupo de Estudos de Objetos Não Identificados (GEONI). Celso Vendramini relatou que tinha viajado com sua família – a esposa Sônia e os dois filhos – e o amigo Roberto para Boracéia (SP). Numa certa noite, saiu junto com seu colega para fazer uma caminhada na praia e, por volta da 01:00 h, notou na areia algo estranhíssimo, parecido com uma redoma iluminada na cor prata. Depois de muito observar o objeto, voltaram para a pousada onde estavam hospedados. Roberto foi dormir, pois encontrava-se cansado. Porém, Vendramini resolveu chamar a esposa para ir até a praia. Sem hesitar, Sônia pegou uma lanterna e ele um revólver, e se puseram a caminhar ao lugar que ficava a cerca de 50 m dali.
Por volta das 02:30 h, ambos avistaram dois cachorros pertencentes a pousada, que os acompanharam na caminhada. Subitamente os cães começaram a latir sem parar em direção a água, o que fez com que Sônia apontasse a lanterna naquele sentido. Foi então que o casal viu uma estranha criatura. “Tinha a cabeça parecida com uma gota d’água, era bem magra e com aproximadamente 2 m de altura. Apresentava cor amarela opaca e caminhava meio desengonçada. Parecia um gafanhoto com braços compridos, que alcançavam ou passavam dos joelhos. As pernas também eram longas e o nariz pequeno. Notamos um tipo de murmúrio, mas eram sussurros indescritíveis. Havia ainda outros seres menores que andavam do lado dele,” relataram. Momentos depois, a criatura rumou na direção de ambos, que, assustados, acabaram disparando a arma para o chão. Nesta distração, o alienígena desapareceu como por encanto. Tentaram procurá-lo, mas em vão. No dia seguinte, Vendramini e Sônia foram, juntamente com Roberto e os filhos, ao local, não encontrando, no entanto, mais nada de anormal.
Ocorrências ufológicas bastante intrigantes também ocorrem em Peruíbe, a 152 km da capital paulista. Localizada na encosta da Serra dos Itatins e próxima da Reserva Ecológica da Juréia, Peruíbe é uma das regiões mais ricas em aparições de UFOs e seres estranhos. Além da repleta coleção de pitorescas lendas, um local que possui curiosas histórias – que a população antiga venera – é a Porta de Pedra ou Portal da Serpente, lugar próximo ao centro da cidade, situado na encosta da montanha à margem da estrada que liga Peruíbe a Guaraú. O Portal, com mais de 2 m de altura e cerca de 1,5 m de largura, é constituído por uma parede rochosa sólida, mas se alguém bate nela ressoa por dentro um som oco. Contam os ideogramas e as lendas entre os silvícolas que a porta e a serpente têm profundos significados. Um deles seria devido o local estar ladeado pelo símbolo do grande chefe Jura-para, ou seja, a Serpente negra, que para os indígenas é uma imagem sagrada.
Periodicamente são vistas bolas de fogo saindo do Portal. Também há quem diga que já viu à meia-noite, algumas vezes, um vulto gigante branco saindo pela porta e atravessando a pedra. De acordo com as lendas, seria um homem alto vestido de branco, com feições belas, louro, de luz suave como o luar, que ficaria parado no meio da estrada, observando o céu, os arredores e o mar. Este estranho ser é considerado como protetor e guardião de Peruíbe, e as aparições são tidas como sagradas. Outras pessoas contam que já viram vários desses gigantes louros andando pelas matas da montanha, procurando alguma coisa silenciosamente. Porém, a intenção real desses seres é um mistério! Muitos historiadores e pesquisadores relacionam a figura da serpente com os extraterrestres e suas naves celestes. Se esta afirmativa estiver correta, então as pesquisas de Maya Alice Ekman, já falecida, e que morou toda sua vida em Peruíbe, são verdadeiras. Segundo ela, todos esses fenômenos observados e constatados na região atestam que tem-se compartilhado a Terra com seres de outros planetas, que nos visitam e até mesmo moram ao nosso lado, o que confirmaria mais uma vez a presença extraterrestre.
Alienígena Luminoso – No litoral sul de São Paulo também ocorrem avistamentos de seres extraterrestres como o caso relatado pelo jovem Cláudio Beltrame Monteiro. Ele contou que um amigo seu chamado Sérgio – pseudônimo, pois a testemunha preferiu manter-se no anonimato – viu um alienígena luminoso na noite chuvosa de 28 de dezembro de 1989, em Itariri. Monteiro disse que Sérgio voltava da casa da namorada andando sobre os trilhos da ferrovia, quando ouviu um barulho estranho. Olhou para trás para ver de onde vinha o ruído e observou uma criatura brilhante como se fosse de energia.
Paralisado, ele protegeu o rosto com as mãos, pois a luz era muito forte, não sendo possível definir olhos, boca e nariz do ser. Sérgio teria explicado que a partir daquele momento o ET começou a se comunicar telepaticamente com ele, transmitindo muitas informações – entre elas a que existiria uma base na Serra da Juréia – em um curto espaço de tempo. Também foram mencionados vários dados de cunho filosófico. De acordo com Monteiro, a testemunha estava tão impressionada com a visão que não conseguia responder às questões formuladas pelo estranho ser. A criatura teria se transformado em uma bola luminosa e desaparecido verticalmente rumo ao céu. Sérgio então recuperou os movimentos e correu para sua casa, mas não conseguiu dormir. Seu rosto apareceu na manhã seguinte com queimaduras semelhantes às produzidas pela exposição em excesso aos raios solares. Seu trauma foi tão grande que ainda se recorda de tudo o que aconteceu naquele dia. Em 1990, Monteiro e Sérgio foram ao exato local do fato para reconstituir todos os detalhes. Procuraram alguma marca, mas, como era de se esperar, nada foi encontrado.
Comparando o caso acima com vários outros acontecidos no mundo, nota-se inúmeras semelhanças. Por exemplo, o GUG pesquisou um fato ocorrido no segundo semestre de 1985 com Eurani C. de Matos, moradora do Bairro Pombal, em Tucano (BA), que encontra similaridades com a ocorrência de Itariri. Por volta da meia-noite, Matos saiu de casa com o intuito de recolher algumas roupas que estavam estendidas no varal do quintal da propriedade e percebeu um clarão branco-azulado no formato de uma bola. Imediatamente, a esfera luminosa voou célere em sua direção. Atemorizada, ela correu velozmente no intuito de chegar a sua moradia, porém na metade do caminho de volta materializou-se em sua frente uma mulher envolta em uma luz ofuscante, na mesma tonalidade do clarão. Esta entidade tinha aproximadamente 1,5 m de altura e estava suspensa no ar a uns 15 cm do chão. Como no caso de Sérgio houve um contato telepático onde foram passadas várias informações.
Outras duas ocorrênci
as pesquisadas pelo GUG tiveram como palco a cidade do Guarujá (SP) e evidenciam as estranhas atitudes dos tripulantes dos UFOs. O primeiro fato aconteceu na praia do Guaiuba, no dia 23 de março de 1978, tendo como testemunha João Inácio Ribeiro, de 62 anos. Ribeiro, na época com 47 anos de idade, relatou que por volta das 18:00 h estava passeando pela praia, quando viu surgir do horizonte uma nave circular de 10 m de diâmetro, como se fosse uma bola aluminizada com luzes azuis, vermelhas, verdes e lilás. O objeto metálico possuía na parte superior uma espécie de cabine ou cúpula e abaixo 3 janelas circulares. Segundo ele, aquilo ficou imóvel a uns 80 m da praia sobre o mar, não produzindo nenhuma agitação nas águas, embora estivesse próximo. Também não fazia ruído algum. Amedrontado, Ribeiro viu aparecer dois seres baixos, de mais ou menos 1 m de altura, que trajavam roupas colantes acinzentadas e andavam por cima do objeto.
Ele disse ainda que os alienígenas eram calvos, possuíam boca e nariz pequenos e grandes olhos negros. Um deles portava uma espécie de bastão, enquanto que o outro segurava algo parecido com um aspirador, com um cabo e uma caixa preta embaixo. Eles operaram este aparelho, passando-o sobre a água do mar, por cerca de 10 minutos e ao final entraram na nave. No momento seguinte, o UFO decolou e se posicionou a 10 m do nível do mar e, subitamente, mergulhou nele, sem produzir nenhuma turbulência, espuma ou ondas. Apenas se ouviu um barulho semelhante a um chiado. Ribeiro foi embora assustado e comentou o ocorrido em sua casa. Hoje, está convencido de que aquele objeto não era deste mundo.
O segundo caso aconteceu em 1982 com um soldado do Forte dos Andradas. Paulo Silva dos Santos explicou que no dia do ocorrido estava de sentinela em uma das guaritas da praia, distante do quartel aproximadamente 800 m. De madrugada, observou a mais ou menos 300 m sobre o mar uma esfera de cor alaranjada, com uma luz muito forte e um pouco menor que a Lua cheia, totalmente imóvel. “Quando me dei conta, uma patrulha em um jipe se aproximou e os soldados me perguntaram o que estava acontecendo, pois tinham visto aquela luminosidade do quartel. Eu não sabia o que responder, pois nunca havia observado um UFO e nem ouvido falar do assunto.”
Dança sem Sincronismo – De acordo com o soldado, 6 pessoas observaram o fenômeno, que durou aproximadamente 5 minutos e desapareceu num piscar de olhos. No dia seguinte, ele foi interrogado sobre o fato por oficiais e depois afastado daquela guarita. Passou então a dar serviço em outro posto localizado na portaria do quartel. Meses mais tarde, por volta das 03:30 h, Santos estava de serviço naquele local, quando observou dois vultos brancos andando pela estrada. Ele os descreveu como duas pessoas gordas, muito altas, vestindo roupas folgadas. Disse ainda que correu atrás delas, mas voltou com medo, pois não conseguiu alcançá-las.
Em Cubatão também houve aparição de seres alienígenas. Aliás, um avistamento bastante interessante e assustador, segundo testemunhas. Era junho de 1997 e transcorria uma festa no salão de baile de um clube da cidade. Rogério Lascoski fora contratado como segurança e o lugar estava animado com cerca de 30 pessoas. Por volta das 21:00 h apareceu no local – simplesmente surgiu, pois ninguém viu entrar – uma pessoa diferente. “Ela estava ali aparentemente tentando dançar, mas era algo esquisito e sem sincronismo,” disse o vigilante. O dono da festa fez sinal para que o estranho fosse retirado. “Parecia um mendigo. Peguei no braço comprido dele e notei que o mesmo estava muito gelado. Não houve nenhuma reação, simplesmente me acompanhou até a rua andando de forma anormal. Ele pulava e arrastava o pé,” explicou Lascoski.
Enquanto levava a pessoa misteriosa para fora recomendava para que ela não aparecesse mais ali. Notou que o ser usava uma roupa inteiriça colada no corpo e formada por uma espécie de gaze na tonalidade bege. Percebeu ainda que parecia uma mulher muito magra, mas sem seio, com 1,5 m de altura, olhos grandes, pretos e foscos e um pequeno nariz. “Ela não tinha a parte branca do olho que as pessoas normalmente têm. Já na rua, falei para ir embora senão eu iria chamar a polícia. Ela não me respondia. Somente me deu as costas e saiu caminhando de uma forma diferente. Então escutei na minha cabeça, pois não vi a boca dela mexendo, uma frase: ‘Eu vim de Deus’.” De acordo com Lascoski, o ser estava se dirigindopara uma curva no fim da rua, quando apareceram duas pessoas idênticas a ele, que se posicionaram uma de cada lado. Os três saíram andando sincronizados e desapareceram depois da curva.
Ao retornar ao salão, o vigilante notou que as pessoas estavam assustadas. E muitos falavam que era uma caveira que havia saído do cemitério. Das 30 pessoas presentes pelo menos 10 viram o estranho ser. Porém, aconteceram fatos curiosos. Por exemplo, Tereza, uma das convidadas, olhou a criatura, mas sua filha que estava a seu lado não viu nada, embora tivesse percebido que Lascoski estava segurando algo. “Hoje sei que aquilo não era deste mundo. Recentemente, em meados de outubro de 1998, vi em uma fábrica algumas luzes estranhas por volta da 01:30 h.”
Em meio às aparições de seres extraterrestres está a manifestação de um fenômeno conhecido como Mulher de Branco. Esta personagem é muito comum no litoral paulista, aparecendo em Guaiuba, Enseada, Perequê, Praia do Goês, Saco do Major, Santa Rosa, Vicente de Carvalho e especialmente no Guarujá. A probabilidade de estar relacionada com o Fenômeno UFO é muito grande. O GUG pesquisou alguns casos interessantes, dos quais serão citados apenas dois. Um aconteceu na década de 80 com Nelson de Castro e seu colega Justo, quando estavam pescando, próximo ao Saco do Major, durante a noite. Segundo eles, de repente, acendeu um flash de luz, onde dentro via-se uma criança brilhante. Esta luminosidade estava projetada em cima de uma pedra. Ao tentarem se aproximar, ela desapareceu como se tivesse apagado.
Mulher Iluminada – O outro caso ocorreu em 1989 na Base Aérea de Santos, localizada em Vicente de Carvalho. Era uma noite calma e um sentinela, que estava de serviço atrás do hangar das aeronaves, próximo à torre de controle, vira uma mulher toda iluminada que flutuava acima da água. Temeroso o sentinela correu para chamar o cabo e dois soldados que também se encontravam trabalhando. A seguir, os quatr
o militares foram ao local da aparição onde constataram a veracidade do fato. Um deles tentou se aproximar daquela mulher, mas quando faltava apenas 3 m, ela desapareceu no ar.
Manifestações ufológicas em instalações militares são muito rotineiras. Um caso clássico aconteceu na madrugada de 3 para 4 de novembro de 1957, no Forte Itaipu, em São Vicente (SP). Naquela noite houve um blecaute e duas sentinelas que cumpriam guarda no alto dos muros da fortaleza sofreram graves queimaduras quando um UFO circular vermelho desceu sobre ambos. Um dos soldados, vencido pelo intenso calor, caiu de joelhos desmaiando em seguida. O outro militar, gritando de medo e de dor, atirou-se embaixo de um canhão, protegendo-se da luz intensa. Os gritos despertaram as tropas da guarnição, mas antes mesmo que qualquer um deles pudesse sair dos alojamentos, todas as luzes se apagaram. Poucos minutos depois a energia elétrica voltou. Alguns soldados puderam observar o UFO afastando-se rumo ao espaço. Após o atendimento médico aos dois sentinelas atingidos, o comandante do Forte enviou uma mensagem urgente para o Quartel General do Exército Brasileiro. Em seguida, os pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) foram colocados em patrulhas especiais.
O detalhe que chamou a atenção neste aterrorizante caso é que as piores queimaduras estavam por baixo da farda do Exército dos soldados. Os ferimentos podem ter sido causados por um raio do tipo de microondas. O acidente foi abafado no Forte, apesar de vários civis e militares terem visto o objeto naquela noite. Como na época os Estados Unidos possuíam maiores conhecimentos sobre os UFOs, as autoridades brasileiras pediram auxílio à Embaixada norte-americana. Em pouco tempo chegaram pesquisadores militares dos EUA para investigar o ocorrido, juntamente com oficiais brasileiros. Recentemente foi liberado através da Lei de Liberdade de Informação (FOIA) um documento da Embaixada que mostra resumidamente o que aconteceu naquela fatídica madrugada.
Projetos Militares Secretos – No dia 05 de novembro de 1996, este autor proferiu palestra ufológica dentro das instalações da Base Aérea de Santos (BAST), a convite de seu comandante, o coronel aviador Marco Aurélio Ferreira da Gama. Participaram cerca de 25 militares – reunidos por ordem de seus superiores – que viram inúmeros aspectos da Ufologia, como erros de interpretação, fraudes e projetos militares secretos que podem facilmente ser interpretados como sendo UFOs. Além de várias evidências e provas da realidade do Fenômeno UFO, como radarização e documentos sobre projetos de pesquisa efetuados pela FAB. Após a exposição, que foi ilustrada com vídeos, slides e painéis fotográficos, houve muitas perguntas formuladas pelos presentes a respeito do assunto, e em seguida os soldados passaram a contar casos de avistamentos de UFOs em que foram protagonistas, inclusive esboçando formatos, trajetórias e outros detalhes para dar uma visão precisa do ocorrido. Nesta ocasião, os pesquisadores do GUG também tomaram conhecimento de outros casos ocorridos com militares da Base, inclusive um pouso na cabeceira da pista. Apesar dos muitos depoimentos colhidos pelos grupos de pesquisas, não se tem um número de quantos fatos envolvendo UFOs aconteceram – e ainda acontecem – no litoral paulista. No entanto, estatisticamente, ocorrem dois casos por mês na Serra do Mar. Isso indica que esta região está constantemente sofrendo a incursão destes objetos. Mas quais seriam os objetivos? Um outro avistamento nessa área ocorreu em junho de 1993, às 21:30 h, quando Messias voltava para sua residência localizada no Vale do Quilombo. Enquanto andava pela estrada deserta, notou ao longe um foco de luz amarelo, como um cone projetado de baixo para cima. Ele disse que era uma luminosidade muito intensa que se aproximou a ponto de envolvê-lo, mas não conseguiu observar de onde a mesma provinha. “Senti um calor, uma espécie de queimação nos braços e nas pernas. A luz saiu de cima de mim e continuou silenciosa, prosseguindo seu caminho rumo a pontos mais adiante da estrada. Fiquei com medo e tratei logo de voltar para casa.”
Os casos mais recentes de avistamentos de UFOs no Guarujá aconteceram no dia 1 de março de 1999. O jovem Daniel e uma amiga observaram, por volta das 05:30 h, no bairro do Santo Antônio, um UFO triangular. Ele contou que já estava amanhecendo quando percebeu um brilho no céu, algo na forma de um triângulo invertido na cor prata, que efetuava movimentos para frente e para trás. Daniel relatou que o objeto era aparentemente de pequenas proporções e em certo momento soltou algumas faíscas prateadas, sendo que recolheu as mesmas para depois desaparecer rapidamente fazendo idênticas evoluções, rumo a Santos. Ainda naquele dia e no mesmo bairro, Roberto Luís Rabelo também viu um UFO, às 17:00 h.
UFO Tipo Kombi –“Eu estava fazendo café e observei pela janela um objeto comprido passando rapidamente a mais ou menos 100 m de altura. Saí até a porta e notei que era maior que um carro do tipo Kombi, na cor preta e que se deslocou velozmente rumo ao Iate Clube de Santos,” disse Rabelo. Segundo ele, o fenômeno durou apenas 10 segundos.
Mesmo com as manifestações ufológicas ocorrendo em todo o litoral paulista, os casos de pousos são mais raros, mas acontecem vez ou outra. No Guarujá foram registrados 5 pousos: em 1960 (Vila Maia), 1973 (Bairro Cachoeirinha), 1983 (Morro da Glória) e 1989 (Praia de Cortadura Góes). Porém, o mais interessante e representativo aconteceu em 1 de outubro de 1995 e foi pesquisado pelo GUG e pelo INFA. Por volta das 23:00 h, os pescadores Fernando Bezerra e Wilson da Silva Oliveira recolhiam suas redes de pesca quando observaram, assustados, a descida, a poucos metros, de um UFO com fortíssima iluminação na Ilha do Major. No início da observação os dois acharam que se tratava de um balão, mas no momento em que o objeto se aproximou em grande velocidade notaram que estavam diante de um fenômeno diferente e aterrador. “Quando a luz estava em cima de nossas cabeças mudou de direção e foi até uma ilhota entre os meandros dos mangues do Rio Piaçabuçu, onde pousou,” relata Bezerra.
“Quase morri de medo. Me escondi no porão do barco,” lembra Oliveira. A luz que vinha do UFO era de uma tonalidade amarelada e tão intensa que os dois pescadores tentaram fugir, mas o motor da embarcação não pegou. Quando finalmente voltou a funcionar, saíram rapidamente dali. Eles puderam observar que o UFO não fazia barulho e que possuía na parte inferior algumas luzes que giravam, sendo qu
e o foco produzido por ele era muito potente, pois ambos viam os caranguejos na toca do outro lado do rio.
Vegetação Amassada – No dia seguinte, pela manhã, ainda assombrados, os pescadores voltaram ao local armados e viram a marca no chão. Encontraram um círculo de 5,5 m de diâmetro, onde a vegetação estava seca, amassada e nivelada, em sentido horário. Também encontraram 4 marcas de sapatas de apoio retangulares, cada uma com 10 x 15 cm. Os sinais estavam proporcionalmente distribuídos e demonstraram que o objeto tinha peso, porque provocou um afundamento no solo de 1,5 cm. A notícia foi publicada pelo jornal A Tribuna em 8 de outubro de 1995. Na investigação feita pelo GUG e INFA, além da reconstituição do ocorrido, foram efetuadas filmagens, fotografias, medições, moldes em gesso das sapatas, coleta do solo e vegetação. Este caso, considerado de 2º grau, causou o efeito mecânico, caracterizado pela marca impressa no solo e pelas plantas amassadas e quebradas no local.
A vegetação sofreu uma queima de luz excessiva e o efeito eletromagnético ocasionou a parada de funcionamento do motor da embarcação. Posteriormente, os componentes elétricos do barco sofreram danos, chegando a queimar, e as ferramentas e partes metálicas apresentaram uma corrosão que não existia antes. Outro efeito observado foi o fisiológico nas testemunhas. Ambos queixaram-se de irritação nos olhos e diarréias. “A análise do PH do solo não registrou nenhuma alteração,” atesta Claudeir Covo, presidente do INFA. Porém, alguns testes envolvendo o plantio de sementes demonstraram que curiosamente as que foram colocadas nas amostras do solo de dentro da marca germinaram facilmente, e as plantadas fora do círculo não chegaram a brotar, sendo atacadas por fungos. Na maioria dos casos onde acontece alteração da terra é observada a esterilidade da mesma. Porém, numa pequena parcela ocorre justamente o contrário, ou seja, a adubação do terreno. Após efetuar as medições na área, Mário dos Santos Filho verificou também que uma tampinha de garrafa encontrada no local apresentou um campo eletromagnético dobrado. Analisando as marcas de sapatas descobriu-se que as mesmas não são idênticas, possuem apenas semelhanças. Pelo tipo de pressão no solo e levando em conta o terreno de mangue, concluiu-se que cada sapata teria o peso de 25 Kg. Portanto, a nave possuiria apenas 100 Kg. Como a casuística ufológica traz uma bagagem grande de casos de objetos pesando algumas toneladas, acreditamos que o UFO somente se apoiou, verificando que o terreno era mole e não colocando todo o seu peso nele.
Ficou evidente para os pesquisadores que as marcas não são de helicópteros ou aeronaves convencionais. Não houve acampamento no local durante aquele fim de semana. O 2º Batalhão de Caçadores, que costuma promover treinamentos na mata, informou que não esteve na área e muito menos ao longo do Rio Piaçabuçu na referida data. Os pescadores envolvidos são considerados recatados pelos demais companheiros da região e juram que não inventaram nada, nem que seriam capazes de chamar a Imprensa para brincar com algo por eles qualificado como sério. Para corroborar que os UFOs estavam nessa região, no dia seguinte ao pouso aconteceu um avistamento na Praia do Indaiá, e ao longo do mês de outubro de 1995 ocorreram vários casos na região.
Apesar dos constantes avistamentos, provas fotográficas ou filmagens existem poucas. Uma foto foi obtida em 30 de março de 1986, por volta das 14:00 h, por este autor. Sete pessoas que participavam de um churrasco puderam ver o UFO. Na época o negativo e a fotografia foram analisados por Claudeir Covo, que concluiu tratar-se de um objeto sólido, com forma não convencional, sendo considerado um caso de UFO autêntico. Em maio de 1996, o GUG recebeu uma carta assinada por Orlando Morais, contendo uma fotografia, um negativo e uma história ufológica. Ele contou que no dia 8 daquele mês estava na Praia do Guaiuba, por volta das 02:00 h, juntamente com sua namorada Mônica, quando observou sair do mar um objeto grande cheio de luzes vermelhas. O UFO não emitia barulho. “Depois de alguns minutos, lembrei da máquina fotográfica no carro, então peguei-a e bati uma chapa. Quando fui tirar a segunda, aquilo sumiu.” Morais disse ainda que ficara no local por mais alguns instantes, mas o artefato não voltara a aparecer. A foto que ele mandou não tem ponto de referência, somente mostra luzes intensamente vermelhas, e a análise demonstrou que não se tratam de defeitos ou manchas no negativo.
Fogos de Artifício – Para terminar, é de vital importância mencionar o clássico caso da explosão de um UFO em Ubatuba, ocorrido em 1957, na Praia das Toninhas, na presença de várias testemunhas. No dia 14 de setembro daquele ano, Ibrahim Sued publicou em sua seção diária de O Globo uma correspondência que havia recebido de um leitor. Este relatou que há alguns dias atrás, quando pescava com vários amigos, viu um disco voador que aproximou-se da praia em incrível velocidade. De acordo com o divulgado, todos acompanharam com os olhos o espetáculo até o momento em que o UFO explodiu, caindo em milhares de pedaços que pareciam fogos de artifício, com um brilho fortíssimo. O leitor contou também que recolheu algumas partes do material, “tão leve que parecia papel.” Na época, três fragmentos do UFO chegaram às mãos do doutor Olavo T.
Fontes, médico e ufólogo brasileiro, sendo primeiramente analisados no Departamento Nacional de Produção Mineral do Ministério da Agricultura. Ali, as amostras protocoladas foram para a Seção de Espectrografia, sendo estudadas pela técnica Luiza Maria Barbosa. O laudo técnico especificou: “A análise espectográfica revelou a presença de magnésio (Mg) em alta concentração e ausência de qualquer outro elemento metálico.” Mais dois exames efetuados por Fontes comprovaram a pureza incomum deste metal – 99,99% –, não sendo encontrado na natureza com tamanho grau de limpeza.
Dessa maneira, o ufólogo resolveu enviar fragmentos para a Aerial Phenomena Research Organization (APRO), nos Estados Unidos, juntamente com os relatórios. Também entregou uma amostra ao major Roberto Caminha, do Exército, e ao comandante José Geraldo Brandão, da Marinha, a fim de que fossem analisados por técnicos militares – os resultados não lhe foram comunicados. Em 1970, engenheiros metalúrgicos da Companhia Dow, dos EUA, os médicos Walter W. Walker e Robert W. Johnson, analisaram o fragmento e fizeram novas descobertas quanto à estrutura do material. As pesquisas demonstraram que houve uma fusão solidificada unidirecional, técnica impossível para a época.
O litoral paulista é um dos locais que têm a maior e mais diversificada incidência ufológica. O trabalho é árduo para os pesquisadores que se aventuram e tentam separar o joio do trigo, pois é bem verdade que muitos dos casos podem ser explicad
os como fenômenos físicos conhecidos – balões meteorológicos, projetos secretos e infelizmente até fraudes. Mas uma pequena porcentagem das ocorrências permanece enigmática. Hoje é vital que os ufólogos não fiquem somente na dependência de depoimentos de pessoas que tiveram algum tipo de contato, e sim que sejam mais ousados na busca de uma compreensão maior do Fenômeno UFO através de pesquisa de campo e monitoramento do céu em áreas de maior incidência, utilizando metodologia científica e buscando respostas para este enigma através de uma relação direta. A verdade com certeza está lá fora.
Pesquisando UFOs em São Paulo
Desde agosto de 1985 o litoral do Estado de São Paulo conta com o Grupo Ufológico do Guarujá (GUG) para investigar a rica casuística da região. Entidade particular de cunho científico e sem finalidades lucrativas, o GUG segue uma linha de pesquisa objetiva e direta, procurando desenvolver seus estudos de maneira abrangente e aprofundada. Unidos pelo mesmo interesse – divulgar o Fenômeno UFO –, os mais de 100 integrantes do grupo já investigaram inúmeros casos bem documentados no litoral paulista e mantêm uma atividade constante de catalogação de novas ocorrências. Seu presidente, Edison Boaventura Júnior, autor desta matéria, é colaborador da Revista UFO há muitos anos, tendo publicado matérias que causaram ótima repercussão na Ufologia Brasileira. Paralelamente aos trabalhos de investigação, o GUG realiza a Ação Ecológica Unificada (AEU), que tem como objetivo esclarecer a população do Guarujá sobre temas preservacionistas. O grupo edita ainda o boletim Supysáua, palavra que em língua Tupi significa “a verdade, somente a verdade”. O boletim está disponível na Internet sob o endereço http://www. carrier. com.br/~gug. A Equipe GUG realiza também pesquisas de cunho histórico e arqueológico, preenchendo uma lacuna existente na área. O endereço da entidade é: Caixa Postal 039, 11401-970 Guarujá (SP).