O Caso Icaraí fora tão surpreendente para um dia de Natal que seria preciso examiná-lo melhor. De início, em razão dessa importante data, parecia um alarme falso, dado por alguém querendo insinuar uma suposta “volta de Jesus”. Mas bastou averiguar um pouco para concluir-se que não era uma fraude nem tampouco uma insinuação religiosa. Os UFOs realmente tinham feito uma revoada. A praia de Icaraí fica dentro da Baía de Guanabara e costuma ser palco das maiores festividades da cidade de Niterói. De lá se avista as mais famosas praias do Rio de Janeiro, vislumbra-se também as magníficas elevações da Pedra do Índio, Pão de Açúcar e Corcovado, onde está o Cristo Redentor. Seu movimentado calçadão é local de passeio obrigatório para turistas, moradores e jovens em busca de outros olhares.
Logo entrei em contato com a testemunha principal, Luiz Ricardo Mello, procurando saber dele se alguém havia tirado fotos ou filmado os UFOs e se poderia descrever-me os acontecimentos. As informações iniciais davam conta de uma verdadeira revoada na noite de 25 de dezembro de 2006. E poucas horas depois, exatamente às 00h36 da manhã, Ricardo deu o alarme na internet, contando um pouco os acontecimentos: “Dezenas de objetos sobre o céu de Niterói, agora à noite, cerca de 21 horas. Estou na praia de Icaraí, com a minha família. Todos presenciamos, impressionados, algo jamais visto. É difícil até começar a descrever. Havia no céu objetos de cor vermelha, emitindo luzes brancas, como flashes, e fazendo movimentos circulares. Ao final, uma espécie de sonda ficou quase 10 minutos parada em frente à praia de Icaraí, não muito alta, emitindo uma luz branca e piscando intermitente. Foi fantástico! Se isso não foi o primeiro grande contato, então não sei o que poderia ser… Fico no aguardo de outros relatos”, finalizou esperançoso.
As primeiras informações – É importante lembrar que a primeira coisa que veio à cabeça da testemunha, numa noite de Natal passada com a família, foi compartilhar o avistamento com pessoas da lista de Ufologia da qual ele participa. Não teve dúvida, veiculou a notícia apenas três horas após o ocorrido, na esperança de que alguém, assim como ele e a família, pudesse também ter visto o insólito. Naturalmente que um relato assim gera muitos comentários e enseja múltiplas consultas. A conversa correu solta durante as primeiras horas da manhã e o dia seguinte inteiro. As primeiras informações não demoraram a chegar. De modo geral, os consultados declaravam não terem visto nada. Contudo, a falta de corroboração visual num evento UFO não é fato incomum. Afinal, não são as multidões que relatam os avistamentos, mas apenas algumas pessoas, aquelas que estavam no local e de olho no lugar certo do céu quando o insólito sobreveio. Os UFOs de Icaraí davam indícios de algo semelhante.
O moderador do grupo, Paulo Poian, tentou obter mais informações, mais algum detalhe que pudesse esclarecer melhor os fatos. Ao mesmo tempo, solicitou ao pessoal do Rio de Janeiro alguma notícia veiculada nos meios de comunicação como rádio, televisão etc., que pudesse corroborar o avistamento. Considerou que um evento de tal proporção, no horário informado, deveria ter sido observado por mais testemunhas. Sendo assim, preferiu com prudência aguardar outras informações.
Interesse internacional – Ainda em 26 de dezembro, Jacques Arongaus, de New Brunswick, Canadá, por e-mail pedia a Ricardo mais detalhes do avistamento, ao que foi atendido: “Jacques, o avistamento foi feito da janela do apartamento, com vista para a Baía de Guanabara. Toda a minha família (esposa, filho, mãe, irmã, sobrinho, cunhado) viu o objeto sobre o mar, a tal sonda… E os demais objetos sobre um morro nas proximidades. A sensação geral foi de que algo fora do normal estava acontecendo, devido à quantidade e a pequena distância dos objetos. Tinham cor vermelha, semelhantes a uma estrela, porém com movimentos circulares e horizontais, emitindo flashes de luz branca. O mais impressionante foi o último, sobre o mar, cerca de uns 300 m de altitude. Emitia uma luz vermelha, com flashes em luz branca, piscando muito rápido. Tivemos a sensação de que todos os moradores da praia de Icaraí ou mesmo quem estivesse no calçadão da praia naquele momento, poderiam ver tudo, devido a proximidade. Infelizmente, a posição do apartamento não nos permite ver o calçadão. Liguei a TV na mesma hora, procurando algum tipo de noticiário, mas nada… Usando um binóculo, meu filho chegou a comentar que parecia uma nave do tipo ‘Star Wars\’. Não a vi saindo de alguma nave-mãe. Quando percebi, ela já estava no céu, piscando forte, estacionária. Asseguro que não era qualquer tipo de aeronave terrestre. Continuamos super intrigados com o que aconteceu…”
O filme disponibilizado – Foi em meio a esse clima que Ricardo contou-me: “Pedro, desculpe a demora. Eu estava retornando a Brasília, onde resido. Passei o Natal com a minha família, em Niterói. Para minha grata surpresa, meu filho filmou o objeto que emitia flashes, parado acima do mar. O vídeo não está com resolução boa, pois foi feito com a câmera do celular. Mas dá bem para ter uma idéia do que relatei na lista UFO. O arquivo de vídeo está em outro computador, em minha residência. Mais tarde vou te encaminhar”. E encaminhou mesmo!
Em razão dos ufólogos do Canadá também terem interesse no filme, encaminhei primeiramente as imagens para apreciação da Equipe UFO, em particular para o editor da Revista UFO, A. J. Gevaerd, solicitando-lhe que encaminhasse o vídeo para perícia, emitindo posteriormente as considerações necessárias e dispondo as imagens para conhecimento público. A comunidade ufológica tanto nacional quanto internacional aguardava isso com muito interesse. O filme de 2min31seg foi disponibilizado no site da Revista UFO.
Um vôo ondulatório, tipo carrossel – Em 3 de janeiro de 2007, após receber o relato da ufologista Elaine Villela, consultora da Revista UFO, dando conta de um avistamento a partir de seu apartamento na praia de Icaraí, remeti essa informação ao Ricardo, dizendo-lhe que o evento se passara a 4 dezembro de 2006, 20 dias antes de seu avistamento. No comunicado, Elaine contava:
“O céu está claro, com lua e tudo mais… Antes do problema atual com os radares e controladores de vôo, eu já tinha notado que os aviões estavam com suas rotas um tanto ‘descontroladas\’. Apesar de leiga no assunto, conheço bem o tráfego aéreo daqui, dos aviões do aeroporto de Santos Dumont e alguns provenientes do Galeão, cortando a Baía de Guanabara. Tenho um ‘posto\’ de observação privilegiado na minha janela.
Há uns dois meses, 2 aviões quase se ‘esbarraram\’ ao cruzarem suas rotas à pouca dist
ância. Uns passam baixo demais, outros, pousam quase ao mesmo instante que o outro decola. Ficam ‘fazendo hora\’, dando voltas para esperar permissão de pouso. Isso não acontecia antes. Hoje, ao chegar à janela, levei um susto! Um avião se aproximava quando uma luz emitiu dois flashes próximos a ele. Pensei que fosse outro avião na mesma rota. No entanto, a luz desapareceu. Com certeza, o piloto também deve ter levado um grande susto. Logo em seguida, vi um objeto em alta velocidade, com uma luz não tão intensa, percorrendo o traçado do Gigante de Pedra à baixa altitude, e passando pelo aeroporto S. Dumont, onde, na hora, uma aeronave levantava vôo, quase junto com o objeto.
Ele tinha um vôo ondulatório, tipo carrossel. Passou pelo Corcovado, pelo Pão de Açúcar e desapareceu. Mais tarde, entre o Pão de Açúcar e a Fortaleza de Santa Cruz, surgiu uma luz branca, lenta, que mudou para vermelho e emitiu algo parecido a um foco de luz, muito tênue, projetado ao mar. Chamei meu marido, ele ainda viu quando o objeto mudou de cor novamente, agora para verde, e em altíssima velocidade seguiu um trajeto retilíneo, fugindo do nosso foco. Creio que não poderia ser helicóptero, pois a velocidade que tomou depois seria a de um jatinho. Mas, como o jato não fica parado um tempo sobre o mar, descarto essa possibilidade. Depois disso, alguns helicópteros (bem diferentes do objeto) foram em direção à Fortaleza, algo também que não é muito freqüente à noite, por essas horas. E mais luzes em flash espocaram no céu naquela região, em intervalos e locais diferentes (não eram fogos de artifício, nem tinha nenhum balão). Depois, a mesma luz passou em vôo. E em questão de segundos se apagou por completo. Esse fenômeno de flashes está muito freqüente por aqui. Hoje, sem dúvida, o céu tem algo mais que aviões, satélites e helicópteros.”
Forma de dois círculos laranja – “Para finalizar, olhei novamente pela janela e como o céu está claro, deu para ver o surgimento de uma nuvem, uma névoa, tipo aquela deixada pelos jatos… Só que, novamente, estava entre o Pão de Açúcar e a Fortaleza, onde aparecera o objeto que mudava de cor, fazendo flashes esporádicos. Agora parecia um foco de holofote, de tão branquinho e reto que era, passando por cima do meu edifício. Tirei fotos, mas como a câmera é digital, não deu para ver nada.
Uns 4 meses atrás, eu estava vendo um filme na sala e olhei para o Cristo, onde havia uma luz intensa e brilhante sobre ele. Ela permaneceu assim durante algum tempo, uns 5 minutos e foi descendo, mais ou menos até o meio do morro, quando depois começou a ‘pipocar\’ de um lado para outro numa velocidade grande. Não poderia ser helicóptero. Eu tinha uma testemunha comigo. Enfim, aquela noite foi produtiva.
Agora é 1h54. Há pouco fui chamada pelo meu marido, que foi fechar a janela da sala e me mostrou um ‘objeto\’ diferente, tinha forma de dois círculos laranja, um embaixo e outro em cima. A coisa estava parada e tirei fotos, mas a máquina não pode captar. Se for balão é diferente de todos os que já vi…”, finalizou Elaine Villela. Os avistamentos foram no mesmo local em que a família Ricardo Mello registraria, 20 dias depois, o Caso Icaraí.
Fiquei até arrepiado – Em 4 de janeiro, depois de Ricardo tomar conhecimento dos avistamentos de Elaine, o qual fora remetido por mim querendo saber de suas impressões, ele falou: “Fiquei até arrepiado quando li os relatos da Elaine. Caramba, tem bastante semelhança com o que vimos! E lá mesmo em Icaraí: objetos emitindo flashes, luzes coloridas, movimentos etc. Outro detalhe, o filmezinho que te enviei tem pouco mais de dois minutos, porém, aquele objeto ficou se exibindo praticamente na nossa cara por uns sete ou oito minutos, os flashes que ele emitia eram muito mais intensos do que se vê no vídeo. Por vezes, descia ou caia desse objeto, na vertical, uma luz menor em direção ao mar. No momento da queda, o objeto maior apagava, depois, os flashes voltavam novamente. Amigo, não sei não, mas se isso tudo não for balão meteorológico ou coisa parecida, alguma coisa está acontecendo…”
Ricardo é um homem no esplendor de sua idade adulta, seus 43 anos estão impregnados de experiência e muita disposição. Formado em Análise de Sistemas e trabalhando numa grande empresa estatal, seu raciocínio lógico é capaz de distinguir com nitidez o científico do místico. Ele sabia perfeitamente que mesmo em solicitando à Equipe UFO uma análise detalhada do vídeo e de seus relatos, não pretendia com isso receber um “certificado” de ter visto um disco voador.
Seu objetivo era de compartilhar com os interessados a insólita experiência que tivera. Dotado de forte senso investigativo, tratou ele mesmo de extrair do vídeo 200 quadros de imagens congeladas, para melhor apreciação das várias cenas. Mas fez isso sem alterar o formato, cor ou qualquer outro aspecto da imagem. “O resultado foi simplesmente estarrecedor!”, disse ele. E completou: “Nitidamente se vê o objeto, por vezes em formato de esfera ou talvez módulo de nave, com as luzes laterais acendendo alternadamente. Mas não sou especialista no assunto, é apenas uma opinião minha. Aguardo suas considerações”. E de fato, examinando detidamente as 200 “fotos”, descarta-se como fato gerador qualquer fenômeno atmosférico. A tecnologia empregada é de alta sofisticação.
Não sou um louco – Num comunicado anterior à testemunha, eu havia dito para não esperar da Equipe UFO um parecer oficial, certificando o avistamento como um evento ET. Seus membros têm fortes tendências científicas, geralmente não são místicos, não aceitam nem acreditam em casos sem fundamento lógico. Em casos como o de Icaraí, a prova cabal não existe. A Equipe procura ler os relatos, para saber se não há exagero, excesso de cientificismo ou fatores religiosos que possam alterar os fatos, procura saber se há outras testemunhas etc. Todos preferem ver o filme e entender primeiro se não se trata de algo forjado, de uma montagem eletrônica ou coisa do gênero.
Os fatores atmosféricos e os engenhos de vôo terrestres também são considerados. Depois, quando tudo vai bem, concorda-se que não se trata de um fenômeno natural e que a tecnologia usada possui sofisticação, ou seja, trata-se de objeto voador não identificado: UFO. Em suma, é um estudo calcado em fatos reais.
Ricardo, ao saber desse modus operandi da Equipe entendeu perfeitamente e externou seu modo de pensar, dizendo: “Eu respeito o posicionamento de cada um, seja científico ou místico. Pessoalmente, me posiciono nem tanto ao céu nem tanto à terra. Com certeza, não sou um louco, um desequilibrado, um fanático ou um místico à procura de ETs. Minha intenção não é entrar na polêmica: ciência ou religi&at
ilde;o. Isso vai longe e não leva a lugar nenhum… Divulguei o que vi na lista da UFO por achar que pessoas preparadas estão interessadas em analisar os fatos junto comigo. Como você mesmo notou, tenho em mim uma natureza investigativa, sempre tive fascinação pelo assunto vida extraterrestre. Graças a Deus (olha o misticismo…), meu filho filmou o que todos nós vimos. E eu nem sabia que ele tinha filmado, fui saber quando cheguei a Brasília, até lamentando não ter uma prova em mãos. Foi quando ele me contou que tinha filmado no celular! Então, surpreso, fiquei contentíssimo!
Quero deixar claro que não estou querendo convencer quem quer que seja. Aliás, não tenho tempo, vontade e nem disposição para esse tipo de bobagem. Também, convencer do quê? Quem achar que é uma fraude, simplesmente vai me provocar risos. Pode ser qualquer coisa, mas fraude, te asseguro que não é. Sou um homem sério! Apenas gostaria que a Equipe formulasse uma tese para esse objeto voador não identificado. A coisa paira no ar, não emite sons, emite flashes, muda de formato, some, aparece… Coisa mais estranha!”
O que você achou? – Ricardo encerrou seu comunicado fazendo uma indagação a mim: “Mas me diga uma coisa: pessoalmente, o que você achou das fotos?”. Eu não poderia me furtar de uma resposta objetiva. Quando leio os relatos de Elaine Villela, feitos no início de dezembro de 2006, depois os relatos dele próprio, na noite de Natal (três semanas após os dela e sem conhecê-los), quando junto a esses relatos as 200 “fotos” e o vídeo de 2min31seg feito pelo filho do Ricardo, não tenho dúvida de que o avistamento no Icaraí fora de vários UFOs. O filme realizado fora apenas um detalhe dos avistamentos, mostra uma suposta “sonda” operando no local.
A natureza terrestre e a nossa tecnologia não fazem aquilo nos céus. O Ricardo sabe o que viu. E quem viu foi ele e a sua família, não aqueles que porventura contestem seu avistamento e suas provas, que na verdade são boas. Para minha satisfação, corroborando as minhas conclusões até o momento, recebi do engenheiro Claudeir Covo, co-editor da Revista UFO e investigador científico dos mais rigorosos e conceituados do Brasil, sua conclusão sobre o Caso Icaraí, redigida a 5 de janeiro de 2007:
“Pedro, vi o vídeo diversas vezes. Congelei alguns quadros. Os dois minutos e meio de vídeo mostram uma luz parada e piscando o tempo todo. Em certos quadros, a luz se expande, formando uma luminosidade diferente, com vários pontos luminosos ao redor do que está piscando. Também analisei os 200 quadros que o Ricardo congelou. Vários deles eu havia visto antes [congelando o filme]. Pela observação feita com binóculo e pelo tipo de iluminação fica descartada a hipótese de avião, helicóptero ou dirigível. Também fica descartada a hipótese de balão, por estar parado. Pena que foi filmado com celular, que tem a resolução baixa. Até o presente, trata-se de algo não identificado”.
O ufólogo e escritor Roberto Beck, conselheiro especial da Revista UFO, fez o seguinte comentário: “Recebi a matéria encaminhada. Simplesmente impressionante, apesar de ter sido filmado com o celular. Se ele tivesse também batido umas fotos, talvez pudesse melhorar a definição das imagens. Salvo melhor juízo, parece que existe algo mais além da luz (bola de luz), que se destaca…”.
Também o conceituado físico de universidade e consultor da Revista UFO, Claudio Brasil, considerou que a melhor pessoa para descrever o tipo de nave em operação seria o filho de Ricardo, que do posto de observação e de binóculo em punho comentou: “Parece uma nave do tipo ‘Star Wars\’”. Essa definição da testemunha em melhor condição de fazê-la, é surpreendente! Com a falta de melhor definição nas imagens do filme, a visão ao binóculo era a melhor no momento para definir o objeto.
Depois de terem vivido um episódio assim, é comum que os observadores perguntem a si mesmos: De onde eles vieram? O que estavam fazendo aqui? Por que na noite de Natal? Perguntas assim, talvez um místico pudesse respondê-las. Mas a Equipe UFO, que procura fazer um exame científico, na falta de provas conclusivas considera que tais questões não podem ser respondidas. Ninguém teria legitimidade para fazê-lo, senão o próprio alienígena. Mas se considerarmos os relatos sob sono hipnótico de pessoas abduzidas, única prova científica que temos, podemos cogitar de que eles estavam fazendo observações importantes aos seus propósitos, os quais não parecem ser os nossos nem tampouco benéficos a nós.
Tinha comando inteligente – Várias testemunhas deram os seus relatos, cada qual à sua maneira de ver os fatos. Alexandre Berwanger é bancário e mora em Niterói. É ele que conta: “Quem viu o objeto pela primeira vez foi o meu filho, M. M. B., de 8 anos, chamando logo a família que estava reunida no apartamento de sua avó, a mãe de Ricardo e de minha esposa, Luiza Cristina. Após o alerta, fui o último a chegar. E só vi luzes alaranjadas e vermelhas ao longe, sem chegar a uma conclusão do que via. Meus parentes já estavam há alguns minutos admirando os objetos e dizem ter visto muito mais do que eu.
Após sairmos do apartamento, passeamos pela praia de Icaraí. Estava cheia de gente. E vimos ainda os objetos fazerem evoluções no céu, mas em direção contrária à da Baía de Guanabara. E é justamente para a Baía que geralmente as pessoas olham, e não para o lado contrário, onde estavam agora os objetos. Nesse momento, vendo aquilo no ar, comecei a acreditar na versão de meus parentes. Apesar de os objetos estarem distantes agora, eles faziam evoluções estranhas, além de que apagavam e se iluminavam constantemente. Mas até aí nada…, pois poderiam estar entrando atrás das nuvens e desaparecendo. Então um deles permaneceu em sua posição no alto, e o segundo alinhou com o terceiro, que ia mais alto.
A partir deste momento, comecei a achar que aquilo poderia ser UFO, pois a trajetória do segundo, no instante anterior, não permitia alinhamento sem mudança de direção. Portanto, fazendo esse alinhamento no ar, aquilo não deveria ser um balão. Também não parecia ser um movimento de avião, porque os dois outros continuaram subindo até sumirem, enquanto o outro permaneceu como quê parado na sua posição. A movimentação no alto tinha um comando inteligente, porque o tal objeto ficou ‘parado\’ enquanto os outros dois se alinharam sobre ele, de forma improvável para mim se não houvesse essa intenção. Acho que foi um caso de UFO”, disse cunhado de Ricardo.
Foi um malabarismo no céu – “Sou Vanda, mulher de Ricardo, fico feliz em contribuir para esclarecer tudo. A impressão inic
ial que tive foi de estar vendo uma estrela gigante. Se estivesse na minha mão, ela teria o tamanho de uma bola de tênis. Primeiro, surgiu essa estrela que ficou uns cinco minutos parada no alto. Depois se moveu rápido em movimentos horizontais, para em seguida parar longe e ficar do tamanho de uma bolinha de gude. Em seguida surgiram ao longe três estrelas menores, vermelhas. Ficaram paradas como as ‘Três Marias\’, de forma eqüidistante. Mas não ficaram assim, se movimentaram entre elas, fazendo triângulos eqüiláteros.
A que estava à direita, desceu, fez um meio circulo, subiu para se posicionar no ângulo acima da base do triangulo eqüilátero. A que estava no meio, fez um semi-circulo e passou a que se posicionou ao topo, formando mais à direita novamente um novo triangulo eqüilátero. Foi um malabarismo no céu. Ficaram alguns minutos assim e sumiram na imensidão do céu. Nesse tempo, surgiu para além da mata algo como se fosse três estrelas do tamanho de uma ‘bola de tênis\’. Acendiam e apagavam na escuridão da noite, fazendo movimentos horizontais. Depois sumiram e não voltaram mais.Quando tudo se acalmou, nos recolhemos para os quartos.
Esses objetos tinham surgido atrás do apartamento, setor da área de serviço, que dá vista para a mata. Quando estávamos no sofá, falando sobre tudo, meu marido alertou sobre um objeto que estava se movimentando e piscando mais à direita do prédio da Reitoria da Universidade Federal – UFF. O objeto se posicionou sobre o mar, entre as praias de Icaraí, Charitas e São Francisco. Ficou parado ali, piscando intensamente luzes: branca, azul, amarela; e, como se estivesse jogando, as luzes caiam em forma de flash, desaparecendo no ar”.
Um “foguete” triangular vermelho – “Nesse momento, — continuou Vanda — entre um pulsar e outro, consegui ver que ao fundo, como se estivesse encoberto, uma forma avermelhada de algo como um foguete se estendia à direita e à esquerda, mais precisamente na forma de um triângulo, e ficou ali parado por tempo significativo. Eu estava ao lado de meu filho, quando ele se lembrou que tinha uma câmera no celular. Mas lamentou dizendo que ‘a bateria estava fraca\’. Mesmo assim, conseguimos filmar um pouco. Só temos esse filme. Além disso, não temos mais nada. Não tínhamos no momento uma câmera que pudesse filmar com mais precisão. Mas o vídeo está aí. Não há como duvidar de que vimos isso.Para mim, o movimento deles era inteligente. Eu não tenho como precisar melhor isso. E quando passavam, a altura e a distância deles era como quando passa um avião e você consegue identificar que é mesmo um avião e ‘não outra coisa\’.
Não sentimos medo na hora, ficamos apenas alegres, felizes e de boca aberta com tudo que estávamos vendo. Também não sentimos nenhuma reação corporal e nem percebemos mensagem telepática. Ficamos sim, com vontade de ‘dar uma voltinha…\’. No final, aquilo desapareceu, não mais emitiu luzes. Assim como surgiu do nada, também sumiu no nada…O objeto me pareceu estar blindado na sua aparência, como que envolvido em uma espécie de manto, justamente para que não fosse reconhecida a sua forma. No entanto, como eu já mencionei, entre um flash e outro identifiquei a forma de um triângulo. Depois disso, ficamos em família falando de tudo que aconteceu. Era algo jamais visto! Acredito que o nosso planeta é visitado por objetos que ‘ainda\’ não querem ser identificados completamente. Mas algum dia, não muito distante, creio que teremos surpresas, agradáveis ou não”.
Nave em forma de Y invertido – Allan, jovem de 17 anos, filho do casal Ricardo e Vanda, concordou em dar o seu depoimento falando da nave que vira nos céus: “Quando focalizei com o binóculo os pontos vermelhos que pareciam brincar no céu, me lembrei na hora de uma nave que havia visto no filme Star Wars, pois o formato era muito semelhante, algo como um Y invertido. Pesquisei na internet e achei a imagem da tal nave do filme, depois te mandando o desenho. Não cheguei ao ponto de conseguir ver se havia algo dentro. Também não fiquei impressionado e nem cheguei a sonhar com os UFOs. Apesar de se tratar de algo realmente impressionante, não me assustei e não fiquei chocado com o que vi. Sempre acreditei em vida fora da Terra e sempre tive a convicção de que esses fatos se tornarão cada vez mais comuns daqui por diante. Mas, claro, fiquei muito feliz por ter presenciado um verdadeiro show no céu carioca e por ter a confirmação de minhas convicções”.
Se isso não for importante… Caro leitor, eram três famílias a passarem juntas o Natal, duas de Niterói e uma de Brasília. As três viram os mesmos acontecimentos, e cada qual relatou à sua maneira o que viu. Naturalmente que não foi uma ilusão, mas fato real. O fenômeno atmosférico aqui está totalmente descartado, como mostram os relatos e o vídeo apresentado. Também não foi uma projeção de luzes da terra ao céu, como mostra bem o vídeo. Quanto à possibilidade de ser algo produzido pelas mãos do homem, os movimentos no ar descartam qualquer tipo de balão, dirigível, helicóptero, planador ou avião. Nenhum engenho humano fica tanto tempo parado no ar, completamente silencioso, para em seguida fazer evoluções rápidas e trocar facilmente de posição no alto.
O vídeo e as imagens congeladas mostram sugestivamente a atuação de uma suposta sonda do tamanho de uma motocicleta, que na Ufologia costuma anteceder a operação de uma nave maior. Os relatos deram conta de que os objetos em evolução modificavam a luminosidade e faziam as bolas de luz se transformar em um tipo enigmático de “foguete”, cuja forma avermelhada se estendia de um lado para outro, formando sugestivamente uma enigmática blindagem sobre um conteúdo que, ao binóculo, sugeria uma nave camuflada em forma de Y invertido, mas que a olho nu dava a impressão de ser um engenho de forma triangular.
Essa suposta camuflagem, por assim dizer, parecia esconder dentro de si uma presença de maior vigor. Para definir isso tudo, não há termo melhor do que “objeto voador não identificado”: UFO. E a hipótese da pluralidade dos mundos habitados avulta aqui como a melhor das possibilidades. Contudo, por questões de segurança temos de ressaltar que se as autoridades responsáveis pelo controle do nosso espaço aéreo não consideram isso importante para tomar providências e investigar os UFOs, então só nos resta dizer que elas podem estar incorrendo num grave erro, pois as evoluções se deram na borda do aeroporto do Rio de Janeiro, um dos mais movimentados do mundo, dentro de zona densamente povoada.
Palavras da Testemunha – O Caso Icaraí ensejava alguns esclarecimentos finais, para concluirmos parte da investigação. Sugerimos ao Ricardo Mello uma entrevista e ele prontamente concordou:
Ricardo, vamos recapitular um pouco. Quem viu o objeto pela primeira vez e como iss
o aconteceu? Naquela noite, entre 20h00 e 21h30, além desse objeto que filmamos foram vistos vários objetos nos céus. No local, além de mim estavam também minha mulher e meu filho, minha mãe, irmã, seu marido e filho. A primeira pessoa a ver algo estranho no céu foi meu sobrinho, de 8 anos. Ele estava na área de serviço do apartamento, que dá frente para um morro, distante uns 50 m do edifício. Estávamos todos na copa-cozinha, afinal de contas, no dia de Natal o divertimento é comer, comer, comer… Ele chamou a avó para saber o que eram aquelas luzes coloridas, em cima do morro. Esse morro é coberto de vegetação, com muitas árvores altas, antigas, e do outro lado tem um hospital. Claro que o alerta dele soou para todos. Então corremos para a área de serviço, numa janela grande que facilitava a visão. O apartamento fica acima do 10º andar. Então vimos pontos luminosos no céu, acima do morro, fazendo deslocamentos na direção horizontal.
Como eram esses pontos luminosos? Eles tinham o formato de um círculo de luz, pequeno, na cor vermelha, outro era verde, como se fosse uma lanterna. Passavam lentamente sobre o morro. A copa das árvores dificultava um pouco a identificação. Às vezes, é comum passarem helicópteros por ali, para pouso no heliporto do hospital. Mas posso afirmar que não eram helicópteros, não havia som. Pelo contrário, era tudo silêncio. Além disso, essas luzes coloridas não emitiam piscas, comuns em aeronaves. Descartei a hipótese avião ou helicóptero. Fiquei na dúvida se era um festival de balões (mas no dia de Natal?!). Não sei…, os cariocas continuam com esse mau costume de balões.
Ocorreu algum fato curioso, fora do comum durante o avistamento? Lembro-me que de repente surgiu um clarão atrás do morro, parecia relâmpago, mas a noite estava estrelada e não ouvíamos trovão nenhum. Outra coisa muito esquisita que se repetiu umas quatro ou 5 vezes, inclusive no momento em que víamos a “sonda” mostrada no filme, foi que passou voando em frente a janela um grupo de aves brancas, com asas enormes! Não estavam planando como as gaivotas, comuns na região, mas batiam as asas, lentamente. Seriam garças? Caramba, devo estar viajando na maionese…
Mas o que houve em seguida? Ficamos olhando o céu, ainda na área de serviço. E vimos, em outro ponto distante, três luzes vermelhas, semelhantes a estrelas, fazendo movimentos lentos. Minha mulher chegou a comentar que em determinado momento elas formaram um triângulo, com os vértices alternando. Eu achei que eram três objetos distintos, fazendo mudanças de posição. Não vi um quarto objeto. Também notamos, apenas no objeto do vídeo, que descia da “sonda” um ponto luminoso fraco, na cor branca, como se estivesse caindo, provavelmente no mar. Talvez tenha dado para ver isso porque ele ficou praticamente parado, num ponto bem próximo.
E como a luz foi embora? Aconteceu algo mais depois? Depois de alguns minutos, parou tudo. Então minha irmã, meu cunhado e meu sobrinho se despediram, eles moram perto, nas redondezas. Enquanto conversávamos, tentando achar uma explicação para as luzes, tocou o telefone. Era minha irmã no celular, avisando que eles estavam no calçadão da praia de Icaraí e continuavam a ver os objetos, luzes brancas acima do nosso edifício. Então corri para a área de serviço, mas não vi nada!
Talvez a sua posição dentro do edifício não fosse tão boa quanto à dela, lá fora no calçadão. E a sonda agora estava sobre o seu prédio, talvez difícil de ver pela área de serviço. A coincidência aqui é grande, justamente sobre quem a observava! O que te sugere isso? De observadores, passaram a ser os observados? A “luz” agora estaria querendo estudar vocês? Esse raciocínio faz sentido.
Seu filho filmou uma parte do evento e você não sabia disso, foi assim mesmo? Foi! Alguns minutos depois, sentado no quarto que dá frente para a praia, conversando com minha mulher e meu filho, de repente um flash piscando no céu me chamou a atenção. Então, novamente, soou o alerta geral na casa! Eu corri para o outro quarto, também de frente para a praia, procurando melhor visão. Então ficaram minha mulher e meu filho num quarto, e eu e minha mãe no outro, por isso eu não sabia que ele tinha feito aquela curta filmagem. Com relação a isso, quero registrar aqui a minha impressão no momento. Por que não pensei em filmar, fotografar? Pode parecer idiotice minha, mas a minha sensação era de que tinha tanta gente vendo esse objeto, os moradores dos edifícios da praia e as pessoas da rua, que com certeza alguém já tinha filmando isso para o Jornal Nacional. Se bem que a minha câmera fotográfica tinha ficado esquecida em Brasília, e para mim nada adiantaria… Por sorte, os nossos filhos são exigentes em tecnologia de ponta e mais espertos que nós. Bem, o filminho foi feito pelo Allan! E vocês podem agora apreciá-lo, ao que pese a baixa resolução do celular.
Olhando aquilo no céu, o que você achou que era? Teve idéia de tamanho e distância? Sinceramente, desde o primeiro momento tive a certeza de que eram UFOs, nada que conheço é como aquilo. Além disso, acredito em vida extraterrestre, já vi outros UFOs anteriormente. Meu palpite é que o objeto do vídeo tinha o tamanho de uma motocicleta, por isso o chamei de sonda. Para mim, não era uma nave tripulada, devido ao tamanho. Pode ser uma bobagem esta conclusão, pois não se sabe o tamanho que tem um alienígena. Quanto à distância, no prédio nós estávamos a uns 35m de altura, calculo que a distância do objeto era de uns 4km e sua altitude de uns 350m.
Se o morro fica uns 50m do prédio e se o objeto estava por sobre o morro, essa estimativa de uns 4km de distância não seria excessiva? Referi-me ao objeto do vídeo, visto a partir das janelas dos cômodos do apartamento que tem frente para o mar. Os demais foram vistos na área de serviço, na parte detrás do apartamento, que tem o morro próximo. De qualquer modo, é muito difícil precisar a distância e altitude, pois no céu não temos um ponto referencial para comparação, ainda mais quando não se sabe o que é o objeto, qual o seu tamanho real. Como a praia de Icaraí tem cerca de 2 km, fiz uma estimativa da distância em linha reta.
Houve alguma reação no corpo de alguém, tipo ardência na pele ou nos olhos, alguma sensibilidade telepática ou vontade súbita de ir a algum lugar? O áudio do vídeo, que retirei para manter a nossa privacidade, captou um som, como de um grito. Achei bastante estranho este fato, pois não me lembro de ter alguém gritando. Mas meu filho disse que havia crianças brincando no edifício. Fora isso, nada mais… Então escutei novamente o vídeo. P
arece mesmo grito de criança jogando bola. Tem uma quadra no edifício ao lado, mas não me lembro de ter visto alguém jogando bola ali.
Quero confirmar com você se a nave foi embora ou desapareceu. E para finalizar, o que você imagina disso tudo? A nave desapareceu! Presenciamos algo fora do comum. Pessoalmente, acho que fui agraciado com esse avistamento, foi um espetáculo bonito de se ver. Sem dúvida, estamos sendo visitados por alguma inteligência externa, que possui tecnologia superior à nossa. Significa simplesmente o início de uma quebra de paradigma para a sociedade atual: existe vida extraterrestre! As conseqüências dessa nova realidade e o como isso irá modificar as nossas vidas, ainda não sabemos.