Considerado pela Unesco Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera, o Pantanal é uma planície aluvial com um ecossistema único. Com mais de 250 mil km², integra parte dos territórios do Brasil, da Bolívia e do Paraguai — apenas em nosso país ocupa 138 mil km² dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Sazonalmente, parte dessa enorme área de cerrado é alagada pelo aumento do nível das águas do Rio Paraguai e de seus afluentes, dando assim origem ao chamado Pantanal Brasileiro, também conhecido pelos antigos como Mar de Xaraés.
Ao longo de sua fabulosa extensão — de cerca de 2.600 km até sua foz —, o Rio Paraguai tem sido cenário de uma vasta quantidade de ocorrências ufológicas, algumas inclusive documentadas pela Marinha Brasileira [Veja box]. Ele nasce na Serra de Arapoé, no Mato Grosso, estendendo-se o local da sua nascente sobre o Brejal das Sete Lagoas, na pantanosa Chapada dos Parecis, onde se encontram também as nascentes de mais 11 rios que fazem parte das bacias hidrográficas do Prata e amazônica. Sem o Rio Paraguai, o Pantanal não existiria.
A diversidade dos elementos de fauna e flora com que a natureza privilegiou o Pantanal o tornou um lugar único em nosso planeta. Em tal idílico cenário, antigas lendas, o folclore nativo e recentes histórias contadas por moradores e turistas levam-nos a associar parte delas, após um cuidadoso estudo, ao Fenômeno UFO. Lá, observações de objetos voadores não identificados e até de seus tripulantes há muito deixaram de ser raridade. Agora, a casuística ufológica do local voltou a chamar a atenção da imprensa, com casos recentemente ocorridos e outros, mais antigos, que acabaram por ser trazidos à tona.
Um dos mais marcantes episódios pesquisados por este autor aconteceu com a tripulação de um rebocador que opera no Rio Paraguai, manobrando barcaças que fazem o carregamento de minério de ferro extraído do Maciço do Urucum, perto de Corumbá. À 01h00 de 13 de fevereiro do ano 2003, a tripulação da embarcação terminara seu trabalho no Porto Esperança e subia o rio na direção de Corumbá, algumas horas de navegação dali. Pouco depois de fazer uma curva do rio, e após passar pelo Porto Morrinho, algo insólito aconteceu aos trabalhadores e marcou suas vidas para sempre.
Uma das testemunhas era José Rondon, marinheiro de convés. Ele relata que estava na proa da embarcação conversando com seu colega João Santos sobre o trabalho e fumando um cigarro quando, de repente, uns 700 m à sua frente, se acendeu uma enorme luminosidade — tão forte que não permitia aos homens enxergar a fonte que a produzia. Aquilo iluminava todo o rio, que naquele ponto é bastante largo,e suas margens. “Admirados com aquilo, gritamos para o comandante, João Batista, que estava na cabine de comando, dois metros acima de nós, para ver se ele sabia o que era aquele troço”, declarou Rondon.
Batista respondeu negativamente e começou a fazer sinais de luz com o farol do rebocador, além de usar a buzina. Repetiu várias vezes a operação, mas não houve qualquer resposta da fonte de luz. O comandante então reduziu a velocidade da embarcação e continuou em sua rota, mas, passados cerca de cinco minutos, todos notaram que o objeto continuava sempre a mesma distância, nem mais perto, nem mais longe — como que mantendo a mesma velocidade de navegação. “Subitamente, a luz subiu uns oito metros sobre o nível do rio e partiu direto em nossa direção a uma velocidade louca. O comandante, então, acionou o reverso dos motores e manobrou para boreste, ao mesmo tempo em que eu e o Santos nos jogávamos no chão do convés, para nos protegermos”, disse Rondon.
“Aquilo meteu medo na gente”
O objeto voador não identificado passou sobre o rebocador a extrema velocidade, mas permitindo que os homens pudessem ver seu formato. Era um artefato imenso na forma de tubo com janelas nas laterais. Tinha cerca de 150 m comprimento por uns cinco ou seis de altura. “Parecia emitir uma luz fluorescente brilhante e muito branca”, declarou o operário, que acrescentou que o aparelho não fez qualquer ruído, não agitou a água e seu deslocamento não balançou a vegetação das margens. Rondon disse também que o UFO se parecia com um grande iate e desapareceu assim que passou sobre o barco. “Aquilo se evaporou no ar e meteu medo na gente. Nunca tinha visto nada igual antes, e não quero voltar a ver”.
Uma quarta testemunha desse espantoso acontecimento foi o maquinista da embarcação, que se encontrava na área dos motores quando o comandante, sem aviso prévio e navegando avante, deu reverso nas máquinas. O homem, sem entender a manobra, saiu ao convés para verificar o que estava acontecendo e deparou-se com o objeto. “Aquele montão de luz foi a coisa mais linda que já vi em toda a minha vida”, declarou “Cérebro”, como é conhecido o maquinista. Sua vida, como a dos demais passageiros daquele rebocador, nunca mais foi a mesma — e isso se repete com muita gente que, navegando pelos rios do Pantanal, tem experiências igualmente intensas.
Missões de patrulhamento
Mas não apenas embarcações civis estiveram envolvidas com avistamentos ufológicos no Pantanal. Um caso clássico da Ufologia Brasileira contou com a participação, como testemunha, de um oficial da Marinha em um incidente chocante ocorrido nos anos 60 e pesquisado pelo co-editor da Revista UFO, Marco Antonio Petit, que o publicou em 2007 em sua obra UFOs: Arquivo Confidencial [Código LIV-019 da coleção Biblioteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br].
O então capitão-de-mar-e-guerra João Maria Romariz, hoje já falecido, relatou a Petit que em 1962, em uma das missões de patrulhamento que comandou no Rio Paraguai, ele e mais 14 militares a bordo de uma embarcação da Marinha presenciaram algo singular. O navio seguia pelo Rio Paraguai para Porto Murtinho, no sul do Mato Grosso do Sul, e já começava a escurecer quando a presença de certas luzes não identificadas foi detectada na proa da embarcação. O comandante observava as luzes quando uma delas passou por cima da embarcação. “Eu olhei para o alto e vi aquilo, tendo a impressão de ter observado umas janelinhas”, afirmou. O radiotécnico José M. de Souza, que estava ao seu lado, ao observ
ar o artefato com os binóculos disse que era redondo e não tinha asas.
Com o início da noite, os objetos vistos da proa do navio permaneciam na mesma posição — e ficavam cada vez mais visíveis. Por volta das 19h00, conforme conta Romariz, “uma daquelas luzes saiu com uma velocidade tremenda e ficou pelo nosso través de bombordo. Tornou-se uma bola meio amarelo-dourada que dava a impressão de ser dois pratos, um em cima do outro”. No meio e em cima do objeto havia o que o comandante descreveu como “uma antena de rádio de carro que vibrava”, enquanto o artefato continuava a acompanhar lentamente a embarcação, seguindo ao seu lado.
Entre outras medidas para controlar a situação, Romariz instruiu o sinaleiro para tentar uma comunicação em Código Morse com a nave, através do farol existente para esse fim — mas não houve resposta. Então, o artefato começou a se deslocar para a margem oposta do rio e, já em território paraguaio, acabou por desaparecer. Quando a tripulação já vivia um nítido alívio pelo afastamento daquela nave, um dos outros objetos que se encontravam na proa do navio aproximou-se com uma fantástica rapidez, estacionando sobre ele e banhando tudo com uma luz prateada. Logo a seguir, partiu repentinamente. A essa altura, todos a bordo estavam sob forte impacto emocional.
Relato à inteligência da Marinha
Após tais ocorrências, a embarcação continuou sua rota sem mais incidentes e chegou a Porto Murtinho. Mais tarde, o capitão João Maria Romariz foi chamado ao Rio de Janeiro para prestar depoimento sobre o ocorrido à inteligência da Marinha. Esse caso terá sido provavelmente o primeiro ocorrido no Pantanal e envolvendo a Armada a chegar ao conhecimento público. Mas, antes e depois dele, quantos outros não terão ocorrido sem que nenhuma informação tenha sido revelada pelas autoridades?
Esses fatos não são raridade na região. Corumbá, a chamada “Capital do Pantanal”, bem na fronteira com a Bolívia, também é cenário de muitas ocorrências ufológicas. Uma delas se deu às 21h00 de uma noite amena em meados de abril passado com a tenente da Marinha Bianca Passos. Dentista, advogada e professora universitária, a doutora Bianca encontrava-se em companhia de duas amigas na piscina de uma casa próxima do aeroporto do município, quando todas repararam no céu, “mais baixo do que a rota dos aviões”, quatro enormes aparelhos viajando para leste. Tinham formato retangular e uma reentrância ao meio, e seguiam um atrás do outro, como se estivessem em formação.
“Cada um daqueles artefatos era como um bloco de luz vermelho-alaranjada, que não iluminava o céu à sua volta. Não era uma luz projetada”, disse a tenente. À altura em que se encontravam os objetos não identificados, se tivessem motores convencionais ou a jato, certamente seu ruído seria ouvido, mas elas nada escutaram — o que elimina a possibilidade de serem aeronaves de algum tipo. “Não eram aviões, e disso eu tenho a certeza. Só não sei o que eram”, comentou doutora Bianca.
Forte zumbido na noite
Recentemente, mais intrigantes ocorrências na região pantaneira se tornaram conhecidas. Algumas foram comunicadas por Sílvio Andrade, repórter da sucursal do jornal Correio do Estado em Corumbá. Entre elas está a do senhor Waldir Padilha, 59 anos, militar aposentado da Marinha e atualmente condutor de van em uma agência turística do município. Padilha faz habitualmente o percurso entre as cidades de Corumbá e Campo Grande, a capital, transportando turistas. Soube-se agora que, em uma madrugada do final de março de 2011, ele testemunhou a perturbadora manifestação de um UFO em seu trajeto.
O fato se deu na altura do km 584 da BR-262, enquanto Padilha conduzia a van indo de Corumbá para Campo Grande. “Eram exatamente 02h45 da madrugada e eu estava dirigindo o veículo e conversando com um cliente sentado ao meu lado, quando começamos a ouvir um barulho estranho”, iniciou sua narrativa. Ele comentou que, junto do outro passageiro, identificado como Alberto, pensou inicialmente que se tratasse de uma carreta na mesma estrada. Mas na longa reta à sua frente não havia mais nenhum veículo, e pelos espelhos retrovisores também não observou qualquer outro carro, van ou caminhão — eles estavam literalmente sós na rodovia que corta o Pantanal.
Waldir Padilha contou que, assim que começou a ouvir o tal barulho, ao mesmo tempo o motor da van começou a perder potência. Ele dirigia a 90 km/h e, sem ter freado ou reduzido a marcha, a velocidade caiu para 60 km/h. “Como eu ia na quinta marcha, engrenei a quarta para ter mais potência, mas nada aconteceu. O velocímetro manteve-se inalterado nos 60 km/h”, disse. Ele então engrenou a terceira marcha para tentar reagir, mas tudo continuou na mesma, e o barulho continuava. Era um zumbido forte como o de uma furadeira elétrica, só que muito mais alto, de acordo com a testemunha. O cliente que seguia ao seu lado colocou a cabeça para fora da janela, a fim de ver de onde vinha o som, e se espantou ao ver que provinha de um artefato no ar. “É um disco voador”, disse Alberto.
Enorme objeto voador
O motorista, incrédulo, retrucou: “Mas que disco voador? Estamos é com um problema no motor do carro”. Entretanto, conforme o forte zumbido continuava, Padilha começou a frear a van, que acabou parando à frente da porteira da Fazenda São Francisco, já perto do município de Miranda. Desde o começo da perda da potência do veículo até ter parado completamente, a van percorreu uns 1.500 m. Padilha então saiu da viatura e abriu a tampa do motor para verificar o que havia de anormal. Nesse momento, o forte zumbido chamou de novo a sua atenção e ele se virou para ver o que era. Constatou então que, a mais ou menos 80 m de altura e a uns 50 m de distância, passava voando lentamente um enorme disco voador emitindo aquele forte som.
“Apesar de surpreso e de bastante assustado com aquela visão repentina, observei aquilo tudo o melhor que pude”, declarou o ex-mil
itar. O UFO tinha cerca de 12 m de diâmetro por 3 m de altura, e como passou praticamente sobre os homens, foi possível observar detalhes. Padilha conta que não havia qualquer luz na parte de baixo do disco, que era lisa e escura, contrastando com a noite clara e de céu limpo. O artefato tinha entre 8 e 10 janelas na sua metade superior, em forma de cúpula, e elas estavam iluminadas internamente por uma luz amarelada bem fraca — sua cúpula reluzia com baixa intensidade.
O disco continuou voando sempre muito baixo e muito lento em direção aos silos da Fazenda São Francisco, uma das maiores do mundo no cultivo de arroz irrigado. Ao chegar sobre eles, o UFO parou e acendeu três potentes holofotes situados na sua parte inferior, que projetaram uma luz extremamente branca para baixo e iluminaram tudo que estava no chão. “Os silos e a casa da fazenda podiam ser vistos como se fosse dia, e aquele forte zumbido não parava”, adicionou Waldir Padilha. A fazenda está próxima da localidade de Salobra, a cerca de 10 km de Miranda e local de intensas ocorrências ufológicas, como já foi constatado inúmeras vezes pelo Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV).
A testemunha conta que o objeto ficou mais de 10 minutos naquela posição, com seus holofotes girando de um lado para o outro, quando se inclinou ligeiramente e mostrou novos detalhes de sua fuselagem, e então partiu a uma velocidade vertiginosa na direção norte. Durante a entrevista concedida a este autor, o ex-militar demonstrou ter sido bastante afetado pela ocorrência, sobretudo pelo forte zumbido que o aparelho produzia.
Explosão de bola de fogo
Ainda na mesma área do Pantanal e também no final de março de 2011, cinco pessoas de uma mesma família também assistiram a um fenômeno intrigante. Milton Bezerra, administrador de empresas, acompanhado por sua esposa, dois filhos e um sobrinho, todos viajando de carro entre Corumbá e Miranda, na mesma BR-262, assistiram à exibição de uma estranha bola de fogo no ar, que deixava para trás um rastro de fumaça. O fato se deu por volta das 08h30 e também nas imediações da Fazenda São Francisco, com a diferença de que nesse caso o artefato explodiu no ar.
“Inicialmente pensei tratar-se de um avião que explodiu ali”, afirmou Bezerra. “Mas logo percebi que não podia ser, pois a sequência dos acontecimentos tornava essa hipótese impossível”. Quando explodiu, a bola de fogo não se dissipou em estilhaços ou qualquer outro material visível, mas simplesmente desapareceu com o estrondo. No entanto, saiu das chamas iniciais outra bola, também de fogo, mas muito menor, que passou em alta velocidade a cerca de 10 m sobre o carro, fazendo um barulho como o de fagulhas.
Como a sua trajetória era inclinada em relação ao solo, pareceu óbvio às testemunhas que logo uma colisão iria acontecer. “Esperamos para ouvir o barulho da colisão, mas ela não aconteceu. Aguardamos ainda para ver o fogo ou a fumaça da colisão, mas também nada se passou. Até hoje, não fazemos idéia do que aquilo poderia ser”, declarou o administrador Milton Bezerra.
Estes três casos, todos testemunhados entre o final de março e meados de abril de 2011, mostram que o período foi de grande atividade ufológica no Pantanal, com maior incidência sobre a região de Corumbá. Mas há ainda outros casos na região, que estão sendo apurados. Alguns deles envolvem testemunhas da vizinha Bolívia, que faz fronteira seca com o Brasil, permitindo forte convívio entre brasileiros e bolivianos das vizinhas cidades de Puerto Quijarro e Puerto Aguirre. Lá o Pantanal recebe o nome de Chaco e nele também são comuns as observações de objetos voadores não identificados. Em Aguirre, por exemplo, pequeno porto fluvial usado para o descarregamento do clinker, um tipo de cascalho que faz parte da composição do cimento, o taxista aposentado Emanoel Rojas, 66 anos, viveu um fantástico acontecimento.
“Não queria ficar ali sozinho”
Eram 05h00 de 05 de janeiro de 2011 quando Rojas estava preparando isca para pescar no Rio Paraguai, que também banha Puerto Aguirre, e viu na margem oposta uma bola de luz amarelo-alaranjada que se deslocava cerca de dois metros acima da água, e que de vez em quando subia mais dois ou três metros para logo voltar à posição anterior. “Tinha aproximadamente o tamanho de uma bola de futebol e andava para trás e para frente, sempre sobre o mesmo percurso, como se estivesse procurando algo”, disse o ex-taxista, que observou aquela cena por cerca de oito minutos.
Não sabendo do que se tratava, Emanoel Rojas começou a se sentir desconfortável. Ele tinha esperança de que pudesse contar com a presença de algumas pessoas que trabalham na área, mas sem saber se alguém já havia chegado, levantou-se para procurá-los, “pois não queria ficar ali sozinho”. No exato momento em que ficou de pé, parece que a bola de luz notou sua presença e atravessou o rio — que ali tem cerca de 350 m de largura — em fração de segundos, voando na sua direção. “Protegi a cabeça com o braço, pois tive a sensação de que aquilo ia me atingir. Mas a um metro de mim, em frente ao meu rosto, a bola se imobilizou e pude olhá-la com atenção”, relatou o boliviano.
Rojas conta que era uma esfera perfeita, cuja parte externa parecia ser feita de vidro ou de um material transparente e muito fino. Seu interior era completamente preenchido por uma substância branca que lembrava nuvem ou fumaça, mas de consistência muito tênue, pois ele quase conseguia ver através dela. A esfera brilhava e tinha luz própria. “Fiquei paralisado de medo, sem saber o que fazer. Depois de algum tempo, que não sei quanto, aquela bola começou a vibrar ligeiramente e a aumentar a intensidade da luz interior, mudando a sua cor para o branco puro”.
Forte dor de cabeça
Naquele momento, Emanoel Rojas sentiu como se alguma coisa estivesse mexendo dentro de sua cabeça e uma dormência o acometeu na região da sua nuca. “Fiquei tonto e achei que ia cair, mas então a bola se afastou de mim uns dois ou três metros, aumentando ainda mais a intensidade do seu brilho, e então disparou como um raio na direção da margem oposta, desaparecendo no horizonte”, concluiu. Durante o acontecimento, Rojas notou que a luz proveniente da esfera não produzia calor nem ofuscava, assim como não emitiu qualquer som ou odor. Depois do encontro, ele começou a sentir uma forte dor de cabeça que o incomodou por mais três dias — durante os quais não conseguiu dormir à noite, cochilando apenas alguns minutos durante o dia.
Ele também não teve fome, mas sentia uma sede imensa. “Fiquei ainda mais esquecido, em relação às coisas do que já era anteriormente”, come
ntou com tristeza. Homem simples e afável, Emanoel Rojas tem uma visível fragilidade física. Durante seu depoimento, teve que fazer diversas pausas para respirar fundo, e só então continuar. Seu filho, Ramon Rojas, que esteve presente durante a entrevista, viera de La Paz, onde reside, a fim de levar o seu pai àquela cidade e lá submetê-lo a exames médicos. Filho único, estava muito preocupado com a saúde do progenitor, que vem piorando a cada dia desde que teve o
contato com a sonda ufológica.
Compartilhando informação
Ao encerrar este trabalho, é importante que se chame a atenção dos estudiosos dessa complexa, subjetiva e multidisciplinar área de pesquisa, que é a Ufologia, para a necessidade de compartilharem informações em seu poder, que podem levar ao melhor entendimento da presença alienígena na Terra — e isso é especialmente importante em localidades de pouca densidade demográfica, onde as comunidades vivem grande isolamento, como é o caso do Pantanal. Outro resultado efetivo desse compartilhamento de dados é ver a solidificação da Ufologia como uma disciplina de credibilidade.
Todos sabem que os mais fortes opositores do Fenômeno UFO são aqueles que possuem mais informação — e conhecimento — de sua realidade. Usando uma política de acobertamento e contra-informação, negam sistematicamente aquilo que eles próprios sabem ser verdade, para manter a sociedade na ignorância quanto à ação na Terra de outras espécies cósmicas. Combatê-los por meio de acusações e denúncias, no entanto, não é a via ideal para quebrar seus sistemas. Para que possamos derrotar a ignóbil política de acobertamento, os ufólogos têm que enfrentar tais opositores com meios melhores do que os usados por eles — o verdadeiro conhecimento da presença alienígena na Terra, algo que se dará com pesquisas de qualidade.
Depois, de modo objetivo e com imparcialidade, devemos dar teor científico à interpretação dos resultados obtidos, formulando hipóteses que permitam explicar a fenomenologia ufológica de maneira apropriada. Se os ufólogos tiverem em mente que essa pesquisa se relaciona com um “cosmos” de pressupostos e hipóteses, então, ao compartilharem uns com os outros a informação que têm, estarão contribuindo para a criação de um paradigma válido e bases sólidas para elevarmos o estudo do Fenômeno UFO à categoria de disciplina científica. Se não procederem desse modo, estarão somente e ad eternum descrevendo casos, atitude que confirma as palavras do pesquisador canadense Hans Selye: “Quem não sabe o que procura não entende o que encontra”.